Há uma ideia que é hoje consenso entre quase todos os teóricos da Filosofia Política. Todos chegaram a conclusão que o Socialismo, com sua proposta de estabelecer um modelo de relações econômicas entre as pessoas baseado na supressão da propriedade particular e de arranjos políticos fundamentados na igualdade política, acabou. E com isso, também entrou em
colapso a ideia de uma democracia igualitária. Somente dentro de algumas gerações, talvez, a humanidade encontrará energia para voltar a propor um modelo alternativo de pensamento político. O fato é que hoje, somente temos uma visão hegemônica para os arranjos políticos e econômicos. A democracia liberal, com sua proposta de economia de mercado e institucionalização da liberdade, venceu.
A hegemonia do pensamento liberal põe, entretanto, um grave problema para os intelectuais. Isto é, na falta de um pensamento alternativo, como fazer a crítica da democracia liberal? De uma forma geral só nos resta como caminho, a via das críticas menores, das pequenas escaramuças, incursões ofensivas parciais e ficamos perdidos no chamado cinturão de proteção e nos ataques às teses secundárias que protegem o miolo, o ‘hard core’, do pensamento democrático liberal.
O debate na Filosofia Política, entretanto, não chegou ao seu fim. E a busca pela grande objeção capaz de acertar o centro do pensamento liberal se torna cada vez mais intensa. Nesse esforço, os intelectuais tem encontrado inspiração na retomada das grandes questões fundamentais do espírito humano.
O fato é que existem dois conceitos que, desde a origem da chamada civilização ocidental e cristã, estiveram na agenda das preocupações intelectuais das pessoas e foram objeto de muitas investigações. Trata-se das idéias de Verdade e Justiça. O que é a Verdade? Em que condições o nosso conhecimento pode ser considerado verdadeiro? E ainda, o que é a Justiça? Quando é que nossas ações podem ser consideradas como justas? Conhecer e Agir; idéias e ações; epistemologia e ética, parecem expressar duas dimensões importantes da existência humana.
O conceito de Justiça tornou-se particularmente importante desde o início do século XX. E os parâmetros do debate contemporâneo sobre Justiça foram estabelecidos por Hans Kelsen. Na sua obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen alega que a discussão sobre a Justiça não pertence ao mundo das discussões da Ciência do Direito. Entretanto, ele constrói toda uma teoria da Justiça. Ocorre que, num primeiro momento, a "Teoria Pura do Direito" e as possibilidades de uma Ciência Positiva do Direito, ocupam os debates na Filosofia Política do início do Seculo XX. Posteriormente, as idéias de Kelsen sobre a Justiça ocupam o cenário dos debates, posto que não se consegue entender o Direito somente através de uma Ciência Pura do Direito. Nós precisamos da ideia de Justiça. Por outro lado, o conceito de Justiça pode ser entendido a partir de reflexões sobre o indivíduo, ou de considerações sobre a sociedade. Isto é, a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade dos indivíduos, ou na construção das condições de uma vida social bem sucedida. É nesse sentido que vem o debate entre Liberais (Isaiah Berlin, John Rawls, Robert Nozick, R. Dworkin) e os Comunitaristas (M. Walzer, M. Sandel, J. Habermas e C. Taylor).
"Teorias da Justiça" e uma disciplina com a qual se pretende introduzir os alunos nesse debate.
Grupo turma B1 matutino
ResponderExcluirAline Barberino - 21080414
Caroline Rosa - 21072613
Laís Suzuki - 21068213
Lothar Schlagenhaufer - 21023113
Lucas do Vale - 21078813
Priscila Testa - 21071413
Rodrigo Ferreira Gomes - 21044113
Wanderson Coelho - 21031713
Uma correção no RA:
ExcluirAline Barberino - 21080413.
GRUPO COMPLETO turma B1 matutino:
ExcluirAline Barberino - 21080413
Antonio Nilson Lisboa Dantas - 21061513
Caroline Rosa - 21072613
Laís Suzuki - 21068213
Lothar Schlagenhaufer - 21023113
Lucas do Vale - 21078813
Luciana Harumi dos Santos Sakano - 21022511
Priscila Testa - 21071413
Rodrigo Ferreira Gomes - 21044113
Wanderson Coelho - 21031713
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ExcluirAlasdair MacIntyre pretende chamar a nossa atenção para uma forma de discutir sobre a moralidade de nossas condutas que teria sido relegada ao esquecimento pelas teorias éticas modernas. Trata-se da "Ética das Virtudes". As teorias morais da "Etica das Virtudes" são muito esclarecedoras do conceito de Justiça e, nesse sentido, seriam relevantes para o debate sobre a moralidade das Sociedades Liberais. A Ética das Virtudes é pautada pela ideia que existe uma definição de ser humano, uma essência do humano, que deve determinar a moralidade de todos os atos dos seres humanos. Nesse sentido, não existem, propriamente, ações morais. Existem vidas que são éticas e vidas que são imorais. E uma vida moral é uma vida virtuosa. Isto é uma vida que é vivida através da prática de ações de uma pessoa virtuosa. Mas, o que é uma pessoa virtuosa. É aquela que consegue realizar uma vida onde a essência do humano 'floresce' , uma vida feliz (eudaimônica). Como podemos saber se uma vida é virtuosa ou não? A resposta a essa questão é dada pela experiência coletiva de todos os seres humanos nas diferentes tradições das diversas sociedades. Uma sociedade de indivíduos que vivem de forma ética resulta no equilíbrio, na inexistência de vícios, na justiça.
ResponderExcluirPara uma introdução à proposta de retomar a Ética de Aristóteles de A. MacIntyre, veja:
http://youtu.be/PHVuzec6s0c
FERNANDA SCARPELLI VARANI – RA: 21002313
ResponderExcluirMacIntyre faz uma crítica direta a modernidade liberal em seu livro After Virtue. Segundo o autor, a modernidade e o projeto iluminista levaram ao emotivismo na cultura o que gera um “sujeito que determina o valor moral pela escolha ou decisão individual, de uma Ética abstrata e fundada em regras”
O autor propõe como solução o resgate da Ética das Virtudes, ou seja, busca resgatar um debate que foi esquecido pelos modernos.
Para ele é necessário frisar a definição de virtude como forma de habilidade, ou seja, algo que pode ser aprendido/praticado, através da busca da Eudaimonia (sensação agradável que sentimos ao sermos honestos). A Eudaimonia só acontece quando há o florescimento, ou seja, quando o indivíduo se sente realizado como ser humano.
Diferente de Kant, que afirma que o justo é aquele que dita o dever pela razão, para MacIntyre, é importante renovar a visão aristotélica de que justo é aquele que tem harmonia em suas práticas, ou seja, possui a mediania entre o vício do excesso e o vício da falta, assim, para o autor, o aprimoramento moral se dá através da reflexão sobre o tipo de vida que levamos.
MacIntyre critica o modo como se discute ciência nos dias de hoje. Para ele, é necessário que haja o resgate da forma de debate dos antigos gregos. Para ele, a interpretação racional de questões como a ética e justiça é incorreta, pois somente a razão não dá conta de abordar todos os traços desses assuntos, pois ela é limitada. A única forma, segundo ele, de se alcançar o ideal -- ou essência -- é levar a discussão pelos caminhos da sabedoria.
ResponderExcluirPor quê usar a sabedoria? Porque ela é a única que leva em conta todas as "camadas" da essência do ser humano, ela considera todos os aspectos da vida e das tradições, e a partir disso analisa as ações tomadas pelas pessoas e os rumos seguidos por uma determinada sociedade, e a partir disso, é possível analisar se as ações foram éticas ou justas.
Ele também coloca a ética das virtudes em pauta. Nela coloca-se em julgamento não só a ação e o motivo que levou o indivíduo a cometer aquela ação, e sim o caráter e a propensão do indivíduo a praticar aquele tipo de ação; além disso, é colocado uma série de virtudes que devem fazer parte do indivíduo ético, são elas: a paciência, a coragem, a temperança e a justiça - elas devem ser sempre equilibradas para que se alcance a essência humana.
MacIntyre ainda coloca que a virtude não é algo inato ao ser humano, para ele, é na verdade, uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada, o que seria contrário ao pensamento Kantiano de que se nasce com a racionalidade.
Por último, ele coloca 3 tipos de pessoas que são moldadas pelas virtudes:
(1) aqueles que buscam somente o prazer -> utilitaristas -- imorais
(2) aqueles que buscam a honra e o respeito -> políticos (não os atuais, e sim os do tempo de Aristóteles) -- morais
(3) aqueles que buscam a contemplação -> filósofos -- os mais morais de todos, pois passam a vida buscando o mais alto patamar da essência humana
Jéssica Santos Rodrigues de Souza - RA 21036512
A posição de MacIntyre indica a defesa radical de uma comunidade moral e política marcada pela participação política direta e não por processos autoritários, totalitários ou mesmo excludentes. A exigência de deliberação pública, coletiva, com a participação de todos, presente na política do bem comum implica um aprofundamento da participação política que os Estados modernos parecem ser incapazes de oferecer, marcados pela segmentação das esferas sociais.
ResponderExcluirSua reflexão filosófica visa, antes de tudo, ofertar uma alternativa razoável para os que se encontram cobertos pelos telhados de vidro do paradigma iluminista, tentando fazer que o enfrentamento entre posições incomensuráveis, como a que existe entre a dele e a posição universalista liberal, não constitua um diálogo de surdos e nem um pacífico debate no interior das aguas calmas e necessárias de padrões neutros e acima das particularidades das tradições. Seu objetivo é que tal confronto venha se constituir como um movimento inicial no reconhecimento das diferenças, coisa que, segundo ele, talvez seja um dos processos mais difíceis no debate filosófico, mas, ao mesmo tempo, o ponto de partida fundamental para qualquer superação dessas diferenças. E, nesse propósito, a compreensão da natureza real da racionalidade das tradições morais é um elemento primordial para possibilitar a afirmação das diferenças entre as tradições de pesquisa rivais e para compreender os processos iniciais de sua superação, ainda que precários e tortuosos, cheios de incertezas.
MacIntyre sempre foi crítico social das ordens capitalistas e de suas mazelas, mas também um crítico impiedoso de formas políticas autoritárias e totalitárias, pela fragilidade moral e pela negação da racionalidade prática nelas contidas, tal como concretizadas.
MacIntyre propõe que minorias tenham acesso ao debate amplo com todas as suas consequências práticas – políticas e teóricas –, e não serem afirmadas porque simplesmente são assim ou querem ser assim. Uma minoria cultural não pode ter seus valores respeitados apenas pelo simples fato de ser parte de uma cultura particular.
Com base na aula e no material disponibilizado, constatamos que Alasdair MacIntyre foi um comunitarista e grande crítico do liberalismo. MacIntyre critica a forma moderna de debater sobre moralidade. Ele propõe que resgatemos a forma que os medievais, como Aristóteles, discutiam. Para o autor, não podemos discutir justiça pelo ponto de vista moral, pois o debate sobre ética não deve ser baseado apenas em argumentos, pois, assim, não se chega a lugar algum. Por isso, é necessário um novo modelo de Ética (resgatar a Ética das Virtudes) para embasar as discussões e uma nova forma (baseado em Aristóteles) de analisar o moralmente correto.
ResponderExcluirMacIntyre critica a concepção de que a racionalidade tenha máxima importância nos debates, pois, para ele, cada um tem uma concepção diferente de razão. A sabedoria cumpriria melhor esse papel. De acordo com sua visão, antes de discutir o que é uma sociedade justa, temos que saber o que é justiça, ou seja, ter um consenso pré-estabelecido, mediante as possíveis variações de interpretação. Na modernidade, os debates não respeitam isso, eles partem do zero. Dessa forma, nunca se chega a um acordo.
Lara Rodrigues Alves. 21059213
Sara A. de Paula RA:21041713
ResponderExcluirA obra de Maclntyre tem uma acentuação metodológica do caráter sócio-histórico dos conceitos morais. Ele faz um “ataque à modernidade e ao projeto iluminista de justificação da moralidade, fazendo uma crítica à desordem que a linguagem vive na modernidade, e há diferentes modos de abordagem da justiça, todas em desacordo”. Para tal, exemplifica com debates sobre guerras, aborto, entre outros.
Ao criticar o método iluminista, ele mostra que ao discutir a justiça de forma emotivista, pode ser que uma posição moral sobreponha à outra, por isso não há como chegar a uma verdade consensual. Para resolver essa situação, seria necessário anular os sentimentos morais de uma discussão e então promover uma base histórica e nas relações sociais da comunidade. Contextualizando através das relações sociais, Maclntyre remete a discussões polêmicas, como as colocadas anteriormente.
Alasdair era um autor comunitarista, e criticava o liberalismo e sua forma de colocar em questão a ideia de individualização, pois para ele a sociedade era extremamente importante já que moldava o indivíduo através das tradições, ou seja, sociedade e indivíduo estão totalmente ligados., estão ligados também por questão das mudanças que acontecem com os tempos.
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ResponderExcluirMacIntyre entende por justiça as situações decorrentes nas sociedades liberais, basicamente, por meio de um debate não finalizado acerca das concepções elaboradas acerca daquilo que é tido como "justo"; concepções estas que são resultado de formas contrárias e incompatíveis da racionalidade prática. O autor, contudo, não fica sem deixar respostas acerca do processo pelo qual iriamos obter maior grau de justiça assim como não rejeita a racionalidade como meio pelo qual as respostas a respeito daquilo que é "justo", "bom" ou "desejável".
ResponderExcluirA proposta de Alasdair se consterna, assim, na obtenção da concepção ideal de justiça viabilizada pela racionalidade e pela tradição. Com um ponto de vista sustentado pela tradição herdada por Aristóteles o alvo do autos em sua teoria é a reformulação do previamente exposto pelo clássico com o objetivo de racionalizar a conduta humana para melhor compreendê-la.
Luana André Assumpção 21054013
MacIntyre critica em sua obra o liberalismo e o iluminismo. Ele defende que a ideia de justiça que temos é subjetiva, sendo assim, o que parece justo para mim não seria, necessariamente, juto para outro. Esse diferente “senso” de justiça acontece por causa da cultura e experiências pessoais. O autor, então, nos oferece uma explicação do que é a justiça de uma forma moral, para esclarecer o significado da palavra independente de suas variações conflitantes em diferentes contextos.
ResponderExcluirAlasdair baseia a sua argumentação sobre o que é a justiça e quais são os princípios para determiná-la na ideia de tradição. Ou seja, segundo ele “[...] não há nenhum outro modo de se realizar essa formulação, elaboração, justificação racional e crítica das concepções da racionalidade prática e da justiça, a não ser a partir de uma tradição particular, através do diálogo, da cooperação e do conflito entre aqueles que habitam a mesma tradição.”
I Iluminismo então seria fracassado pela substituição das tradições pela ética e pela moral. Aos liberais, o autor faz a mesma crítica: eles também se baseiam em sentimentos morais e esse são transitórios. Os sentimentos morais são subjetivos e, explicar a justiça através deles é circulatório.
RA: 21086213
Professor, houve um mal-entendido, o grupo que irá apresentar o seminário na turma A2, conforme combinado em aula, é:
ResponderExcluirLucas Falcão
Leonardo Buscarino
Michel Ferreira
Luiz Fernando B.F. Lima
Victor Debone
Ewerton S. Melo
Leonardo Tessaroto Buscarino - 21038613
ExcluirAlasdair Mancintyre discute em sua obra sobre a questão da justiça, em como evitar que a emoção interfira na discussão sobre justiça, visto que definir isto ou aquilo como justo é algo que diversas teorias discursam sobre, e cada um admite um aspecto diferente, como os direitos naturais inalienáveis, o controle social ou aspectos que relacionam justiça à bens do ser humano. Uma solução para o problema e colocada como óbvia no texto seria o uso da racionalidade, porém até o conceito de racional é relativo, o que torna o debate conflitante devido às diferentes crenças, modalidades e ideias, o que dificulta o estabelecimento de princípios fundamentais da justiça.
ResponderExcluirMacintyre aconselha, como alternativa às dificuldades encontradas, olharmos para aquilo que foi rejeitado pelo iluminismo, a tradição seja ela em referência as pesquisas constituídas da tradição seja aquela constitutiva dela.
Essa palavra carrega um sentido cíclico e de contexto histórico, no qual são analisados e reinterpretados por cada autor e de todas as épocas, mas se a cada nova interpretação em que ocorrem as mesmas rejeições isso acaba se tornando algo natural e dando origem à uma outra tradição, como no caso do liberalismo.
A obra conclui-se numa exposição de diferentes escolas teóricas e tradições de pesquisa, e que estas se justificam pela adequação e do poder explicativo das histórias.
Danielle Yamaguti
21080813
Andréa Aline de Faria R.A 21039713
ResponderExcluirMacIntyre começa o texto estudado questionando nosso senso de justiça, nos mostrando que o que temos como justiça quase sempre não é o que outro tem. Existem conflitos de opiniões e interesses, culturas que afetam as concepções de justiça. Ele propõe uma concepção de racionalidade para a pesquisa moral que melhor esclareça os conflitos das várias formulações morais, ou seja, um conceito de racionalidade que nos ajude a compreender as visões conflitantes de justiça e de racionalidade prática que se revelam nas nossas avaliações morais. Para achar a concepção ideal de justiça, a ideia é que se use a racionalidade, mas em qual racionalidade devemos nos basear?
O autor diz que é com a racionalidade da tradição. A tradição é a condição necessária para racionalidade. As muitas tradições diferem nos catálogos de virtudes, nas concepções do eu, nas cosmologias metafísicas e no modo como se chegou à concepção de justiça. Para ele a compreensão humana é constituída no interior de tradições e são elas que constituem o substrato a partir do qual se constroem as razões do homem e de sua ação no mundo em que vive. MacIntyre busca uma visão da tradição como portadora de uma dinâmica na qual o conflito tem um lugar necessário na sua constituição.
“.. a partir de debates, conflitos e da pesquisa de tradições socialmente encarnadas e historicamente contingentes, as disputas referentes à racionalidade prática e à justiça são propostas, modificadas, abandonadas ou substituídas, mas não há nenhum outro modo de se realizar essa formulação, elaboração, justificação racional e crítica das concepções da racionalidade prática e da justiça, a não ser a partir de uma tradição particular, através do diálogo, da cooperação e do conflito entre aqueles que habitam a mesma tradição.”
MacIntyre articula a questão de que o Iluminismo fracassou em dar uma resposta coerente acerca dos conceitos e dilemas morais de uma maneira geral. A resposta deles era que a tradição poderia ser substituída pela razão como fundamento da ética e da política. Ele critica a concepção liberal individualista, já que esta, nas suas diversas nuances, ainda carece de uma defensibilidade mais consistente, o Iluminismo teria privado uma formulação da pesquisa moral vinculada a uma tradição social e intelectual.
Na opinião do autor, os liberais partem dos sentimentos morais, que são transitórios, e tentam convencer as pessoas sobre as questões morais que um ou outro acreditam que são certas. Eles utilizam argumentos nem sempre racionais, por isso não chegam a conclusões racionais. Não há discussão, então não há racionalidade, acaba sendo um debate político e de coerção. MacIntyre afirma que ética não é ter o sentimento correto e, sim, encontrar o ideal fixo com base na racionalidade humana.
MacIntyre retoma como sua fundamentação a ética aristotélica das virtudes e é a partir do reconhecimento dos limites humanos que ele faz sua tese. Ele conclui que a sua tradição, no encontro com outras tradições, mostrou capacidade de superação e expansão a partir de seus próprios recursos, confirmando assim a racionalidade da mesma.
José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312
ResponderExcluirDepois de ler os capítulos I, XVIII e XX do livro: "Justiça de Quem? Qual Racionalidade?" de Alasdair MacIntyre, podemos entender que para ele não há possibilidades de se considerar válido um debate cuja base principal se dá através de aspectos emocionais. Se destacada tais características, o determinado debate é considerado inexistente, já que acabará por se tornar uma luta de imposições, na tentativa de sobrepor emoções. Dessa forma acaba indo contra a teoria de Rawls, que acreditava que todos são dotados de um senso moral, sendo esse o motivo da estruturação dos debates. Para Macintyre se assim estruturado, o debate acaba por se tornar um que visa conquistas, ou seja, incomensurável que não nos proporciona objetivo nenhum, isso porque as pessoas se acham justas se apoiando somente em seu próprio senso de aprovação, sendo esses sentimentos mutáveis, tornando portanto a ética algo descartável.
Macintyre também vai contra as ideias iluministas, isso porque acredita que o iluminismo nos privou de entendimento da racionalidade que só se dá através através da tradição, questão que considera fundamental no entendimento de uma de suas referências principais, Aristóteles. Cujas obras apresenta uma melhor perspectiva na busca do entendimento dos erros e proporciona através da ética aristotélica das virtudes, a qualidade de racionalidade de uma ética superior.
Para o autor, o entendimento humano é construído no interior das tradições e através das mesmas que se dá a composição das razões humanas e seu modo de agir e viver. É considerado um autor que defende o comunitarismo/consenso e através do mesmo que se é encontrada a racionalidade. Essa questão comunitarista está inteiramente ligada a questão da tradição que Alasdair tanto defende. Pois a tradição é considerada o centro da formação do caráter do sujeito moral. Sendo assim, a tradição é o fundamento da compreensão racional no meio prático, gerando por consequência o entendimento de que a tradição é o centro da racionalidade.
A principal crítica do MacIntyre ao debate moderno sobre justiça (não apenas ao liberalismo): o modelo de discussão onde o argumento que usa a melhor usa a razão 'ganha' não é apropriado para o debate sobre justiça, pois, dependendo das tradições e experiências do próprio indivíduo sua concepção de racionalidade difere dos terceiros, ou seja, o que é racional é diferente para cada indivíduo, ou grupo de indivíduos; e isso impede que qualquer debate cheguei em uma conclusão, pois o principal critério é relativo.
ResponderExcluirMas isso não significa que as diferentes racionalidades dos grupos sociais não podem ser comparadas, devemos retomar o 'caminho aristotélico': analisar o que seria certo e errado não pelas ações, mas pelo indivíduo. O certo é o indivíduo que se assimila a ideia de essência humana, e esta essência humana que deve ser discutida.
Lucas Falcão 21009113
Alasdair MacinTyre afirma que as ideias de justiça do mundo moderno são simplesmente uma soma de tudo aquilo que já foi considerado ética no passado, ou seja, uma sobreposição de ideias. Dessa maneira, o autor critica dois tipos de posições presentes no debate de justiça, são eles: Os iluministas e também os liberais, pois não levam em consideração as tradições e a sociedade existentes, respectivamente.
ResponderExcluirOutra crítica feita por Macintyre é direcionada aos emotivistas, condenando-os pois utilizam-se da emoção para convencimento da superioridade de seus sentimentos perante o de outras pessoas. Isso resulta no caminho de decisão do que é justo, indo no sentido contrário ao da racionalidade.
O modo de vida, para o autor, deve ser concebido através da coletividade, da cultura, de um determinado povo. Portanto, os modos de vida serão baseados no que cada comunidade considera como sendo legítimo.
Resumindo, Macintyre defende a racionalidade da tradição, pois a justiça tem como base a cultura, tradição e os contextos relacionados aquela comunidade. Desse jeito, o autor defende que não devemos abandonar as diferentes moralidades dos indivíduos, mas que devemos encontrar uma meta comum entre diferentes moralidades e costumes, para que nenhum povo ou costume seja menosprezado, e portanto, todos consigam conviver bem.
Alasdair MacIntyre, filósofo estudioso da história da filosofia, promoverá uma crítica aos liberais que até então havíamos discutido. Sua crítica terá base no fato de que o INDIVÍDUO e suas escolhas, tão privilegiadas pelas visões liberais, são resultados de uma criação coletiva. Segundo ele – que assume a posição de um comunitarista – estaríamos promovendo uma análise incompleta da justiça quando separamos os indivíduos dos seus contextos sociais. Sendo assim, as comunidades afetariam as escolhas individuais e, portanto, o debate sobre ética e justiça não poderia partir do “zero”.
ResponderExcluirPensando sobre os debates acolhidos como legítimos pela cultura ocidental encontramos a presença da racionalidade, do pensamento nos moldes científicos. A razão ocidental pensará possibilidades, enquanto que a tradição, defendida pelo autor, estará pronta para ser APLICADA. Adotando as análises de MacIntyre, poderíamos dizer que o que para NÓS como grupo e ocidentais o que é o justo e o bom para outros grupos talvez não o seja. Para o autor essa situação não passaria de um fato que poderia ser encaminhado para um consenso sobre bondade e justiça e não como um conflito, em que uma perspectiva deve excluir a outra. As diferentes culturas seriam levadas, a encontrar a essência humanas de maneira consensual.
Outro aspecto importante retomado da filosofia antiga no discurso de MacIntyre é o alcance da justiça através da sabedoria, da ética da VIRTUDE. Esse modelo fugiria do buscado pelos autores antes estudados, pois não cria bases para uma justiça e ética construída pela argumentação, mas pela PRÁTICA de quatro virtudes: paciência, temperança, coragem e justiça. Somente a prática, não o planejamento e o falar, nos mostrariam a justiça.
MacIntyre ainda separa as pessoas em três categorias: as que agem buscando o prazer (princípio utilitarista), as que agem buscando o reconhecimento e as que agem de maneira contemplativa, ou seja, que florescem no viver por meio das quatro virtudes. Essas últimas seriam as verdadeiramente éticas e justas.
Stefanie Gomes de Mello
21014113
Alasdeir MacIntyre critica o projeto moderno que intitula a suficiência da razão para as discussões jurídicas e morais. Para o autor este modelo de conhecimento é insuficiente para as discussões éticas, pois estabelece a existência de apenas uma racionalidade enquanto para MacIntyre existe uma forte ligação entre tradições e formas de interpretações do mundo, por isso não há apenas uma racionalidade, mas, uma diversidade delas, essa qualidade contudo, não estabelece incomensurabilidade.
ResponderExcluirSua teoria da justiça é baseada na sobreposição das virtudes à razão, sendo a primeira própria da sabedoria. Esse argumento encontra amparo e resgada a ética das virtudes de Aristóteles que, contrária ao racionalismo e utilitarismo, estabelece que a ética é composta na maior parte pelo caráter das pessoas do que por suas ações. O autor defende, portanto, que um agir ético, depende das seguintes variáveis: paciência, coragem, temperança e justiça, e, estas estando em pleno exercício têm como fim a “eudaimonia” (sensação de consciência limpa, de honestidade).
Cibele de Cássia Nogueira Gennari R.A. 21065713
Trazendo críticas a forma individualista do pensamento utilizada inúmeras vezes no Iluminismo, Alasdair MacIntyre defende que as convicções morais não passam de sentimentos morais que nãoo visam a obtenção da verdade, mas sim continuar a sobrepor um sentimento sobre o sentimento do outro. Faz duras críticas aos liberais, mostrando que eles não buscam a verdade, mas demonstram aquilo que pode ser o conceito de "liberdade no seu modo de viver e ser". Assim, o sentimento não será compatível com o próximo, então a noção de moral também é diferente. Isso é explicado na obra "Justiça de Quem? Qual Racionalidade?", em que diz que precisamos aplicar a lógica na formulação do pensamento de Justiça, ligando isto a argumentação emotiva, que tenta convencer o outro a achar que tal comportamento é correto e mais justo.
ResponderExcluirO autor defende que devemos levar em conta as tradições e noção de racionalidade de tal grupo de pessoas; apoiando nessas informações, a ética e moral se convergem, fazendo que isso seja um valor imutável e algo que todos da comunidade concordariam, sendo este fixado. Ele prioriza a comunidade ao invés de "valorizar" o individual, ou seja, é um autor com base comunitarista (vai contra a ideia de partir do individual e chegar ao interesse coletivo). Logo, um debate seria válido se fosse baseado na racionalidade e objetividade em que os indivíduos fossem parte de tal comunidade, de preferência, pequena, pois tem maior possibilidade de se chegar a uma conclusão racional, não emocional.
Concluí-se que Macintyre considera que cada pessoa não é autônoma no sentido liberal pois o local e sociedade que vive assegura sua identidade, mas quando há a busca por algum bem, a busca é realizada dentro do contexto da vida que o indivíduo vive, ou seja, leva-se em conta as tradições e contexto que a pessoa faz parte, não devendo nos prender a tradições históricas de tal cultura, mas sim observar as raízes históricas dessa cultura, deixando de lado os preconceitos emotivos e procurando compreender e dialogar com o outro com o objetivo de encontrar um ponto em comum.
Alasdair Macintyre foi um critico do liberalismo e do iluminismo contemporâneo, afirmava que os debates morais que tinham como base as emoções/sentimentos não eram validos, uma vez que se os debates fossem baseados em emoções existiria apenas uma disputa de imposições, onde apenas uma das emoções deve se sobressair sobre a outra. Essas ideias vão contra o que Rawls dizia, pois para ele as pessoas possuem um senso moral e os debates deveriam acontecer de acordo com o mesmo.
ResponderExcluirExiste também uma critica à chamada posição neutral e de verdade comum e final, isso acontece pois Macintyre acredita que as tradições são ignoradas, estas tradições por sua vez tem um papel importante nas ideias desse pensador. A questão de justiça é abordada em suas obras, para este pensador, diferentes indivíduos tem diferentes noções de justiça, essas noções por sua vez se conflitam já que as pessoas tem interesses distintos, e neste ponto a tradição aparece com destaque sendo ela responsável pela compreensão desses diferentes interesses.
Ao propor uma volta as tradições aristotélicas, onde havia um debate sobre a construção do ser humano, o autor afirma que que as pessoas tem a tendência a considerar justos levando em conta o seu senso de aprovação próprio, mas este senso é mutável de pessoa para pessoa portanto a ética se torna irrelevante, sendo assim os debates não deveriam se apoiar em sentimentos
Por fim, o autor afirma que as concepções morais não devem ser analisadas através sentimentos individuais, e sim pelos interesses do coletivo (interesses da comunidade), somente dessa forma o debate sobre justiça será efetivo e coerente. Para este autor para ser uma boa pessoa não devemos apenas seguir regras.
Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA:11131211
MacIntyre faz uma crítica ao liberalismo por este ser focado no indivíduo e desconsiderar questões que para este autor são indissociáveis de um pensamento coletivo que por sua vez é de extrema relevância pois para ele a comunidade sobrepõe-se ao coletivo pois um indivíduo sem comunidade é de certa maneira inviável. Ainda assim a teoria de MacIntyre não rompe com a ideia de justiça possível vivenciando-se o liberalismo. Este autor aponta a necessidade de se evitar posições emotivistas, evitar que o debate não seja conduzido a discussões sobre sentimentos morais, pois isto o transpõe para um pleito sobre valores ao invés de uma discussão ética, o que não contribui para a racionalidade pois ao envolver sentimentos há um afastamento das concepções baseadas na comunidade, coletividade e cultura.
ResponderExcluirO autor ainda defende que a moral do indivíduo é formada por seu contexto histórico e por suas experiências pessoais e também apresenta a ideia de “racionalidade das tradições” para a qual se faz necessário interpretar as diferentes tradições à fim de que se possa interagir com indivíduos que pertençam a tradições distantes das tradições ordinárias, sem que exista qualquer supressão da cultura .
Rose de Paula
RA 21069412
MacIntyre, de acordo com o texto, começa discorrendo sobre a concepção de justiça das pessoas: o que alguns têm por justo, pode não o ser para outros. A justiça também está submersa no jogo de conflitos e interesses. Ele é um autor comunitarista que critica a concepção liberal. Para ele, este projeto é problemático e demonstra insuficiência para resolver diversas questões e, além disso, visa como fim a verdade e não a sabedoria, permitindo atos racionais sem que sejam justos. Critica também o emotivismo, pois diz que quando somos levados por emoções, discutimos valores, e não a ética da ação em si. Sua tese pode ser dividida em duas partes: na primeira, ele critica a modernidade e o modelo iluminista e na outra, ele defende a retomada de uma ética das virtudes, baseado em Aristóteles.
ResponderExcluirO autor defende que a concepção de justiça deve ser construída a partir da racionalidade e esta, por sua vez, deve basear-se na tradição. Uma tradição, para MacIntyre, é uma argumentação, desenvolvida ao longo do tempo, na qual certos acordos fundamentais são definidos e redefinidos em termos de dois tipos de conflito: os conflitos com críticos e inimigos externos à tradição (...) e os debates internos, interpretativos e, além disso, uma tradição é mais do que um movimento coerente de pensamento, ela é um movimento ao longo do qual seus adeptos tornam-se conscientes dele e de sua direção e, de modo autoconsciente, tentam participar de seus debates e dar prosseguimento às suas pesquisas. MacIntyre afirma que o Iluminismo propôs um ideal de justificação racional impossível de se atingir. Assim, propõe que a racionalidade adotada deve assemelhar-se a Escola Aristotélica na medida em que busca resgatar a essência dos fins éticos, que são buscar a virtude e a sabedoria, e não a verdade como proposto pelo Iluminismo.
A retomada do pensamento Aristotélico e de conceitos abordados por Tomás de Aquino, Macintyre mostra que o comunitarismo é ainda a forma de legitimar o prevalecimento das condutas que fazem um bem comum sobre a justiça, de maneira que o liberalismo seria uma forma de desordem e de completo abandono dos consensos morais e racionais, o que seria um agravante da situação de injustiça do mundo. Portanto, de acordo com o autor, as concepções morais não devem ser analisadas pelos sentimentos individuais, e sim pelo coletivo, ou seja, pelas relações da comunidade, somente dessa forma o debate sobre justiça será efetivo e coerente.
Após a análise dos materiais disponibilizados para consulta, deixo aqui minhas considerações sobre o tema: Liberalismo e projeto iluminista.
ResponderExcluirAlasdair MacIntyre coloca como ideia central a de que a identidade dos indivíduos se dá na coletividade e ele como defensor do comunitarismo, vai afirmar que o grande problema do liberalismo é o individualismo.
Uma das críticas de MacIntyre é a de que o debate ético atual está errado, a maneira como ele se dá é errada. O problema é que hoje achamos que só uma racionalidade, que estamos usando apenas uma concepção de racionalidade. Ao contrário, são várias as racionalidades. Cada sociedade tem a sua, não há uma universalidade. Nesse debate, cada um revela pontos/argumentos que lhes favorecem, e não os que lhes prejudicam, tudo para vencer a disputa de quem tem o melhor argumento. Não há uma preocupação com a verdade e a relevância dos fatos. Trata-se de um confronto de emoções à flor da pele. Essa é a linha das discussões morais e éticas em nossa sociedade. MacIntyre coloca que não se deve agir dessa maneira emotiva, egocêntrica.
Nesse ponto, ele lembra de uma maneira de discutir as nossas condutas, esquecida pelas teorias éticas modernas. Trata-se da "Ética das Virtudes". Existem vidas que são éticas e vidas que são imorais. E uma vida moral é uma vida virtuosa. Uma pessoa virtuosa é aquela que consegue ter uma vida onde a essência do humano 'floresce' , de maneira feliz, em eudaimonia. E para entender a virtuosidade de uma vida, é preciso olhar para a experiência coletiva de todos os seres humanos nas diferentes tradições das diversas sociedades. Uma sociedade de indivíduos que vivem uma vida ética está em equilíbrio, sem vícios, justa. Uma sociedade seria justa se os seus cidadãos forem pessoas virtuosas. Para MacIntyre a única maneira de compreendermos um certo grupo cultural é através da compreensão de “dentro” da tradição desse grupo.
Lothar Schlagenhaufer
A proposta de Maclntyre é retomar o projeto ético de Aristóteles, uma ética das virtudes.
ResponderExcluirPara ele a grande questão do debate à respeito de Justiça é o fato dele ser pensado à partir do indivíduo, fruto da concepção liberal que em, em si, individualista desde suas origens no iluminismo, O Homem reposicionava-se no mundo, desejava ser livre e para ser livre era necessário ser capaz de exercer a sua racionalidade e chegar por si mesmo às respostas para suas questões, sem depender para isso de uma autoridade intelectual.
O texto de Kant sobre “O Esclarecimento” é bem elucidativo quando destaca a questão de este esclarecer-se seria a saída da minoridade intelectual, desprender-se das autoridades sendo capaz de exercer a razão por si próprio ganhando autonomia e liberdade. Neste conceito, cabe ao indivíduo, sozinho, utilizando-se de sua racionalidade, responder às questões da ética e da justiça, o que para o autor é impossível, já que este defende que a identidade dos indivíduos se dá na coletividade. Outra crítica é quanto a suposta pretensão iluminista de que a racionalidade está isenta das vontades, parcialidades e paixões humana; Maclntyre aponta que é justamente com essa maneira egocêntrica de argumentar que os homens submetem sua racionalidade aos seus interesses e desejos, colocando em pauta somente o que pode ajudar a levar o debate às conclusões desejadas, sem real interesse pela verdade, pela justiça, pela moralidade.
O debate ético, portanto, não deveria ser um debate entre indivíduos, mas um diálogo entre tradições, no qual seria necessária a disposição de compreender as diversas racionalidades existentes e dialogar com elas. Isto seria dar atenção a algo esquecido pelo homem iluminado, este esqueceu-se que a sabedoria não se dá na mente de um homem, mas que é resultado de uma tradição humana de séculos e é na confluência das diversas tradições que poderemos encontrá-la.
Necessário é ressaltar de na sua consideração, se necessário fosse hierarquizar as tradições, assumindo uma como guia das demais, entraria a ética das virtudes de Aristóteles . Esta, em sua opinião, seria a tradição que mais expressa o florescer da essência humana. Nessa concepção uma sociedade ética, na qual os indivíduos não possuem vícios, ou seja, não estão nos extremos dos temperamentos, é uma sociedade, também, justa.
Caterine Zapata Zilio Barros RA:21008913
ResponderExcluirBrenda Bela - 21036513
ResponderExcluirCom base no material citado do autor Alasdair MacIntyre, conseguimos perceber que este é um crítico do liberalismo e iluminismo, este faz um ataque à modernidade e ao projeto iluminista. No primeiro capítulo de sua obra ‘Justiça de Quem? Qual Racionalidade?’ MacIntyre deixa muito claro suas razões que o movem em direção ao isolamento. A primeira dificuldade exaltada pelo autor em sua crítica ao individualismo é a que se encontra no campo do pensamento liberal, uma vez que os liberais não se reconhcem no retrato que faz. Ao criticar o método iluminista, MacIntyre mostra que ao discutir a justiça de forma emotiva pode ser possível que uma posição moral sobreponha à outra, isso é um fator crucial ao fato de que não há como chegar a uma verdade consensual neste ponto. A solução encontrada pelo autor para resolver essa situação, seria anular os sentimentos morais de uma discussão e após promover uma base históricas e nas relações sociais da comunidade.
MacIntyre coloca em pauta também a ética das virtudes. Nela, coloca-se em julgamento não só a ação e o motivo que levou o indivíduo a cometer determinada ação e sim o caráter e a propensão do indivíduo a praticar aquele tipo de ação. Para o autor, existe uma séries de virtudes que devem fazer parte do indivíduo ético, entre elas estão a coragem, a justiça, a temperança e a paciência. Estas virtudes devem estar sempre equilibradas para que se alcance a essência humana. Ao contrário do pensamento Kantiano, MacIntyre acredita que a virtude não é algo inato ao ser humano, para ele, é na verdade, uma habilidade que pode ser adquirida, aprendida e aprimorada. Por fim, o autor mostra três tipos de pessoas que são moldadas pelas virtudes: Primeiramente aqueles que buscam somente o prazer (utilitaristas), em segundo aqueles que buscam a honra e o respeito (políticos dos tempos de Aristóteles) e por último, aqueles que buscam a contemplação (os filósofos), considerados por MacIntyre os mais morais de todos, pois passam a vida buscando o mais alto patamar da essência humana.
MacIntyre destaca a importância da racionalidade para a compreensão das várias concepções de justiça. Sendo assim, considera válidos apenas os debates que possuem argumentos racionais, pois só esses apresentam uma conclusão racional. É crítico do Iluminismo, atacando a tentativa de justificação da moralidade e criticando a desordem que a linguagem vive na modernidade.
ResponderExcluirO autor resgata as teorias da “Ética das Virtudes”, que são esclarecedoras no quesito da Justiça e, portanto, seriam significativas para a discussão sobre moralidade. Segundo essas teorias, não existem ações morais, e sim, vidas éticas e vidas imorais. Uma vida moral é aquela vivida por uma pessoa virtuosa, que consegue florescer durante os anos e viver de maneira feliz (eudaimônica).
Morgana B. Alves Ferreira
RA 21036213
Alasdair MacIntyre defende o comunitarismo. Sua tese se divide em duas partes, na primeira parte o autor crítica a modernidade e o modelo iluminista, e na segunda o mesmo defende a retomada de uma ética das virtudes, baseada nas ideias de Aristóteles. Maclntyre afirma que o problema de hoje em dia é que achamos que há apenas uma racionalidade, quando na verdade cada sociedade possui uma racionalidade diferente. Assim é necessário resgatar a ética das virtudes, para tratar as discussões de uma forma diferente, analisando o moralmente correto (baseado em Aristóteles).
ResponderExcluirO autor também afirma que o principal problema do liberalismo é o individualismo; pois os homens não são seres isolados e suas ações interferem, de forma direta, nas vidas de outra pessoas. Sendo assim é preciso coordenar as ações dos indivíduos de forma a evitar conflitos e formar uma coalisão.
Alasdair MacIntyre defende que a ética deve apoiar-se em um ideal imutável, no qual todos deveriam se espelhar e buscar alcançá-lo. Somente dessa forma um debate racional seria possível. Para se alcançar esse ideal fixo seria necessário um “diagnóstico” de toda a comunidade. MacIntyre é um filósofo comunitarista, defende que os interesses coletivos devem ser a prioridade, e não o interesse individual, como é defendido por muitos liberais. Isso porque, para o autor, o liberalismo é uma tradição sem tradição, baseia-se em supostos princípios universais e abstratos da razão e se mostra inábil em concluir seus debates sobre suas próprias bases e, ao mesmo tempo em que oferece liberdade de escolha para o indivíduo, é incapaz de incorporar essas escolhas na vida pública, dado que todos os pontos de vista possuem o mesmo peso. O autor também critica o projeto de racionalidade iluminista na sociedade moderna, pois pretende universalizar a concepção de juízos valorativos e morais, mas aceita que não existe apenas uma verdade. Para ele este projeto é, portanto, problemático e demonstra insuficiência para resolver diversas questões e ainda, visa como fim a verdade e não a sabedoria e permite atos racionais sem que sejam justos.
ResponderExcluirAssim, o autor propõe um novo modelo de racionalidade que irá resgatar a racionalidade dos Clássicos, principalmente a aristotélica, afirmando a necessidade de ter como fim a sabedoria e a virtude, e não a verdade. Tal racionalidade vê as questões morais e seu tratamento como parte de uma tradição da comunidade. O principal objetivo do debate é a construção do ser humano, os indivíduos se consideram justos levando somente em conta seu próprio senso de aprovação (sentimentos morais), porém tais sentimentos são mutáveis.
O autor considerava também que os debates morais que tinham como base as emoções (senso moral) não eram válidos. Isso por que, se o debate ocorrer dessa maneira, ele acaba não existindo, pois se torna uma disputa de imposições, onde uma emoção deve prevalecer sobre outra. Assim, as concepções morais não devem ser examinadas pelos sentimentos individuais, e sim pelo coletivo, ou seja, pelas relações da comunidade, tornando o debate sobre justiça factual e coeso. Tal análise vai contra a teoria de Rawls, que supunha que todos os indivíduos possuem um senso moral e que os debates deveriam ocorrer de acordo com esse senso moral existente em todos os homens.
Alasdair MacIntyre em seus escritos critica a busca de uma filosofia analítica, pautada numa ideia moral de racionalidade, nesse sentido, faz uma reconstrução de como o ideário capitalismo se construiu até os dias de hoje, sendo de grande influência o movimento cultural europeu, o Iluminismo, que promovia o princípio da racionalidade moral em seu aspecto último. O autor demonstra ainda, que muitos filósofos posteriores, com Friedrich Nietzsche com o total espírito de negação do aparato racional que tal doutrina pregava, criaram outras calcadas única e exclusivamente nos aparatos da busca da satisfação pessoal, fato este não concordado por MacIntyre.
ResponderExcluirO autor também critica o caráter emotivo que se deu nos debates atuais, pois, segundo ele tais debates nunca chegam a uma conclusão pois cada um com seu sentimento de superioridade teórico racional perante o outro não define-se como racionalidade, e sim em sua contramão.
Nesse sentido, o autor tenta retomar o conceito da ética das virtudes de Aristóteles, que não busca prazeres, nem riquezas etc, e sim uma virtude inerente que condiciona-se a sociedade a entender outras sociedades num sentido amplo de aceitação.
Raul Shizuka – RA: 21035612
MacIntyre é um comunitarista, adepto da filosofia aristotélica, que vai contra a ideia de Rawls. Questiona o nosso senso de justiça, mostrando que o que temos como justiça não é exatamente o que o outro tem: existem conflitos de opiniões e interesse. Propõe um conceito de racionalidade que nos ajude a compreender as visões conflitantes de justiça e de racionalidade prática que se revelam nas nossas avaliações morais.
ResponderExcluirPara achar a concepção ideal de justiça, a ideia é que se use a racionalidade da tradição. Para ele, a compreensão humana é constituída no interior de tradições e são elas que constituem o substrato a partir do qual se constroem as razões do homem e de sua ação no mundo em que vive. MacIntyre busca uma visão da tradição como portadora de uma dinâmica na qual o conflito tem um lugar necessário na sua constituição.
Segundo Macintyre, os debates morais tendo como base as emoções não são válidos, pois se assim ocorrer, o debate acaba não existindo: se torna uma disputa de imposições, sobre qual uma emoção prevalece sobre a outra, se tornando assim um debate de conquistas, um debate incomensurável, que não levaria a lugar algum. Para o autor, a ética deve se basear em um ideal fixo, algo que todos devemos nós espelhar e tentar chegar próximo. Só assim um debate racional seria possível, e só assim o debate ético deixaria de ser incomensurável.
O autor propõe ainda um resgate às tradições Aristotélicas, onde o objetivo do debate era construção do ser humano, a construção de um ideal de natureza ética. Para Macintyre, as pessoas se acham justas se apoiando somente em seu próprio senso de aprovação (seus sentimentos morais), porém esses sentimentos são mutáveis, e assim sendo a ética se torna descartável.
MacIntyre também articula a questão de que o Iluminismo fracassou em dar uma resposta coerente acerca dos conceitos e dilemas morais de uma maneira geral. A resposta deles era que a tradição poderia ser substituída pela razão como fundamento da ética e da política.
Ele critica a concepção liberal individualista, já que esta, nas suas diversas nuances, ainda carece de uma defensibilidade mais consistente. O Iluminismo teria privado uma formulação da pesquisa moral vinculada a uma tradição social e intelectual. Para o autor, os liberais partem dos sentimentos morais, que são transitórios, e tentam convencer as pessoas sobre as questões morais que um ou outro acreditam que são certas. Eles utilizam argumentos nem sempre racionais, por isso não chegam a conclusões racionais.
MacIntyre afirma que ética não é ter o sentimento correto e, sim, encontrar o ideal fixo com base na racionalidade humana. Ele critica os liberais dizendo que eles não buscam a verdade e sim dizer que sua liberdade/igualdade é o modo certo de se viver/ser. Nesse debate de sentimentos o que ocorre é apenas a modificação do estado emocinal dos outros, para que prevaleça o daquele que é o interlocutor. Para Macintyre isso é incomensurável, pois nunca haverá um consenso sendo que os dois sentimentos tem medidas diferentes. Outro fator que o autor alega é de que estes sentimentos mudam, portanto a noção individual de moral também muda. Esse debate emotivo acaba sendo político, pois visa apenas a convencer o outro de que um determinando ponto de vista é melhor.
Ele conclui que a sua tradição, no encontro com outras tradições, mostrou capacidade de superação e expansão a partir de seus próprios recursos, confirmando assim a racionalidade da mesma. Além disso, conclui-se que uma tradição é sempre parcialmente constituída por um argumento e pelo exercício das virtudes relevantes da ordem moral e intelectual. Porém, em determinada situação de desenvolvimento da tradição, quando há crise ou confrontada com outra tradição rival e incompatível, alguns destes princípios não respondem às indagações, e assim reconhecem que eles não servem mais, então estes princípios são abandonados e os teóricos da tradição se lançam na formulação de novos argumentos e teorias que forneçam continuidade ao propósito.
RA: 21019613
Alasdair MacIntyre como um comunitarista critica o liberalismo e seu individualismo... E o seu discurso é sobre como discutir a moralidade de nossas condutas. Segundo ele, o mundo contemporâneo vive em uma “multiplicidade de fontes morais”, existe uma fragmentação da consciência moderna.
ResponderExcluirO que acontece é que hoje debatemos os assuntos baseados na racionalidade, ou seja, cada um usa a razão que acha a correta para defender seus argumentos. Entretanto, essas discussões estão carregadas de emoção e de individualismo. Para o MacIntyre, isso está completamente errado, porque é na coletividade que se da a identidade dos indivíduos. Para o autor, a tradição é um conceito chave e que as pessoas desenvolvem suas autocompreensões, suas concepções de bem e do justo e suas capacidades de julgamentos apenas se estiverem em um contexto de tradições.
Ele não afirma se há uma tradição correta ou não, apenas que o debate baseado na racionalidade não funciona. MacIntyre acredita então que não há uma moral neutra e universal e que, portanto não devem ser discutidas desta forma. Segundo o autor, a virtude é o caminho para o raciocínio prático independente. Ele quer que exista uma reformulação da tradição aristotélica com vistas a tornar inelegíveis e racionais nossas atitudes e engajamentos morais e sociais. A ética aristotélica surge como proposta do autor para solucionar o caos na conduta do homem contemporâneo. Ou seja, possuindo virtudes como caráter, coragem e justiça, o homem talvez enxergue sua responsabilidade enquanto cidadão que faz parte de uma cultura de uma sociedade.
Para que seja possível um consentimento sobre a moralidade, Seria necessário começar o debate por pequenas comunidades justamente por ser mais fácil superar eventuais discrepâncias de ideias, para que a discussão se torne mais controlável, e a partir disso pode-se estender o debate para grupos maiores, encontrando novamente os pontos em comum para que se atinja o ideal antes definido.
Fato é que indivíduos vivendo de forma ética resultam em equilíbrio e justiça.
21071413
A teoria de MacIntyre pretende expor uma saída para um problema típico das sociedades modernas: a subjetividade dos agentes dentro de uma discussão moralista. Para ele, esse problema impede que as discussões cheguem de fato a um consenso entre as partes conflitantes, tornando-as uma mera disputa de argumentos subjetivos,sem fundamentos racionais, onde o melhor elaborado prevalecerá sobre os demais.
ResponderExcluirA origem desse problema na sociedade moderna, segundo o filósofo, está na falha do projeto Iluminista de explicação da moral. Essa falha consiste na existência de um hiato entre a concepção de natureza humana adota pelos iluministas e suas teorias que fundamentam essa concepção. Os iluministas ao alegarem verdadeiras suas teorias, impossibilitaram que a tradição fundamentasse a moralidade. Pós Iluminismo, os homens tornaram-se ''lúcidos'' e ao mesmo tempo subjetivos no que se refere a moralidade.
MacIntyre propõe a retomada da ética das virtudes e a adaptação desta à modernidade, para remediar esse problema diagnosticado. Para isso é necessário que as sociedades sejam baseadas na ética das virtudes, tendo uma concepção universal da natureza humana, desse modo os debates sobre moralidade não seriam mais disputas de argumentos subjetivos, mas sim de argumentos racionais fundamentados na história social e cultural de cada civilização.
Alasdair MacIntyre, defensor da ética clássica das virtudes, tem ideais que se afastam do liberalismo e possui conceitos centrais em sua teoria: narrativa, prática e tradição, mas afirma que estes variam de pessoa para pessoa devido às diversas questões – tal qual a cultura - que acabam por determinar seus respectivos fenótipos. Basicamente, para que haja assimilação de tais variações é necessário que nos guiemos pela racionalidade – da tradição.
ResponderExcluirO autor considera inválidos os debates que não possuem argumentos racionais, pois sua conclusão também não seria racional. Ele propõe que se analise a sociedade para que se chegue a algo que todos devam seguir e que seja ideal, pois os indivíduos utilizam de seu senso moral para distinguir o que é justo e este senso é mutável, enquanto este ideal deve ser fixo.
MacIntyre parte da visão de que os conceitos de justiça se estabelecem de forma individual, por isso variam tanto. Portanto ele ressalta a importância da racionalidade para se compreender as diversas concepções de justiça. O autor acredita que a racionalidade é constituída em parte pelas tradições. Para ele ela possibilita a compreensão humana. É necessário que se conheça o princípio das tradições rivais para que se possa chegar a uma conclusão sobre como resolver os conflitos existentes. O conhecimento dessas tradições também será importante para que se possibilite o resgate da ética das virtudes em um ambiente social contemporâneo.
Alasdair Macintyre critica o Iluminismo por construir uma ética racional, adotando uma posição emotivista. Segundo o autor, os debates guiados por essa posição tornam-se disputas entre preferências morais, não respeitam a racionalidade e dificultam o acesso a um consenso.
ResponderExcluirMacintyre propõe que os debates em ética devem ser livres da subjetividade e da emoção e possibilitar a coexistência de diferentes culturas. Eles precisam estar embasados na comunidade, nas percepções históricas e nas tradições da sociedade para que se evite entrar num relativismo. Além disso, o debate deve ser iniciado por pequenas comunidades para que a discussão seja mais controlável. Logo, o debate pode ser ampliado para grupos maiores, estabelecendo novamente os aspectos comuns a todos para que se alcance o ideal pré-definido. Essa proposta é mais facilmente aplicada em sociedades pequenas.
Ana Caroline de Aguiar Coutinho RA: 21048113
Luara Michelin Sartori RA: 11054112
ResponderExcluirAlasdair MacIntyre é comunitarista e critica o Liberalismo, pois estes defendem diferentes modos de vida e se apoiam nas emoções para expor seus sensos de justiça.
A partir disto, MacIntyre vai resgatar as tradições morais e é através disto que a interpretação de justiça passa a fazer sentido, pois se vale de argumentos racionais, de regras lógicas.
Para MacIntyre, o debate sobre justiça não deve ser realizado em cima dos sentimentos morais, mas através de concepções históricas, culturais e nas relações estabelecidas nas comunidades. Por exemplo, no caso das mulheres que são apedrejadas em países islâmicos, muitas sociedades consideram este ato imoral, porém a dignidade humana daquele povo diz que é assim que deve-se agir. Ou seja, no debate deve-se levar em consideração a ética das virtudes, onde a ação isolada não deve ser abordada mas sim o que está por trás da ação: o caráter do indivíduo e a tradição.
Esta ética das virtudes é importante para poder analisar as ações dos indivíduos, pois uma pessoa ética possui como virtudes: paciência, coragem, temperança e justiça, esta última sendo a união das anteriores, a virtude das virtudes.
Alasdair MacIntyre reconhecido como crítico do liberalismo e do iluminismo, por ser um comunitarista, crítica o uso da racionalidade (da maneira como a ultilizamos) como base do debate que nos envolve, por achar que essas discussões estão sujeitas a emoção e individualismo. A coletividade torna-se essencial nesse ponto, uma vez que será a apartir dela que ocorrerá a identidade dos indivíduos, com substancial importância da tradição, sendo ela responsável por desenvolver a noção de bem ou mal, de justiça e a capacidade de julgamento.
ResponderExcluirPara que ocorra o raciocínio prático independente, é necessário virtudes, como caráter, coragem e justiça, propostas estas a partir da ética aristotélica, com o intuito de solucionar o problema do homem contemporâneo, que não percebe sua responsabilidade enquanto indivíduo perante uma sociedade com cultura, tornando inelegíveis e racionais nossas atitudes e engajamentos morais e sociais.
O ponto inicial seria o debate focado em pequenas comunidades, que por serem menores facilitariam o debate, controlando melhor este e solucionando possíveis problemas. Isto possibilitaria a ocorrência de debate em grupos maiores, e após atingir o ideal definido, partir para grupos maiores que os anteriores.
Natália Veroneze RA21025313
ResponderExcluirO debate de MacIntyre se dá no âmbito do pluralismo de ideias. Ele critica tanto a visão iluminista quanto moderna de moral: na iluminista, somente uma moral é a correta e ideal para todos, independentemente do contexto no qual os indivíduos se encontram; na moderna, aceitam-se as diferenças de ideias, porém levando ao relativismo extremo, no qual cada um tem sua própria moral e portanto não há porque discuti-la. MacIntyre retoma então as ideias clássicas de Aristóteles, acreditando que a discussão moral deva ser um fim, mesmo que esse não seja realmente alcançável, vendo-o como um processo. Além disso, o debate moral e ético deve se dar em comunidade, afinal as ações dos indivíduos afetam diretamente a sociedade e vice-versa, portanto não devemos compreender o indivíduo como um ser isolado. É preciso considerar o seu entorno e "relativizar" a moral, porém não completamente, afinal, apesar de não se poder definir corretamente as respostas corretas para todo e qualquer caso moral, é possível estabelecer certos limites.
Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713
ResponderExcluirAlasdair MacIntyre foi um grande crítico do liberalismo criticando a forma moderna de se debater sobre a moralidade. Para ele o debate sobre ética não se deve basear apenas em argumentos,dessa forma deveríamos resgatar a forma como Aristóteles,os medievais discutiam. É necessário então um novo modelo de Ética para embasar as discussões e uma nova forma de analisar o moralmente correto.
Segundo o autor,cada um tem uma concepção diferente a respeito da razão e por isso ele critica a concepção de que a racionalidade tenha máxima importância nos debates,a sabedoria poderia cumprir melhor esse papel. Ainda segundo Maclntyre,antes de discutir o que é uma sociedade justa, temos que saber o que é justiça, ou seja, ter um conceito pré-estabelecido, diante todas as variaçoes de interpretação possiveis.
A questão fundamental para MacIntyre é de que o Iluminismo fracassou em dar uma resposta coerente acerca dos conceitos e dilemas morais de uma maneira geral, pois, aquilo que ele prometeu não foi desempenhado.
ResponderExcluirO que o Iluminismo tentou nos oferecer foi à ideia de que a tradição poderia ser substituída pela razão como fundamento da ética e da política. MacIntyre apresenta uma resposta alternativa àquilo que o Iluminismo não ofereceu, que é uma concepção da pesquisa racional incorporada numa tradição, onde a racionalidade para ele não é algo desvinculado daquilo que o iluminismo pretendeu superar que é a tradição. O autor recupera o conceito de racionalidade das tradições, utilizado o termo pesquisa racional constituída pela e na tradição formando um vínculo entre esses dois elementos, e por se tratar de uma pesquisa racional, não se filia às formas irracionalistas do pós-iluminismo, porém por se fundar na tradição coloca-se na posição contra esse anti-iluminismo. Uma tradição é sempre parcialmente constituída por um argumento sobre os bens cuja busca dota essa tradição com o seu objetivo particular. Onde dentro de uma tradição a busca dos bens estende-se para além. Sendo o que mantem uma tradição é o exercício das virtudes relevantes da ordem moral e intelectual.
Andressa Alves - 21081013
Andréa Aline de Faria 21039713
ResponderExcluirMacintyre parte sua teoria da crítica que faz a teoria dos liberais, principalmente de Rawls. Para ele a concepção de que devemos elaborar um contrato para reger a justiça e a sociedade e que esse contrato deve ser feito seguindo a posição original, pautada pelo véu da ignorância, está errada. Em uma situação como essa, o que, na visão dele ocorre, é um debate para colocar qual a melhor concepção de moral ou quem está mais certo que o outro. Não existe um consenso, e sim um movimento de convencer o outro de que sua ideia é melhor que a dele.
Macintyre propõe que devemos então trabalhar a racionalidade da tradição, uma vez que as concepções morais e de justiça das pessoas estão diretamente ligadas a cultura e tradição. Assim ele ressalta que as concepções pessoais de cada indivíduo não devem ser abandonadas como Rawls propõe, e sim consideradas para que não haja disputa de concepções rivais e sim se encontre um eixo comum a essas disputas que permitam que elas convivam.
Esses eixos comuns são identificados nos princípios fundamentais de cada concepção moral, de cada cultura e de cada sociedade. Devemos então trabalhar no sentido de atingir esses ideais comuns.
Nesse contexto proposto, é considerado que este exercício é mais facilmente exercitado em comunidades pequenas, porém, não se exclui a possibilidade de se fazer isso em nível mais amplo.
Os temas particulares da elaboração de leis, por exemplo, devem então ser discutidas se são encaixadas ou não nestes eixos comuns, e se então estão de acordo de modo a promover este objetivo comum.
Macintyre coloca que neste exercício, pode-se inclusive abrir mão de uma tradição, mas ainda sim esta deve ser considerada, uma vez que outra tradição se inicia e passa a ser adotada.
A teoria de Macintyre inicia assim uma nova correte de pensamente em relação as teorias da justiça, que será conhecida como a corrente dos comunitaristas.
MacIntyre é um crítico do liberalismo e do iluminismo, criticando o uso da racionalidade, do modo que a usamos, uma vez que esses debates geram discussões quw estão sujeitas a emoção e individualismo. Nesse ponto que sentimos a necessidade do coletivo, até porque o coletivo que é capaz de gerir a identidade do individuoadição,desenvolvendo a noção de justiça numa determinada sociedade.
ResponderExcluirÉ importante pensarmos que MacIntyre não está sugerindo que nós devemos apenas mexer na sociedade liberal, seu objetivo é transformá-la fundamentalmente. Ele não acredita que isso vai acontecer rapidamente ou facilmente, e, de fato, pode não acontecer nada, mas ele acredita que será um desastre para a humanidade, se isso não acontecer.
MacIntyre é uma figura-chave na recente onda de interesse na ética da virtude, que identifica a questão central da moralidade como tendo a ver com os hábitos e conhecimentos a respeito de como viver uma vida boa. Sua abordagem visa demonstrar que o bom senso emana de bom caráter. Ser uma boa pessoa não é sobre a busca de seguir regras formais. Ao elaborar esta abordagem, MacIntyre entende-se ser retrabalhar a idéia aristotélica de uma teleologia ética.
MacIntyre adota uma perspectiva neo-aristotélica e, para o mesmo, não é possível pensar a moralidade sem referência à polis que é a comunidade por ele desejada. O autor refere-se diretamente ao contexto acadêmico, locus a seu ver particularmente relevante para refletir sobre a justiça, MacIntyre aponta, em primeiro lugar, para a dificuldade que sua crítica ao individualismo encontra no campo do pensamento liberal, pois os liberais não se reconhecem no retrato que faz. Os que concordam com sua crítica ao liberalismo tendem a ver no marxismo a alternativa mais interessante; mas, para MacIntyre, o marxismo também é uma tradição de pesquisa já esgotada, esgotamento este demonstrado tanto pela dificuldade em enfrentar os desafios colocados pelo socialismo real quanto por sua debilidade enquanto norteador do governo socialista de sociedades capitalistas. Para MacIntyre as concepções rivais e totalmente incompatíveis da justiça são o resultado de formas também rivais e totalmente incompatíveis da racionalidade prática. As formas concorrentes de racionalidade prática, e suas ideias concernentes à justiça, por sua vez, são o resultado de "tradições socialmente consagradas e delimitadas de investigação racional". "A tradição é um argumento estendido ao longo do tempo em que certos acordos fundamentais são definidos e redefinidos em termos de debates internos e externos". O autor dá exemplos de tradições rivais e as diferentes maneiras que elas se divergem, complementam ou se anulam (por exemplo, as éticas aristotélicas, agostiniana, tomista, humeana), mas também para provar como a racionalidade prática e uma concepção de justiça elaborada por MacIntyre constituem uma nova maneira interpretativa dessas tradições. Macintyre também vai contra as ideias iluministas, isso porque acredita que o iluminismo nos privou de entendimento da racionalidade que só se dá através da tradição, questão que considera fundamental no entendimento de uma de suas referências principais, Aristóteles. É considerado um autor que defende o comunitarismo/consenso e através do mesmo que se é encontrada a racionalidade. Essa questão comunitarista está inteiramente ligada à questão da tradição que Alasdair tanto defende. O autor também defende mais três teses: primeiro, que toda investigação racional humana é conduzido de forma consciente ou não de dentro de uma tradição, em segundo lugar, que os esquemas conceituais incomensuráveis de tradições rivais não implicam qualquer relativismo ou perspectivismo, em terceiro lugar, que, embora os argumentos do livro são tentativas de se intuir proposições morais universalmente válidas eles são, no entanto, dadas a partir de uma tradição particular (a de aristotelismo tomista) e que esta não implica necessariamente qualquer inconsistência filosófica.
ResponderExcluirR.A: 11041811
Rodrigo Ferreira Gomes - RA: 21044113
ResponderExcluirPara Alasdair MacIntyre, não é possível resolver a longa lista dos problemas da justiça com a racionalidade. Há várias concepções conflitantes, apelando, por exemplo, para o mérito, para os direitos humanos, o contrato social, algum padrão de utilidade, etc.
A racionalidade não pode resolver os conflitos de concepções que vieram de diferentes culturas, religiões herdadas de diferentes passados e eventos históricos.
Ser racional em si, é algo tão conflitante quanto as discussões da justiça.
Alguns filósofos dizem que será racional aquele que se despir de opiniões pessoais, particularidades da sua cultura, influências políticas e qualquer aproximação de determinada teoria, na hora de discutir as visões conflitantes da justiça (ser neutro, imparcial).
Para Aristóteles, “incapaz de evitar o recurso à lei que se propõe refutar, será qualquer um que tente argumentar e defender a sua posição num debate”.
Leis da lógica são uma condição apenas necessária, mas não suficiente para a racionalidade. Os recursos fornecidos pela moderna filosofia nos tornam capazes de redefinir os problemas propostos, mas não resolvê-los.
Os argumentos passaram a ser armas técnicas de exposição que as pessoas através delas dominam aqueles que não têm fluência ou articulação dialética (e não expressões de racionalidade).
Os pensadores do Iluminismo e seus sucessores não conseguiram entrar em acordo sobre quais eram precisamente os princípios que seriam considerados irrecusáveis por todas pessoas racionais. Respostas divergentes foram dadas por autores da “Enciclopédia”, Rousseau, Bentham, Kant e vários outros.
Rodrigo Ferreira Gomes - RA: 21044113
MacIntyre criticava a tentativa de construção de uma ética racional pelo Iluminismo, dizendo que os debates baseados na ética deveriam ser pautados na ideia de que a racionalidade depende do contexto das tradições resgatadas na história, dando enfoque aos debates da Grécia Antiga. Essa posição dele em relação aos liberalistas acabou se enquadrando na ideia de Comunitarismo, tornando, então, MacIntyre um comunitarista. Ainda em um contexto mais geral sobre o filósofo em questão, é importante destacar sua ideia de que, quanto menor uma sociedade, melhor. Ou seja, quanto menor, mais fácil de controla-lá e maiores as chances de fazê-la a mais justa possível.
ResponderExcluirPara a elaboração de sua tese, Alasdair MacIntyre dizia que os seres humanos, através das relações sociais e dos contextos históricos, definem o modo de vida que vão seguir. Essa ideia servia para criticar Rawls, dizendo que ele a abordava de modo fraco (o que acaba sendo, também, uma crítica aos liberalistas). Cada indivíduo defende seu interesse, seu modo de vida, e possui um conceito de sentimento moral diferente, além de ter um conceito diferente de justiça, baseando-se em diferentes argumentos. Estes argumentos são utilizados em debates de modo que um indivíduo tente sobrepor seu interesse sobre o interesse do outro. Isso é condenado por MacIntyre, considerando esse aspecto como uma posição emotivista. Ou seja, o debate entre sentimentos morais é criticado por ele.
É preciso, então, transformar o debate, através da racionalidade, em algo que vise chegar a uma verdade, ou seja, não utilizar a questão emotiva nesses debates (não utilizar as questões dos sentimentos que estão por trás dos modos de vida dos indivíduos).
Caroline Aguiar de Siqueira
ResponderExcluirRA 21055413
Alasdair MacIntyre é um filósofo comunitarista crítico do modelo liberal visto na sociedade atual.
MacIntyre afirma que, no início do período moderno, a tradição liberalista das sociedades gerou uma perversão sobre o modo de conduzir o pensamento. Mesmo existindo a crítica sobre o projeto liberal, o autor tolera a ideia de que pode haver justiça dentro do mesmo. Mas só é tolerado ao afirmar que tal projeto liberal possibilita a geração de um conceito único sobre princípios morais, onde a racionalidade se basearia em critérios lógicos, constituindo não sabedoria, mas sim verdades. Assim, os indivíduos poderiam ser racionais e injustos, já que não existiria relação entre prática e razão.
MacIntyre nos posiciona em relação ao estabelecimento e criação de justiça, e aponta que, para compreendermos justiça, é necessário estabelecer bases sobre racionalidade, construindo um modelo racional baseado na sabedoria, e não na verdade, chegando-se a essência humana e justiça a partir de virtudes.
O autor acredita que a razão abstrata é o problema do projeto liberal, já que a razão deveria estar sempre relacionada a contextos históricos, pois devemos nos associar com distintas tradições sem extrapolar os limites entre elas.
Luana Alice Forlini
ResponderExcluirRA: 21046313
Alasdair Maclntyre argumenta em sua teoria que, na maior parte dos casos, o que é justo é subjetivo: a ideia de justiça para mim pode não ser a mesma para outras pessoas. Assim, para encontrarmos uma concepção ideal da justiça, devemos nos basear, é claro, na racionalidade. Porém, não na racionalidade que foi produzida e baseada a partir do Iluminismo, pois este falhou em dar respostas sobre o que seria moral/imoral, por exemplo.
Para o autor, devemos nos basear na chamada racionalidade da tradição, resgatando os conceitos de Aristóteles e dos debates da Grécia antiga, dando ênfase na Ética das Virtudes. Essa ideia seria pautada na essência do ser humano e na busca da Eudaimonia, ou seja, a capacidade do ser humano de se sentir bem ao ser sincero.
Além disso, Maclntyre defende que a virtude é uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada, apresentando três tipos de indivíduos influenciados por ela: utilitaristas, políticos e filósofos.
Alan Ferreira dos Santos
ResponderExcluirRA: 21065813
De acordo com Araujo, MacIntyre diz que o principal antagonismo moral de nossa época reside na oposição entre, de um lado, o individualismo liberal, e, de outro, a tradição aristotélica das virtudes, ou seja, podemos dizer que o debate, agora, se concentra entre a identidade dos indivíduos e a coletividade. Diante disso, os esforços de MacIntyre são dirigidos para essa questão. No prefácio da obra “Justiça de quem? Qual racionalidade?”, o autor reconhece como o principal motivo do novo estudo a tentativa de dizer o que torna racional agir de um modo e não de outro e o que torna racional propor e defender uma concepção de racionalidade prática e não outra. Para isso, MacIntyre não apenas intensifica o ataque à modernidade liberal e ao seu foco privilegiado no indivíduo, mas repudia igualmente as diversas formas pós-iluministas de relativismo e de perspectivismo, que são, segundo ele, mero contraponto negativo do Iluminismo.
MacIntyre é um crítico radical do iluminista moderno e defensor apaixonado da ética clássica das virtudes, seu pensamento se caracteriza por uma erudita apropriação das teorias morais e políticas dos gregos antigos para se contrapor as teorias morais dos nossos dias, mais especificamente, o autor retorna ao pensamento moral grego para se contrapor ao projeto iluminista moderno. Segundo Araujo, diante de uma ética contemporânea em que a linguagem tornou-se uma coleção incoerente de fragmentos desordenados herdados de épocas e contextos passados. A ética contemporânea se encontra num estado de grave desordem, ou seja, ela está marcada por discordâncias morais profundas que dão ensejo a debates intermináveis. Não precisamos ir longe para constatar essa tese, basta prestarmos atenção ao caráter inconcluso dos debates morais contemporâneos, exemplarmente ilustrado no debate em torno do direito ao aborto e a natureza da liberdade, mas igualmente na oposição entre doutrinas éticas e políticas influentes como o liberalismo igualitarista de John Rawls e o liberalismo do Estado mínimo de Robert Nozick.
Em suma, retomar a tradição aristotélica das virtudes é o único remédio eficaz, segundo MacIntyre, para evitar o esquema conceitual da modernidade em que os juízos são todos valorativos e, mais especificamente, os juízos morais não são mais que expressões de preferência, de atitude ou de sentimento, ou seja, há um predomínio do emotivismo no debate moral e nas doutrinas éticas e políticas. A estratégia defendida por MacIntyre é, portanto, a da reformulação da tradição aristotélica com o objetivo de tornar inteligíveis e racionais nossas atitudes e nossos engajamentos morais e sociais.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMacIntyre questiona o senso de justiça e a diferença que há entre os indivíduos quando esta é a questão. Essa concepção de justiça pode ser interferida a partir de interesses, experiências ou até mesmo por culturas. Em busca da concepção ideal, a proposta é utilizar da racionalidade de tradição. Então, é colocado que os indivíduos devem possuir o mesmo ideal, mas não necessariamente o mesmo senso moral.
ResponderExcluirO autor acredita que a compreensão humana é construída a partir do núcleo das tradições, estas, por sua vez, constituem as razões do homem e de suas condutas, tentando elaborar uma ótica da tradição como capaz de suportar uma dinâmica na qual os conflitos possuem um espaço para sua constituição, afinal, as concepções morais e de justiça das pessoas estão diretamente ligadas a cultura e tradição.
Por levar em consideração o convívio de distintas tradições, MacIntyre não aborda a concepção de liberdade individual, prefere se dedicar a um modo de teor comunitário. Considera diferentes crenças e pontos de vistas, acreditando que é possível encontrar alguns pontos em comum e assim elaborar algo que seja capaz de constituir uma discussão saudável acerca de justiça.
Isabel S. Klug - RA: 21068913
Maclntyre elabora uma forte crítica ao iluminismo e ao liberalismo, e principalmente a forma que se discute moralidade (ele defende a volta da forma dos clássicos debaterem).
ResponderExcluirSegundo ele, não se chega à conclusão nenhuma discutir justiça de modo que as emoções participem, uma moral pode tranquilamente subjugar a outra. Sendo assim nossa concepção de justiça é subjetiva.
Opôs-se também ao individualismo, exaltava a sociedade como a formadora dos indivíduos (por meio das tradições).
Naara Campos (21050313)
MacIntyre critica o atual debate sobre justiça e pretende retomar a Ética de Aristóteles, nela vê a virtude como uma habilidade a ser desenvolvida e difere as pessoas em três tipos: 1. aquelas que vivem pelo prazer, uma clara crítica aos utilitaristas, ; 2. aquelas que vivem por honra e status, os políticos; e 3. aquelas que vivem por contemplação, os filósofos. O primeiro tipo, utilitarista é imoral e os dois últimos morais. Porém, nessa visão, a virtude não possui um guia e é relativa, pois difere em cada sociedade e sua tradição. Dessa forma, para se virtuoso é preciso aflorar um extinto que existe dentro de nós que nos levarão a agir da maneira correta, isso só acontecerá pela experiência coletiva, assim, chegaremos em um equilíbrio onde a justiça é plena.
ResponderExcluirRA: 21070713
Para Alasdair MacIntyre, não é possível chegar a uma conclusão racional sobre Ética nos moldes em que o debate atual está sendo proposto. Assim, defende a ideia de que somente por meio da Sabedoria seria possível entender melhor do que se trata a Moral.
ResponderExcluirDe acordo com ele, a Sabedoria não estaria diretamente relacionada com um modelo composto por justificativas e pressupostos determinados pela Razão que se pretende única e universal.
Acreditando que a Sabedoria deveria ser colocada em posição de destaque na busca por conhecimento, MacIntyre procurará resgatar em sua teoria os modelos propostos por Aristóteles, nos quais se acreditava que o que constituiria o Bem para o homem seria uma vida baseada no exercício das virtudes.
Com essa nova perspectiva, rejeita-se a ideia de que o bem só pode ser atingido na esfera individual do homem. Uma das principais críticas ao individualismo seria pelo fato de que a amizade ganha um papel importante, pois seria por meio dela que haveria a partilha de bens, sendo que os elos de amizade só poderiam ser concebidos em conjunto.
Continuando, podemos perceber certas influências do pensamento kuhniano nas ideias e reflexões de MacIntyre, no sentido de que para o autor, tal qual na Ciência, é possível que existam paradigmas de interpretação da racionalidade humana que se configuram no formato do que ele chama de “tradições”, sendo que estes paradigmas são incomensuráveis (incomparáveis uns com os outros).
No entanto, é possível é possível entender e “traduzir” essas tradições para que haja maior compreensão por parte das pessoas. Essa tradução se daria, como já mencionado anteriormente, por meio da ética aristotélica, sendo também importante frisar que o “objetivo” desse modelo ético é o de que os indivíduos levem uma vida eudaimônica (feliz, tranquila, honesta).
Giovanna Fidelis Chrispiano
21005013
Vanessa da Paixão de Sousa - RA: 21040113
ResponderExcluirMacIntyre é um crítico das teorias liberais modernas que tomaram conta dos discursos de moralidade, e através da “Ética das virtudes” ele propõe retomar as teorias que se tornaram esquecidas pelos modernos.
Mas o que seria “Ética das virtudes”? MacIntyre trabalha com a ideia de que uma essência própria do ser humano seria capaz de definir o que é moral perante todas as ações, de todos os seres humanos. Para o autor, uma vida moral é aquela que é vivida virtuosamente, onde o indivíduo deixa florescer a sua essência e torna-se realizado como ser humano, sendo consequentemente feliz (eudaimonia).
O autor conclui que nas mais diversas tradições é através da experiência coletiva que poderá ser evidenciado se um individuo é virtuoso ou não. Um ser humano ético é equilibrado, não possui vícios, e o seu desenvolvimento moral ocorre através da reflexão que o próprio faz sobre a forma como administra a sua vida.
Os temas abordados por Alasdair MacIntyre chamam atenção por valorizar aspectos identitários na construção de uma sociedade justa. Sua obra refuta a teoria da justiça de John Rawls e pode representar o debate travado entre os autores comunitaristas e liberais. Segundo MacIntyre, faz-se necessário recolocar as virtudes em um patamar primeiro, sem qualquer necessidade de haver justificações sobre princípios.
ResponderExcluirSua proposta pode ser melhor compreendida se reconhecermos o forte apelo comunitário presente em sua teoria: segundo ele, a edificação de formas de comunidade é algo fundamental para que haja um desenvolvimento robusto dos chamados "valores de tradição". É difícil aceitar as premissas de Rawls no que diz respeito à maximização da postura puramente individualista dentro da sociedade, já que seria um mero amontoado de egoismos. Ao lutar pelo princípio de justiça deve-se então analisar os indivíduos em seus diversos contextos sociais, pois a identidade coletiva está relacionada à ação do outro. Promovendo esse tipo de reflexão, a teoria apresentada mostra-se de grande relevância na atualidade, ou como bem diz o professor Peluso, "na crista da onda", já que muitos outros autores continuam trabalhando a questão das construções de identidades como fator-chave para compreender os indivíduos e suas respectivas posturas sociais.
Guilherme Oliveira Lourenção
RA: 21071213
Macintyre representa uma posição contextualista dentro da discussão moral; faz parte de um movimento crítico das morais iluministas, chamado comunitarista.
ResponderExcluirPropõe em seu livro uma reformulação da ética das virtudes; observa que, o conceito de racionalidade é bastante conflitante, contrário à aspiração do iluminismo, cuja racionalidade exige a adequação de todos os seres racionais a um mesmo princípio de racionalidade independente de qualquer particularismo. Propõe uma concepção de racionalidade para a pesquisa moral que esclareça os conflitos das várias formulações morais em competição; um conceito de racionalidade que nos ajude a compreender as visões conflitantes de justiça e de racionalidade prática que se revelam nas nossas avaliações morais, bem como na pesquisa moral da filosofia acadêmica.
Para ele, o iluminismo nos privou de uma concepção moral vinculada a uma tradição social e intelectual. Uma pesquisa racional incorporada numa tradição social e intelectual deve conter quatro considerações importantes: o conceito de justificação racional deve ser histórico; as formulações das pesquisas morais devem ser entendidas a partir de um contexto histórico por haver uma diversidade de concepções de racionalidade e de justiça; a caracterização da diversidade das tradições com seus modelos de justificação racional explicitará melhor os fundamentos dos pontos de vista divergentes, onde se terá uma explicação melhor que aquelas propostas pelo Iluminismo; o conceito de pesquisa racional inserida na tradição (três tradições de pesquisa a respeito da ‘racionalidade prática’ e da ‘justiça’: a aristotélica, a agostiniana e a tradição da filosofia moral escocesa) deve ser esclarecido através da exemplificação histórica das várias visões de justiça e de racionalidade prática.
Uma tradição de pesquisa é um movimento onde seus adeptos tornam-se conscientes dele e de sua direção e participam de seus debates e dão prosseguimentos ás suas pesquisas. Isto torna a tradição mais consistente á medida que seus integrantes, no encontro com outras tradições, sejam capazes de reconhecer seus limites conceituais e sensíveis para captar os recursos para as transformações necessárias. A racionalidade de uma tradição é consistente enquanto é capaz de oferecer respostas no para o enfrentamento de questões emergentes das novas situações. Macintyre, herdeiro da tradição aristotélico-tomista, conclui que a sua tradição mostrou capacidade de superação e expansão a partir de seus próprios recursos, confirmando assim a racionalidade da mesma:
“Em cada estágio, crenças e juízos serão justificados, tendo como referência as crenças e juízos do estágio anterior e à medida que uma tradição se constitui como uma forma bem-sucedida de pesquisa as reivindicações de verdade, nessa tradição, serão sempre, de um modo especificável, menos vulneráveis ao questionamento e à objeção dialéticos do que suas predecessoras”
Alasdair MacIntyre é um dos principais filósofos morais da atualidade dentre
ResponderExcluiraqueles que propõem o desenvolvimento de uma ética normativa das virtudes. O principal vetor da ética normativa desenvolvida pelo autor é seu caráter teleológico fundamentado, que procura ressaltar a dimensão condicionante do agir moral. MacIntyre concebe as bases teóricas para uma relação de continuidade entre natureza e cultura. As práticas sociais não são expressões da interioridade da cultura, única e exclusivamente, mas sim, “interpretações”, ou especificações, construídas sobre o reconhecimento da vulnerabilidade e da interdependência da espécie e sobre a necessidade de
superação desta condição como forma de manutenção da vida, do ecossistema e dos ecossistemas e ecossistemas, da teleologia que perpassa a natureza. A edificação de comunidades práticas é, portanto, comum entre várias espécies (é condição de possibilidade para algumas espécies o que muda é a complexidade com que as práticas sociais são organizadas e justificadas.
Alasdair Maclntyre é um filosofo político, comunitarista, adepto à filosofia aristotélica, contrário às ideias liberais como a de Rawls que parte do individuo para satisfazer a maioria.
ResponderExcluirO filosofo inicia o texto “Justiça de Quem? Qual racionalidade?” questionando o nosso senso de justiça até desembocar no uso da racionalidade para conceber uma justiça única. A partir daí, disserta sobre qual racionalidade devemos nos basear, resultando numa crítica à modernidade e ao modelo iluminista, e uma na defesa da retomada de uma ética das virtudes, baseada nas ideias de Aristóteles.
A critica à modernidade refere-se principalmente a pluralidade de ideias contraditórias sobre o que é o ‘bem’ e o que é ético e a critica a concepção de individualismo que o iluminismo trouxe para a discussão. Segundo Maclntyre, apoiar o individualismo era aceitar que a esfera privada fosse privilegiada em detrimento da publica, o que para ele era uma incoerência lógica.
A retomada que o comunitarista faz de Aristóteles tem como objetivo a noção de fim, o distanciamento do relativismo. Assim, recupera a ideia de ver no homem um “telos”, que só pode ser realizado (segundo Maclntyre) dentro da esfera da comunidade. Isso porque o ser humano não vive sozinho e suas ações afetam uns aos outros, sendo assim, para chegar ao que é bom para uma comunidade, deve-se levar em conta a tradição da mesma (a moral muda de acordo com o contexto histórico) para convergir os variados pontos de vista que revelam interesses gerais, não levando em conta apenas o indivíduo.
Marina Molognoni - RA:21071313
Alasdair MacIntyre é um filósofo escocês que propõe que se retome a ética das virtudes de Aristóteles por conta da perda dessa ética na atualidade. Em seu livro “Justiça de Quem? Qual Racionalidade?” ele sugere que sejam seguidas as tradições das sociedades, as quais são consagradas e delimitadas a partir da investigação racional. As tradições não precisam ser completamente contrárias e dentro de uma tradição podem haver ideologias distintas. "A tradição é um argumento estendido ao longo do tempo em que certos acordos fundamentais são definidos e redefinidos em termos de debates internos e externos".
ResponderExcluirPara ele a racionalidade seria um dispositivo apurado para lidar com as opostas visões de justiça, e existem várias ideias de racionalidade. Para um indivíduo agir racionalmente ele deveria 1. não adotar qualquer teoria em debate e 2. deixar de lado as particularidades das relações sociais.
O autor argumenta que as concepções de justiça são opostas às concepções de racionalidade prática. MacIntyre cita uma incomensurabilidade das éticas morais. “Os problemas da justiça e da racionalidade prática e de como enfrentar as alegações sistemáticas rivais das tradições conflitantes entre si no enfrentamento do encontro ideológico não são um único e mesmo conjunto de problemas para as pessoas.”
Cinthia Cicilio.
MacIntyre se opõe a lógica liberal, sendo considerado um autor que defende o comunitarismo e, somente através do mesmo, é que pode encontrar o ápice da racionalidade. A lógica comunitarista está intrinsecamente ligada a tradição que autor entende ser o centro da formação do caráter do sujeito moral. Sendo assim, a tradição é o fundamento da compreensão racional da sociedade, gerando por consequência o entendimento de que a tradição é o fundamento do pensamento racional.
ResponderExcluirPara além disso, MacIntyre apresenta a visão de que os conceitos de justiça se estabelecem de forma individual e bastante subjetiva. Portanto, ressalta a importância da racionalidade para se compreender as diversas concepções de justiça. Para o autor, é necessário que se conheça o princípio das tradições rivais para que se possa chegar a uma conclusão sobre como resolver os conflitos existentes. A partir disso, o conhecimento dessas tradições subjetivas é plenamente importante de modo que se possibilite o entendimento da ética das virtudes em uma sociedade contemporânea.
André Izidoro Silva - 21037113
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAlasdair MacIntyre criticava a tentativa de construção de uma ética racional pelo Iluminismo e suas tendências a posições emotivistas, enquadrando o no Comunitarismo, além de achar necessário o foco nos problemas contemporâneos.
ResponderExcluirO autor vai contra a ideia de Rawls, não acredita na concepção de um contrato para reger a justiça e a sociedade, seguindo a posição original e pautada pelo véu da ignorância. O que deve ocorrer é um debate, no qual haverá uma tentativa de convencimento do outro de que sua ideia é a melhor. Este debate será pautado na racionalidade da tradição, já que cada sociedade possui morais distintas, portanto, a pessoalidade de cada indivíduo não será deixada para trás e ambas as partes terão que encontrar a melhor forma de conviver buscando um ponto em comum.
Já que cada ser humano define seu modo de vida de acordo suas influencias e tradições, sociedades menores seriam mais fáceis de controlar e torna-las justas. Além de que é a racionalidade e a objetividade da discussão que mostrará o que é justo ou não.
Natália de Lima Pereira 21016913
O pensamento de Alasdair MacIntyre desconsidera a validade de um debate que se apoia em aspectos emocionais. Ou seja, não se denomina “debate” uma discussão onde a essência está na apelação emocional e não focada nos fatos propriamente ditos.
ResponderExcluirEsse pensamento se opõe à teoria de Rawls, que julgava cada indivíduo como detentor de senso moral e que, por consequência disso, tornavam possível a estruturação de debates. MacIntyre ao contrário afirma que justamente por cada um se apoiar em seu próprio senso de aprovação – e assim, obviamente, considerando-se justo em sua perspectiva – um debate não é produtivo pois perde seu objetivo e, ao variar de acordo com a concepção de cada um, deixa de lado também a ética.
Há oposição também às ideias iluministas, uma vez que elas impedem o entendimento sobre a racionalidade, que por sua vez se deriva da tradição. Aproximando-se de Aristóteles, onde a teoria da justiça busca a racionalidade em uma ética superior por meio da procura do entendimento sobre as falhas (em Aristóteles, através da ética das virtudes).
Dessa forma, MacIntyre, defensor do comunitarismo como meio de se encontrar a racionalidade, explica que nosso entendimento se constrói diante da tradição e a partir dela é que resultam nossos comportamentos e nossa formação de caráter como indivíduos morais. Ou seja, a tradição é indispensável, é fator central em discussões racionais sobre a realidade.
Jacqueline Anjolim
RA: 21007511
Alasdair MacIntyre põe como problemática principal o excesso de subjetividade nas discussões sobre justiça. Para ele, os debates sobre esse assunto na sociedade moderna adquirem contornos totalmente subjetivos que não permitem que se chegue a um consenso, tornando o debate um mero jogo de argumentação que não chegará a qualquer conclusão suficientemente objetiva e conclusiva.
ResponderExcluirMacIntyre propõe um retorno a ética e moralidade de Aristóteles, uma vez que o projeto iluminista falhou completamente na tentativa de explicação da moral, tornando o indivíduo moderno, produto desse projeto iluminista, totalmente subjetivo. Para Alasdair, seria necessária a concepção única de “natureza humana”, para que os debates sobre justiça, “corrompidos” pelo projeto Iluminista, com argumentos apoiados no histórico e trajetória de cada civilização e pautado em uma maior objetividade.
Kevin Rossi Freitas
RA:21071613
McIntyre foi um crítico do liberalismo, defendendo a forma aristotélica de se discutir o que é moralidade. Para formular uma ética e moral alega que é preciso mais do que a razão criticando o pensamento iluminista. Por ser um comunitarista, defende que é preciso levar em conta tradições mais o interligamento entre sociedade e individuo criticando durante o individualismo presente no utilitarismo e pensamento liberal.
ResponderExcluirPara ele o ideal de justiça se baseia nas tradições e na racionalidade. A justiça é considerada por McIntyre subjetiva, já que cada um de nós temos um senso de cultura e experiências de vida diferentes; por isso a crítica ao liberalismo e iluminismo que se baseiam em moral quando esta é transitória. O autor defende que devemos achar algo em comum entre variados valores morais, tradições e costumes para que nenhum povo seja prejudicado e todos vivam bem.
Victoria Caroline Barros Araujo
21080313
Alasdair crê que há respostas conflitantes e opostas no que diz respeito à justiça nas sociedades. Nossa sociedade não é uma sociedade de consenso, mas sim uma sociedade de divisão de conflito, percebe-se isso quando grupos debatem o que é justo fazer em casos particulares.
ResponderExcluirSomos educados não de uma maneira coerente de pensar e julgar, mas uma visão formada por um conjunto de fragmentos sociais que são herdados de diferentes culturas. Portanto como devemos nos guiar entre visões opostas de justiça de são disputadas por nossas inclinações morais, sociais e políticas? Talvez pudéssemos responder nos pautando pela racionalidade, as quais também são múltiplas.
Segundo o autor, alguns filósofos admitem que a racionalidade exige que devamos nos desinvestir de qualquer teoria e também abstrair qualquer particularidade das relações sociais em cujos termos fomos acostumados a conviver e que, só assim chegaríamos a um ponto de vista imparcial, apartidário, fugindo da parcialidade e do unilateralismo, finalmente podendo analisar racionalmente as visões conflitantes de justiça.
Macyntire acredita que todas as questões relacionadas à justiça e à racionalidade prática, têm sido tratadas no domínio público, não como assunto de pesquisa racional, exigindo-se apenas premissas e argumentos incompatíveis como ponto de partida. O autor credita esse fato ao iluminismo, cuja proposta de debate público dos padrões racionais teria a intenção de sobrepujar, segundo ele, a tradição. Para o autor, esta visão permaneceu com os pensadores pós-iluministas, dos quais fazem parte da maneira ocidental de pensamento, é claro.
MacIntyre propõe, portanto, que resgatemos uma pesquisa racional incorporada à tradição. Em virtude de sua teoria, havendo uma diversidade de tradições, haverá, por conseguinte, justiças, não somente “justiça”. Fica claro o relativismo ético em sua obra. O autor elenca, como exemplo, quatro tradições que se desenvolveram historicamente: a visão aristotélica, emergindo da pólis grega; a de Tomás de Aquino que escapa das limitações da pólis; da Renascença surgindo subvertida por Hume. E agora, vivencia-se a do liberalismo moderno.
A partir de debates e da pesquisa de tradições, as disputas concernentes à justiça e à racionalidade prática, podem ter suas concepções substituídas, modificadas ou abandonadas. As tradições podem comunicar entre si, contudo, existem incompatibilidade e incomensurabilidades lógicas. Isto é claro, uma vez que cada tradição fornece justificações racionais diferentes para suas teses. É aqui onde se encontra a grande dificuldade, pois não há um conjunto de padrões através dos quais as questões das tradições podem ser decididas.
Alasdair propõe-nos que compreendamos a filosofia no contexto histórico de sua tradição, de sua ordem social e do conflito do qual se originou. Ademais, MacIntyre coloca a Virtude como caminho independente para o raciocínio. É justamente com o exercício da virtude que capacita o homem a emitir os juízos práticos. MacIntyre oferece-nos a retomada da ética aristotélica das virtudes como proposta para solucionar o caos introduzido na conduta moral do homem contemporâneo. A ética, portanto, residiria em nossas condutas e caráter.
Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613
O autor desta semana, Alasdair Maclntyre, é o primeiro filósofo defensor do comunitarismo, ou seja, o autor defende a ideia do ser humano como ser com uma racionalidade comunitária, já que assim o é. Sua principal tese está na ideia de que o ser humano é parte de um todo e sua identidade se dá na coletividade, logo o problema do liberalismo é justamente este, ele apenas vê o indivíduo como um ser solitário no mundo, um ser individual.
ResponderExcluirA narrativa, prática e tradição são conceitos centrais em sua teoria, apesar delas variarem de grupo para grupo por conta da cultura, levando ao fato de cada racionalidade (importante para compreender as concepções de justiça e as tradições) de um grupo é diferente do outro.
Deste modo, Maclntyre diz que os interesses coletivos é que devem ser respeitados e que não há justiça e nem ética sem olhar os outros e respeitar seus direitos. Logo, a forma do debate ético de considerar apenas uma racionalidade está errada. Não existe uma união geral de racionalidades, cada grupo possui a sua e caso haja conflito entre elas, o autor propõe que se conheça os princípios das culturas e das tradições dos grupos para se chegar a uma conclusão e se resolver o conflito.
O autor também faz uma crítica ao projeto racionalista iluminista na sociedade, pois este condenou a sociedade ao fracasso quando usou critérios para julgar questões como certas ou erradas através de uma lógica que busca valores universais. Maclntyre propõe um modelo de racionalidade que resgata o Classicismo e que vê as questões morais como parte de uma tradição de uma sociedade.
Alasdair MacIntyre defende um retorno às tradições aristotélicas, tradições estas que tinham como objetivo a construção de um ideal de natureza ética. Para ele, os indivíduos se achariam justos tomando como base apenas seu senso de aprovação próprio, ou seja, seus sentimentos morais. No entanto, esses sentimentos podem mudar, e isso faz com que a ética se torne algo descartável. Logo, debates apoiados nas emoções (senso moral) não são válidos. Se o debate se der tendo como base as emoções, ele acaba por ser apenas uma disputa de imposições, onde uma emoção deverá prevalecer sobre a outra, e assim se tornará um debate incomensurável e que não chegará a nenhum lugar.
ResponderExcluirPara o autor, a ética deveria basear-se em um ideal fixo no qual todos os indivíduos deveriam tentar se espelhar e se aproximar disso, e só dessa forma é que um debate racional seria possível e o debate ético deixaria de ser incomensurável. Para que esse ideal fosse alcançado, um diagnóstico de toda a comunidade seria necessário, porém, o que acontece é um aumento das comunidades, e não a redução das mesmas.
MacIntyre critica a moralidade racional do iluminismo. De acordo com o autor, para responder a pergunta ”o que é justiça?”, seriam apresentadas diferentes respostas conflitantes, deixando assim a adequação de todos os seres racionais cada vez mais longe. Portanto, para o autor, “o legado do Iluminismo é a provisão de um ideal de justificação racional que se mostrou impossível de ser atingido”.
Aline B. Silva - RA 21080413
Alasdair MacIntyre é um crítico do liberalismo, e se considera comunitarista
ResponderExcluir.
O autor afirma que atualmente os debates são apoiados na racionalidade, porém cada um usa de individualidade e emoções para se defender.
O fato de a subjetividade estar tão presente nos debates, faz com que nunca haja um consenso. Tudo se torna apenas uma disputa para que o discurso mais elaborado “vença” a discussão.
Segundo ele, não é na individualidade que encontramos identidade, mas sim na coletividade, pois é a partir dela que se construirá a tradição. Que por sua vez é responsável por criar a noção de bem ou mal, justiça, etc. E é justamente nessa chamada racionalidade de tradição que devemos nos basear.
Devemos retomar os conceitos de Aristóteles sobre virtudes e na essência do ser humano. A ética aristotélica pode solucionar o problema da conduta do individuo. Ao possuir virtudes, coragem e justiça, o homem pode ser hábil em perceber sua participação na cultura da sociedade.
Para que haja consenso sobre a moralidade, é preciso suscitar o debate em pequenas comunidades, em que as diferenças são mais facilmente superadas e a discussão é mais controlada. A partir deste ponto, o debate pode se encaminhar para grupos grandes, para descobrir similaridades e pontos em comum, de modo a se atingir o objetivo pré-estabelecido.
Quando os indivíduos descobrem o significado de ética vivem desta forma, a sociedade se torna justa e equilibrada
Erika Mendes 21027413
Alasdair MacIntyre faz uma crítica ao racionalismo liberal, considerando este como atomista e focado no indivíduo atomizado, desfocado de seu contexto e carente de historicidade. Um dos filósofos da corrente comunitarista Macintyre não admite o indivíduo isolado, mas compreende que este esta mergulhado em sua comunidade e que sua própria idividualidade é adquirida e moldada por esta comunidade.
ResponderExcluirNeste sentido o autor propõe uma nova racionalidade que represente um retorno ao princípio da antiguidade, aristotélico, conhecido como princípio das virtudes, no qual a virtude da sociedade será tanto maior se esta for composta por cidadãos virtuosos.
Assim, os princípios que norteiam a justiça devem ser fruto do debate no interior da comunidade de cidadãos virtuosos, que se posicionariam encontrando princípios justos e mais adequados ao bem da sociedade. Neste sentido a objetividade é construída socialmente e levando-se em conta as diferentes culturas, valores, que são debatidos nas diversas esferas da comunidade até se constituir em princípios gerais da sociedade.
Em minha opinião a grande vantagem desta abordagem é seu caráter histórico e a integração que estabelece entre o indivíduo e a sociedade como partes de um único sistema, integrado e relacionado.
Porém como este mundo de cidadãos virtuosos e um debate realmente profundo entre todos os cidadãos seria possível nos dias de hoje? o que parece é que esta vertente também da pouca importância ao fato de no interior das próprias culturas existirem graves conflitos, que muitas vezes são antagônicos e não podem ser resolvidos por uma elite consciente e virtuosa.
Se por um lado a concepção individualista e atomista liberal busca naturalizar o ser egoísta e maximizador como valor desejável e inevitável entre os seres humanos, os comunitaristas parecem apresentar uma comunidade de certa forma idealizada onde a solução dos conflitos parece ocorrer de forma harmoniosa e por uma certa evolução cultural.
WANDERSON COELHO PINHEIRO 21031713
A teoria de Maclntyre fundamenta-se em três conceitos: prática, narrativa e tradição, por meio dos quais ele resgata a racionalidade dos Clássicos, principalmente aristotélica.
ResponderExcluirO autor afirma que o nosso senso de justiça é divergente em decorrência dos conflitos de opiniões que influenciam a definição de justiça.
A concepção ideal de justiça, segundo ele, está atrelada ao uso da racionalidade da tradição, mas é possível que o individuo seja racional e injusto.
Em sua critica ao iluminista, Maclntyre afirma que este não considera as tradições em suas analises, o que é falho porque o individuo é influenciado por seus valores e tradições. O liberalismo para o autor também é uma tradição, mesmo que ele tenha surgido para acabar com a mesma.
Para concluir, é importante falar que enquanto filosofo declarado comunitarista, ele defende a sobreposição dos interesses coletivos aos individuais e, que as concepções morais não ser analisadas pelos sentimentos indivíduas, mas pelas relações da comunidade, ou seja, pelo coletivo.
RA 21065313
Alasdair MacIntyre surge usando como argumento principal, contra a teoria liberal deontológica, a pretensão de neutralidade de justificação, que não é uma posição moralmente defensável, pois, por exemplo, a tentativa do iluminismo de justificar o conceito moral que seja livre de tradições históricas, éticas e de uma visão teleológica de natureza é muito problemática, já que, para MacIntyre são estes os três pontos fundamentais para poder existir uma concepção de justiça.
ResponderExcluirFica claro que Maclntyre acredita que não é possível fazer justificação de normas universais sem levar em consideração os valores particulares numa sociedade que é pluralista.
Há ainda de se pensar que o argumento dos liberais de pretensão de uma neutralidade e tolerância ética justificadas moralmente é um encobrimento do fato do liberalismo ter como base uma concepção de “vida boa a ser adotada”; pretendiam superar todas as tradições, no entanto, acabam se tornando mais.
O liberalismo vale dentro de uma determina cultura, a ocidental, e ainda dentro desta, só vale para aqueles que compartilham sua teoria de bem, sendo assim, ela é uma teoria excludente.
Os liberais se apoiam em uma teoria que parte de pontos que não são neutros, como afirma a teoria, mas que são sempre liberais.
Francisco Sergio Vasconcelos Coelho - 21078713
Alasdair MacIntyre é influenciado, claramente, pelos ensinamentos de Aristóteles e em seu livro MacIntyre retoma a ética aristotélica para o debate da moralidade nas sociedades liberais e, consequentemente, estabelece importantes ideias ao senso de justiça. Em sua obra “Ética das Virtudes”, a moralidade não está discutida no âmbito das ações. Sendo assim, este autor não tem o intuito de dizer quais ações são morais ou imorais. Na verdade, para ele o que poderia ser classificada como moral ou imoral é a vida. E para tal vida ser considerada moral/ética, ou seja, virtuosa, se faz necessário a busca da felicidade e a realização do florescimento da essência humana.
ResponderExcluirÉ importante destacar que MacIntyre faz crítica ao iluminismo, pois segundo ele, o iluminismo nos privou de um entendimento da composição da busca moral ligada a uma tradição intelectual e social.
Por ser um comunitarista extremo, MacIntyre diz que as decisões racionais são obtidas por meio de um processo coletivo, isto é, a justiça ocorre quando se chega a pontos de vista comuns que revelam interesses gerais e, portanto, não levam em conta apenas o indivíduo, mas sim a comunidade. MacIntyre expressa que fatores como a cultura, a tradição e a educação são fatores de influência para a concepção da ideia de justiça, e sugere que para efetivação de uma sociedade justa as condutas devem partir da análise de pequenas comunidades.
Matheus Nunes de Freitas RA: 21031213
Wesley Seraphim R.A 21064513
ResponderExcluirAlasdair Maclntyrie em sua obra “Justiça de quem? Qual racionalidade?” traz para pauta do debate liberal, sobre sociedade justa, questões que remontam ao projeto iluminista e como os aspectos da filosofia iluminista arrasta o homem para decisões tomadas na emoção. Ainda que a filosofia iluminista se declare como esclarecedora e esclarecida, segundo Maclntyrie ela conduz a um aspecto que metamorfoseado de racional, inclina-se ao emocional e retira a condição de equilíbrio do homem. Um modo de retomar essa condição é um certo “retorno” a filosofia aristotélica eudaimônica, que concorda que o homem deve buscar a felicidade, diferente da norma kantiana deontológica, do dever.
Ao apresentar esse aspecto aristotélico Alasdair Maclntyrie, propõe um retorno a filosofia do justo meio, e através desde equilíbrio que o homem poderá ser um ser virtuoso. A preocupação em considerar a virtude se dá porque Maclntyrie acredita que apenas uma sociedade que encontre o equilíbrio pode ser uma sociedade moral. É preciso um sujeito ético que incida em uma sociedade equilibrada e moral. Torna-se difícil falar em sociedade justa diante de tantas interpretações sobre o que seja justiça. Alasdair Maclntyrie também coloca a ética das virtudes em pauta. Coloca em julgamento não só a ação e o motivo que levou o indivíduo a cometer aquela ação, e sim o caráter e a propensão do indivíduo a praticar aquele tipo de ação. E é precisamente a isso que precisamos nos atentar, diante do fracasso iluminista em dar as respostas “racionais” acerca do que ou de quem é o homem – e o homem livre se tomarmos a concepção de liberdade oriunda da revolução francesa e depois trabalhada por Kant acerca do que era o esclarecimento, ao tratar do uso publico e uso privado da razão, frente liberdade civil e liberdade do estado – diante de uma resposta que não pode ser dada, ficam as múltiplas questões sobre liberdade e bem estar, quanto a felicidade e ética, moral e justiça. Aspectos que somente serão alcançados por um ser de virtudes.
Alasdair Maclntyre escreve um livro intitulado “Ética das Virtudes” o qual atenta a explicar uma nova forma de discussão da moralidade a qual teriam sido esquecidas pelas teorias éticas contemporâneas. Sendo o conceito de justiça almplamente explanado, procurando relatar a essência do ser humano a qual determinaria todas as ações morais de todos os atos do homem. Uma vida moral par ao autor seria uma vida virtuosa onde a essência do ser humano se expande uma sociedade dotada de indivíduos virtuosos resulta em equilíbrio e moralidade e como sumo máximo a justiça.
ResponderExcluirSua crítica a concepções modernas e ao projeto iluminista faz uma crítica a desordem da linguagem sobre a modernidade mostrando um vitral de maneiras de se abordar justiça. Autor comunitarista e crítico ao liberalismo e sua relata que a idéia de justiça é algo subjetivo onde as pessoas diferem sobre o sendo do que seria justo provenientes de culturas ou experiências pessoais. Critica iluminismo e o liberalismo alegando que ambos se baseiam em tradições ética e morais transitórios.
Felipe Trevisan RA:21041013
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ResponderExcluirMacIntyre é um autor que se diferencia dos outros estudados até agora pois ele apresenta um outro tipo de abordagem acerca do debate sobre a justiça, sobre a moral e sobre o funcionamento de uma sociedade.
ResponderExcluirO autor esboça uma crítica aos teóricos modernos usando como pano de fundo uma concepção esquecida - a dos clássicos, principalmente o pensamento aristotélico.
MacIntyre fala sobre uma "Ética das virtudes", que propõe que existe uma essência do ser humano que deve ser restabelecida determinando a moralidade dos comportamentos humanos. Uma vida moral é uma vida virtuosa que busca o equilíbrio. O autor desloca a discussão do indivíduo ao coletivo, indo contra as concepções liberais de justiça, explicitando o seu caráter comunitário.
A justiça, para MacIntyre é obtida quando interesses em comum são acordados, diferentemente da visão de Rawls, que supõe a posição original e o véu de ignorância para estabelecer princípios. Os interesses em comum já existentes devem ser explorados.A justiça, dessa maneira, é alcançada por meio do uso da racionalidade, e sobre isso o autor reconhece que existem vários tipos de racionalidade que devem ser respeitados.
Ao longo de sua teoria o autor também dá grande ênfase a cultura e a tradição, fatores que são esquecidos pelos modernos porém são de extrema importância para o entendimento dos princípios humanos.
Alasdair MacIntyre é um crítico do liberalismo, considera-se comunitarista e afirma que atualmente os debates tem sido apoiados na racionalidade, mas que na verdade, cada um usa de sa individualidade e emoções para defender suas ideias. O fato de tal subjetividade estar presente nos debates, faz com que dificilmente se alcance um consenso e com que tudo torne-se apenas disputas em que discursos melhores elaborados vençam as discussões. Para o autor, a ética deveria estar baseada em um ideal fixo no qual todos os indivíduos pudessem se espelhar e tentar aproximar. E somente dessa forma é que um debate racional seria possível e o debate ético deixaria de ser impossível. Para que esse ideal fosse alcançado, um diagnóstico de toda a comunidade seria necessário, porém, o que acontece é um aumento das comunidades, e não a redução das mesmas. O autor também faz uma crítica ao projeto racionalista iluminista na sociedade, pois este condenou a sociedade ao fracasso quando usou critérios para julgar questões como certas ou erradas através de uma lógica que busca valores universais. Maclntyre propõe um modelo de racionalidade que resgata o Classicismo e que vê as questões morais como parte de uma tradição de uma sociedade.
ResponderExcluirLara Silva Obana RA: 21073413
ResponderExcluirMacIntyre é um pensador que segue a linha liberal e critica esta dizendo que eles não buscam a verdade e sim dizer que sua liberdade/igualdade é o modo certo de se viver/ser, ao mesmo tempo não nega a possibilidade de se alcançar à justiça nesse tipo de sociedade. O pensador inaugurou o modelo liberal de justiça que privilegiava um olhar voltado para a sociedade e apresentou o liberalismo como uma “tradição”.
Para MacIntyre os debates morais tendo como base as emoções (senso moral) não são válidos, pois se depender das emoções o debate passa a não existir e se torna uma disputa de imposições sobre qual emoção deve prevalecer sobre a outra, não levando a lugar nenhum. Essa ideia vai contra a teoria do já estudado Rawls, que acreditava que todos têm um senso moral que reside em cada um de nós e que deveria dar base para os debates.
Semelhantemente a Dworkin, ele também se prendia nos tipos de narrativa do qual o Direito derivava. Ele dá extrema importância à história, às tradições e retoma as ideias aristotélicas do "dever ser", onde o objetivo do debate era a construção do ser humano de um ideal de natureza ética, para se chegar a um consenso do que é justiça.
Na visão do pensador britânico, as pessoas se acham justas se apoiando somente em seu próprio senso de aprovação (seus sentimentos morais), porém esses sentimentos são mutáveis e, assim sendo, a ética se torna descartável. E por essa razão os debates não devem se apoiar nos sentimentos/emoções.
MacIntyre diz que se devem levar em conta as tradições de cada comunidade e suas concepções de racionalidade, pois cada comunidade entende a racionalidade de um modo diferente. Ao se apoiar nas tradições, na história a ética e a moral se tornam valores imutáveis e é este valor imutável que seve ser fixado. Daí se dá a ideia de Aristóteles do "dever ser" que é aquilo que deve ser discutido, o que deve ser fixado como ideal certo.
A ética deve, portanto, se basear em um ideal fixo, algo que todos devemos nos espelhar e tentar chegar próximo. Apenas desse modo um debate racional seria possível e o debate ético deixaria de ser incomensurável. Preferencialmente esse debate fixo deveria ocorrer em comunidades pequenas (como a Grécia Antiga de Aristóteles), pois para se alcançar esse ideal seria necessário um “diagnóstico” de toda a comunidade. Hoje em dia o que ocorre, porém, não é uma redução das comunidades e sim um aumento delas.
MacIntyre critica a moralidade racional do iluminismo, pois segundo ele, para responder uma pergunta como, “o que é justiça?”, seriam apresentadas diversas respostas conflitantes, deixando assim a aspiração do iluminismo de adequação de todos os seres racionais, cada vez mais distante. Ou seja, a falha iluminista ao tentar construir uma ética racional culminou na transferência para a filosofia dessa responsabilidade.
Assim, MacIntyre conclui que cada pessoa não pode ser considerada autônoma no sentido liberal, pois a comunidade em que vive lhe assegura sua identidade, portanto quando ela busca por algum bem, essa busca é "realizada dentro de um contexto definido pelas tradições das quais a vida do indivíduo faz parte”.
Maclntyre trabalha os debates éticos e como as esmoções podem inteferir na conclusão que se deveria chegar em uma discussão. Maclntyre afirma que quando envolvemos nossas emoções em nossos discursos, nós fazemos com que as emoções do próximo também se torne influênciável por seus sentimentos. Desse modo, as discussões seriam controladas por certezas que cada indivíduo desenvolveria de si e de seus ideais e pensamentos (semelhante ao que Schopenhauer nos conta quando descreve o dialogo do ser humano egoísta), fazendo com que os resultados que se espera de discussões éticas nunca fossem alcansados.
ResponderExcluirDesse modo, Maclntyre deixa bem claro que o Debate Ético deve ser feito livre de condições emocionais e guiado pela razão, fundamentalmente.
Um fator interessante de sua obra é a maneira como Maclntyre descreve as bases tradicionais, essenciais para o desenvolvimento virtuoso e moral, ele acaba descrevendo ferramentas para entendimento e interpretação culturais de grupos e/ou sociedades através de seu sistema jurídico, tomando a conduta moral de suas normativas como o ponto guia nessa jornada.
21057013
Para se discutir justiça, para se julgar algo, é necessário uma visão racional, e esta se dá através da imparcialidade, da abstração de preceitos e concepções pessoais, só assim e analisando friamente as raízes do problema e da discussão é que se pode chegar a alguma conclusão. Os diferentes modos de se enxergar a razão e os modos de pesquisa, são debatidos por toda a história, e para cada linha de pesquisador haverá um único modo correto, da mesma forma é a justiça e se aparelho. Quem pode garantir que as decisões tomadas pelo juiz é a mais justa ou correta se as leis em que ele se baseia foram feitas por outros humanos e pensadas para aderir a maioria dos casos, mas nem sempre a todos estes.
ResponderExcluirEle é crítico do liberalismo, mas não rompe com as ideias de que é possível ter justiça dentro de uma sociedade liberal. Ele critica a posição emotiva, que segundo ele faz com que o debate se torne sobre sentimentos morais, já que é uma tentativa da pessoa de defender uma posição moral envolvendo sentimentos pessoais e o fato do mesmo não fazer uso de uma discussão ética, mas de valores, o que não ajuda na construção de um consenso e também não ajuda na racionalidade, pois as concepções dos modos de vida dos indivíduos não podem ser baseadas nos sentimentos morais que estão por trás dessas concepções, elas devem ser baseadas na coletividade, na cultura, na comunidade. Para ele, um debate só é racional e objetivo quando os indivíduos e as estruturas que compõe a sociedade são integrantes de uma comunidade, preferencialmente pequena, e as escolhas feitas no debate só são válidas quando feitas livremente.
A tese de MacIntyre é que estes dois entendimentos conflitantes de justiça e racionalidade são expressos em sistemas políticos oponentes que dão prioridade a um sobre o outro, e é a polis como a personificação societária destas diferentes concepções de justiça que ele então se volta.
A. MacIntyre é seguidor da linha do pensamento comunitarista, onde este defende o senso de uma racionalidade comunitária. Os pensadores dessa linha, acreditam que a ideia de identidade e cultura se dá através do conjunto chamado comunidade, assim sendo impossível se ter identidade e cultura sozinho. Estas teses batem de frente com a ideia do indivíduo da teoria liberal, onde é defendido uma individualização do ser humano.
ResponderExcluirUm dos pontos importantes da teoria de MacIntyre é sobre a subjetividade da justiça, onde ele acredita que as discussões jurídicas tendem a ser exageradamente subjetiva, assim torna difícil a tarefa de entendimento e ao ponto essencial, que é uma conclusão que seja objetiva e possa nos passar a ideia de conclusiva.
GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
RA: 21081113
Após ler os capítulos Cap. I, XVIII e XX do livro: "Justiça de Quem? Qual Racionalidade?" de Alasdair MacIntyre e examinar os demais links tenho a comentar que durante a verificação do material notei que o autor defende que deve haver a construção de um ideal de natureza ética, ou seja, a partir de tal defesa podemos notar uma influência de Aristóteles sobre seu ponto de vista. MacIntyre apesar de possuir ideais que se distanciam do Liberalismo tem conceitos centrais em sua teoria, que são estes: Narrativa, Prática e Tradição, onde estes conceitos segundo ele, variam de pessoa para pessoa, onde as mesmas se achariam justas por tomar como base apenas o seu auto senso de aprovação, estes por sua vez seriam seus sentimentos morais. Sobre os sentimentos morais, ele comenta que podem variar, e essa variação torna a ética dispensável. Ou seja, debates baseados em emoções (senso moral) não são válidos, pois estes acabariam por tornar-se apenas uma disputa por imposições, onde essas imposições emotivas tenderiam a superar uma a outra tornando o debate incomensurável e sem término.
ResponderExcluirDo ponto de vista do autor, a ética deveria guiar-se por um ideal fixo, o qual deveria ser modelo para os seres e partir de então surgiria um debate racional possivelmente. Para que este ideal se concretizasse, um diagnostico de toda a comunidade seria preciso, porém, também seria necessário um recuo da mesma, mas em contra partida o que se dá é o aumento dificultando a ação de tal modelo proposto por Alasdair. Ainda comentando sobre o autor, ele nos diz que para respondermos a questão “ o que é justiça?”, seriam expostas diversas respostas conflitantes e isso por sua vez manteria distante a adequação dos seres racionais, portanto esse ideal para MacIntyre tornou-se impossível.
Alasdair ainda comenta sobre as tradições que citei no começo do comentário, onde o mesmo nos diz que o conhecimento das mesmas é importante para que haja o resgate das virtudes dos seres humanos.
Lucas do Vale Moura R. A. 21078813
Leonardo Tessaroto Buscarino - 21038613
ResponderExcluirAlsdair MacIntyre é o primeiro autor comunitarista que estudamos em nosso curso, em oposição a todos os autores liberalistas anteriores,principalmente Rawls. O autor criticava o projeto iluminista de justiça, recorrendo á constatação de que cada sociedade projeta seu ideal de Justiça. E cada indíviduo dentro desta sociedade está intriscicamente influenciado ppelas tradições desta sociedade.
McIntyre condena o a tendência pós-moderna em que cada individuo tenta sobrepor sua vontade em cima do outro por meio de debates, pois os argumentos estavam baseados em sentimentos subjetivos de cada um.
Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
ResponderExcluirMacIntyre é bastante cético em relação a tudo que discutimos até agora. Para ele, no debate ético da modernidade, acham que a razão vai dar conta de tudo quando se discute ética. A razão é a capacidade de argumentar dos seres humanos, e argumentos são sentenças que damos certas características lógicas, que dão a forma do argumento e, como somos capazes de atender a essa forma, por isso somos capazes de agir racionalmente. MacIntyre vai criticar isso dizendo que quando nós fazemos com que nosso argumento obedeça a certas regras lógicas, também estamos usando características relacionadas à nossa tendência moral, e aí o debate acaba virando um confronto de sentimentos, e achamos que estamos discutindo usando a razão. Achamos que estamos indo para alguma direção argumentando, mas isso é simplesmente a expressão de emoções e sentimentos que se confrontam.
As respostas serão nada mais que argumentos, um argumentando de um lado, outro do outro, e assim por diante. E nisso vamos ver uma exibição de argumentos usados simplesmente para justificar sentimentos morais, de aprovação ou não. Cada um já tinha sua posição antes da discussão começar e, portanto, molda o seu argumento de modo a fazer sua emoção prevalecer na discussão. Resulta numa discussão sem solução.
MacIntyre diz que precisamos adotar um modelo de racionalidade para discutir a ética, e esse modelo ele chama de Ética das Virtudes. É, portanto, outra concepção de racionalidade, diferente da usada na modernidade (onde a razão controla o debate). Nesse modelo, discutir sobre a moralidade não é uma coisa que envolve somente a razão, mas também envolve uma competência do ser humano que é maior que a sua própria razão. Definir regras formais é uma forma de se tentar chegar a algum lugar, mas não é a única e, segundo MacIntyre, essa forma racional só consegue representar a realidade parcialmente. Para ele, para se chegar a uma solução, não é a ciência e o conhecimento racional que nos ajuda nesse objetivo, e sim a sabedoria.
Com a abordagem dos problemas éticos a partir da sabedoria humana, ainda vamos usar a razão sim, mas também vamos usar outras coisas que os humanos possuem. Se eu me pautar somente pela razão humana para dizer o que é o ser humano, acabo com uma visão parcial do que é o ser humano. Para ter uma visão mais abrangente do ser humano, como um ser dotado de várias dimensões, temos que recorrer à sabedoria. É como se a sabedoria fosse um arsenal de pensamentos, sentimentos e informações que podem nos nortear. A sabedoria é o instrumento pelo qual nós temos que discutir ética, e é por ela chegamos ao que é constitutivo do ser humano, à sua essência. Cada indivíduo tem suas emoções, mas tem algo que é comum a todos nós, que é a sabedoria. Se partirmos desse pressuposto se torna possível discutir a ética. Então o método para avaliar um indivíduo, uma sociedade, é a sabedoria humana, e não a racionalidade sozinha. A discussão puramente racional não chega à conclusão nenhuma, mas a que se vale da sabedoria humana chega. O debate ético passa a ser um debate conclusivo.
Essa forma de discutir ética não é moderna, pois usa a forma de discutir ética que Aristóles propôs. Quando se vai avaliar se a sociedade é justa ou não, precisa-se usar uma concepção de ser humano que está dada pela sabedoria humana, pois é por ela que todos nós lidamos com o mundo e pensamos a respeito dele.
MacIntyre também diz que, quando achamos que algo que é aceito num determinado país é errado, apesar de acharmos errado, esse algo é parte da sabedoria humana daquela sociedade. Cada sociedade tem seus ideais do que é certo, então podemos não concordar com certas coisas que outras sociedades fazem, mas para quem vive na sociedade que criticamos, o que achamos errado é certo, é a sabedoria humana daquele país.
Mcintyre reforça como foi falho o projeto iluminista ao pretender dar respostas universais a tudo. Sua crítica parte indicando que as discussões no campo moral falham em encontrar um ponto de partida comum e passam a ser guerras de sistemas onde a imposição de um sobre o outro tem um peso político, senão emocional, mas nunca racional.
ResponderExcluirPara Mcintyre a racionalidade é socialmente-historicamente construída, ou seja, tem sentido diferente em culturas e sociedades distintas, por esta ocasião o autor confere peso a tradição. O projeto iluminista falha porque tenta buscar o que há de universal nas coisas e por achar que pode dar conta da incomensurabilidade e contingencia presentes ao nosso mundo. Tal projeto insiste, por uma euforia conferida pela ciência mas de forma distinta dela, a teorizar sobre o que não pode saber e impor tal universal às pessoas como se esse fosse algo natural. Por esse motivo existe tanta confusão na descrição do que é certo.
A solução para Mcintyre é recorrer a tradição, que no nosso caso a grega e é pedra fundamental para discussão acerca da moral e ética, a partir dela que podemos nos pôr a refletir, não emocionalmente, mas racionalmente. Pois nossa racionalidade foi construída a partir dela e nossa história de certa forma também.
Foi isso que entendi, Mcintyre busca resolver os impasses morais conferindo autonomia à comunidades na descrição do que é o ideal moral ou não.
Lukas Correia A. Silva 21038313
A partir do material apresentado sobre o tema “liberalismo e projeto iluminista”, pode-se dizer que Alasdair MacIntyre faz uma crítica a modernidade e ao modelo iluminista, e defende a retomada da “Ética das Virtudes”. Para MacIntyre, o Iluminismo não conseguiu dar uma resposta realmente coerente quanto as “problemáticas morais” de uma forma geral, já que segundo essa linha de pensamento, basicamente, a tradição poderia ser substituída pela razão como fundamento da ética e da política. Em suas palavras: “o legado do Iluminismo é a provisão de um ideal de justificação racional que se mostrou impossível atingir”. O autor critica também a concepção liberal individualista.
ResponderExcluirMacIntyre nos recorda de uma forma de discutir nossas condutas, que foi esquecida, deixada de lado pelas teorias modernas, trata-se das teorias morais da "Ética das Virtudes". Segundo a “Ética das Virtudes” não há ações morais, existem vidas que são éticas e vidas que são imorais (não são virtuosas). Segundo MacIntyre para entender a virtuosidade de uma vida é preciso olhar para a experiência coletiva, uma sociedade poderia ser considerada justa quando seus cidadãos fossem pessoas virtuosas, que vivessem de forma ética, o que resultaria em um equilíbrio.
Mariana Lima Araujo Malta
No artigo de MacIntyre, o autor defende o debate entre pequenos grupos para se chegar á um consenso através da crítica a ética iluminista. Geralmente em debates há a presença de dois ou mais grupos com ideais completamente opostas e é aparentemente impossível de se chegar a uma conclusão com cada lado tentando impor sobre o outro a sua ideia com argumentos sustentados muitas vezes nos sentimentos (orgulho, por ex) e crenças, desta forma esse debate resultaria apenas em uma disputa política, onde aquele com mais e melhores argumentos venceria somente ganhando a disputa intelectual sobre o outro e não chegando a um consentimento, o qual era o objeto maior.
ResponderExcluirMacIntyre entende no defesa do debate de um ponto de vista aristotélico, onde ele seria realizado se baseando nas culturas e tradições da sociedade, argumentando que um único indivíduo pode mudar de ideia rapidamente sendo altamente influenciado pelos sentimentos, contextos históricos e atuais e não pela racionalidade, confrontando a tradição que é um costume da sociedade e é praticada e desenvolvida por muito tempo; o debate deve ser realizado por poucos indivíduos, contrário ao que acontece hoje com as sociedades apesar de distantes fisicamente, estão muito próximas devido as atuais tecnologias que permitem um debate "mundial". Com um grupo menor é mais fácil se chagar aos pontos comuns de ambos e assim começar uma aproximação entre as propostas aparentemente inconciliáveis e resultando em um maior bem estar da sociedade.
Luiz Fernando .B.F.Lima 21035313
MacIntyre logo de início faz uma crítica aos que tentam de uma posição neutra encontrar alguma verdade teórica. Argumenta que estes carecem de argumentos pragmáticos, além de falhar em sua empreitada. Desta maneira, o filósofo entende que se faz necessário renovar o debate da ética.
ResponderExcluirO autor vê a oportunidade de renovação na tradição aristotélica, resgatando a ideia da virtu, onde se os homens passarem a viver de forma virtuosa, irão se tornar felizes. Desta maneira, Maclntyre, assim como Aristóteles, parte de uma visão de que existe uma “essência” do homem e é esta que determinará a moralidade de suas ações.
Conclui-se então, que uma sociedade justa, seria onde todos os indivíduos vivessem de forma ética, de encontro as virtudes, eliminando os vícios.
Nome: Murillo Faria dos Santos Neri
RA: 21045713
É fato, que existem conflitos de opiniões e interesse, assim como culturas e determinados comportamentos que afetam as concepções de justiça. Segundo MacIntyre os debates morais que tem como base as emoções são inválidos. Sendo que, tais discussões – MacIntyre argumenta que quando se tem por base emoções, o debate nem ocorre – tonam-se uma disputa de imposições, ou seja, o que ocorre é que, cada indivíduo tenta impor que sua emoção deve prevalacer sobre a outra. Segundo o autor, tal “debate” não levaria a lugar nenhum. Neste ponto, pode-se levantar a seguinte questão: Visto que para encontrar uma concepção ideal de justiça devemos usar a racionalidade, em qual racionalidade devemos nos basear?
ResponderExcluirAlasdair MacIntyre propõe então, um retorno às tradições aristotélicas (Ética das Virtudes), que segundo ele, é uma forma de discutir sobre a moralidade de nossas condutas que foi totalmente esquecida pelas teorias éticas modernas. O objetivo do debate nessas tradições era a edificação do ser humano, ou ainda, a construção de um ideal de natureza ética.
Segundo MacIntyre, a ética não deve basear-se em um ideal mutável (emoções), antes, deve basear-se em um ideal fixo, onde todos os indivíduos possam se espelhar e tentar alcançar a maior proximidade possível Desta forma, um debate racional seria totalmente possível. Como alcançaríamos então, tal ideal fixo? MacIntyre argumenta, que tal ideal deve ocorrer em comunidades pequenas, pois para que tal ideal seja alcançado é necessário que seja feito uma análise de toda sociedade. A Ética das Virtudes nos diz sobre a existência de uma essência do ser humano, esta que deve delimitar a moralidade de todos os atos dos indivíduos. O indivíduo que conseguisse viver, de maneira que, essa essência de ser humano transparecesse seria um indivíduo virtuoso, que possui uma vida moral.
Matheus França
Ao entrarmos em contato com a teoria de justiça proposta por Alasdair MacIntyre, encontramos algumas conceituações importantes para o autor, sendo a prática, narrativa e tradição. No desenvolver, MacIntyre se mostra defensor da ética clássica de virtudes, e seu pensamento se mostra uma síntese das moralidades e políticas da Grécia antigas, com a situação dos dias de hoje, e toda a dinâmica atual.
ResponderExcluirAo criticar o "emotivismo" das atuais correntes reflexivas, afirma que “o debate ético tem que partir dos sentimentos morais” não passaria de uma espécie de convencimento, desprendido de valores verdadeiros e humanos. Ao propor esse cenário, mostra que devemos levar em consideração a imparcialidade com que lidas com concepções morais, não tendo emoções por trás do processo, e primar pela coletividade dos indivíduos. A razão que ditará a justiça, e a objetividade da discussão sobre a moralidade apenas se dá como possível se as pessoas forem consideradas pertencentes a sociedade.
Ao criticar as teorias políticas liberais que valorizam o individualismo, MacIntyre assume sua posição comunitarista. O autor é crítico a John Rawls, pois o mesmo dá pouca atenção ao contexto social que o indivíduo escolhe seu modo de vida. Na teoria de Rawls, indivíduos não encontrariam impedimentos às suas escolhas pois há “pluralidade de concepções”, e na teoria sobre a “justiça como equidade”, que colocam as pessoas como racionais, sob um véu de ignorância, adotando a posição original ao decidirem os princípios de justiça que seriam melhores para garantir liberdades para todos os indivíduos, futuramente, propondo um contrato social.
Macintyre expõe, assim, que o sujeito não pode realizar suas escolhas sem certas limitações, já que o que assegura sua identidade seria o contexto social no qual está inserido. Portanto, dá importância ao fato de que as concepções pessoais ditam questões essencias à sociedade, ao contrário que propõe Rawls, pois devem ser levadas em conta para propor acordos entre os indivíduos. Macintyre vê, numa espécie de sucessão, do menor para o maior, o crescimento da justiça, o que abre espaço para a discussão de ideiais semelhantes entre as pessoas dessas comunidades.
Para Alasdair MacIntyre, a busca pela verdade, pela justiça, não se dá baseada na análise de ações individuais. Ele é um crítico de John Rawls, que defendia a ideia de abstração das parcialidades e interesses individuais - com o auxílio de um "véu da ignorância" - a fim de posicionar-se adequadamente para o julgamento das ações que são justas, morais.
ResponderExcluirMacIntyre, no entanto, critica a abordagem Iluminista que persegue os princípios os quais seriam considerados irrecusáveis por todas as pessoas racionais, alegando que o resultado foi a provisão de um ideal de justificação racional que se mostrou impossível atingir. MacIntyre prefere seguir pela corrente do pensamento de Aristóteles, cuja filosofia trazia a concepção de justiça através da busca humana por uma vida virtuosa. Na teoria da ética de Aristóteles, a justiça é colocada como o estado da alma em harmonia, quando todas as demais virtudes são compreendidas e combinadas entre si.
O que MacIntyre alega que o pensamento Iluminista nos privou é da análise mais ampla que leva em conta o contexto histórico, ou seja, a tradição. Portanto, para compreender o modo de agir de determinado indivíduo, é preciso compreender a sua racionalidade inserida no contexto histórico-social de uma determinada tradição, e se esta tradição apresenta um caráter virtuoso, levando em conta que a ideia de virtude é relativa à diferentes eras ou lugares.
É óbvio que a justiça e - de maneira mais ampla, a ética - de diferentes tradições irão entrar em conflito, uma vez que cada uma tem seus próprios padrões de raciocínio, as suas próprias crenças fundamentais. E a objeção relativista coloca justamente a impossibilidade de debate racional e consenso entre tradições adversárias. MacIntyre refuta estas objeções, argumentando - através do exemplo sobre pesquisa científica e mudança de paradigmas - que uma tradição pode ser racionalmente desacreditada através de seus próprios padrões de racionalidade.
Enfim, a conclusão de MacIntyre para esta discussão é que na busca racional por um modo virtuoso de se viver é o que guiará cada um na identificação individual com determinada tradição, isto depende do indivíduo e de como ele entende a si mesmo. Porém, é com o encontro conflitante entre tradições que poderá reivindicar-se a verdade, considerando-se não as ações individuais presentes naquelas diferentes tradições, mas sim a concepção de justiça e ideal de racionalidade que tais tradições se baseiam.
Victor Sant'Anna Debone - RA 21042312
MacIntyre desenvolve críticas aos modelos decorrentes dos pensamentos liberal e iluminista, propondo um retorno às tradições morais e políticas aristotélicas.
ResponderExcluirInicialmente, destaca que há diferentes formas de abordar a justiça; os indivíduos têm concepções diferentes acerca da Justiça dado que os contextos em que cada um deles vive são diferentes - podemos enxergar aqui seu caráter comunitarista. Essas diferenciações devem ser consideradas para a construção dos ideais de Justiça e para a tomada de decisões dos indivíduos. Daqui parte sua crítica, também forte, à teoria proposta por Rawls. Para MacIntyre, o indivíduo não pode fazer escolhas destituído de suas concepções morais, de seu contexto social, seus costumes e tradições.
Outra crítica à Rawls pode ser observada quando o autor alega que as discussões morais baseadas nas emoções (ou seja, no senso moral) não são válidas, pois o debate de fato não existe, visto que elas tornam-se disputas de imposições, nas quais a emoção prevalece. Rawls defendia que cada um de nós possui um senso de justiça, anterior à nossa própria existência em sociedade, onde o diálogo na posição original se sustentaria.
Assim, MacIntyre propõe um novo modelo de racionalidade baseada nos clássicos, especialmente na tradição aristotélica, a qual enxerga as questões morais e seu tratamento como parte de uma tradição da comunidade. Seriam realizados debates racionais em pequenas comunidades que compartilhassem do mesmo objetivo de compreender diferentes interpretações da justiça e relacioná-las, levando em conta suas tradições. Dessa forma, a racionalidade assumiria um caráter social, partindo do coletivo.
Nome: Dayane Gonçalves Costa RA: 21044313
MacIntyre inicia sua argumentação afirmando que não é possível que se faça um debate racional sobre a ética nos moldes dos debates de hoje. Defendendo dessa forma, somente através da sabedoria é que poderíamos entender melhor a Moral. Ele acredita que a sabedoria deveria ser o ponto principal na busca por conhecimento. Assim, MacIntyre tentará resgatar em sua teoria alguns modelos propostos por Aristóteles, os quais acreditavam que o que constitui o bem na vida do homem é uma vida baseada no exercício de virtudes.
ResponderExcluirAtravés dessa visão, ele rejeita a idéia de que o bem só pode ser alcançado na esfera individual das pessoas. Uma das principais críticas é a de que a amizade é de grande importância, porque por meio dela há a divisão de bens, e os elos de amizade só poderiam ser construídos em conjunto.
Para o autor, tanto na ciência quanto na esfera política, é possível a existência de modelos de interpretação da racionalidade humana, que configuram as tradições, sendo que esses modelos apresentem um problema que é o de serem incomparáveis uns com os outros. Entretanto, é possível entender e transpor essas idéias para que haja um maior entendimento por parte das pessoas. Essa transposição se daria de uma forma aristotélica e o objetivo seria o de que as pessoas possam levar uma vida tranqüila, feliz.
AMANDA SACHI PATRICIO 21072213
MacIntyre acredita que a sociedade se afastou da razão após o movimento iluminista, visto que o positivismo, ao tentar buscar uma resposta universal a tudo, falhou. Isso se aplica também às teorias morais, já que elas partiram do mesmo ponto em comum na busca por respostas e passaram a competir entre si, tentando se sobrepôr umas às outras, o que fez com que as pessoas, ao invés de procurarem a razão nos argumentos, fizessem escolhas morais por um viés político ou emocional.
ResponderExcluirPara ele, a racionalidade está relacionada ao processo histórico/social, portanto, ela se diferencia em uma comparação entre culturas e sociedades diferentes, o que mostra o tom de comunitarismo na sua teoria.
Além disso, MacIntyre propõe a retomada de estudos baseados em Aristóteles, ele acredita que a forma de ver o mundo dos gregos, o consenso e a coletividade são ingredientes essenciais para se chegar à real justiça.
Isadora Castanhedi
RA: 21044713
Patrícia Gabriela S. Arcanjo
ResponderExcluirRA: 21036813
A teoria da justiça de Macintyre critica principalmente a teoria de Rawls, pois, para Macintyre as pessoas devem ter o mesmo ideal e não o mesmo senso de moral como acreditava Rawls.
Ele começa seu texto questionando o nosso senso de justiça e nos mostrando que o que temos como justiça quase sempre não é o que o outro tem, pois existem conflitos de opiniões e interesses, culturas que afetam as concepções de justiça, sendo assim, ele propõem uma concepção de racionalidade para a pesquisa moral, que melhor esclareça os conflitos das várias formulações morais, ou seja, um conceito de racionalidade que nos ajude a compreender as visões conflitantes de justiça e de racionalidade prática que se revelam nas nossas avaliações morais. Para achar a concepção ideal de justiça, a ideia é que se use a racionalidade, mas em qual racionalidade devemos nos basear?
O autor vai dizer que a racionalidade que devemos nos basear será a da tradição. A tradição é a condição necessária para a racionalidade, as diferentes tradições ajudam a compor as várias concepções de virtudes e ideais de cada comunidade.
Nesse contexto, a racionalidade possui um caráter social coletivo, ou seja, a racionalidade do debate moral só se faz possível se as partes sociais e os indivíduos forem considerados como membros de uma mesma comunidade. É importante ressaltar que, para o autor, esse debate não deve ser um debate em que deve-se excluir as emoções individualistas.
Essa teoria iniciou uma nova corrente de pensamento em relação as teorias da justiça, que ficou conhecida como a corrente dos comunitaristas.
Alasdair MacIntyre centra sua tese na retomada do debate ético de natureza supra-racional abandonado pela maioria dos autores após o fim da Idade Média. Segundo ele, o debate concebido na Modernidade possui como cerne a racionalidade, isto é, todo debate atual é centrado na construção de argumentos e o encadeamento deles por meio da lógica. O debate contemporâneo, ainda segundo MacIntyre, tem o erro fundamental de considerar a moral como algo restrito a racionalidade. O pensador defende que a razão é somente uma maneira de conhecer a realidade pois a moral transborda para campos além da racionalidade humana.
ResponderExcluirO pensamento de MacIntyre pressupõe que existe uma essencialidade do ser humano, assim o desbravamento até O PERFEITO deve ser utilizado toda a gama de instrumentos da SABEDORIA HUMANA.
Outro ponto para ele é que a análise/discussão da moral deve abordar a whole life of society e não decorrer somente sobre a ação/comportamento de maneira isolada. Dito em outras palavras, a ética deve buscar a essência e não os soluços da manifestações no cotidiano.
(Pode-se citar como exemplo o caso de alguém precise contar mentiras para salvar a vida de outra pessoa. O ato de mentir é imoral e o ato de não salvar uma pessoa é imoral. Salvar alguém por meio de mentiras é imoral? ).
MacIntyre afirma que a sabedoria humana está contida no recipiente da coletividade e, portanto, a essência humana é compartilhada por todos os seres humanos. As razões de sabedoria diferem e concordam entre si em alguns pontos a depender dos distintos coletivos no mundo, ou ainda sobre a essência do ser humano; nisso o debate ético deve(ria) ser, as discussões de pontos de vista dentre as diferentes sabedorias humanas (tradições) e a concordância de certos pontos em comum levaria a humanidade aproximar-se do ideal de A SABEDORIA HUMANA. Dito isso, marca-se a principal diferença entre MacIntyre e outros autores: o debate ético transborda para além da racionalidade e; refuta a lógica puramente racional como instrumento elementar nas discussões sobre moral.
Nome: EWERTON SOUZA MELO
RA: 21024013
MacIntyre tem como visão os pensadores clássicos, Aristóteles como principal referência e defende que a melhor forma de se discutir sobre moralidade e justiça é como os clássicos discutiam os temas em outrora sem aspectos pessoais e interesses. Para a solução disso, propõe um novo conceito de racionalidade, a racionalidade baseada na tradição. Coloca a ética, neste contexto, como uma discussão com fim a partir do momento que se coloque um ideal fixo a fim de ser atingido. MacIntyre ainda critica o Iluminismo por não ter conseguido dar uma resposta precisa acerca das discussões morais e éticas e o Liberalismo por não ter medido esforços em âmbitos sociais.
ResponderExcluirRoanny Garcia – RA 21055313
Macintyre é um comunitarista, e portanto, analisar o homem somente como indivíduo a despeito de sua liberdade individual, para ele é muito dificil.
ResponderExcluirUma de suas grandes críticas é em relação ao Iluminismo, justamente por esta desconhecer as tradições e não levá-las em conta em suas análises. Pois as pessoas tem influência das tradições e seus valores baseados nelas, não há como desconsiderá-las, como foi a proposta do liberalismo como o mercado sendo o máximo expoente desta quebra de barreiras em direção as diversas formas de viver, muito bem representadas no mercado. Todavia, Macintyre considera até mesmo o liberalismo como uma tradição, mesmo que está tenha surgido para acabar com a mesma, e isto torna bastante conflitante sua análise tanto quanto como ele vê a sociedade pós iluminismo e liberal. Pois ele compreende que as divergências constantes das sociedades pluralistas surge da falta de uma análise visando as tradições, contudo ele não entra no mérito da questão para julgar qual o posicionamento correto, pois assim como Taylor, acredita que a linguagem e a bagagem cultural de cada pessoa interferi no seu pano de fundo e portanto em suas decisões, e por fim, não se preocupa ou não consegue chegar a uma conclusão que fuja do relativismo.
Entendo que a análise de Macintyre só interessa por incluir mais parâmetros para se julgar o que é o certo ou a justiça, como Taylor também faz, contudo, Macintyre relativiza demais toda a história como simplesmente um jogo de tradições não estabelecendo nenhum valor maior, em comum com outras culturas, só os problematizando.E estende o liberalismo para todos os aspectos da vida humana, partindo da economia(mercado) para valores, o que não há como se fazer, haja vista as influências de grandes tradições que não perdem seus valores centrais e até marginais como é o caso do fundamentalismo islâmico, já que as tradições continuam de forma incosciente na sociedade por gerações.
Kleiton Aliandro
21066113
Alasdair MacIntyre criticou o projeto iluminista moderno por sua proposta de racionalidade a-histórica, reduzindo a moralidade à preferência individual que desconsidera qualquer tipo de relação social. Retomar a tradição aristotélica das virtudes é o único remédio capaz de evitar o esquema conceitual da moralidade. A proposta do autor, é a reformulação da tradição aristotélica com a finalidade de tornar inteligíveis e racionais nossas atitudes e engajamentos morais e sociais.
ResponderExcluirTal como esclarece a história da noção de virtude segundo a antiguidade grega, o filósofo afirma que o amadurecimento moral de uma pessoa se dá pelo tipo de vida que leva e pela construção de uma visão particular da qual os atos podem ser caracterizados como vícios ou virtudes. Decorre daí o antagonismo moral entre o individualismo moral e a tradição aristotélica das virtudes.
MacIntyre entende o papel da justiça na sociedade liberal a partir da consideração de um debate inacabado sobre as concepções do justo preservadas historicamente pelas diferentes tradições. Sua principal crítica consiste na afirmação de que não há uma busca por encontrar uma solução ou apontar as divergências entre as tradições. Ao invés disso, procura-se formular leis orientadas por diferentes tradições, que guiam a sociedade sem considerar o caráter histórico dos indivíduos ou grupos sociais.
Alasdair MacIntyre defende o comunitarismo, ou seja, as vontades do coletivo devem ser sobrepujadas às vontades individuais. Ele também critica o paradoxo da racionalidade iluminista, que aceita mais que uma verdade, mas também busca por valores universais.
ResponderExcluirNos capítulos lidos de “Justiça de Quem? Qual Racionalidade?”, MacIntyre indaga como optar entre visões opostas em relação a justiça, que englobem nossa moralidade, bem como o social e a política.
Como solução ele retoma o pensamento clássico, principalmente aristotélico, que acredita que devemos racionalizar nossa conduta para podermos entendê-la melhor. A reflexão clássica também visa uma solução dos problemas morais como sendo necessária a discussão deles pela comunidade, através de diálogos saudáveis.
Fernanda Tokuda de Faria - 21071013
MacIntyre acredita que há resoluções antagônicas e em desacordo, em relação a Justiça em outras sociedades. Sendo a nossa sociedade uma sociedade de conflitos, é possível perceber tal situação quando grupos discutem o que é justo em determinados casos. Nossa educação vem, então, de uma visão formada pela fragmentação de diversas culturas, dessa forma, não somos educados de uma maneira coerente de julgar e pensar. Portanto, para nos guiar diante de visões opostas de justiça, que são disputadas por nossas inclinações morais, sociais e políticas, devemos nos guiar pela racionalidade.
ResponderExcluirPara ele, alguns pensadores acreditam que a racionalidade exige que nos desliguemos de qualquer teoria e de qualquer particularidade das relações sociais a qual estamos acostumados, apenas dessa maneira chegaríamos a um ponto imparcial. Chegando então, no momento em que poderíamos analisar racionalmente as distintas visões de justiça.
MacIntyre dizia que por conta dessa teoria que havia formulado, de que há diferentes culturas, consequentemente, não há justiça, e sim “justiças”. Ficando claro o relativismo de sua obra. Um problema dessa teoria é o de que as tradições possuem incompatibilidades e desigualdade lógica, é nesse ponto que se encontra a maior dificuldade, porque não há um padrão através do qual as questões das tradições podem ser determinadas.
Além disto, o autor coloca a Virtude como o melhor caminho para a racionalidade, e a prática da virtude leva o indivíduo a lançar os juízos práticos. Propondo o retorno da ética aristotélica das virtudes para resolver o problema relacionado com a conduta moral dos indivíduos. Portanto, a ética existe na conduta e no caráter dos indivíduos.
Carolline Constanzo dos Santos
21052113
Alasdair MacIntyre inicia o texto em questão, examinando o senso de justiça, mostrando que há diversidade nas concepções, influenciadas por conflitos de opiniões e interesses, culturas. Ele propõe uma concepção de racionalidade para a pesquisa moral que melhor esclareça os conflitos das várias formulações morais. Para achar a concepção ideal de justiça, a ideia é que se use a racionalidade, mais especificamente a racionalidade da tradição, sendo esta condição necessária para racionalidade. Para ele a compreensão humana é constituída no interior de tradições, e são elas que constituem o substrato a partir do qual se constroem as razões do homem e de sua ação no mundo em que vive. MacIntyre articula ao Iluminismo fracassou em dar uma resposta coerente acerca dos conceitos e dilemas morais, pois sua resposta era que a tradição poderia ser substituída pela razão como fundamento da ética e da política. Segundo o autor, os liberais partem dos sentimentos morais, que são transitórios, e tentam convencer as pessoas sobre as questões morais que acreditam individualmente estar certas. Eles utilizam argumentos nem sempre racionais, por isso não chegam a conclusões racionais. O autor, afirma que ética não é ter o sentimento correto e, sim, encontrar o ideal estável com base na racionalidade humana.
ResponderExcluirMacIntyre retoma como sua fundamentação a ética aristotélica das virtudes e é a partir do reconhecimento dos limites humanos que ele elabora sua tese. Conclui que a sua tradição, no encontro com outras tradições, mostrou capacidade de superação e expansão a partir de seus próprios recursos, confirmando assim a sua racionalidade.
Ana Cristina - 21062613
Em sua obra Justiça de Quem? Qual racionalidade? o filósofo britânico Alasdair MacIntyre, parte do movimento comunitarista, propõe uma análise sobre a racionalidade dentro da discussão sobre a moralidade, tecendo sua crítica à filosofia liberal. Segundo o autor, o pensamento Iluminista trouxe uma racionalidade que possui muitas respostas conflitantes concernentes à justiça e à moralidade, principalmente por propor princípios que sejam independentes de qualquer tradição ou contexto. Desta maneira, MacIntyre irá se focar nas tradições para formular sua visão sobre a racionalidade inserida na questão da moral e da justiça, na qual se ressalta a impossibilidade de se atingir uma racionalidade sem que esta esteja pautada em uma tradição. O pensamento liberal possui em sua concepção a promoção do individualismo, retirado de qualquer tradição. Porém, como aponta o autor, mesmo com a tentativa de estabelecer uma maneira de se desvencilhar de qualquer contexto, o liberalismo acaba por promover uma nova tradição racional.
ResponderExcluirA proposta de MacIntyre de inserir uma visão social dentro dos conceitos morais é bastante significativa, pois não é possível negar a discussão de qualquer nova linha de pensamento, que tenha a pretensão de se estabelecer como a mais “correta” ou justamente racional, sem que se dê atenção ao contexto inserido em seus valores e às tradições ligadas a estes.
Marina Gazinhato Neves RA: 21055713
Romulo Camargo, R.A.: 21056613.
ResponderExcluirA tese central de Macintyre é apoiada nas premissas que podemos chamar de conservadoras. Ainda que conservador, como qualquer forma de ver o mundo, possa se subdividir, cito-o aqui no sentido em que Edmund Burke é referência. Para Burke, o problema do iluminismo é sua tese de que a razão pode abarcar a realidade, todas as relações humanas, e assim, podendo redesenhá-la conforme lhe parecer melhor, apoiado na razão. Isso também foi apontado por Hayek, o problema de que a realidade não pode ser totalmente abarcada pela mente humana, e assim, todo projeto de requalificação da sociedade e do homem baseado na razão é falho, e assim tem mostrado a história no campo da engenharia social, na psicologia, e principalmente na economia política. A falha da economia planificada e do socialismo no mundo mostra como esse ponto, parte essencial da episteme conservadora, é pertinente. O projeto libertário, como construção teórica estritamente racional também é parte desse traço iluminista.
Outro traço em comum com a argumentação burkeana é o valor dado as tradições. Antes de serem vacas sagradas, são instituições que sobreviveram aos “testes do tempo”, sendo não pensadas, mas nascidas da convivência ordinária, e consolidadas no tempo pelos homems que fazem parte dela. Assim como as regras do jogo de xadrez, convenções sociais, e ect. Por isso também o problema do contexto, na qual a moral é relativa, porém não relativista, pois, apesar de variar de acordo com o tempo e cultura num horizonte mais amplo, aproximando a visão temos pontos comuns que norteiam todas elas, e assim pontos sólidos para derivar julgamentos. Esse pontos sólidos são os exemplo básicos tais como, não se pensa em nenhuma tradição ou cultura que a desonestidade, é algo legítimo ao menos em teoria. Assim chegamos no ponto da excelência num dado campo, excelência na observância de regras que sobreviveram ao teste do tempo.
Outro ponto em comum à argumentação do autor ao pensamento burkeano é a tradição inserida, que também insere, uma narrativa. Isso vai de encontro à civilização dos “vivos e dos mortos” (Burke) pois a tradição e as narrativa na qual o indivíduo está inserido e com a qual constrói a sua própria narrativa e identidade é a consolidação da narrativa de seus comntemporâneos e dos seus antepassados (narrativos, não consanguíneos) e parte da narrativa daqueles que virão no futuro. Pode-se dizer que a narrativa é antropológica, pois o ser humano desde que se reconhece atribui significado as coisas, e a si mesmo, e a antropologia também é parte fundamental para o autor.
O Britânico Alasdair MacIntyre produz uma obra com uma espécie de adaptação da filosofia grega clássica, para os dias de hoje. O autor critica intensivamente as discordâncias sobre a moralidade que resultaram com o passar do tempo, a modernidade passou a ser pautada por grande emoção, que segundo o autor, não passam de expressões de preferencia e sentimento, e que se tornariam inúteis, por serem apenas disputas de interesses pessoais.
ResponderExcluirÉ um filósofo que critica o Liberalismo e o Iluminismo por pensar que são tipos de filosofias politicas onde há ausência de consenso moral por distinções entre concepções de bem e mal, e pela grande valorização do indivíduo, e consequentemente de valores que não representam um debate ético. E que portanto é necessário retornar as ideias aristotélicas, retomando a ideia de que o coletivo é mais importante que o individuo.
Henrique Bernardes
RA: 21021813
Macintyre é considerado um comunitarista ao extremo. Ele critica os filósofos do projeto iluminista, que se preocuparam em encontrar uma justificativa racional para as ações humanas, mas que não conseguiram dar conta dos problemas que emergiam com a modernidade. Além disso, os iluministas acabavam sempre adotando posições emotivistas, o que deveria ser evitado, segundo o autor.A afirmativa de que “o debate ético tem que partir dos sentimentos morais” não passa de uma estratégia de convencimento, sem comprometimento com a verdade e com a condição humana, ou seja, não passa de uma discussão sobre como convencer os outros que a minha moral é melhor em relação à sua. Deve-se levar em conta o fato de que as concepções morais não devem ser examinadas através dos sentimentos que estão por trás delas, e sim pela coletividade dos indivíduos.
ResponderExcluirÉ a racionalidade que vai dizer o que é justo ou não para uma determinada sociedade, assim, segundo Macintyre, a racionalidade e a objetividade da discussão sobre a moralidade só é possível se os segmentos sociais e as pessoas forem considerados como membro de uma sociedade, de preferência, pequena.
Macintyre propõe em seu livro Justiça de Quem? Qual racionalidade?, uma concepção de racionalidade para a pesquisa moral que esclareça mais adequadamente os conflitos das várias formulações morais em competição, isto é, um conceito de racionalidade que nos ajude a compreender as visões conflitantes de justiça e de racionalidade prática que se revelam nas nossas avaliações morais, bem como na pesquisa moral da filosofia acadêmica. Macintyre, herdeiro da tradição aristotélico-tomista, conclui que a sua tradição, no encontro com outras tradições, mostrou capacidade de superação e expansão a partir de seus próprios recursos, confirmando assim a racionalidade da mesma. Resta, então, às tradições rivais, já que não tem um padrão de argumentação independente da tradição, escrever suas próprias histórias.
ResponderExcluirIsabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113
Em "Justiça de Quem? Qual Racionalidade?", MacIntyre afirma que a coexistência de diversas racionalidades gera competição entre elas. Tal competição se reduz a uma disputa de convencimento e a tentativa de ponderar objetivamente sobre a racionalidade ou justiça é infrutífera, pois as premissas e concepções utilizadas pelos interlocutores são diferentes.
ResponderExcluirApesar dessa fragmentação da ética e da justiça, o autor acredita que algumas questões já são consenso global e, portanto, poderiam ser elencadas como parte de um entendimento compartilhado por todos.
Assim, sugere que haja uma conversa entre as diversas racionalidades de forma a elencar tais questões. Com isso, evitando o relativismo e respeitando as especificidades locais e culturais.
Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511
RA: 21055812
ResponderExcluirEm “Justiça de Quem? Qual Racionalidade”, Alasdair MacIntyre pretende mostrar que o caráter eminentemente inconclusivo dos atuais debates liberais sobre Justiça e a pluralidade de posicionamentos conflitantes decorrem de certas convicções que o Liberalismo herdou do movimento iluminista. O projeto iluminista consistia, essencialmente, em fornecer padrões e métodos de justificação racional que fossem válidos a todos os seres racionais. Buscava-se identificar princípios que se apresentassem racionalmente inegáveis. Contudo, nos termos colocados por esses objetivos, as particularidades históricas, como aspectos sociais e culturais, estariam completamente banidas, visto que se encontram opostas à universalidade da razão. Segundo MacIntyre, a negligência da inserção histórica fez com que a pesquisa racional liberal obscurecesse o seu próprio conjunto de crenças sobre o qual se apoia e, também, todas as outras formas de pesquisa racional que se baseiam em outros fundamentos. Portanto, ao mesmo em tempo que o debate liberal se encontra reinado por disputas sobre a natureza da racionalidade, que consiste exatamente em disputas sobre o objetivo fundamental herdado do iluminismo, ele também não permite o debate com outras tradições de pesquisa racional, pois concebe o seu padrão de racionalidade como o comum e universal. Diante disse, MacIntyre defende a recuperação da concepção de pesquisa racional incorporada em uma tradição, isto é, historicamente situada, concebida em relação às suas práticas e instituições sociais, cultura e etc. Através dessa concepção, a tradição liberal poderá compreender melhor os seus próprios fundamentos e, ao mesmo tempo, estará em discussão com outras tradições de pesquisa racional que podem recorrer a outros fundamentos para solucionar questões que, atualmente, o liberalismo não está sendo capaz de fazê-lo.
Crítico da modernidade liberal, MacIntyre é o principal autor contemporâneo que toma como referência central para sua reflexão filosófica o pensamento ético aristotélico, defendendo fortemente a retomada da ética aristotélica das virtudes como tradição de pesquisa racional em resposta à crise moral moderna – esta fragmentada e que abandona o conceito fundamental de homem em prol da formulação de um “eu” individualista e soberano, que acaba negando a racionalidade ética pelo emotivismo. Ele busca recuperar o contexto da tradição como algo que carrega uma dinâmica interna na qual o conflito tem lugar necessário na sua constituição, pois é responsável pela (re)definição dos acordos fundamentais que estabelecem os primeiros princípios da tradição – esta responsável, por sua vez, pela formação do caráter do sujeito moral. O autor ainda avalia criticamente o homem como ser histórico e social; e a filosofia como atividade humana e resultado da sua própria historicidade.
ResponderExcluirO autor se mostra fortemente cético em relação a tudo que discutimos durante o curso. Contundentemente, ele critica o debate ético da modernidade, que desde o projeto iluminista (mesmo se dizendo esclarecido e racional, creditando a razão como solução para todas as questões de cunho ético, acaba não se ausentando das vontades, parcialidades e paixões humanas em sua racionalização) é influenciado no debate à respeito de Justiça, inclinando-se a emoção e desiquilibrando a condição do homem em julgar, pois a maneira egocêntrica que esse movimento adotou pôde influenciar o debante levando a tona apenas conclusões desejáveis, e sem real pretensão de alcançar a verdade, justiça e moralidade.
ResponderExcluirMacntyre acaba se mostrando comunitarista ao crer que um diálogo/debate entre tradições seria peça chave para compreender diferentes pontos de vista e culminar numa melhor conclusão ao debate ético.
Samuel Alencar de Sena - 21048913
Alisdair MacIntyre é o primeiro dos autores tidos como "Comunistaristas" a serem abordados, logo sua tese é muito antagônica as concepções Individuais dos Liberalistas, muito mais voltado num âmbito Coletivo a definição de Justiça.
ResponderExcluirEm sua obra "Justiça de Quem? Qual Racionalidade?", o MacIntyre expõe que os problemas nas sociedades Liberalistas modernas estão envoltas na contraposição das diversas racionalidades existentes e de seus pontos de vista distintos. Estas racionalidades contrastantes estariam diretamente ligadas a concepção Iluminista, do qual embutiu um teor individual e emotivo as discussões sobre Justiça Social. Desta forma, as sociedades Liberais seriam formadas por racionalidades divergentes e um consenso justo e unanime acerca de qualquer assunto seria praticamente impossível.
Para MacIntyre a base para Justiça social não reside na Racionalidade, mas sim na Sabedoria, e que os problemas sociais só poderiam ser tratados de forma justa quando os cidadãos fosses virtuosos o suficiente para se juntarem e debaterem juntos: "Quais os preceitos da sociedade que queremos"? - e tentarem "moldá-la" nos conformes estipulados.
Desta forma, o autor se voltará na busca dos padrões morais e éticos universais, retomando assim a abordagem acerca da ótica Aristotélica das Virtudes e tentando relacionar os 3 tipos de pessoas as sociedades atuais:
1) "Pleasure Seakers": Buscadores de prazeres - Utilitaristas.
2) "Honour": Pessoas que visam a honra nos seus atos - Políticos e Juízes.
3) "Contemplation": Pessoas Equilibradas e com temperança - Indivíduos Vistuosos.
Antonio Dantas - 21061513.
Identidade, para Alasdair Macintyre, se dá na coletividade, pois é um autor comunitarista. A escolha de vida de alguém não é dada pelo indivíduo, pois as maneiras de viver já são postas pela tradição. A identidade adquire essência na comunidade, como algo a ser lapidado pelas interações sociais. É um crítico do individualismo no liberalismo.
ResponderExcluirO raconalismo não é a melhor forma, para ele, para uma sociedade justa, por causa da possibilidade de existir um confronto egocêntrico entre as diversas racionalidades. Mas, para corrigir esse problema, aponta uma "ética das virtudes". Ela consiste em levar uma vida virtuosa é fazer florescer a essência do ser humano.
Na questão do suicídio, os liberais encaram esse tema com liberdade de escolha. Cada um tem sua liberdade individual para fazer o que quiser.
Já os comunitaristas entendem que as escolhas fazem parte das comunidades. Nesse caso, o Estado se omitir é errado.
Macintyre não nos ensina uma solução sobre isso, mas sim procura um caminho para resolver os problemas, cada um com sua singularidade.
Sociedade justa, para ele, é aquela que permite alguém a viver como queira.
Andréia Carletti - R.A. 21080913.
Alasdair MacIntyre é um crítico do liberalismo e comunitarista afirma que hoje os debates tem sido apoiados na racionalidade, mas que na verdade, cada indivíduo usa de sua individualidade e emoções para defender seus argumentos. Por essa subjetividade estar presente nos debates, torna-se dificil a tarefa de alcançar um consenso sem que tudo se torne apenas disputas em que discursos mais elaborados vençam tais debates. Para o autor, a ética deveria estar baseada em um ideal fixo, no qual todos os indivíduos pudessem se inspirar.
ResponderExcluirA argumentação do autor segue um linha de defesa que somente dessa forma um debate racional seria possível e o debate, portanto, ético deixaria de ser impossível. Para que esse ideal fosse alcançado, um diagnóstico de toda a comunidade seria necessário, porém, o que acontece é um aumento das comunidades, e não a redução das mesmas.
O autor também critica o projeto racionalista e iluminista da sociedade, pois este fadou a sociedade ao fracasso quando usou critérios para julgar questões como certas ou erradas através de uma lógica que busca valores universais. A proposta de Maclntyre é um modelo de racionalidade que resgata características do Classicismo e encara as questões morais como parte de uma tradição da sociedade.
Cleiton Vicente Duarte 21009813
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ResponderExcluirJéssica Sandim Ramos - 21067313
ResponderExcluirO filosofo começa o texto “Justiça de Quem? Qual racionalidade?” levantando uma questão contra o nosso senso de justiça. Depois, explana sobre que racionalidade deve-se fundamentar, resultando em uma crítica à modernidade.
A critica à modernidade se baseia principalmente na pluralidade de pensamentos divergentes sobre o que considera o ‘bem’ e o que é "ético". Segundo Maclntyre, apoiar o individualismo era aceitar que a esfera privada fosse privilegiada em detrimento da publica, o que para ele era uma incoerência lógica.
A retomada que o filosofo faz de Aristóteles tem como fim a noção de distanciamento do relativismo. Assim, traz a ideia de ver no homem um “telos”, que só pode ser realizado dentro da esfera da comunidade.
Maclntyre é um filósofo comunitarista que defende os interesses da sociedade como coletivo, o coletivo deve se sobrepor ao individual. Neste ponto se difere dos liberais, além de criticar duramente a implementação do projeto racionalista iluminista na sociedade, visto as várias falhas no conceito de justiça, a falta de um acordo comum do que seja o mais justo para a sociedade como um todo.
ResponderExcluirComo dito anteriormente, o autor critica o projeto iluminista, que para ele, condenou a sociedade à incoerência, no que diz respeito aos conceitos morais. A racionalidade iluminista, segundo Maclntyre, usa a lógica e a formalidade para qualificar em verdadeiras ou falsas questões dadas, porém, de um lado acreditam que existam valores universais, verdades absolutas e de outro relativizam a verdade. Caímos assim, num paradoxo, numa incoerência que assola a sociedade moderna.
Diz ainda, sobre os conceitos morais, que se transformaram num espelho das emoções, dos sentimentos e preferências de cada um, não se trata, portanto, de um consenso, mas da expressão dos “egos” de cada indivíduo.
Sua proposta é resgatar a racionalidade clássica, principalmente aristotélica, que vê a moralidade e suas questões como parte da tradição de um povo. Mesmo que existam diferenças entre as concepções morais, é possível o diálogo, que proporcionará, inclusive, o amadurecimento moral das pessoas e da sociedade, pois possibilita a reflexão do modo que vivem, de seus vícios e virtudes, e, reconhecendo-os, a comunidade poderá trilhar o caminho em busca da virtude e sabedoria, essenciais para a construção de uma sociedade justa.
MacIntyre entende que é necessário renovar o debate ético. Todos que tentaram encontrar verdades universais do ponto de vista neutro fracassaram. Primeiro porque não se deve abdicar de considerar as influências externas que o teórico recebe, segundo pela impossibilidade de neutralidade. Nota-se que um ponto é complementar ao outro
ResponderExcluirO autor faz uso da concepção aristotélica. Aristóteles faz uso do conceito de virtu, segundo este os homens teriam uma essência, partindo desta essência se tornaria possível estabelecer todas as ações posteriores como éticas ou imorais. Maclntyre entende que levando as tradições e outras influências externas, podemos determinar quais são as virtudes.
A conclusão que o autor chega é simples: Um indivíduo que vive segundo as virtudes, será feliz. Uma sociedade justa será aquela em que o coletivo viva de tal maneira.
Lucas A. S. Mascaro 21073913
MacIntyre constrói uma critica ao pensamento liberal e a sua respectiva visão sobre justiça. Há uma dificuldade em e discutir quais condutas podem ser moralmente aceitas na nossa sociedade, mediante a pluralidade, a competição e o antagonismo dos discursos éticos proferidos. Dessa forma, com o debate acerca da justiça nesse molde ético-pluralista, não há possibilidade de se chegar a uma conclusão racional, de forma que ele defende que isso reafirma a sua ideia de que este debate é inconclusivo. Devido à impossibilidade do debate, MacIntyre traz a questão da “Ética das Virtudes”, sendo que a ideia dela é a de que o ser humano é definido pelas suas essencialidades, suas virtudes, de modo que estas são as que determinam a moralidade de todas as condutas morais humanas. Se a vida ética é aquela que é vivida com virtudes (uma vida feliz) e os discursos éticos dependem da sociedade em questão, MacIntyre sugere que para saber se um ser é virtuoso ou não, ele deve passar pela experiência coletiva de viver de acordo com suas virtudes em diferentes sociedades. Uma sociedade com vários indivíduos que vivem de forma ética, configura-se numa sociedade justa e equilibrada.
ResponderExcluirVinícius Chinedu de Oliveira – RA 21058413
MacIntyre foca sua atenção no estudo da justiça quanto a percepção dela pelos indivíduos, pois acredita o senso e justiça de cada um difere devido a convergência conflitante entre opiniões, interesses e culturas que afetam as concepções de justiça. Além de, ao ser um comunitarista, critica a concepção liberal individualista, por não levar em conta as tradições de cada comunidade (comunidade tem um modo diferente), promovendo uma análise incompleta da justiça quando separamos os indivíduos dos seus contextos sociais.
ResponderExcluirAlgo que pode se simplificado se adotado um diálogo racional na pesquisa moral, o que não ocorre, segundo o autor, devido ao iluminismo, cuja proposta de debate público por padrões racionais subjugou a tradição (substituída pela razão da ética e da política, supostamente não particial) que determinaria um certo relativismo a teoria de justiça, dado que ao haver um diversidade de traduções, haveria uma diversidade de concepções de justiça (o que é o justo e o bom para um grupo, para outros talvez não o seja).
Com esse modelo racional de pesquisa, MacIntyre determina que não deve haver debates morais tendo como base as emoções (senso moral), pois dependem das emoções, de modo que o debate passe a não existir ao se tornar simplesmente uma disputa de imposições sobre qual tais sentimentos podem ser mutáveis. Por isso, o autor diz que é necessária a racionalidade na tradição, uma vez que mesmo as muitas tradições diferindo entre si nos catálogos de virtudes e na concepção de justiça, a compreensão humana sempre se baseia no interior de tradições que auxiliam a construção das razões do homem e de sua ação no mundo em que vive.
Pela tradições discute a história (as tradições podem mudar), a ética e a moral, valores tão imutáveis que em sua fundamentação recorre e destaca a ética aristotélica das virtudes, pois expressa o florescer da essência humana com a prática da paciência, temperança, coragem e justiça. Dessa forma, retoma as ideias aristotélicas do dever ser de um homem ético que pratica a justiça em meio a um diálogo e confluência das diversas tradições.
Aline Guarnieri Gubitoso - 21001713
Macintyre critica o liberalismo e o iluminismo em sua obra, uma vez que os primeiros tentam convencer as pessoas com moralismos e , por nem sempre usarem argumentos racionais, acabam por nao chegar em soluçoes racionais, e o segundo por nao conseguir dar respostas coerentes sobre a moral em geral.
ResponderExcluirSe baseia em Aristoteles ao defender que a etica e composta na maior parte pelo carater das pessoas do que por suas açoes.
Rebeca Polanowski Hammel - RA: 21042013
email: polanowski.rebeca@gmail.com
O autor Alasdair MacIntyre afirma que a concepção ideal de justiça deve ser definida a partir da racionalidade. Ele defende que a racionalidade é pautada pela tradição. A racionalidade por ele abordada, é referente à escola aristotélica, comunidade que busca a virtude e sabedoria, e não a verdade.
ResponderExcluirMacIntyre tece críticas ao Iluminismo. Tal movimento histórico valorizava o indivíduo e ele priorizava o coletivo. De forma paradoxal segundo MacIntyre, a racionalidade iluminista busca valores universais ao passo que aceita a não existência da verdade única. Portanto, a problemática do Iluminismo para MacIntyre consiste em ter a verdade como um fim, e não a sabedoria, e também a possibilidade do indivíduo ser racional sem ser justo.
A respeito de justiça, Alasdair MacIntyre baseia-se na cultura, tendo essa como pilares as concepções históricas e as relações sociais estabelecidas dentro da comunidade, a fim de resgatarmos suas tradições, que servirão de base para compreender a racionalidade local.
Bárbara B. P. Cabrino RA 21071113
Mclntyre defende que para chegarmos a uma conclusão precisamos de uma discussão, mas para esse processo a ática deve ser sempre levada em conta, e que mesmo que não queiramos, a emoção está inevitavelmente presente nesse processo. Segundo o autor, se as emoções sempre estivessem presentes no nosso discurso, a emoção do próximo também nos influenciaria, e as discussões seriam embasadas em sentimentos e certezas que os indivíduos têm sobre si mesmos, dessa forma os resultados éticos não seriam alcançados.
ResponderExcluirAlasdair Macintyre, assim como Taylor, também pode ser considerado um filósofo da tradição comunitarista. Sua teoria da justiça implica no reconhecimento de concepções conflitantes acerca do que é, e qual a natureza da justiça.
ResponderExcluirEsse conflito de concepções ocorre, pois a tradição ocidental iluminista concebe a razão como algo único inerente a todos os seres humanos sob o mesmo formato. Contudo, o que o autor observa, é que existem inúmeros tipos de razões, cada uma pautada na tradição em que foi concebida.
Desse modo, o debate sobre justiça na sociedade liberal se mantém inconclusivo, uma vez que o consenso entre as diferentes tradições não ocorre, havenNesse sentido, há paradigmas de expressão da racionalidade que parecem incomensuráveis, mas que, contudo, podem apresentar alguns aspectos em comum. É a partir desses aspectos, ou da tentativa de aproximação entre as diferentes teorias, que melhor se dá o debate sobre justiça.
Além da tentativa de confluir as diferentes tradições de pensamento, uma das soluções apontadas por Macintyre como uma forma de interpretação do moralmente correto e do justo é a partir da Ética das Virtudes, de Aristóteles.
A Ética das Virtudes considera que o mais importante não são as ações dos indivíduos, mas o caráter deles. Desse modo, uma pessoa ética seria aquela que tem a paciência, a coragem, a temperança e a justiça, características que a levaria ao florescimento, sendo que o indivíduo mais apto a atingi-lo seria aquele que busca a contemplação, e não os que buscam o prazer ou a honra.
Outra forma de se analisar o moral e o justo, que tem a ver com a Ética das Virtudes, é a partir da sabedoria, que contempla algo a mais que a racionalidade, além de ser coletiva, o que entra em conformidade com a comunidade ou tradição, sendo uma forma de promover a confluência entre suas diferentes.do apenas uma disputa de ideias diferentes.
MacIntyre acredita que precisamos voltar a discutir a moral como os antigos gregos, pois o projeto iluminista estabelece apenas um modelo de racionalidade e o autor acredita que as tradições são importantes formas de conceber o mundo, logo como há várias tradições, utilizar-se de um modelo que estabelece apenas uma como certa e verdadeira torna a discussão falha.
ResponderExcluirA moral é formada a partir de um contexto histórico, das vivencias e para a discussão da moral ele propõe que se resgate a ética das virtudes, logo que foque mais no caráter do que nas ações, que é possível sermos pessoas virtuosas ao estarmos em contato com outras pessoas virtuosas, uma vida ética seria uma vida em que as pessoas agem de forma virtuosa.
Camila de Oliveira Santos RA: 21027913
MacIntyre se colocava contra o individualismo que seria uma das vertentes geradas pelo iluminismo. Assim como também se opunha ao liberalismo por apresentar um contexto mais voltado ao indivíduo, embora não seja totalmente descrente sobre a viabilidade de se existir justiça dentro desse modelo de pensamento. A concepção de justiça para o autor é complexa. Considera ainda que sociedades menores apresentam uma maior facilidade de se aplicar a justiça.
ResponderExcluirPara ele, quando envolvemos em um debate o que tange ao campo emocional, ele perde sua validade visto que os indivíduos já não estão mais agindo racionalmente. Em algo desse tipo as partes envolvidas não iriam dar o braço a torcer e desistir de suas ideias.
Diz ainda que se argumentos voltados para o emocional são utilizados, o indivíduo na discussão estará tentando fazer com que a outro acredite em seu ponto de vista e se convença dele. Argumentos emocionais podem mudar a qualquer instante. Para o autor debates deveriam sempre ser guiados pela razão. Assim como também deveriam considerar o contexto ao qual estão inseridos. Resultante disso seria chegar à verdade.
Camila Luna Mendes - 21078513
Após a leitura dos textos de Alasdair MacIntyre e de assistir ao vídeo proposto, observo que ele critica o modo como se discute ciência nos dias de hoje. Para ele, é necessário que haja o resgate da forma de debate dos antigos gregos. Diz ainda que a interpretação racional de questões como a ética e justiça é incorreta, pois somente a razão não dá conta de abordar todos os traços desses assuntos, pois ela é limitada.
ResponderExcluirEle conclui que a sua tradição, no encontro com outras tradições, mostrou capacidade de superação e expansão a partir de seus próprios recursos, confirmando assim a racionalidade da mesma. Além disso, conclui-se que uma tradição é sempre parcialmente constituída por um argumento e pelo exercício das virtudes relevantes da ordem moral e intelectual. Porém, em determinada situação de desenvolvimento da tradição, quando há crise ou confrontada com outra tradição rival e incompatível, alguns destes princípios não respondem às indagações, e assim reconhecem que eles não servem mais, então estes princípios são abandonados e os teóricos da tradição se lançam na formulação de novos argumentos e teorias que forneçam continuidade ao propósito.
Alasdair MacIntyre é um comunitarista e crítico do liberalismo, o autor afirma em seu artigo que os debates atualmente tem sido baseados na racionalidade, entretanto cada indivíduo utiliza-se de sua individualidade e emoções para defender suas idéias. Essa subjetividade presente nas discussões dificulta o alcance de consensos, e cria uma situação onde as discussões baseiam-se apenas em uma disputa de quem possui o discurso mais elaborado. Para MacIntyre a ética deve basear-se em um modelo determinado, aonde todos os indivíduos pudessem reproduzir-se e aproximar-se. Dessa maneira um debate ético e racional seria possível.
ResponderExcluirO autor critica ainda o projeto iluminista, porque este sentenciou a sociedade ao fracasso por utilizar-se de uma metodologia para julgar pontos como certos ou errados, através de uma lógica que busca universalizar os valores morais. Depois da crítica, MacIntyre propõe um molde de racionalidade que restaura o classicismo e analisa os assuntos morais como tradições de determinada sociedade.
Deyvisson Bruno, 21004513
Alasdair Maclntyrie em sua obra “Justiça de quem? Qual racionalidade?” traz questões do projeto Iluminista sobre sociedade justa para o debate e como os aspectos da filosofia iluminista arrasta o homem para decisões tomadas na emoção. Ainda que a filosofia iluminista se declare como esclarecedora e esclarecida, segundo Maclntyrie ela conduz a um aspecto que se inclina ao emocional e retira a condição de equilíbrio do homem. Um modo de retomar essa condição é que o homem deve buscar a felicidade.
ResponderExcluirAo apresentar esse aspecto Maclntyrie, propõe um retorno a filosofia do justo meio, e através desde equilíbrio que o homem poderá ser virtuoso. A preocupação em considerar a virtude se dá porque Maclntyrie acredita que apenas uma sociedade que encontre o equilíbrio pode ser uma sociedade moral. É preciso um sujeito ético que incida em uma sociedade equilibrada e moral. Maclntyrie coloca em julgamento não só a ação e o motivo que levou o indivíduo a cometer aquela ação, e sim o caráter e a propensão do indivíduo a praticar aquele tipo de ação. E é precisamente a isso que precisamos nos atentar, diante do fracasso iluminista em dar as respostas “racionais” acerca do que ou de quem é o homem – e o homem livre se tomarmos a concepção de liberdade oriunda da revolução francesa e depois trabalhada por Kant acerca do que era o esclarecimento, ao tratar do uso publico e uso privado da razão, frente liberdade civil e liberdade do estado – diante de uma resposta que não pode ser dada, ficam as múltiplas questões sobre liberdade e bem estar, quanto a felicidade e ética, moral e justiça. Aspectos que somente serão alcançados por um ser de virtudes.
RA 21073013
Alasdair MacIntyre pode ser considerado um defensor do comunitarismo por criticar o individualismo como um resultado negativo do pensamento liberal. O autor também critica a maneira como o debate sobre ética tem sido feito, por se basear em apenas um tipo de racionalidade (ignorando e desprezando outras formas) e, sendo um debate que de quem melhor argumenta para vencer, ganha uma carga emotiva.
ResponderExcluirEle propoe como resolução um resgate as tradições morais, pois são o local da própria racionalidade (e não como foi encarado desde o iluminismo). De fato existem várias tradições, o diálogo e a compreensão são de extrema importância para o exercício da liberdade dos diversos grupos e indivíduos, respeitando as diferentes perspectivas sobre a realidade e buscando na vida em comum um senso de justiça mais amplo.
Outro ponto interessante é a retomada de uma “ética das virtudes” em direção a eudaimonia; uma sociedade é justa quando seus indivíduos são virtuosos.
Jamile Queiroz Gomes - RA: 21047113
Alasdair MacIntyre foi um grande crítico do liberalismo. Para ele o debate sobre ética não se deve basear apenas em argumentos,dessa forma é necessário então um novo modelo de Ética para embasar as discussões e uma nova forma de analisar o moralmente correto.
ResponderExcluirMacintyre propõe que os debates em ética devem ser livres da subjetividade e da emoção e possibilitar a coexistência de diferentes culturas. Eles precisam estar embasados na comunidade, nas percepções históricas e nas tradições da sociedade para que se evite entrar num relativismo.
RA: 21051713