APRESENTAÇÃO

Há uma ideia que é hoje consenso entre quase todos os teóricos da Filosofia Política. Todos chegaram a conclusão que o Socialismo, com sua proposta de estabelecer um modelo de relações econômicas entre as pessoas baseado na supressão da propriedade particular e de arranjos políticos fundamentados na igualdade política, acabou. E com isso, também entrou em
colapso a ideia de uma democracia igualitária. Somente dentro de algumas gerações, talvez, a humanidade encontrará energia para voltar a propor um modelo alternativo de pensamento político. O fato é que hoje, somente temos uma visão hegemônica para os arranjos políticos e econômicos. A democracia liberal, com sua proposta de economia de mercado e institucionalização da liberdade, venceu.
A hegemonia do pensamento liberal põe, entretanto, um grave problema para os intelectuais. Isto é, na falta de um pensamento alternativo, como fazer a crítica da democracia liberal? De uma forma geral só nos resta como caminho, a via das críticas menores, das pequenas escaramuças, incursões ofensivas parciais e ficamos perdidos no chamado cinturão de proteção e nos ataques às teses secundárias que protegem o miolo, o ‘hard core’, do pensamento democrático liberal.
O debate na Filosofia Política, entretanto, não chegou ao seu fim. E a busca pela grande objeção capaz de acertar o centro do pensamento liberal se torna cada vez mais intensa. Nesse esforço, os intelectuais tem encontrado inspiração na retomada das grandes questões fundamentais do espírito humano.
O fato é que existem dois conceitos que, desde a origem da chamada civilização ocidental e cristã, estiveram na agenda das preocupações intelectuais das pessoas e foram objeto de muitas investigações. Trata-se das idéias de Verdade e Justiça. O que é a Verdade? Em que condições o nosso conhecimento pode ser considerado verdadeiro? E ainda, o que é a Justiça? Quando é que nossas ações podem ser consideradas como justas? Conhecer e Agir; idéias e ações; epistemologia e ética, parecem expressar duas dimensões importantes da existência humana.
O conceito de Justiça tornou-se particularmente importante desde o início do século XX. E os parâmetros do debate contemporâneo sobre Justiça foram estabelecidos por Hans Kelsen. Na sua obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen alega que a discussão sobre a Justiça não pertence ao mundo das discussões da Ciência do Direito. Entretanto, ele constrói toda uma teoria da Justiça. Ocorre que, num primeiro momento, a "Teoria Pura do Direito" e as possibilidades de uma Ciência Positiva do Direito, ocupam os debates na Filosofia Política do início do Seculo XX. Posteriormente, as idéias de Kelsen sobre a Justiça ocupam o cenário dos debates, posto que não se consegue entender o Direito somente através de uma Ciência Pura do Direito. Nós precisamos da ideia de Justiça. Por outro lado, o conceito de Justiça pode ser entendido a partir de reflexões sobre o indivíduo, ou de considerações sobre a sociedade. Isto é, a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade dos indivíduos, ou na construção das condições de uma vida social bem sucedida. É nesse sentido que vem o debate entre Liberais (Isaiah Berlin, John Rawls, Robert Nozick, R. Dworkin) e os Comunitaristas (M. Walzer, M. Sandel, J. Habermas e C. Taylor).

"Teorias da Justiça" e uma disciplina com a qual se pretende introduzir os alunos nesse debate.

sábado, 26 de julho de 2014

11. OS LIMITES DO LIBERALISMO

Caros Alunos,

Após ler o texto: "Justice and the Good", in "Liberalism and Its Critics", Sandel Michael J. (org.), New York, New York University Press,

disponível em:

http://www.4shared.com/get/XH_yDwlM/Michael_Sandel_-_Justice_and_t.html

e examinar os videos:



WHAT'S THE RIGHT THING TO DO EPISODE 1 : http://www.youtube.com/watch?v=kBdfcR-8hEY

WHAT'S THE RIGHT THING TO DO EPISODE 2: http://www.youtube.com/watch?v=0O2Rq4HJBxw

http://www.youtube.com/watch?v=GYgLvAMQHmo


elabore seus comentários e envie para o Blog. Vc. tem até o dia 08 de setembro, segunda feira,  as 24:00hs. para realizar essa tarefa.

(Observação: Para colocar legendas em português nos vídeos é simples, basta clicar em "cc" depois em "traduzir legenda". Escolha o idioma e bom divertimento. Apesar de não ser uma tradução tão boa, já há uma melhora significativa na compreensão do vídeo)


Grupos:

143 comentários:

  1. Grupo da turma 2:
    Isabela Nogueira Ambrósio
    Lucas Leivas Régio
    Sara Aparecida de Paula

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  2. Turma seg 8-10 qui 10-12. Como escrito no terceiro post (24/07) integrantes do grupo:
    Victoria Caroline
    Laleska Vigilato
    Marina Molognoni
    Franciso Sérgio
    Jennifer Martinuzo
    Jéssica Sandim

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  3. Eric Kenji Matsuyoshi – 21037013
    Roanny Garcia de Medeiros - 21055313
    Isabella Reis Ferreira – 21034213
    Bárbara Cabrino 21071113
    Isadora Castanhedi 21044713
    Ana Cristina Alves Brasil -21062613
    Matheus França 21066813
    Patricia de Paula Gonçalves- 21059813

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  4. MICHAEL SANDEL (1953-)



    1. Críticas a JOHN RALWS:

    1.1. A concepção de pessoa de Rawls é Metafísica, pois exclui as considerações sobre os fins que as pessoas elegem para viver e torna impossível a consideração de pessoas vinculadas aos seus fins. Essa concepção é uma falsa representação de nossa experiência moral;

    1.2. Rawls defende uma concepção de comunidade que tem finalidades anteriores aos “eus” individuais. Não fornece ingredientes para constituir a identidade dos indivíduos. Ao contrário, a concepção de comunidade de Rawls fornece possíveis finalidades para indivíduos que já se concebem como “eus” definidos e individualizados. A comunidade, assim, não é ingrediente da identidade das pessoas. A comunidade política torna-se um sistema bem ordenado de cooperação para vantagem mútua. Nesse sentido, os indivíduos são anteriores à comunidade. A concepção de comunidade de Rawls é uma posição de individualismo anti-social (‘the veil of ignorance allows us to become unencumbered selves’);

    1.3. Para Rawls, as escolhas morais são expressões de preferências arbitrárias. Isso contem uma visão subjetivista da moralidade;

    1.4. A Teoria de Rawls não deixa espaço para a ideia que os indivíduos estão constitutivamente ligados às suas comunidades e que podem adotar uma concepção de bem que não pode se alcançada pelos indivíduos, por si próprios;

    1.5. A Teoria de Rawls é um “Liberalismo Deontológico”. Há condições para se pensar o problema da Justiça nas sociedades. Uma dessas condições é que; “The right is prior to the good”. Isto é, a Justiça é a virtude primeira dos arranjos sociais e impõe condições indiscutíveis sobre todas as demais ideias de bem que possamos construir;

    1.6. Para Rawls, sendo a sociedade composta de uma pluralidade de pessoas, cada uma com seus próprios objetivos, interesses e concepções de bem, a melhor forma de organizá-la consiste em fazê-la governar por princípios que não pressuponham qualquer concepção particular de bem; aquilo que justifica esses princípios não é que eles contribuem para a maximização do bem estar social, ou que promovam o bem, mas em vez disso que eles coincidem com o conceito de justo, isto é, por uma categoria moral que é dada, antes mesmo da noção de bem e que é independente dela. Segundo Sandel, isso implica em uma concepção metafísica de indivíduo e uma concepção deontológica da moral.

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  5. Caros Alunos,
    Para um interessante material de M. Sandel, veja:
    http://filosofar.wix.com/ufabc e acesse vídeos.

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  6. Michael Sandel é um professor de Filosofia Política da Universidade de Harvard, nascido em 1953, é amplamente conhecido no meio acadêmico estadunidense, sendo considerado um “popstar” nesse tipo de debate, pois tal assunto, geralmente, não tem tanta popularidade, como as aulas de Sandel demonstram.
    Sandel busca a negação da visão individualista abstrata que o liberalismo liberal propõe, nesse sentido, tenta demonstrar que nossas ações nem sempre se definem a partir de definições abstratas e sim das circunstâncias a que o indivíduo está. Para tanto, o autor considerando John Rawls como o concretizador dessa visão enganada de indivíduo abstrato, artificial, fora do mundo real, que busca condições ideais de um ser humano, nem sempre contemplará a realidade particular que cada ação individual necessita.
    Com isso, Sandel verifica que alguns pontos fundamentais que irão definir as escolhas morais dos indivíduos não são contemplados na teoria de John Rawls, que é a ideia da influência da comunidade na formação de uma visão moral naquela sociedade, pois este apenas, a priori, traz a tona um ser que não está na realidade, mas que apenas se deduziu da razão.
    Nesse sentido, tentando articular entre os princípios Kantianos, no caso o “imperativo categórico” e o consequencialismo dos utilitaristas, Sandel busca, sempre com questionamentos bem capciosos a demonstrar que a noção dos debates éticos não se faz a partir de princípios, e sim, de opções.

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  7. Michael Sandel é um popular professor de filosofia, que instiga o interesse de multidões. Ao assistir uma de suas vídeo-aulas, pode-se perceber o seu argumento redondinho, as suas situações problemas intrigantes e a sua capacidade de levar os alunos ao debate. Ele faz despertar a inquietude da razão.

    Sandel critica Rawls ao dizer que tal autor não conseguiu trabalhar a ideia de indivíduos diferentes, com diferentes desejos e compreensões. Uma teoria assim seria como geometria, abstrata e afastada, já que a concepção liberal de sociedade justa enfatiza o indivíduo. Não faz sentido impor aos casos concretos soluções abstratas.

    Assim, Sandel afirma que o ser humano é um ser coletivo e não basta ser racional, tem que ser sábio. Em meio às diversidades, a justiça deve ser discutida em um debate, pois o compromisso da justiça não é único. Nesse debate, não se chega a uma opinião única.

    No vídeo, o professor leva em conta dois tipos de raciocínio. O primeiro, o raciocínio ético consequencial, é constituído por 4 partes: a primeira etapa envolve a especificação da ação sob consideração. A segunda identifica todos aqueles afetados pela ação. A terceira determina os benefícios e o dano produzido pela ação. A quarta contrabalança a quantidade de bem, ou felicidade, produzida pela decisão.

    O segundo raciocínio é o imperativo categórico, uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade.
    Dessa forma, na discussão, Sandel faz com que o familiar fique estranho, provocando os alunos a questionar a moral das ações e se eles realmente fariam determina coisa apontada na situação-problema.

    Afinal, o grande drama da ética é que pensamos diferentes.

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  8. Michael Sandel nos mostra como ele se diferencia dos demais pensadores contemporâneos em que a justiça se apresenta como um objeto de estudo a ser reinventado, e sim, como tema para ser alvo de críticas às teorias já concebidas e, assim, construir seu pensamento. Ele propõe um debate sobre justiça e a populariza a partir da referência a pensamentos de filósofos e do uso de casos concretos e fundamentais na realidade, se diferenciando por meio de temas polêmicos e que são geralmente evitados pelos demais pensadores.
    John Rawls foi um filósofo muito criticado por Sandel, na medida em que aquele dizia que o homem possui um senso natural de justiça e moralidade, sendo capaz de se despirem de suas crenças, classes e valores antes de emitir qualquer opinião sobre o que é justo. A crítica elaborada por Sandels possui como principal argumento a impossibilidade do homem se despir de seus preconceitos e princípios, pois, ao nascer, nos encontramos inseridos em um mundo pronto e cheio de regras, preconceitos e valores, com os quais, partindo do pressuposto de que todos que nascem neste mundo aderem ao que já está estabelecido, seria improvável que possamos nos esquecer de tudo para decidir o que é justo.
    O autor motiva seu argumento dizendo que, apesar de não haver uma verdade sobre o fato, ele acredita que devem ser consideradas as discussões e os argumentos que justifiquem determinadas ações, enfatizando que nosso senso de justiça se modifica conforme cada situação.
    O exercício moral é resultado de um diálogo sobre realidades concretas e vidas diferentes, o que determinam em concepções diferentes sobre o que seria bom, justo ou moral dentro de uma mesma sociedade. E que, por isso, é complicado, para Sandels, acreditar que todos conseguiriam se despir de seus princípios e obter um mesmo senso de justiça.

    Danielle Yamaguti
    21080813

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  9. Michael Sandel é um comunitarista, ele acredita que as ideias liberais (Rawls), trabalhadas até o contexto atual, estão equivocadas, pois elas são deslocadas da realidade quando sugerem que a ética, a moralidade e a justiça são conceitos abstratos.
    Ele foca sua crítica em Rawls e sua concepção que nivela as preferências das pessoas, Rawls deu a entender que todos os individuos compartilham das mesmas noções de liberdade, justiça, ética, etc.
    Sandel propõe um debate sem abstrações, que contenha todas as contradições que possam surgir, e acima de tudo, baseado em situações concretas, e não ideais como efende Rawls.
    Debatendo-se desse modo não serão muitas as vezes em que se chegará a uma solução homogênea e permanente, mas é assim que deve ser, pois existem diversos posicionamentos que irão resultar dos argumentos, isso poraue cada individuo analisa a situação de um modo particular.

    Jéssica Santos Rodrigues de Souza
    21036512

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  10. Michael Sandel, critica a teoria de Rawls, por notar a impossibilidade de tratar a justiça como algo a ser pensado por cada um de nós sem o auxílio de uma sociedade. Ou seja, Sandel propõe que a justiça deve ser discutida por uma comunidade antes que esse conceito seja adotado por um único indivíduo. O autor também confronta com a ideia de Rawls pois afirma que não há de fato um véu de ignorância que consiga tornar o ser humano alguém idôneo de quaisquer influências, por conta da convivência social, por fazermos parte de uma comunidade.
    Como Sandel vê a justiça como algo a ser discutido por um grupo de pessoas as quais convivem mutuamente, é necessário que essa discussão seja feita de modo a encontrar a melhor forma de se viver harmoniosamente. Daí que vem a denominação de se considerar Michael Sandel um comunitarista.

    Larissa de Cássia Cruvinel - 21038211

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  11. Assim como Maclntyre, Michael Sandel também faz parte dos chamados comunitaristas, rejeitando a visão de mundo liberal e individualista. Propondo que os assuntos importantes para o funcionamento da sociedade devam ser debatidos em grupo (uma decisão ‘efetivamente democrática’).
    Dessa forma, Sandel deseja inverter a concepção de Rawls e buscar um ‘eu’ comunitário. Ele acredita que são as práticas comunitárias que nos definem, a sociedade e a vida em comunidade que nos moldam/definem/identificam.

    Naara Campos (21050313)

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  12. O filósofo Michael Sandel, diferentemente dos demais pensadores vistos até agora, leva o pensamento filosófico também para fora dos muros da academia, utilizando como exemplos casos mais empíricos presentes no dia-a-dia das pessoas para que, posteriormente, possa suscitar reflexões filosóficas sobre a moral e a ética.
    Dessa forma, um dos pontos mais interessantes em sua abordagem está relacionado ao fato de que, sem que percebêssemos, fomos deixando de apenas ter uma economia de mercado para SER uma sociedade de mercado.
    Explicando de forma mais detalhada, a economia de mercado se comporta como uma ferramenta útil para que haja organização das atividades produtivas e das transações econômicas e financeiras de um modo geral, porém o problema consiste em quando essa economia de mercado deixa de ser uma simples ferramenta de organização para se transformar em um modo de vida (o que ele chama de sociedade de mercado) em que os valores do mercado acabam permeando cada característica das atividades humanas.
    Assim, com essas novas configurações, uma sociedade de mercado acaba se tornando o lugar em que as relações sociais são reformadas à imagem e semelhança do mercado. Isso se constitui em um problema porque se consideramos que tudo está à venda, então, nesse caso, os valores morais acabarão sendo corroídos. Um exemplo disso pode ser ilustrado no caso em que se for permitida a livre venda e compra de votos, um valor maior, que é a Cidadania acaba sendo corrompido.
    Tal como MacIntyre, é influenciado em certa medida por filósofos como Aristóteles. Dessa maneira, Sandel acredita em certos valores como generosidade, solidariedade e altruísmo, defendendo a ideia de que estes valores precisam continuar sendo nutridos e transformados em hábitos por meio da prática.

    Giovanna Fidelis Chrispiano
    21005013

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    1. Vanessa da Paixão de Sousa - RA: 21040113

      Sandel, comunitarista, não acredita na ideia de sociedade justa na qual os indivíduos são livres para fazer escolhas, pensamento ultraliberal. Autor de grande sucesso e consequente reconhecimento, mas que assim como muitos outros autores, também possuem críticas a respeito do seu trabalho, no caso de Sandel, a crítica diz que seu trabalho não tem muita originalidade, o que ele diz já foi dito por muitos outros autores.

      Sandel acredita que a ideia de “Eu” no liberalismo é abstrata, esse individuo não existe, há um equívoco nessa ideia, e essa falha do liberalismo é dupla, primeiramente devido a essa ideia equivocada do “eu”, segundo, o debate da justiça também se torna equivocado.

      Ele crítica à concepção de individuo que é desenvolvida por Rawls em “uma teoria da justiça”, pois tratar a concepção de justiça por meio de um único individuo é algo errado, pois todos os indivíduos são diferentes, a forma como Rawls trabalha é totalmente abstrata. O autor propõe o resgate do eu concreto.

      É preciso dar ao debate ético um enfrentamento com a realidade concreta. Ao colocar o individuo real numa situação no qual ela precisa escolher moralmente, há a demonstração do que é justiça. Ele quer resgatar como nós tomamos decisões concretas nas situações.

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  14. Sandel, critica Rawl, pois este define o senso de comunidade como sendo mais importante do que o individualismo. Sandel discorda da posição original, onde o individuo deve deixar de lado sua identidade e convicções de boa vida, nesse cenário a pluralidade seria esquecida e todos seriam neutros, chegando nas mesmas conclusões como se houvesse apenas uma pessoa na comunidade. Esta não seria uma forma de contrato social ideal, já que indivíduo sob o véu da ignorância não seria capaz de tomar decisões por estar desvinculado de suas preferências. Sandel, tanto em seus trabalhos e aulas propõe o debate, o autoconhecimento, compreendendo os aspectos da comunidade que nos identificamos. Portanto, ressalta que, quando os princípios de justiça são decididos, os indivíduos ainda não estão presentes nela, pois isso contraria as ideias liberais de que a comunidade é formada por indivíduos independentes.

    RA: 21070713

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  15. A concepção de justiça de Michael Sandel é identificada como comunitarista. Este filósofo traz á tona questionamentos à teoria de Rawls, principalmente por esta descartar a distância existente entre as discussões que apenas orbitam o arcabouço teórico e a prática em si.
    Ele indaga sobre como pode ser possível discutir justiça sem levar em conta as inclinações, desejos e argumentos de um grupo social. A individualidade precede a comunidade no debate sobre justiça para Rawls. Já Sandel alega que o individuo sempre estará inserido em uma comunidade e portanto a justiça tem que ser comunitária.
    Este autor com suas proposições hipotéticas de problemas cotidianos, procura demonstrar que através de debates e pelo pluralismo de opiniões se chega a uma melhor tomada de decisão. E por esta via busca conduzir para a assimilação da ideia de que não existe uma resolução, que advenha da abstração, única e correta acerca dos impasses relacionados a ética e justiça.

    RA 21069412
    Rose de Paula

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  16. Sandel destaca, na teoria da justiça de Rawls: a absoluta primazia moral conferida à justiça, que é vista como a primeira virtude das atividades humanas; a primazia fundacional da justiça, vista como antecedente e prioritária em relação ao bem, afastando-se das doutrinas teleológicas que definem a prioridade do bem sobre o justo; a regulação da sociedade com amparo no que é fundamental na personalidade humana, onde os seres humanos entendidos como pessoas morais, são eleitores autônomos de seus fins, de maneira que a sociedade deve ser organizada por um caminho que respeite essa característica da personalidade sobre qualquer outra.
    A ênfase ralwsiana no ser humano como um agente autônomo na escolha dos fins leva-o a assumir uma prioridade moral absoluta do sujeito sobre seus fins. Para Sandel, esta teoria aparenta ter um contorno mais metafísico do que moral. O fato de o sujeito escolher os seus fins faz presumir que já há um sujeito antes da escolha, o que faz concluir que a identidade do sujeito não pode ser resultado dos fins que ele escolhe, porque sua unidade já é estabelecida antes de ele realizar qualquer escolha durante o curso da experiência. Em Rawls, é a separação do sistema de fins de cada indivíduo que é essencial: a sociedade consagra como fundamental a pluralidade e a possibilidade de cada indivíduo ter sua própria concepção de bem, sem necessidade de identidade de interesses entre diversos sujeitos. Para Sandel, ver a sociedade primeiramente como um sistema de cooperação implica ver seus membros como indivíduos já constituídos quando entram na sociedade para suas mútuas vantagens. Neste sentido, a pluralidade das pessoas é prioritária sobre a unidade de sua reunião. Sandel aponta três falhas na concepção rawlsiana de pessoa: a relação entre o sujeito e seus fins, objetivos e interesses seria tão-somente voluntarista: os fins são meras escolhas que o sujeito escolheria anexar para si, mediante um exercício de vontade. Tal postura exclui outras tradições filosóficas morais ou políticas que apontam uma relação distinta, tal como a das doutrinas que sustentam que os sujeitos se ligam aos seus fins por um ato de reconhecimento, e não de mera escolha dentro de um possível catálogo disponível. 2. a identidade do sujeito, sendo fixada antecedentemente à escolha dos fins, cria uma distância que sempre permanecerá entre o sujeito e os seus fins ou valores. Os fins são nada mais que interesses de uma pessoa, ou algo apenas a ser possuído, mas nunca integrado à sua identidade. Essa postura eliminaria experiências morais distintas que reconhecem alguns fins ou valores como constitutivos de nossa própria identidade. Exclui-se a possibilidade de propósitos mantidos em comum com outros sujeitos que inspiram um auto-entendimento intersubjetivo mais expansivo, em que o sujeito pode se identificar com a própria comunidade, vendo sua condição de membro de alguma sociedade como essencial à constituição de sua identidade. 3. o senso de comunidade em Rawls é bastante pobre, sendo descrito como um possível objetivo de sujeitos antecedentemente individuados, mas não como um ingrediente de suas próprias identidades; o bem da comunidade política rawlsiana é a mera participação para obtenção de benefícios mútuos. Assim, uma sociedade que apóia uma absoluta prioridade para a justiça exclui a idéia de que a comunidade possa especificar o sujeito. Para Sandel, as restrições impostas em rawls conduzem a uma concepção de sujeito radicalmente inadequada para uma reflexão de circunstâncias morais humanas. A concepção liberal do sujeito antecedentemente individuado exclui qualquer concepção de bem que permita ou pressuponha ligações pessoais constitutivas a valores, projetos e comunidades. O sujeito antecedentemente individuado é incapaz de desenvolver um senso constitutivo de identidade com sua própria família.

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  17. Podemos começar a análise de Sandel pela mudança na perspectiva apresentada.
    Anterior: problema da modernidade, do projeto liberal de que não temos a concepção de ser humano como um ser virtuoso.
    A partir de agora: há um engano nessa perspectiva. Sandell faz a crítica do Rawls - grande teórico sobre a questão da justiça na sociedade liberal -. Para ele, seu modelo é equivocado. Sandell e Taylor são comunitaristas; destacam o significado coletivo (já desenhado pelo Macyntire). O grande equívoco do Rawl é que ela não fornece uma concepção de ser humano onde eu sou reconhecido como um erro. Ela trabalha com uma concepção asséptica, limpa = algo abstrato, geométrico, talvez até ilusório. Você sabe que esse sujeito não é você. Por mais que argumente dessa forma, pode ser que ela não se encaixe. Essa teoria não dá conta entre a compreensão do mundo (sei o que devo fazer, mas faço aquilo que condeno).
    Cada um de nós é concreto. Como posso discutir seu comportamento sem levar em conta as suas tendências pessoais?
    Como discutir sobre justiça sem levar em conta que as pessoas estão dividas entre motivações/desejos e argumentos?

    O que Sandell propõe? Que esse tema seja discutido nas discussões... não eu, pensando sozinho, isolado, mas sim em um debate, com diferentes tradições, interpretações, etc, podem se manifestar. Ex.: eu levanto uma pergunta sobre justiça e isso é discutido dentro das variáveis de visões possíveis.

    Rawls é acusado de ter uma concepção "metafísica", comprometido com a ideia de justiça, racionalidade. Mas esse compromisso é único, todos são racionais do mesmo jeito. Ele parte do pressuposto que todos tenham a mesma sensação sobre moralidade.

    O debate ético, sobre justoça, tem que fazer vir à tona a multiplicidade de opiniões a partir de uma questão proposta, por exemplo no caso em que você é o maquinista que deve escolher entre mover em frente e matar 5 operários ou apenas um, desviando o trem para outro trilho, matando apenas um. Quando muda a pergunta (se você jogaria um gordão pra evitar a morte de 5), as respostas mudam também, para o oposto que a maioria tinha proposto antes "melhor matar 1 do que sacrificar 5?"

    Dessa forma, pela palestra de Sandel, podemos ver a multiplicidade de respostas válidas, e também que não dependemos apenas da razão para fazer uma escolha, mas sim, também, de desejos e vontades.

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  18. “Justice and the Good” produzido por Michael J. Sandel em contribuição ao estudo da filosofia do direito é iniciado com uma crítica firme a respeito das teorias propostas por John Rawls, teorias estas que dispunham como base os ideais utilitaristas, estabelecendo que o senso de justiça está em patamar superior ao senso de bondade (quanto a tomada de decisões) além disso, Rawls também propõe como “saída” o véu da ignorância e a ideia de posição original que tem como consequência a exibição de um indivíduo abstrato anterior a uma inserção na sociedade de tal forma que, da maneira mais racional possível, seu pensamento seria moldado apenas por uma perspectiva de justiça pura.
    Sandel não concorda com tal proposta uma vez que seria impossível o surgimento e a existência de tal indivíduo “perfeito juridicamente” como descrito por Rawls no mundo. Uma vez que sempre devemos colocar dinâmicas sociais e o mundo como princípios de entendimento das situações e sendo ele rotulado como um teórico comunitarista justamente por defender que em debates éticos, nos quais ambas as partes sejam consideradas em, fica clara no modo em que o próprio conduz suas aulas, onde exibe temas e situações problemáticas nos pontos de vistas éticos frente a diversas concepções filosóficas, sua opinião adversa ao primeiro autor estudado nessa disciplina. Nesse contexto questionador e convergente da teoria rawlsiana, Sandel, nos questiona e nos propõe uma discussão acerca de temas como: “qual o fator crucial em cada situação”, “qual situação é mais ou menos justa” e “quais as consequências que essas decisões propostas pelas questões anteriores irão implicar futuramente”, é possível notar quais são as diferentes pontualidades que caracterizam o pluralismo da sociedade na visão de Sandel e como ele propõe estudar e solucionar essa questão.
    Luana André Assumpção (21054013)

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  19. José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312

    Como podemos ver a partir da leitura de "Justice and the Good", in "Liberalism and Its Critics" de Michael Sandel, claramente ele é um autor cuja corrente de pensamento pode ser comumente associada ao comunitarismo, embora não concorde com todos os pressupostos da mesma. Esta corrente, por sua vez, buscou superar a eminente consolidação do modelo teórico e prático liberal da época. Sandel é conhecido por ser um dos filósofos contemporâneos que mais critica a vertente de Rawls sobre o conceito de justiça. Segundo Sandel, Rawls inovou o pensamento filosófico de sua época revelando uma visão igualitária liberal. Contudo, critica principalmente os conceitos de “véu da ignorância” e de “posição original” apresentados na obra “Uma Teoria da Justiça”, alegando que estes argumentos possuem razões arbitrárias. Sandel aponta aqui uma falha na teoria rawlsiana: não deve haver a universalização do conceito de indivíduo, uma vez que são desconsideradas suas particularidades advindas de aspectos como história, crenças, convicções e cultura que conferem singularidade ao ser. Destaca, portanto, a impossibilidade de o indivíduo escolher o Estado neutro, visto que este é guiado por seus preceitos morais e sociais. Esta condição de colocar a justiça como o princípio mais importante é vista por Sandel como indequada e inatingível, já que pressupõe a concepção de comunidade como sendo posterior à de indivíduo. Para o autor, a sociedade é que constrói e define as noções de justiça. Assim, propõe que deve haver o debate a respeito dos princípios, costumes e ideais presentes na sociedade para que seja possível, através de consenso, alcançar a justiça; de maneira que o bem-estar na sociedade seja contemplado através dos instrumentos de justiça desenvolvidos.

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  20. Feita a análise do material proposto para esse tema, deixo aqui minhas considerações sobre Michael Sandel.

    Michael Sandel é considerado um comunitarista. Ele entende o ser humano dentro de uma determinada coletividade. Sandel é um grande crítico do projeto liberal, da individualidade, baseada em uma concepção liberal do que é o indivíduo de acordo com a percepção moderna. Vai criticar a ideia liberal de que uma sociedade é justa se essa for liberal.

    Sandel vai elaborar uma série de críticas ao trabalho e às ideias de John Rawls. Para Michael Sandel, o modelo de discussão adotado por Rawls está equivocado, pois este acaba por não fornecer uma concepção de ser humano onde o indivíduo “vire” indivíduo. Tudo acaba ficando no abstrato, tornando-se uma concepção artificial, sem conexão com a realidade. A teoria de Rawls acaba não dando conta e Sandel afirma que não é dessa maneira que se deve discutir justiça.

    Sandel propõe a análise do tema dentro de discussões abertas, em grupo, com várias interpretações, não em uma mesa de escritório de um teórico. Para Michael Sandel o debate/discussão sobre justiça tem que se dar onde os diferentes “eus” se fazem presentes. As teorias da justiça seriam basicamente o que as pessoas pensam sobre justiça. Nesse ponto, Sandel coloca que o debate ético tem de ser um debate onde tenha que vir à tona a multiplicidade de opiniões, sair do abstrato e das pressuposições que todos pensam da mesma forma, que possuem o mesmo sentimento moral. A discussão é de saber como as pessoas se comportam e não o que é proposto por Rawls.

    Lothar Schlagenhaufer

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  21. Michael Sandel é um autor comunitarista, pois, em sua concepção, a justiça é volátil com o tempo, sendo modificada e colocada segundo as sociedades, ou seja, critica a visão liberal que desconsidera o papel da comunidade, das tradições e da cultura na elaboração do "contrato social".

    O autor vai contra Rawls, pois, considera em sua teoria muitas abstrações, por exemplo, ninguém pode se abster de suas crenças e concepções totalmente, o que seria inviável o uso do véu da ignorância. Até mesmo o nosso senso de justiça não seria inato, pois, é construído pelas nossas tradições que se alteram durante nosso desenvolvimento, tornando-o mutável.

    Outro ponto importante é a concepção do bem, não seria possível haver uma única verdade do que é o bem, porque mais uma vez entra a ideia de que os indivíduos são influenciados pelos seus modos de vida, e a partir daí a justiça para cada sociedade pode ser extraída.

    Natália de Lima Pereira 21016913

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  22. Michael Sandel, filósofo contemporâneo, dá continuidade ao debate sobre justiça, não propondo uma nova teoria, mas criticando a teoria elaborada por John Rawls, afirmando que nela há muitas abstrações, e que tais abstrações não se aplicam ao mundo real. O autor também faz uma crítica o “véu da ignorância”, pois para ele, ninguém jamais conseguiria se desapegar totalmente de sua raça, cultura, crenças e posições sociais.
    Sandel não tem como objetivo elaborar a construção do que é composta a justiça, mas sim promover o diálogo entre diferentes indivíduos, com diferentes concepções do que é justo, diferentes modos de vida e noções de bem, para que assim, a comunidade tenha a possibilidade de formular seu próprio conceito de justiça. Para o autor, não se pode considerar os indivíduos como seres isolados, pois esses fazem parte de uma comunidade e, portanto, influenciam e são influenciados por ela. É a partir dessa interação que se torna possível o diálogo.
    Assim, Sandel observa o indivíduo como um agente inserido na comunidade. Desse modo, qualquer reflexão acerca daquilo que é bom, justo ou desejável, deve partir dela. Já para Rawls, o indivíduo precede a comunidade e, por isso, ele deve ser o parâmetro pelo qual se pautam as teorias da justiça.
    Outra visão que Sandel critica da teoria de Rawls é a de que todos os indivíduos possuem um senso de justiça inato. Para Sandel nosso senso de justiça se dá com a influência das tradições em que nos encontramos, porém, isso não significa que todos os habitantes de uma mesma comunidade possuam o mesmo “eu”, mas sim que essa comunidade será responsável na definição desse “eu”. Além disso, o autor afirma que nossas tradições são mutáveis e, consequentemente, nosso senso de justiça também o é.

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  23. Sandel é considerado comunitarista embora não se sinta confortável em assumir esta posição. É contra a linha liberal da teoria da justiça e faz diversas críticas ao Rawls. Uma dessas críticas refere-se à improbabilidade de que um indivíduo se separe de suas convicções, de sua história de vida (que formaram sua moral), como proposto por Rawls (o “véu da ignorância” e a “posição inicial”). Ele coloca ainda que as preferências e vontades pessoais não são pensadas na teoria de Rawls.
    Para Sandel, o homem deve ser analisado em sua realidade concreta, diante de seus pressupostos, porque seus problemas morais advém desta mesma realidade e não, como pensa Rawls sobre a moralidade, em uma posição abstrata e portanto hipotética que pode dizer muitas coisas, mas de fato não diz nada sobre os problemas morais de fato.
    De acordo com a ideologia comunitarista, o liberalismo prejudica e contamina nossas análises de questões polêmicas como o aborto, a liberdade de expressão, etc. Vivemos numa sociedade cujo ideal de justiça é fortemente apoiado em ideias liberalistas. O que chamamos de justiça é um conceito criado por um único indivíduo ou por um grupo de pouquíssimos indivíduos e que destituiu todo o resto da comunidade de suas crenças, posições ideológicas, sociais, convicções, entre outros. Não foi uma justiça criada em comunidade, sendo esse um dos pontos da ideologia comunitarista. A sociedade é plural, composta por uma variedade imensa de pessoas e de suas consequentes bagagens ideológicas. Como se poderia estabelecer que algo é ‘bom’, ‘justo’ e ainda colocar ordens arbitrariamente a esses conceitos (no caso do liberalismo, ‘justo’ sempre a frente do ‘bom’) sendo que a definição de ‘bom’ e ‘justo’ é mutável de acordo com cada comunidade? Sandel adota uma postura teleológica, em que preocupa-se com as consequências das ações. O autor afirma que nossas tradições são variáveis, logo o senso de justiça também é variável.
    Por fim, fica claro que Sandel desconstrói o liberalismo defendendo uma construção comunitarista da moral e da Justiça, muitas vezes pautada sobre aspectos utilitaristas – inserida em determinados contextos histórico-sociais específicos. Para ele, a Justiça não está livre da identidade comunitária, uma vez que a moral não se forma somente individualmente, mas sim diretamente e necessariamente pelo convívio social e por interesses relacionados a momentos de contextos específicos e, algumas vezes, até contraditórios e mutantes.Para Michael Sandel, a justiça não é absoluta, enquanto virtude ou verdade para teorias, mas tão somente condicional.

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  24. A partir da ótica de Sandel, Rawls é criticado como um autor de contrato social que considera situações ideias, no entanto, estas também são abstratas, as quais, Sandel considera impossíveis, por não existirem no mundo real.

    Outra oposição entre os dois autores está na concepção de comunidade. Rawls acredita que este conjunto surge posteriormente a concepção de indivíduo, mas Sandel acredita que o indivíduo é claramente o resultado da comunidade. Logo, pensamentos inversos.

    Sandel coloca as escolhas morais como influência do meio em que vive. Já para Rawls, isso é incabível, afinal, ele definiria essas mesmas escolhas como expressão das preferências arbitrárias.

    Não é possível relevar o fato de que os indivíduos fazem parte de uma comunidade e são produto desta, criar teorias como se todos tivessem o mesmo conceito de justiça ou então, mesmo que houvesse, que este satisfaria o desejo em unanimidade. Porque para avaliar de fato uma sociedade, é necessário identificar suas tradições e o que é identificado como verdadeiramente bom. Valendo lembrar que, o que for estabelecido em uma, pode ser completamente oposto em outra. Isso faz parte da construção de justiça.

    Isabel S. Klug - 21068913

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  25. Sendo um dos mais importantes filósofos políticos, considerado comunitarista, em sua teoria Sandel formula um debate entre Taylor e Rawls, sendo que para o último o autor dedica uma crítica em relação à ideia de Rawls sobre o “Véu da Ignorância”.

    Sobre essa teoria pode-se dizer que Rawls diz que, no início da elaboração do contrato social, os indivíduos estão na “posição original”, cobertos pelo “véu da ignorância”, que não permite que os indivíduos saibam a qual classe social pertencem, nem mesmo suas habilidades naturais, de modo que todos os envolvidos no processo de elaboração do contrato operem de maneira justa não somente para um grupo específico, mas sim para os indivíduos em geral.
    A crítica de Sandel a esta teoria está no sentido artificial que o véu cria, pois não há maneiras de fazer com que os indivíduos “vistam” este véu na elaboração de seus contratos sociais, além de criar uma concepção intangível do ser humano. Sendo assim, pode-se dizer que Michael se aproxima mais das ideias defendidas por Taylor, tendo como exemplo dessa proximidade a visão que ambos possuem sobre os indivíduos. Segundo os autores, estes são o resultado da sociedade em que vivem, e não o contrário.

    A ética para o autor vai de acordo com a maneira pela qual os indivíduos escolhem viver: a conduta desta maneira escolhida pelos indivíduos é examinada, e, assim, determina-se se condiz com a ética. Já a justiça, que também tem a ver com a ideia encontrada em Taylor, está relacionada com o debate que fazemos sobre algum tema em questão.

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  26. O filósofo político Michael Sandel, professor na Universidade de Harvard, tornou-se um 'pop star' contemporâneo. Defensor de ideias como a globalização da educação (Sandel fala de uma sala de aula de alcance global), o autor propõe uma ética que tem a virtude por fundamento e afirma não ser possível a neutralidade do Estado e da justiça, que não podem evitar a emissão de juízos morais. Para Rawls deveríamos tentar definir os princípios da justiça de forma neutra com relação às concepções morais substantivas. Ou seja, ter uma ou outra concepção de bem não é algo relevante. Sandel questiona se seria possível ou até mesmo desejável uma justiça isolada das considerações acerca da virtude. Ele discute como as pessoas legitimam suas posições diante de questões cotidianas como o direito ao aborto e a reparação de injustiças históricas. O olhar de Sandel vai da liberdade incondicional, liberalista ou individual, à ética comunitária. Se defendemos a liberdade individual absoluta nos tornamos responsáveis apenas pelos atos que cometemos enquanto indivíduos. Uma ética comunitária não apenas divide a responsabilidade como nos responsabiliza por ações cometidas no passado e culas consequências se estendem ao momento presente. Entretanto, ele também defende a necessidade de tornar explícitos os desejos individuais para que estes sejam olhados pela justiça.

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  27. Michael Sandel faz parte da categoria dos comunitaristas da filosofia, e explicita sua posição ao rejeitar a concepção liberal-individualista, e recomendar uma sociedade onde os temas polêmicos e importantes para seu harmonioso funcionamento sejam discutidos em grupo, em debates, de forma que a tomada de decisão seja efetivamente democrática, levando-se em conta múltiplas opiniões.
    Sandel preocupa-se em negar a ideia que Rawls dissemina, baseando-se nela para construir suas ideias, de que há direitos individuais que são mais importantes que o bem-estar geral. As críticas está no fato da concepção metafísica da pessoa, pois o véu da ignorância em si é uma abstração pois você não consegue deixar de ser você mesmo, para fazer uma análise imparcial do que é justo ou injusto. Sandel elabora um conceito comunitário, a comunidade que constrói, self é comunitário, os direitos são comunitários, a comunidade o define.
    A negociação seria, portanto, fator decisivo em uma discussão para que seus resultados fossem mais justos. A partir do momento que se assume que debates levariam a uma melhor tomada de decisão, devido à mescla de opiniões, é inevitável assumir que não existe apenas uma resolução correta ou coerente acerca das interrogações que nos perseguem.
    Rawls não deixa espaço em sua teoria para a ideia que os indivíduos estão constitutivamente ligados à suas comunidades e que podem adotar uma concepção de bem que não pode ser alcançada pelos indivíduos por si próprios

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  28. Sandel é um autor crítico do liberalismo, principalmente das ideias de John Rawls. Seus ideais compactuam com a vertente comunitarista, apesar de não se intitular como tal. Sua maior crítica é a respeito dos preceitos acerca da posição original e do véu da ignorância. Ele entende que os indivíduos não são capazes de se livrar de seus pensamentos sobre qualquer coisa e que não é possível desconsiderar as preferências de um indivíduo na elaboração de uma teoria da justiça.
    No que concerne a relação justiça e bem, Sandel segue um viés mais teológico, introduzindo as ações no contexto do bem-estar. Ele acredita que o bem-estar é resultado da escolha das pessoas por determinado modo de vida, e não por algo necessariamente justo.
    Sandel ainda aponta que o senso de justiça do ser humano está relacionado com as tradições presentes no meio que está inserido. Pelas tradições serem mutáveis, o nosso senso de justiça também o é.

    Morgana B. Alves Ferreira
    RA 21036213

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  29. Michael Sandel é um autor da corrente comunitarista e, em sua obra, critica a posição de John Rawls. Enquanto Sandel acredita que a capacidade do indivíduo de se desprender de suas concepções pessoais é abstrata e insuficiente, visto que essa ideia admite o indivíduo como ser inferior à sociedade e não como resultado das interações sociais, Rawls acredita que a justiça pode ser alcançada através da criação de um contrato social, onde os indivíduos adotariam a posição original e estariam também munidos do véu da ignorância e do equilíbrio reflexivo, assim, abrindo mão de seu próprio modo de vida e convicções pessoais.

    Sandel também critica o liberalismo deontológico de Rawls, que diz que a justiça prevalece sobre o bem. Ao contrário de Rawls, ele adota uma posição teleológica, que se preocupa com a consequência das ações, por exemplo: o compromisso com o bem estar. Contrariamente a John Rawls, Michael Sandel acredita que os indivíduos escolhem seus modos de vida pelo bem estar, e não pelo que é justo.

    O autor afirma que a sociedade é formada por uma pluralidade de modos de vida e de concepções, e que é possível escolher modos de vida que não dependam só do indivíduo. A adoção de diferentes modos de vida não tem necessidade de um “self” anterior, esse “self” é resultado da vida em sociedade. Sandel acredita que a justiça está em encontrar estratégias para fazer com que diferentes modos de vida convivam entre si.

    Aline B. Silva - RA 21080413

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  30. Michael Sandel é um crítico da linha liberal da teoria da justiça e crítica em certos pontos Rawls. Crítica o liberalismo, a individualidade baseada em sua concepção liberal moderna, e por ser um comunitarista, entende o ser humano dentro de uma coletividade.

    Criticará aspectos da obra de Rawls, por considera-los equivocados como ‘deixar de lado’ preferências e vontades pessoais, por acreditar que é improvável que o indivíduo se separe de suas convicções, como Rawls propunha. Sandel irá propor que os debates da sociedade deixem de estar no plano abstrato e sejam trazidos para a realidade concreta.

    Os temas devem ser analisados dentro de discussões abertas, em grupos, em que sejam permitidas interpretações diferentes. Este debate tem que ocorrer no local em que estejam os diferentes ‘eus’, fazendo com que as teorias da justiça sejam aquilo que as pessoas pensam sobre ela.

    Ao invés de analisar os temas sobre o viés do inivíduo moral, o que ele faria nas diferentes situações, quais seriam suas reações, Sandel leva em importância aquilo que os indivíduos de determinada comunidade pensam ou o que fariam nestas situações, abstraindo o debate da idealização.

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  31. Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713

    Sandel busca a negação da visão individualista abstrata que o liberalismo liberal propõe, ele tenta demonstrar que nossas ações nem sempre se definem a partir de definições abstratas e sim das circunstâncias a que o indivíduo está sujeito a ‘participar’. Dessa maneira o autor critica John Rawls considerando-o como a pessoa que ‘concretizou’ essa visão enganadora de indivíduo abstrato,que busca condições ideais de um ser humano.Sandel verifica que alguns pontos fundamentais que irão definir as escolhas morais dos indivíduos não são contemplados na teoria de John Rawls. Por exemplo, a ideia da influência da comunidade na formação de uma visão moral naquela sociedade.

    Ele acredita que as discussões e argumentos que justificam determinadas ações enfatizam nosso senso de justiça e que esse é modificado conforme cada situação. Assim,o exercício moral é resultado de um diálogo sobre realidades concretas e vidas diferentes, determinando concepções diferentes sobre o que seria bom, justo ou moral dentro de uma mesma sociedade. Por isso para Sandels é complicado acreditar que todos conseguiriam se despir de seus princípios e obter um mesmo senso de justiça. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade.

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  32. Sandel é um autor aliado ao comunitarismo, que critica o liberalismo; logo, ele acredita que os valores e tradições das pessoas e seus grupos não podem ser desvalorizados no momento da criação das leis jurídicas. Seu texto é uma crítica à teoria de Rawls, que rejeita o Utilitarismo.
    Para Sandel, Rawls rejeita o Utilitarismo enquanto é indiferente aos indivíduos, tomando-os como um todo, e combinando os desejos de todos em um sistema que seja coerente (une-se todas as pessoas em uma só). Dessa forma, a justiça como equidade de Rawls consertaria as deficiências ao diferenciar as pessoas nesse sistema de desejos.
    Sandel também critica a visão liberal que desconsidera o papel da comunidade, das tradições, da cultura na elaboração do "contrato social", além da conexão entre o bom e o justo, que tem problemas em alicerces morais e epistemológicos. Além disso, se o “bom” é medido por escolhas individuais e preferências, o direito deve “pesar” mais que o bom. Dessa forma, a justiça parece ser formada por concepções arbitrárias.
    Sandel também argumenta sobre os problemas envolvidos com a visão deontológica do ser social e como existem contradições entre a justiça de Rawls e o funcionamento social. A visão deontológica coloca que um ser “obedece”, “tem suas ações geradas” a partir de um certo conjunto de virtudes. Ao mesmo tempo, é sugerido que esse conjunto de virtudes é compreendido apenas pelo ser que o detém e não pode ser compreendido, de fato, pelos outros que a rodeiam. O ponto de vista deontológico de Rawls, parece sugerir a visão individualista dessa maneira, mas, ao mesmo tempo, sugere agentes de escolha que não são exatamente escolhidos.
    Para Sandel, o erro de Rawls está na formulação da posição original. Segundo ele, a crença de que é possível criar um regramento justo a partir da posição original é incorreta e que a descrição de Rawls não é a de um acordo, propriamente. Pois se todas as partes são propositadamente destituídas de tudo aquilo que lhes é particular (convicções, posições sociais etc), está-se falando não de uma comunidade de vários indivíduos, mas de um único. E, assim, não há “acordo”.

    Para Rawls todos nós temos um senso de justiça inato. Sandel critica essa visão, dizendo que, nosso senso de justiça se dá de acordo com as tradições em que nos encontramos. A comunidade define o self, você se torna algo segundo as tradições dessa comunidade. Isso não quer dizer, entretanto, que todos habitantes de uma comunidade, e participantes de uma mesma tradição sejam portadores do mesmo self, só quer dizer que essa comunidade e essa tradição serão responsáveis por definir esse self. O autor coloca também que nossas tradições são mutáveis, portanto nosso senso de justiça também se torna mutável.
    Sandel considera que não é possível acreditar que exista somente uma concepção de bem, pois os indivíduos são influenciados por diferentes concepções de bem e por diferentes modos de vida. Assim, é preciso encontrar uma concepção de direito que seja capaz de encontrar uma maneira para que diferentes modos de vida convivam entre si.
    RA: 21019613

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  33. Michael Sandel foi um teórico norte-americano e ficou mundialmente conhecido ao ministrar uma disciplina na Universidade de Harvard chamada “Justice”. Sandel seguia a escola dos comunitaristas e fez importantes criticas ao liberalismo e também a John Rawls. Para este autor a teoria do véu da ignorância criada por Rawls não seria valida uma vez que ninguém seria capaz de se desapegar cultura, crenças e opiniões sociais/econômicas/politicas. Para Sandel os debates tem uma grande importância para qualquer sociedade.
    Sandel também critica Rawl quando ele disse que todos os indivíduos possuem um senso de justiça inato, para Sandel o conceito de justiça varia de acordo com as tradições, valores e situações pela qual a pessoa passou durante a vida. Embora esteja ligado as tradições, o conceito de justiça não é o mesmo para todos os habitantes de uma mesma comunidade, uma vez que pode mudar de individuo para individuo. Por fim o autor diz que nosso senso de justiça é mutável, pois com o passar do tempo nossas tradições podem mudar e as pessoas podem passar por novas experiências.
    Sandel tinha como um dos seus principais pontos promover o diálogo entre diferentes indivíduos, que por sua vez tem diferentes concepções de justiça e levam diferentes modos de vida, este dialogo seria capaz de fazer com que uma comunidade fosse formular seu próprio conceito de justiça. Além disso, para o autor não se pode considerar os indivíduos como seres isolados, pois esses fazem parte de uma comunidade e, portanto, influenciam e são influenciados por ela. A interação das pessoas dentro da sociedade é o que torna o diálogo algo viável, o mesmo dialogo que possibilita a criação de uma noção de justiça.

    Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA:11131211

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  34. Michael Sandel é critico do liberalismo e da concepção que considera uma sociedade justa ser for liberal. Como comunitarista, vê o individuo como parte de um coletivo.

    Sandel vai criticar Rawls em vários aspectos, um deles sobre o conceito de “comunidade”. Como já foi dito, Sandel considera o individuo como parte e resultado de uma coletividade, enquanto Rawls que a coletividade, a comunidade surge após a formação de indivíduos.

    As escolhas relativas a moralidade são dependentes da comunidade, do meio¸segundo Sandel. O que, de novo, contradiz Rawls, que afirma que as escolhas morais são arbitrarias.

    Para Sandel, a concepção de justiça deve ser discutida numa sociedade onde a pluralidade tem lugar.
    O que precisa ser discutido é o que as pessoas pensam sobre a justiça e sobre ética, e essa discussão deve ser a mais diversa possível.

    E é a multiplicidade de opiniões e pensamentos que constrói o conceito de justiça.



    Erika Mendes 21027413

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  35. Sandel também é afiliado ao pensamento comunitarista, assim como Micintyre, compreendendo o sentido de justiça, em uma crítica a Raws, não como pré-existente nos homens, mas modelado por um conjunto de relações sociais construída no interior das comunidades.
    Não admite a possibilidade da hipótese de Rawls em que a sociedade, vestida com o véu da ignorância, escolheria a distribuição do acesso aos bens sociais levando em conta os mais necessitados. Esta possibilidade não existe, pois seria impossível dissociar o indivíduo de sua cultura, seus valores e da sociedade na qual ele está inserido.
    As escolhas morais também seriam relacionadas com a comunidade, não sendo portanto arbitrárias como em Rawls. A justiça deve ser discutida dando lugar aos diversos debates, respeitando as pluralidades, as diversas opiniões e instituições da sociedade. Porém Sandel alerta para o fato de que sua teoria não propõe um total relativismo, mas sim encontrar uma objetividade emergente das opções e multiplas opiniões da comunidade.

    WANDERSON COELHO PINHEIRO 21031713

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  36. Em sua obra, Michael Sandel mostra que o conceito de justiça pode ser mais amplo e complexo do que os filósofos antecessores pensavam. Para autor, cuja principal crítica é a teoria rwalziana, critica diretamente a “teoria do véu da ignorância”, pois a mesma não seria válida pois nenhuma pessoa é capaz de se dissocias de sua cultura, crenças e opiniões políticas, pois, apesar de estar ligado as tradições, o conceito de justiça não é necessariamente o mesmo para todos os indivíduos de uma mesma comunidade/sociedade, pois este conceito é amplamente variável por motivos supracitados. Como conclusão, o autor diz que nosso senso de justiça é mutável, pois com o ao longo de nossa vida nossas tradições podem mudar através das diferentes experiências pelas quais passamos. Ademais, é facilmente perceptível que sua obra possui cunho comunitarista, uma vez que centra seu interesse, não mais no individuo (como os liberais), mas na sociedade, nas comunidades e em suas tradições, tornando assim o debate mais concreto, próximo da realidade e menos idealista.

    André Izidoro Silva - 21037113

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  37. O autor Sandel, filosofo politico, subscreve a uma versão do comunitarismo, e nesta vertente é conhecido por sua crítica a “A teoria da justiça”, de John Rawls. O autor possui um projeto próprio de teoria da justiça e se baseia na contraposição de Rawls sobre o “Véu da ignorância”.

    Sandel busca criticar e negar a visão individualista promovida pelo projeto liberal, e a ideia de que o desenvolvimento da justiça, para Rawls, deve ter seu estágio principal no individuo, sem a inclusão da sociedade. Machiel Sandel ainda insere a analise as propostas de discussão conjuntas, em grupos, e mostra que e impossível ser adepto ao véu da ignorância, pois por natureza somos sobrecarregados de laços sociais. Um exemplo para estes laços são as relações familiares, onde inconscientemente já estamos inseridos.

    Assim, fica evidente que o autor utiliza-se de seu teor comunistarista para desconstruir o liberalismo, expondo que o ser humano não se desamarra dos vínculos sociais inerentes em si. Entao fica claro que o ponto principal para Sandel e a comunidade, e que a justiça deve ser construída através do dialogo para que haja a subjetividade para determinar o conceito de justiça a partir de diversos pensamentos.

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  38. Sandel enquanto comunitarista reconhece a visão igualitária liberal inovadora de Rawls, mas o critica no tange seus principais conceitos: véu da ignorância e posição original, pois não considera possível que o individuo possa separar-se de do que compõe sua essência (crenças, comunidade, cultura, história ...) ou não dispor de nenhuma bagagem moral e social e no limite, de uma identidade para que assim opte pelo Estado neutro.

    A concepção de justiça de uma comunidade seria construída a partir do dialogo entre aqueles que a compõe, sendo então o saldo da expressão das várias subjetividades desses indivíduos e da coexistência da pluralidade de seus modos de vidas e racionalidades.

    RA 21065313

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  39. Luara Michelin Sartori RA: 11054112


    Michael Sandel é um autor comunitarista, critica o liberalismo e diz que a noção de indivíduo está equivocada,
    Na concepção liberal do Liberalismo existe uma ideia de eu, e que para Sandel este indivíduo é abstrato, essa ideia de eu resulta num procedimento na discussão sobre ética, por ser uma ideia abstrata, torna o debate ético também equivocado/ abstrato/ irreal.
    O equívoco que existe nessa ideia de eu do liberal do Liberalismo é o tratamento abstrato que se dá à ele. A partir daí, Sandel propõe resgatar o eu concreto, o eu engajado nas circunstâncias reais, e então analisar como as pessoas agem frente à situações concretas. Essa noção fica mais obscura, mais difícil de se entender, porém, se aproxima mais da realidade.
    No vídeo que assistimos em sala de aula, de uma aula introdutória ministrada por Michael Sandel, ele propõe uma discussão polêmica e que nos leva à perceber diferentes tipos de ponto de vista de uma mesma afirmação ou julgamento, com isso, Sandel pretende mostrar-nos como deveria ser o debate ético.

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  40. A intensa crítica feita por Michael Sandel a Rawls consiste no fato das abstrações que o segundo concebe. Isto é, a idéia de véu da ignorância proposta por Rawls é, em si só, uma abstração e parte de uma concepção metafísica do individuo. Neste ponto, Sandel faz a crítica justamente no sentido de que por as concepções acerca de justiça de Rawls serem abstratas, são inatingíveis no mundo real. Além disso, o conceito de indivíduo para Rawls antecede o conceito de comunidade (o indivíduo vem antes da comunidade), enquanto Sandel, como comunitarista, concebe que a comunidade antecede o individuo e, assim, os direitos são comunitários e definidos pela comunidade. Nesta perspectiva de Sandel são as práticas comunitárias que nos definem e as comunidades que nos circundam que nos identificam. Em um modelo ideal, as concepções de justiça e moral seriam construídas a partir da congruência das concepções dos indivíduos que fazem parte da sociedade, ao invés de fazê-los se adaptar a conceitos pré-estabelecidos. Ou seja, a arbitrariedade proposta por Rawls é revertida no pensamento de Sandel, em que a comunidade é fundamental para se alcançar a justiça.

    Matheus Nunes de Freitas RA 21031213

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  41. Após analisar o material disponível, creio que M. Sandel faz uma crítica à teoria de Rawls, apesar de reconhecer sua grande influencia e importancia nos debates sobre justiça na sociedade moderna.
    Para Sandel, há uma lacuna na teoria de Rawls à respeito de ações corretas e ações boas. No video proposto, Sandel exibe uma série de exemplos em que essas questões são relevantes, chegando à conclusão que é impossivel decidir se tal ação é correta e boa sem levar em consideração os valores e história das respectivas sociedades, como sugere Rawls com seu ''Véu da Ignorancia''.
    Ou seja, para Sandel, ao se tratar sobre justiça deve-se levar em consideração o contexto social da comunidade. Isso implica em levar em consideração toda a pluralidade de ideias e valores dos diferentes grupos sociais constituintes de uma comunidade, pois ao considerar apenas o senso majoritário, exclui-se as opiniões divergentes, o que remete a certo autoritarismo.

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  42. Sara Aparecida de Paula RA:21041713

    Michael Sandel é um autor contemporâneo comunitarista. Faz certas críticas ao liberalismo, em especial à “Teorias da Justiça “ de John Rawls. Ele critica aspectos como o fato do sentido de igualdade basear-se nos bens materiais, que prioriza o direito sobre o bem. Ele parte da ideia de que depende muito das relações sociais da comunidade do que apenas do indivíduo como colocado com os liberalistas.

    Michael dá o curso de justiça na Universidade de Harvard e tem um websérie inspirada no curso e intitulada “Justice: the right thing to do”. O primeiro vídeo trata, por exemplo, da moral do assassinato, colocando dois caminhos, um que matava 5 pessoas e outro que matava 1 pessoa. Outro vídeo importante, foi o que meu grupo colocou em aula sobre a Barriga de Aluguel (um casal contratou uma clínica de fertilidade e pagou 10 mil dólares e despesas, porém, no fim, a mãe quis ficar com a criança). Na minha opinião, Michael tem o diferencial ao abordar assuntos da atualidade, pois ele mostra prós e contra-argumentos, mas o objetivo principal é mostrar que determinadas situações são profundamente maiores, e são essas as questões que precisam ser analisadas, como por exemplo, o negócio da barriga de aluguel, é realmente certo “vender” os direitos de uma criança?

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  43. Caroline Aguiar de Siqueira
    RA 21055413

    Primeiramente, Sandel é conhecido por criticar o liberalismo, principalmente os conceitos e ideais de Rawls. Para o autor, não há como criar uma estrutura de juízo abstraindo-se do mundo real, como Rawls propõe. Sandel em sua teoria, não busca criar uma verdade absoluta, e sim apresentar uma análise de casos, encontrando justiça através dos mesmos. É na interação da sociedade, dentro da pluralidade dos modos de viver, que é possível construir a justiça.

    O autor também afirma que a concepção liberal é deontológica. O direito sempre se sobrepõe a bem. É identificado em Rawls que os direitos se justificam pelos fins. Assim, não pode ser discutido e estabelecido um contrato em comunidade que favoreça os indivíduos. Dessa forma, os indivíduos têm que se adaptar à concepção de justiça para viver. Porém, Sandel entende que a justiça deveria ser construída de maneira que se adequasse com a concepção de bem de cada indivíduo, respeitando a individualidade dentro de uma comunidade contextualizada.

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  45. Sandel faz uma crítica à visão de Rawls sobre a justiça, pois o segundo acredita que certos indivíduos por possuírem um senso natural de justiça e moralidade teriam a capacidade de se despirem de suas crenças, sua classe e seus valores para poderem exercer aquilo que é justo, por outro lado, Sandel defende a ideia de que é impossível nos livrarmos destes princípios, pois desde quando nascemos somos inseridos em uma sociedade que nos dá uma visão já elaborada sobre certos assuntos.
    Michael Sandel não apresenta uma verdade a respeito das questões propostas, para o autor o que se deve ser considerado são as discussões e os argumentos que justifiquem certas ações. Ele ressalta o fato de termos um senso de justiça que se modifica conforme a situação e todas as variáveis que a envolvem.
    Podemos perceber alguns pontos ressaltados por Sandel, como o fato de não se existir uma regra que seja absoluta em todos os tipos de situações e de os indivíduos não se desvencilharem daquilo que possa lhe trazer algum benefício. Pois quando falamos de roubo, seja de um gabarito, ou de dinheiro público, estamos falando do mesmo ato, porém ele é julgado como aceitável em certas circunstâncias.Mostrando que nossos valores de juízo podem variar

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  46. Lara Silva Obana RA: 21073413


    Sandel faz parte da categoria dos comunitaristas da filosofia. Ele explica sua posição ao rejeitar a concepção liberal-individualista e recomendar uma sociedade onde os temas polêmicos e importantes para seu harmonioso funcionamento sejam discutidos em grupo, em debates, de forma que a tomada de decisão seja efetivamente democrática, levando-se em conta múltiplas opiniões.

    Ele faz uma intensa crítica à teoria de Rawls, baseando-se nos conceitos de que a concepção de pessoa de Rawls é metafísica uma vez que não há como as pessoas adotarem a “posição original” e o “véu da ignorância”. Segue-se a premissa de Rawls que coloca a concepção de comunidade posterior à concepção de indivíduo, porém Sandel considera que o indivíduo é resultado da comunidade e não o inverso. Sandel também coloca que, na visão de Rawls as escolhas são expressões de preferências arbitrárias, porém isso não pode ser tido como verdade já que elas são, na verdade, resultados da influência da sociedade em que se vive.

    Generalizando, Sandel preocupa-se em negar a ideia que Rawls dissemina baseando-se nela para construir suas ideias de que há direitos individuais que são mais importantes que o bem-estar geral. Ele elabora um conceito comunitário, a comunidade que constrói e os direitos também são comunitários.

    A negociação seria, portanto, fator decisivo em uma discussão para que seus resultados fossem mais justos. A partir do momento que se assume que debates levariam a uma melhor tomada de decisão; devido à mescla de opiniões, é inevitável assumir que não existe apenas uma resolução correta ou coerente acerca das interrogações que nos perseguem.

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  47. De acordo com o texto, percebe-se que Sandel critica a teoria de Rawls, da qual se tem como implicações a metafísica falha da concepção de pessoa; o individualismo anti-social, em que o senso de comunidade é simplesmente um fim, em vez de um elemento constituinte da identidade; e também a redução das escolhas morais a expressões arbitrárias de preferências.
    Segundo Sandel, Rawls se posiciona com objeções ao utilitarismo. Para Rawls, este seria inconsistente, não porque concebe o bem como a satisfação de desejos arbitrariamente dados que são indiferenciados pelo seu valor, mas somente em ser indiferente ao caminho pelo qual se atravessa para chegar à sua consumação. Seu erro, portanto, é o de adotar para a sociedade como um todo, o princípio de escolha racional a um único homem, e combinar todos os desejos das pessoas em um sistema coerente, buscando uma satisfação média.
    Ao fazer isso, funde-se todas as pessoas em um único ser, reduzindo a escolha social a uma “questão essencialmente de administração eficiente”, ou sejam as escolhas podem ser adequadamente reduzidas.
    Rawls busca remediar essas deficiências enfatizando a distinção entre pessoas e insistindo na separação daqueles diversos “sistemas de desejo” que o utilitarismo faz ao combinar as concepções e valores individuais a um único padrão identitário. Contudo, o desvio de Rawls não é tão aparente. Conquanto ele pareça firmar em sua visão que qualquer ser humano individualizado corresponda exatamente a um “sistema de desejos”, ele nunca diz em que consiste esse sistema, ou por que é está errado em os convergir.
    No entanto, Sandel diz que a justiça como equidade de Rawls também faz algo análogo, pois ela também considera distinções de valores e assim, deixando de avaliar suas respectivas virtudes. Isto porque sua teoria ao ignorar os sistemas, é incapaz de reconhecer indivíduos e grupos de pessoas.
    A consequência moral do modelo de indivíduo de rawls, de acordo com Sandel, é que se afirmarmos que o fim que perseguimos são arbitrários, isto é, sem valor moral, a mais alta das virtudes, a qual é justiça, deve ser aquela que nos permites perseguir essas concepções arbitrárias da melhor maneira possível. Daí se tira a primazia do direito, ou justiça, sobre o bem. Sandel, portanto, acusa a teoria da justiça de Rawls de ser relativista.
    A respeito da posição original, Sandel constrói sua crítica sobre o fato de excluir-se a possibilidade de propósitos mantidos em comum com outros indivíduos, vê-se aí o individualismo excessivo. Depreende-se disso a concepção de Rawls, de acordo com a qual a identidade do sujeito é antecipada à escolha de seus fins e interesses. Ademais, o senso de comunidade de Rawls, como já dito, é pobre, uma vez que ela é descrita como um objetivo de seres extremamente individualizados, cuja participação em sua identidade é ínfima.
    Assim, Sandel mostra-nos que o liberalismo rawlsiano se mostra incapaz de reconhecer a variedade de experiências morais humanas, as quais, de acordo com Sandel, têm importância fundamental na formação de concepções sobre o que é o bem, da qual Rawls abdica em sua teoria.

    Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613

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  48. Sandel desenvolve seu discurso criticando a Justiça como Equidade de Ralws.
    Ele nos diz que um dos principais erros da teoria de Rawls seria o de que ela se desenvolve através de um Indivíduo Ideal e não atribui valores à comunidade e seus valores culturais quando ele estabelece os direitos para todos. Sandel também conta que os valores éticos deveriam foram hierarquizados de uma maneira inapropriada, onde o bem estar e a concepção de correto tomam medidas desproporcionais.
    Rawls desconsidera a influência que os indivíduo sofre por seu meio, suas virtudes são construídas, ou ao menos influenciadas, por valores que sua sociedade torna morais e corretas. Essas diferenças de grupos sociais torna o Indivíduo ao qual Rawls construiu sua obra, aquele que consegue desenvolver senso de justiça natural.

    21057013

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  49. A essência do argumento de Sandel é a de que para os liberais como Rawls a justiça é a primeira virtude das instituições sociais. Os liberais como Rawls persistem em que nos libertemos para que possamos identificar os princípios através dos quais organizamos a nossa sociedade e defendem que devemos julgar essa sociedade com princípios justos. Ao fazer isso, vivemos de acordo com uma moral que escolhemos e por isso somos livres. Porém, para Sandel, essa pretensão não faz sentido porque implica em uma capacidade que não possuímos, a de escolher uma moral sem autoconhecimento, ou sem experiência moral.
    A crítica de Sandel vai diretamente ao encontro destas ideias, pois mostra que os direitos devem ser justificados pelos fins aos quais servem e não estabelecidos primeiramente em um contrato que definirá a comunidade antes definir os indivíduos.
    Rawls dizia qua a justiça era primordial e vinha antes do bem, sendo as escolhas das pessoas, para alcançar e funcionar dentro da justiça, baseadas em critérios já estabelecidos. Sandel não acredita nisso e diz que as ações de um indivíduo são guiadas por um fim, a escolha por um modo de vida.
    O senso de justiça a ser criado não será universal, as diferenças dos indivíduos e comunidade serão levadas em consideração, e serão essas diferenças que estabelecerão um debate para se estabelecer uma convivência harmônica. O certo/ justo não deve ser imposto, é necessário sua construção baseado nas diferenças, o debate moral e dos conceitos de justiças são essenciais.

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  51. Sandel é um filósofo que segue a linha do comunitarismo e a partir daí vai tecer as suas críticas principalmente direcionadas à Rawls. Sandel acredita ser impossível dissociar justiça da moral, esta última deveria ter crucial importância no debate sobre justiça. Sandel se aproxima da ideologia aristotélica de que é preciso levar em conta, ao tratarmos de justiça, aspectos morais e religiosos.
    Os homens não possuem a imparcialidade requerida através do "véu de ignorância" que a teoria rawlsiana propõe. Para o autor, Rawls possui uma teoria abstrata e arbitrária.
    Sandel rejeita a concepção liberal de justiça, ao contrário, ele propõe uma ideologia embasada no coletivismo. O autor afirma que nos aproximamos de uma sociedade justa ao determinar o que seria "a vida boa", criando uma cultura que respeite as diferenças e almeje diminuir o imenso abismo entre as desigualdades.
    Sandel é notoriamente um autor que preza pelo coletivo, que assume ser necessário termos um sentimento solidário e humanitário.
    Sandel se aproxima bastante das ideias de MacIntyre, ambos enxergam a comunidade, o coletivo como resposta para o desafio de se obter uma sociedade justa.

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  52. O principal comentário a se fazer sobre Michael Sandel é que ele tece uma crítica a John Raws, apontando falhas em suas Teorias da Justiça e alegando que o liberalismo rawlsiano não consegue assegurar certos limites.
    Sandel enumera as 6 principais deficiências do pensamento de Rawls: 1. concepção metafísica, 2. falta de elementos para formação da identidade das pessoas, 3. visão subjetiva de moral, 4. indivíduos teoricamente não conseguiriam determinar o bem se não vivessem em comunidades, 5. justo anterior ao bem e finalmente, 6. a composição da sociedade por indivíduos plurais, que deveriam ser organizados por princípios que não deduza concepção de bem.
    Resumidamente, para Sandel, a concepção de pessoa metafísica é desconexa em alguns sentidos, e o liberalismo rawlsiano não é tão neutro quanto se supõe, pois, ao analisar a sociedade como um todo, Rawls pressupõe que se busque uma satisfação média, o que não necessáriamente engloba o desejo de todos.
    No vídeo sugerido, Michael Sandel ministra uma de suas famosas aulas para alunos do curso de filosofia na Harvard. Estas aulas são interessantes e muito procuradas, inclusive, o filósofo ja ministrou palestras para mais de 15 mil estudantes em todas as partes do mundo. Estas palestras são muito procuradas pelo fato de serem abordados dilemas éticos em situações hipotéticas para avaliar as atitudes tomadas pelos indivíduos. O dilema apresentado nesta aula é: qual o lado moral do assassino?

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  53. Michael Sandel é um autor comunitarista que entende o indivíduo dentro de uma coletividade; dessa forma, critica o liberalismo quanto a sua ideia de indivíduo (que considera abstrata), critica também o conceito liberal de que uma sociedade é justa se essa for liberal.
    Sandel critica o trabalho de Rawls, o autor afirma que John Rawls não fornece uma concepção precisa de indivíduo. Dessa forma tudo fica abstrato, sem conexão com a realidade e de acordo com Sandel essa não é a forma correta de discutir justiça.
    O autor propõe que a análise do tema deve ser feito através de discussões abertas e em grupo, com diversas opiniões e diferentes interpretações. Ainda de acordo com Sandel o debate ético tem que sair do abstrato e do pressuposto que todos tem o mesmo sentimento moral, é necessário uma multiplicidade de opiniões.

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  54. Wesley Seraphim R.a 21064513

    Em sua obra Michael Sandel, relaciona grandes conceitos filosóficos tanto na área da politica, como jurídica, passando por questões sociais e morais, questões presentes e muitas vezes ignoradas diante dos interesses individuais.
    Diante dessas questões abordadas fica claro o espirito comunitarista do autor e seu pluralismo ideológico. Diante de tal postura torna-se evidente sua visão multilateral da cultura, que aceita aspectos discordantes afim de criar uma sociedade próspera e mais igualitária. Devido esse posicionamento sua teoria irá contrastar diretamente com a teoria liberal-igualitária de Jonh Rawls.
    A teoria de Rawls parte de uma concepção deontológica kantiana, sendo assim visa uma prática autônoma, que permite se concluir que todo homem tem consciência do que seria a justiça já em caráter à priori. Nessas questões, a visão de Jonh Rawls referente a justiça recebe um aspecto metafisico, e essa seria uma das criticas de Sandel a teoria da justiça de Rawls.
    A visão comunitarista de Sandel, parte do extremo oposto, ele rejeita a ideia de que o justo se sobrepõe ao bom, e principalmente a visão individualista da concepção de justiça liberal. Suas posições partem de um coletivismo cultural e politico, Para Sandel e os demais comunitaristas uma justiça equânime é a que faz prevalecer o bom sobre o justo.
    Michel Sandel afirma que a busca por uma sociedade justa deve ser feita ponderando sobre o conceito de vida boa e criando uma cultura pública que aceite divergências sociais intrínsecas ao racionalismo humano, sendo assim, impossível evitar discussões.

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  55. Este comentário foi removido pelo autor.

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  56. M. Sandel faz parte da linha dos pensadores comunitaristas, onde estes defendem a ideia de que para se ter identidade e cultura, é necessário que o indivíduo pertença a uma sociedade. Ele é bem conhecido por suas críticas ao liberalismo e criticas à Rawls, porém, Sandel percebe que as teorias de Rawls são importantes para o entendimento da justiça presente nas sociedades atuais.

    Sandel critica alguns pontos da teoria de Rawls, como a parte da “teoria do véu da ignorância”, e isto é inconsistente, pois não é possível que os indivíduos se libertem de sua cultura, conceitos para chegar a um acordo para beneficio da sociedade, assim sendo impossível se ter uma neutralidade dos indivíduos pertencentes à sociedade.

    GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
    RA: 21081113

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  57. Após ler o texto "Justice and the Good", in "Liberalism and Its Critics", Sandel Michael J. (org.), New York, New York University Press e analisar os vídeos propostos tenho a comentar que notei que Sandel faz uma crítica a visão de Rawls sobre a Justiça, pois para John algumas pessoas teriam o senso natural de justiça e isso lhes possibilitariam despirem-se de suas crenças, classe e valores para daí então poderem exercer o que seria de fato justo, porém, na visão de Sandel a ideia desse livramento seria impossível, uma vez que desde ao nascermos fomos inseridos no meio social, de modo que este nos concede uma perspectiva estruturada sobre os determinados assuntos aos quais Rawls os classifica de modo oposto.
    Sandel não expõe uma verdade absoluta a respeito de tais questões, pois em sua visão o que deveria ser considerado eram as discussões e argumentação que expliquem tais ações. Michael ainda nos fala sobre o nosso senso de justiça que se altera conforme a situação e tudo o que seria responsável por tal alteração. Como exemplo podemos citar um assassinato, falaríamos de um mesmo assunto, de uma mesma atitude, porém a perspectiva de cada um varia sobre tal circunstância e isso acaba por reafirmar o que Sandel nos propõe, pois não temos uma regra geral para todos os tipos de situações, nossas diferenças e os diferentes acontecimentos refletem isso devido uma regra não acomodar nossa diversidade.

    Lucas do Vale Moura R. A. 21078813

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  58. Leonardo Tessaroto Buscarino - 21038613

    Michael Sandel segue a crítica comunitarista ás ideias de Rawls. O autor diz que o "véu da ignorância" não existe no mundo prático, afirmando que esta construção teórica é muito abstrata, assim como a definição de individuo de Rawls.
    Sandels afirma que a comunidade não é posterior ao sujeito, ou seja, o individuo não está dissociado das influências de tal comunidade, ele nunca será um individuo totalmente livre, pois não possui uma visão clara sobre si mesmo, estando presos as "amarras sociais"

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  59. Michael Sandel dará continuidade ao debate a respeito da Justiça, não propondo uma nova teoria, mas através das críticas direcionadas à teoria elaborada por John Rawls.

    Ele discorda de um dos elementos essenciais que compõem a teoria rawlsiana: o véu de ignorância. Em Rawls, cada indivíduo carrega em si um senso de justiça anterior à sua própria existência. Despidos de todas as suas preferências ao serem envolvidos pelo véu na posição original, os indivíduos dialogariam sobre os princípios da Justiça, sem contaminá-los com seus interesses e ideologias. Somente após o estabelecimento desses princípios é que retornaríamos à sociedade para analisar as condutas de cada indivíduo, examinando se elas estariam ou não de acordo com o proposto.

    Para Sandel, a situação apresentada por Rawls é extremamente artificial, sem aplicação concreta, pois transporta a discussão para um campo metafísico. Nossas concepções são importantes para elaboração de uma teoria da Justiça, pois são justamente os pressupostos que formam a moralidade do ser humano o que definirá a conduta por ele adotada. E isso é intrinsicamente ligado ao meio em que vive, às pessoas com as quais convive, às situações as quais vivenciou.

    Tomo a liberdade de me basear na explicação dada pelo Profº Peluso em sala de aula para finalizar esse comentário: para Sandel, as pessoas são livres para escolher sua maneira de viver; a ética se relacionará à justificação da minha própria conduta, examinando se as ações que a compõem estão de acordo com a maneira de viver que adotei. Para Rawls, as pessoas não são livres para escolher a maneira que preferem viver. A ideia de justiça pressupõe a conduta; aquilo que é justo não depende de nós, pois é anterior ao ser humano e sua maneira de viver deve ser decorrente da concepção de Justiça que foi estabelecida.

    Apesar de apresentar claramente traços comunitaristas em seu discurso, Sandel não se considera um por discordar do caráter majoritário e relativista que o comunitarismo pode assumir em certos casos. Além disso, não discorda totalmente de Rawls (concordando, por exemplo, com as ideias de redistribuição e de que aqueles mais bem afortunados não seriam mais virtuosos que outros, com exposto na entrevista dada a La Ciudad) e admite que o autor servira colaboração inigualável para o debate acerca da Justiça.

    Lukas Correia A. Silva 21038313

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  60. Sandel é um autor comunitarista e grande crítico de Rawls. Em sua obra “Justice and the Good” mostra que o conceito de justiça é relativo, muda muito segundo as tradições e valores morais de uma sociedade. Diz que o “véu da ignorância” de Rawls não existe, pois não é possível que alguém acabe por se despir de absolutamente todos seus preconceitos e valores morais dos quais sempre conviveu em sua sociedade. Outra crítica a Rawls é sobre ele colocar a justiça acima de tudo na formulação sobre o que é correto em uma determinada sociedade.
    Sandel defende que antes da justiça vir como principal base de uma sociedade as tradições, a benevolência e o amor ao próximo devem vira antes. Defensor do comunitarismo, Sandel diz que uma sociedade mais justa leva em consideração o conceito de vida boa apresentado pela sociedade em questão.

    Victoria Caroline Barros Araujo
    21080313

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  61. Sandel é um grande crítico das ideias de John Rawls. Para Sandel, uma das falhas da teoria de Rawls está na crença de que o homem pode se separar de suas convicções, de seus desejos e aspirações. O véu da ignorância e a posição original são duas ideias que simplesmente “não funcionam” na visão de Sandel.

    A liberdade dada as pessoas de chegar às conclusões sobre o justo a partir de suas experiências individuais mostra a inviabilidade das ideias de Rawls, já que não é possível segundo Sandel, o homem se “despir” de sua cultura, não há homem sem cultura, ele não pode simplesmente vestir o véu da ignorância.

    Outra questão relevante da crítica de Sandel a teoria de Rawls é que ele leva em consideração a individualidade antes da comunidade ao se falar de justiça. Sandel diz que todo e qualquer indivíduo está inserido em uma comunidade, independente do tamanho da mesma, sendo assim a justiça deve ser comunitária, diferentemente do que Rawls estabelece em sua teoria.

    Mariana Lima Araujo Malta

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  62. Sandel é um temeroso crítico de Rawls, autor comunitárista credita a Ralws o título de idealista, postulando que seus contratos sociais só são concretos em situações ideais ou seja abstratas, sendo assim impraticáveis já que não contempla o mundo real, ou seja o tão famoso véu de ignorância de Rawls não contempla a realidade. Outra divergência entre os dois autores é na idealização do conceito de comunidade. Rawls acredita que comunidade se forme posteriormente a noção de indivíduo, já Sandel acredita que o indivíduo é resultado direto da comunidade.
    Com pensamento Russoniano, Sandel coloca as morais como dependentes em que o indivíduo reside, sendo a comunidade atora direta sobre o invíduo. Ou seja direitos individuais não são mais importantes que o bem estar geral segundo Sandel

    Felipe Trevisan RA:21041013

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  63. Natália Veroneze
    RA 21025313
    Sandel é um crítico de Rawls. Para ele, a teoria de Rawls baseada em conceitos como o véu da ignorância e a posição original é inconcebível, afinal não existe o indivíduo separado de sua cultura e da influência de sua comunidade (assim como destaca MacIntyre). Portanto, Sandel defende que para se emitir os juízos éticos é preciso discutir e dialogar, e não se abster dos seus preconceitos e ideais anteriores, afinal eles são importantes no julgamento ético. A racionalização extrema da emissão de juízos éticos não está de acordo com a realidade, pois muitas vezes emitimos juízos éticos por impulso e não sabemos o porquê de os termos emitido. É aí que entra a importância do diálogo e discussão ética, para que se veja todos os lados da questão e se chegue a uma maioria ou a um quase consenso. Isso não significa que se chegará a uma resposta ética correta; Sandel não resolve esse problema decidindo se pautar pelos princípios ou pelas consequências, por exemplo, e sim o colocando em discussão e de certa forma relativizando-o, sem chegar a uma resposta definitiva mas construindo a sua ética exatamente na discussão.

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  64. Sandel faz parte da categoria dos comunitaristas da filosofia, e explicita sua posição ao rejeitar a concepção liberal-individualista, e recomendar uma sociedade onde os temas polêmicos e importantes para seu harmonioso funcionamento sejam discutidos em grupo, em debates, de forma que a tomada de decisão seja efetivamente democrática, levando-se em conta múltiplas opiniões.
    Sandel é considerado comunitarista embora não se sinta confortável em assumir esta posição. É contra a linha liberal da teoria da justiça e faz diversas críticas ao Rawls. Uma dessas críticas refere-se à improbabilidade de que um indivíduo se separe de suas convicções, de sua história de vida (que formaram sua moral), como proposto por Rawls (o “véu da ignorância” e a “posição inicial”).
    Assim como Maclntyre, Michael Sandel também faz parte dos chamados comunitaristas, rejeitando a visão de mundo liberal e individualista. Propondo que os assuntos importantes para o funcionamento da sociedade devam ser debatidos em grupo (uma decisão ‘efetivamente democrática’).

    Rodrigo Ferreira Gomes - RA: 21044113

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  65. Michael Sandel expõe alguns pensamentos sobre as esferas política e jurídica, discutindo também algumas questões ético-sociais, justamente pelo ideal comunitarista contido em suas ideias, sobressaindo ao enfoque individualista, como vimos em alguns autores anteriores.
    Sandel apresenta uma visão multilateral sobre a cultura, considerando pontos destonantes, mas combinados na busca de uma sociedade mais igual.
    Essa teoria da justiça, considerando o pluralismo ideológico presente, vem se opor à Rawls e sua teoria liberal-igualitária.

    Rawls parte de algumas premissas da concepção de Kant e portanto infere que todo indivíduo é consciente sobre a ideia tácita de justiça e como ela funcionaria em primeira instância. Essa ideia kantiana sugere uma aparência metafśica sobre a teoria e essa é uma crítica bastante relevante de Sandel a Rawls.

    Sandel parte exatamente do oposto quando rejeita a ideia de que a justiça se antepõe ao bem e também a visão individualista sobre a justiça liberal. Ele propõe algo a partir do coletivismo, tanto político quanto cultural, e que a justiça imparcial seja o bem se sobrepondo ao justo. Essa busca exige que se considere o conceito de vida boa e haja culturas públicas coniventes com as diferenças sociais e opiniões. Para isso, é impossível evitar debates.

    Jacqueline Anjolim
    RA: 21007511

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  66. Michael Sandel é um nome presente no mainstream da filosofia política atualmente. Seu famoso curso sobre Justiça é de fato encantador no que diz respeito à capacidade do autor em entreter o público, valendo-se da transposição de teorias da justiça para casos mais concretos, ao menos para o imaginário coletivo. Inúmeras vezes pensamos e repensamos sobre "What's the right thing to do?", até adotarmos uma postura que acreditamos ser a mais preferível entre as opções que temos.

    Em sua obra, Sandel assume uma posição critica em relação a Rawls. Um dos pontos centrais desse embalsamamento crítico é a concepção de indivíduo rawlsniana: um sujeito cujas escolhas individuais sempre se sobrepõem ao coletivo. Partindo dessa perspectiva, a sociedade nada mais seria do que um grande aglomerado de interesses individuais concretizados na forma física de seres humanos. O princípio da competição estaria sempre acima do princípio da cooperação. O autor considera difícil valer-se deste princípio, pois para elaborar uma teoria da justiça pressupõem-se algumas formas de conexão com os interesses comunitários.

    Priorizar a liberdade sobre a igualdade também parece ser outra atitude indesejável, já que novamente a idéia de construção de identidade comunitária fica denegrida. É necessário buscar determinado equilíbrio que possibilite o desenvolvimento de um senso de justiça que valorize, como supracitado, o princípio da cooperação ao invés de se limitar ao conflito individual.

    Guilherme Oliveira Lourenção
    RA: 21071213

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  67. Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
    Sandel valoriza o coletivo, para ele a sociedade justa só é possível quando se pensa coletivamente. Os indivíduos sozinhos não são capazes de contribuir para uma sociedade justa, o pensamento tem que se estender ao coletivo. Ele valoriza a análise de situações reais, para que seja possível analisar o que é justo na prática. Então, Sandel faz um debate ético com as pessoas e ouve o que elas têm a oferecer, valendo-se das experiências e percepções de cada uma delas para debater o assunto. Ele defende o pluralismo, onde as divergências devem ser aceitas para se atingir uma sociedade justa coletivamente.
    No entanto, esse método acaba se mostrando um pouco indesejável, como pudemos perceber nos vídeos assistidos em aula, pois torna a ética muito expansível e pouco auxiliadora na hora de tomar decisões, já que temos diversos pontos de vista, que só acrescentam mais coisas para serem discutidas, e isso acaba tornando tudo muito vago, e o debate se torna inconclusivo. Além disso, ouvir o cada um diz no momento é complicado, porque as pessoas mudam conforme a vida vai passando e, portanto, nossa percepção daquilo que é certo e as nossas decisões mudam com o passar do tempo. Eu posso achar que estou certa hoje, mas daqui a algum um tempo eu mesma posso não concordar com o que eu acreditava hoje. Então as decisões vão depender de cada caso, logo não há nada moralmente exigível, e a ética precisa que algo seja exigido, pois quando se diz que algo é honesto para a ética espera-se que esse algo seja honesto para sempre.
    Sandel critica Rawls porque a concepção de justiça de Rawls se baseia nos bens materiais (distribuição de bens justa), e a dimensão material não tem a mesma importância para todos os indivíduos, então isso seria uma deficiência da teoria de Rawls.

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  68. A crítica a qual Sandel faz ao pensamento de Rawls se desdobra na concepção do indivíduo e da racionalidade deste, que baseia-se sobretudo no próprio indivíduo, e que não leva em conta aspectos culturais e emocionais; na falha argumentação que Rawls têm para considerar a justiça a principal virtude das instituições (e não o bem), isto é, estas críticas claramente relacionam-se com as ideias de Taylor e suas próprias críticas ao liberalismo atomista. Desconstroe-se, portanto, a existência de um indivíduo anterior à comunidade, o qual pode, de acordo com Rawls, racionalmente e independentemente de suas preferências, cultura, posição social e econômica, chegar à conclusão de que os princípios da justiça são os mais importantes e necessários para a sociedade (que é somente um modo de conseguir benefícios e cooperação mútua).
    O autor (Sandel) não nos direciona para um novo escopo da problemática da justiça, somente faz uma releitura das ideias de Taylor (sobretudo a questão do atomismo e do 'pano de fundo') e indica que não existem soluções universais para tais problemas.
    Apesar de negação de Sandel, tendo a crer que ele acabou mergulhando no relativismo, onde cada caso deve ser estudado levando em consideração o seu contexto, linguagem,etc e não pela razão pura do indivíduo.
    Luiz Fernando B.F.Lima 21035313

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  69. Michael Sandel é um grande critico das ideias de Rawls, apresenta uma visão mais compreensiva da realidade da sociedade e utiliza-se dessas ferramentas mais compreensivas, pois essas, segundo ele, são mais apropriadas para discutir ética porque a racionalização não abrange todas as especificidades dos indivíduos. A questão sobre o que é uma sociedade justa não pode ser respondida no sentido abstrato e, por isso, o autor propõe que o tema tem que ser discutido nas discussões, não num escritório, mas num lugar em que as diferentes tradições e as diferentes interpretações sobre si próprio, os diferentes ‘eus’ vão se fazer presente.
    O véu da ignorância e a posição original, abordados por John Rawls, são duas ideias inconcebíveis para Sandel. Ele aponta a inviabilidade de se desprender de seus anseios e desejos e afirma que uma pessoa não poderia realizar esse exercício sem levar consigo seus preconceitos e anseios.
    Sandel prioriza o comunitário em detrimento do individual, diferentemente de Rawls, explicando que a vivência em sociedade ajuda o individuo no exercício do autoconhecimento para que este possa ter concepções sobre o que é justo ou não.
    Há uma critica a teoria da justiça do Sandel: se para ele, a discussão sobre justiça se dá no âmbito da discussão, então a teoria da justiça dele fica no debate cético? Essa critica pode ser respondida com a noção de que ele prioriza o exercício da discussão moral porque este diverge das ideias do senso comum e, que mesmo não chegando a um consenso, esse exercício é benéfico à sociedade.
    Marina Molognoni - RA: 21071313

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  70. Sandel descreve o que há de errado na filosofia política de Rawls, identificando aquilo que está errado no liberalismo. Segundo o autor, Rawls persiste que nos libertemos para conseguirmos identificar aquilo que rege a organização da nossa sociedade, defendendo aquilo que devemos julgar pelos princípios justos. Assim, somos livres e vivemos de acordo com a moral que escolhemos; a crítica do autor está nesse ponto. Para Sandel, esse argumento não faz sentido porque compete a uma capacidade que não possuímos, ou seja, a de escolha de uma moral sem o auto conhecimento e experiência.

    Para o autor, quando Rawls argumenta sobre a justiça, ele defende o "justo e bom", sendo que as relações entre as pessoas são reguladas por uma visão de justiça; assim, o problema é da não percepção de Rawls de que o sujeito moral é alguém que vem também com características aquiridas por meio da experiência. Então, o sujeito não seria capaz de realizar escolhas racionais, ser imprudente ou imparcial.

    Logo, o raciocínio moral é algo que descobrimos em nós mesmos e a compreensão.

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  71. Confesso que ao estudar Michael Sandel, achei muito interessante o fato de ser um pensador que encontra-se no exercício de sua atividade, não me recordo de ter tido tal experiência anteriormente.
    Sandel acredita que a ética não é algo distante e abstrato, antes, ela constitui-se em escolhas que nos deparamos cotidianamente. O autor propõe que diferentes tradições oferecem diversas perspectivas sobre o que é considerado ético e o que não é. Mas, simultaneamente, segundo o autor, podemos analisar o que diziam os filósofos antigos e ainda sim, conseguiremos aplicar suas teorias nos dias atuais. Sendo assim, fica evidente a ideia de que a ética do ponto de vista filosófico, tem um aspecto acrônico, com uma aspiração universal, mas ainda sim, devemos consideras as diferentes perspectivas e tradições. Tais tradições podem interagir entre si, podendo acrescentar sempre abordagens distintas sobre um mesmo tempo.
    O texto proposto para a leitura constitui-se em uma critica de Sandel à teoria de Ralws sobre justiça. Sandel argumenta que Ralws em sua teoria de justiça, deixa de analisar determinados pontos, considerados fundamentais, que definem as escolhas morais dos indivíduos. Um dos aspectos não analisados, é a influência da comunidade na formação moral. Segundo Sandel, tal influência acontece no indivíduo, pois este já nasce em convívio com diversas regras e acordos, mesmo este ainda não tendo tirado suas próprias conclusões, antes, é submetido ao que já está firmado. Sendo assim, para analisarmos as ações dos indivíduos devemos levar em conta o meio em que este está contido. Um outro ponto que Sandel critica na teoria de Ralws, é o de que, Ralws não considerou as diferenças entre os indivíduos, antes, argumentou que o ser humano possui um senso natural de justiça e moralidade. Segundo Ralws, o ser humano é capaz de se separar de seus princípios e valores antes de fazer julgamentos a respeito da justiça. Já, na opinião de Sandel, o ser humano não consegue se desvincular de tais valores e preconceitos antes de emitir certos juízos sobre certo e errado. Em suma, Sandel critica o fato de Ralws observar o homem como um ser abstrato, onde, ele busca condições ideias do ser humano, em muitos casos sem considerar a realidade particular de cada ação.
    Matheus França

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  72. Segundo Sandel, a teoria de Rawls não considera o controle da comunidade no desenvolvimento moral. Porém para o autor, esse controle se dá sobre o indivíduo, o qual nasce já cercado por normas e convenções; antes de tirar conclusões pessoais já está pressuposto que ele se submeteu ao que está instituído. Dessa forma, para se avaliar as ações do indivíduo deve-se considerar o meio que o cerca.

    Ademais, Rawls acredita que o homem é capaz de se separar de seus princípios e valores antes de fazer julgamentos. Enquanto Sandel considera que o ser humano não consegue se despir de seus valores e preconceitos antes de emitir juízo sobre o certo e o errado.

    Por fim, Sandel defende não há razão em buscar soluções abstratas para dificuldades concretas.

    Ana Caroline de A. Coutinho RA:21048113

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  73. Dentre os filósofos contemporâneos cabe destacar Michael Sandel, que em seu trabalho resgata os valores do comunitarismo e critica a visão liberal de justiça. Para Sandel é impossível separar um debate sobre se uma ação é justa dos valores morais implicados no caso em questão.
    O pensamento liberal tenta transformar o estado e a justiça em instituições neutras que devem se restringir a defender a liberdade de cada indivíduo (mesmo o conceito de liberdade bastante distinto em cada um dos filósofos liberais). Esta visão acredita que o indivíduo é totalmente autônomo se não for coagido por força exterior.
    Sandel reafirma o pensamento comunitarista do indivíduo como fruto de uma narrativa histórica. É impossível um indivíduo se definir, falar de seus valores morais (e de justiça) sem relacionar com a comunidade que pertence, seu país, família, etnia. Estes valores de grupo são tão importantes para a vida que inclusive são capazes de gerar obrigações morais sem ao menos existir um consentimento explícito do indivíduo – como, por exemplo, a lealdade que temos com nossos familiares.
    Por fim o autor afirma que é necessário que no debate sobre justiça sejam incorporadas as discussões sobre moralidade, o propósito das decisões, as circunstâncias envolvidas para construir compreensões coletivas sobre o que é certo ou errado.
    R.A. 11041811

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  74. Sandel, como um comunitarista, está tão convicto de que nosso sentido de identidade como sujeito é inseparável de uma consciência de nós mesmos como membros de uma família, classe ou comunidade particular, inseridas numa história específica, que a participação no reino político, e a participação em outras comunidades refina e desenvolve a nossa própria identificação. O próprio Rawls, embora possua uma concepção mais pobre de comunidade, vista como um mero esquema de produção e distribuição de vantagens e benefícios mútuos entre seres mutuamente desinteressados.
    Para Sandel, também o fato de Rawls acomodar a liberdade como princípio primário, e a igualdade como um princípio lexical secundário, conduz à noção de sujeito antecedentemente individuado, em razão da primazia da autonomia. Isso gera a incompatibilidade com o princípio da diferença, pois neste é subjacente a concepção de pessoa afinada com a ligação comunitária constitutiva. Por Rawls priorizar a liberdade sobre a igualdade, não haveria espaço para a valoração da ligação comunitária como algo constitutivo de identidade, mesmo que se adote o princípio de igualdade numa ordem lexical secundária. Assim, Sandel conclui que o conflito entre liberdade, igualdade e fraternidade não pode adotar uma ordem prioritária, pois todas seriam problemáticas, uma vez que tais valores fundamentais não poderiam entrar em conflito na arena política

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  75. O principal tema de Sandel, me pareceu ser a crítica ao projeto de justiça e sociedade de Rawls, assim como a de seus elementos, como por exemplo o conceito de posição original. Como é fácil perceber, a teoria de Rawls, a partir do ponto de incursão dessa necessidade de uma espécie de destruição e recriação das condições de negociação de um determinado grupo de pessoas não possui de forma alguma a possibilidade de receber apoio de alguma forma de práxis, pose delimitar apenas a operar em um campo metafísico, não podendo de forma alguma explicar qualquer fenômeno do mundo concreto.

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  76. Luana Alice Forlini RA:21046313

    Pode-se perceber que Michael Sandel é um dos expoentes mais “mainstream” da Filosofia Política, conseguindo levar suas ideias à população e trazendo a tona vários debates acerca destas.

    E um dos principais debates é a concepção do autor contra a teoria de Rawls. Segundo Sandel, Rawls baseou-se demasiadamente na abstração e no ideal ao compôr sua tese. O equívoco, então, foi que precisamos levar em consideração, principalmente, as características concretas do indivíduo. Negando, assim, o conceito de individualismo abstrato dos liberalistas. Por isso, nossas ações seriam concedidas mediante ao ambiente em que estamos.

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  77. Brenda Bela - RA: 21036513


    Em sua obra, Michael J. Sandel inicia com ua forte crítica a respeito das teorias propostas por John Rawls, teorias que dispunham como base os ideias utilitaristas, estabelecendo que o senso de justiça está em uma patamar superior ao senso de bondade, Rawls também propõe como saída o véu da ignorância e a ideia de posição orginial que tem como consequência exibição de um indivíduo abstrato onde seu pensamento seria moldado apenas por uma perspectiva de justiça pura. Sandel, neste ponto, aponta uma falha na teoria de Rawls, essa é baseada onde não se deve haver a universialização do conceito de indivíduo, uma vez que são desconsideradas suas particularidades advindas de aspectos como história, crenças e cultura que conferem singularidade ao ser. O autor descata a impossibilidade do indivíduo escolher o Estado neutro, visto que este é guiado por seus preceitos morais e sociais. Sandel enxerga a condição de colocar a justiça como o princípio mais importante inadequada e inatingível, já que ele pressupõe a concepção da comunidade como sendo posterior à do indivíduo. Para o autor, a sociedade é que constrói e denife as noções de justiça, portanto, propõe que deve haver o debate a respeito dos princípios, costumes e ideias presentes na sociedade para que seja possível alcançar a justiça. Por fim, Sandel acredita que a justiça não está livre da identidade comunitária, uma vez que a moral não se forma somente individualmente mas sim, diretamente e necessariamente pelo convívio social e por interesses relacionados a momentos de contextos específicos. Para Sandel, a justiça não é absoluta, enquanto a virtude ou verdade para teorias, mas sim condicional.

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  78. Michael Sandel dará continuidade ao debate a respeito da Justiça, não propondo uma nova teoria, mas através das críticas direcionadas à teoria elaborada por John Rawls.
    Ele discorda de um dos elementos essenciais que compõem a teoria rawlsiana: o véu de ignorância. Em Rawls, cada indivíduo carrega em si um senso de justiça anterior à sua própria existência. Despidos de todas as suas preferências ao serem envolvidos pelo véu na posição original, os indivíduos dialogariam sobre os princípios da Justiça, sem contaminá-los com seus interesses e ideologias. Somente após o estabelecimento desses princípios é que retornaríamos à sociedade para analisar as condutas de cada indivíduo, examinando se elas estariam ou não de acordo com o proposto.
    Para Sandel, a situação apresentada por Rawls é extremamente artificial, sem aplicação concreta, pois transporta a discussão para um campo metafísico. Nossas concepções são importantes para elaboração de uma teoria da Justiça, pois são justamente os pressupostos que formam a moralidade do ser humano o que definirá a conduta por ele adotada. E isso é intrinsicamente ligado ao meio em que vive, às pessoas com as quais convive, às situações as quais vivenciou.
    Sandel acredita que as pessoas são livres para escolher sua maneira de viver; a ética se relacionará à justificação da própria conduta, examinando se as ações que a compõem estão de acordo com a maneira de viver que foi adotada. A ideia de justiça pressupõe a conduta; aquilo que é justo não depende de nós, pois é anterior ao ser humano e sua maneira de viver deve ser decorrente da concepção de Justiça que foi estabelecida.
    Apesar de tudo que foi exposto, Sandel não discorda totalmente de Rawls (concordando, por exemplo, com as ideias de redistribuição e de que aqueles mais bem afortunados não seriam mais virtuosos que outros, com exposto na entrevista dada a La Ciudad) e admite que o autor servira colaboração inigualável para o debate acerca da Justiça.

    Nome: Dayane Gonçalves Costa RA: 21044313

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  79. Sandel também é adepto das idéias comunitaristas, assim como MacIntyre. Analisando o significado de justiça, em uma crítica a Rawls, sendo esta não pré-existente nos indivíduos, mas moldada em um conjunto de relações sociais fomentadas dentro de comunidades.
    Não aceita a idéia de Rawls, de que a sociedade vestida em um véu da ignorância decidiria questões levando em conta os mais necessitados. Sendo impossível essa alternativa, porque é impossível desvincular o indivíduo de sua cultura, seus valores e a sociedade a qual está inserido. As decisões morais também estão relacionadas com a coletividade.
    A justiça deve ser abordada diante dos diversos debates, onde são respeitadas as pluralidades, as opiniões e as instituições sociais. Sandel entretanto avisa que sua teoria não visa propor um total relativismo, mas sim encontrar uma objetividade diante das diversas opiniões da comunidade.


    AMANDA SACHI PATRICIO 21072213

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  80. Patrícia Gabriela S. Arcanjo
    RA: 21036813

    Assim como Maclntyre, Sandel também critica Rawls e também faz parte da corrente de pensamento denominada comunitarismo iniciada por Maclntyre.
    Os filósofos dessa corrente contestam o liberalismo por acreditarem que os valores que fazem parte da cultura de um grupo social, suas tradições, não podem simplesmente ser desprezados na hora de se estabelecer seu ordenamento jurídico.
    Uma das críticas de Sandel a Rawls, é a de que Rawls elabora um contrato social em condições que seriam ideias, portanto abstratas. Ele partiria do conceito de que as pessoas sob o véu da ignorância não saberiam suas posições originais, porém, Sandel nos diz que essa abstração é praticamente impossível, pois possui características que não existem no mundo real. O conceito de indivíduo para Rawls antecede o conceito de comunidade (o indivíduo vem antes da comunidade). No equilíbrio reflexivo a discussão (em comunidade) acaba por ignorar as individualidades de cada um. Pra Rawls o direito acaba sendo algo inegociável, tornando assim os modos de vida negociáveis para que se obtenha a justiça.
    Desta forma, o autor propõe inverter o olhar de Rawls e buscar um eu que seja comunitário. Ele declara que são as práticas comunitárias que nos definem, são as comunidades que nos rodeiam, que nos definem. Assim, a ética teria que ser baseada na tradição e entender como cada tradição se comporta em cada comunidade que está inserida.
    Da mesma maneira como Maclntyre propõe, através de um debate para ver o que mais se aproxima da perfeição. Sandel se preocupa com as ações dentro da comunidade que também levariam a uma sociedade justa, já Rawls estava preocupado em pensar apenas em uma sociedade justa, por isso suas teorias eram abstratas.

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  81. Os ideais de Sandel são alinhados com o discurso comunitarista, mas ele mesmo não gosta desse título. Sandel irá criticar fortemente a teoria elaborada por John Rawls, tendo como principal alvo de críticas o “véu da ignorância”, já que para Sandel é impossível que um indivíduo se separe de suas convicções históricas, culturais e ideológicas para realizar tal avaliação neutra idealizada por Rawls. Outro ponto de divergência está no fato de para Sandel os indivíduos serem guiados pelo seu bem estar no momento de escolha de um modo de vida, enquanto para Rawls essa escolha é dada pelo senso do que é justo. As escolhas morais estariam fortemente atreladas à comunidade e não podendo se separar dela, enquanto que em Rawls essas escolhas seriam arbitrárias.
    Como um pensador comunitarista, Sandel irá defender que existe uma pluralidade de modos de vida possíveis de serem seguidos na vida em sociedade, e que fugir de modos de vida que dependam apenas do indivíduo é possível. Para ele, a justiça implica em conseguir fazer com que esses modos de vida escolhidos convivam harmoniosamente entre si.

    Kevin Rossi Freitas, RA: 21071613

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  82. Michael Sandel é um grande crítico de John Rawls, porque discorda da maneira como ele desenvolve um conceito de justiça, usando de abstração Metafísica e, portanto, almejando princípios supostamente frutos da condição de pura imparcialidade. Sandel defende que analisar ações humanas partindo de princípios que foram formulados abstratamente não significa justiça, porque os indivíduos de uma sociedade real são parciais, e não conseguem discutir um problema cuja solução possa eventualmente ferir seus princípios morais, sem tomar partido baseado nestes mesmos princípios.

    A proposta de Sandel segue a corrente liberal comunitarista e, da mesma forma que MacIntyre, apoia-se na filosofia de Aristóteles sobre a justiça, afirmando que é muito difícil discutir sobre justiça sem, primeiramente, discutir sobre os propósitos de instituições sociais, e sobre quais qualidades são dignas de honra e reconhecimento. Ou seja, preocupemo-nos em abordar não simplesmente a ação individual e julgá-la sob a ótica de princípios morais irrecusáveis, mas em questionar a natureza das atividades colocadas em questão, respeitando as posições conflituantes e fornecendo espaço para o diálogo. Um ótimo exemplo é a discussão sobre o casamento ser igualitário, independente do sexo das duas pessoas envolvidas. Sandel buscará questionar o que é o casamento e o que esta atividade significa na concepção moral de cada grupo. Portanto, para diferentes decisões, sejam elas jurídicas ou políticas, analisemos não apenas a atitude de determinado sujeito, mas o significado daquela atitude dentro dos valores que aquele sujeito defende/representa na comunidade.

    Sandel expressa genuína abordagem sobre a racionalidade humana e a busca por soluções dos problemas sociais e políticos através do debate democrático. A dificuldade que ainda vejo na proposta de Sandel é a aplicação prática deste alto nível de especificidade com o qual ele quer resolver o problema da justiça, indo muito além da interpretações de leis e contratos, para determinar o propósito - a natureza essencial - de cada sujeito ou atividade social que beneficiará a grande maioria.

    Victor Sant'Anna Debone - RA 21042312

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  83. Michael Sandel é um filósofo comunitarista e é nesse sentido que estabelece suas críticas para com a teoria de John Rawls. Sandel argumenta que Rawls trabalha com um conceito metafísico de pessoa, onde o agente estaria deslocado de sua realidade, seria uma pura abstração.

    O filósofo entende que a comunidade forma traços importantes nos indivíduos, diferentemente de Rawls. Um indivíduo pode ter uma noção de bem muito diferente de outros devido aos seus laços sociais. O fato da pluralidade estabelece que pessoas com diferentes concepções abrangentes convivam em uma mesma sociedade, com os mesmos princípios de justiça.

    Sandel busca trazer a realidade e toda sua complexidade, para o debate acerca da justiça. Trabalhar com “tipos ideais” de pessoa seria uma maneira de fugir da complexidade que é determinar o conceito de “justiça”

    Nome: Murillo Faria Dos Santos Neri
    RA: 21045713

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  84. Michael Sandel é um professor dos Estados Unidos crítico de Rawls. Para Sandel, Rawls concebia toda discussão sobre justiça na sociedade como os indivíduos comportassem de maneira justa, ignorando vontades e desejos. Tal visão asséptica satisfazia a teoria liberal mas não a realidade.
    Uma teoria da justiça, segundo Sandel, deve basear-se na concepção de justiça dos membros da sociedade e, assim, a solução proposta -sendo o Sandel um comunitarista - é a inserção de temas e situações em discussões abertas e não restritas a meios acadêmicos.

    Nome: EWERTON SOUZA MELO
    RA: 21024013

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  85. Recebendo influências de Taylor, envolvido com ideias marxistas e heglerianas de filosofia hermenêutica, Michael Sandel, assim como os outros autores comunitaristas vistos na disciplina, critica a visão do ser humano dada por parte dos liberais. Eles, segundo Sandel, cultivariam uma noção social baseada no “eu” individual. Partindo dela não conseguiríamos chegar a conclusões morais que refletissem a realidade.

    Sua crítica se direciona principalmente a Rawls, filósofo que busca examinar as relações de justiça como um sistema de argumentações claras, ao afirmar que seu projeto de justiça pressupõe um ser humano inexistente por ser abstrato. Assim, ao falar do véu da ignorância para a construção de um modelo de justiça, Rawls desconsidera que indivíduos não se juntam em uma determinada situação para construir um pensamento social, mas sempre são formados e vivem em um grupo. Tratar a justiça como Rawls a trata é como tratar um modelo existente somente no mundo das ideias, pois desconsidera experiências históricas de cada ser e de cada grupo que afetarão na decisão das pessoas acerca da justiça, diria Sandel. Na vida real não lidamos com casos abstratos, mas concretos; não lidamos com explicações morais que precedem a prática, mas praticamos ações que pensamos serem certas a serem praticadas.

    Além disso, é na discussão sobre a justiça que poderemos encontrar não a comunhão fácil de ideias, como propunha Rawls, mas os diferentes “eus” da sociedade. Mesmo que todos se digam bons e justos, quando expressamos o significado dessas palavras por meio de ações podemos chegar a resultados diferentes, fato que dificultaria a formação de um sistema geral de justiça. Com essa dificuldade, no mundo real passaríamos a olhar a decisão moral como resultado de um caso em particular e não como uma decisão geral, ora agindo tendo em base as consequências e ora tendo em base o julgamento da ação em si.

    Stefanie Gomes de Mello
    21014113

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  86. Charles Taylor não necessariamente no debate entre libertaristas e comunitaristas(vertentes da ideologia liberal), apesar de enxergar o indivíduo como ser social. Para Ele a discussão de como esse debate deve ser estabelecido, sobre que parâmetros; ele insere a linguagem como fator decisivo na elaboração e transmissão do pensamento ideológico, todo modo de vida ou opção ideológica deve ser explicado pela história porque nenhuma civilização é igual ou possui anseios iguais a outras.
    Em sua concepção, diferente dos libertaristas como Nozick, que liberdade individual que os citados anteriormente defendiam, de fato, não existia da forma como eles viam, Taylor via o homem como um ser social, sendo impossível desvincular das relações socias do ser humano dele mesmo, e a própria linguagem é uma resultante deste fato, já que a linguagem é concebida na esfera social.
    Acredito que está visão melhorada em se fazer a crítica entre comunitaristas e libertaristas é bastante válida, todavia Taylor só limita a fazer isso, e não se posiciona no debate até então central da filosofia política. Como Taylor se mostra quase que somente analitico, há uma frustração em sua obra, já que está não tem uma aplicabilidade concreta na sociedade.
    kleiton aliandro
    21066113

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  87. Sandel assim com MacIntyre coloca que para soluções de discussões morais a melhor opção são os debates coletivos. Coloca o contexto histórico e social como fator relevante na abordagem do problema tendo em vista que para o autor cada caso tem sua peculiaridade. Sandel critica Rawls exatamente neste ponto, onde Ralws desconsidera todo o arcabouço social inerente ao indivíduo. Sandel, neste contexto, então considera não só uma noção de bem, mas sim diversas devido as diferentes culturas e tradições dos indivíduos, além de estar em constante mudança.

    RA 21055313

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  88. Analisar a obra e a filosofia que Sandel nos apresenta é muito interessante, pois ele nega aquilo que mais encontramos na filosofia política. Sandel é um comunitarista, ele acredita que o ser humano é um ser coletivo, ideia antes disseminada por MacIntyre.

    Sandel faz uma crítica a Rawls. Para ele, a visão liberal de justiça de Rawls é equivocada, pois não fornece uma verdadeira percepção de ser humano. Sandel acredita que a filosofia deve ser feita nas discussões em grupos, nas quais as pessoas tenham pensamentos e visões distintas, onde haja multiplicidade de opiniões. As pessoas não se comportam de acordo com os livros, então, não se pode exigir que todos pensem igual.

    Lara Rodrigues Alves. RA: 21059213

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  89. Michael Sandel é um filósofo comunitarista e estabelece uma crítica sobre a teoria de Rawls. O autor argumenta que Rawls não trabalha com o indivíduo inserido dentro de uma realidade, pelo contrário, ele trabalha com um ser metafísico, já que o indivíduo carrega o seu próprio senso de justiça dentro de si.

    Sandel acredita que os indivíduos são livres para escolher de que maneira irão viver. A sociedade em que um indivíduo está inserido tem o papel de moldá-lo, podendo assim, indivíduos inseridos em sociedades diferentes, terem diferentes concepções do que é ou não moral, por exemplo. A realidade é complexa é deve ser entendida por sua complexidade e sua pluralidade.

    Andressa Alves - 21081013

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  90. O teórico norte-americano Michael Sandel tornou-se mundialmente reconhecido por sua disciplina "Justice", ministrada na renomada Universidade de Harvard. Comunitarista, Sandel faz árduas críticas ao liberalismo e especialmente a John Rawls. A teoria de Rawls sobre o véu da ignorância e a posição original dos indivíduos seria desde o seu princípio errônea, pois tratam-se de situações nas quais não há possibilidades de debate. Para Sandel, os debates são de extrema importância para qualquer sociedade. Todas as nossas ações são coordenadas por nossa moralidade, pelos valores que carregamos conosco. As diversas situações pelas quais passamos também influem em nossas decisões. Outra crítica feita por Sandel a Rawls é o fato do liberal não creditar à sociedade decisões a respeito da justiça. Sandel acredita que a sociedade é a principal afetada pelos meios de julgamento de decisões e que a sociedade é responsável por construir ideias morais.

    Francisco Sergio Vasconcelos Coelho - 21078713

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  91. Sandel, aceitando as afirmações feitas por MacIntyre de que os indivíduo é fruto da comunidade e não o contrário, desconstrói a existência do indivíduo anterior a comunidade, capaz de determinar suas próprias preferências sob critérios racionais e a-históricos e meio social – conforme idealizado por Rawls. Segundo o autor, trata-se de uma visão metafísica, uma vez que não há como adotar uma posição original. No que diz respeito à “posição original” de Rawls, sua crítica aponta a impossibilidade de propósitos em comum com outros indivíduos, uma vez que a identidade só indivíduo é restrita a escolha de seus benefícios e interesses – racionalidade utilitarista.

    Como integrante da corrente comunitarista do pensamento, propõe que problemas importantes e polêmicos de uma sociedade sejam debatidos em grupo fazendo assim com que as decisões ocorram levando-se em consideração a multiplicidade de opiniões, decorrente da variedade das experiências morais humanas. Proposta esta, que segundo o autor, a concepção rawlsiana foi incapaz de reconhecer onde, novamente ao encontro das afirmações de MacIntyre, a essência da formação das diferentes concepções está na relacionada a noção do que é o bem.

    Michel Fagundes Ferreira RA: 21077212

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  92. O filósofo estadunidense Michael Sandel é considerado um comunitarista, ou seja, ele defende as vontades do coletivo devem às vontades individuais. Ele é contra o Liberalismo e critica veemente as posições de Rawls.
    Sandel acreditava que o “véu da ignorância” proposto por Rawls não corresponde a realidade, é uma concepção de pessoa abstrata, metafísica e que não da conta de abarcar o homem concreto, por isso não se pode aceitar o véu de ignorância que também é abstrato, pois não tem como as pessoas serem totalmente neutras para poder construir um acordo ou definir um código moral.
    A concepção de Rawls de que o indivíduo precede a comunidade e que eles devem ser o critério por qual a teorias da justiça devem ser pautadas também é condenada por Sandel, que como comunitarista, diz o indivíduo ser um agente da comunidade.

    Fernanda Tokuda de Faria - 21071013

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  93. Michael Sandel em sua argumentação propõe novamente um debate sobre a Justiça, entretanto não está criando uma nova teoria, mas através de críticas direcionadas às idéias elaboradas por Rawls. Discordando de um dos elementos mais importante da teoria de Rawls, o “véu da ignorância”.
    Para Sandel, essa situação proposta por Rawls é artificial, não é possível de aplicação, por elevar a discussão ao meio metafísico. As concepções dos indivíduos é de grande importância sim para a elaboração de teorias de Justiça, sendo as particularidades que formam o indivíduo que vão determinar qual conduta ele adotará. E essa situação está ligada diretamente ao meio onde o indivíduo vive, às pessoas de sua convivência e às situações por ele vividas.
    Uma negociação seria então, um ponto importante em uma discussão, para que seus resultados fossem mais justos. Assumindo que debates levariam a uma melhor decisão, devido à mistura de opiniões, é inevitável aceitar que não existe apenas uma ideia correta ou coerente sobre determinados assuntos.

    Carolline Constanzo dos Santos
    21052113

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  94. Segundo Sandel, Rawls, em sua teoria, deixa de lado pontos fundamentais que definem as escolhas morais dos indivíduos. Exemplo disso é a influência da comunidade na formação moral do indivíduo, já que Rawls entende o indivíduo como anterior à comunidade, enquanto Sandel acredita que o indivíduo só se reconhece como tal, quando inserido em uma comunidade.
    Além disso, o autor acredita que a Ética não é algo distante e abstrato, e sim escolhas que precisamos tomar cotidianamente. Por isso ele acaba usando o método socrático de discussão orientada e usa exemplos da vida real para ilustrar a filosofia de vários pensadores, sendo famoso por seus inúmeros vídeos e debates.
    Sandel também diz que a concepção liberal de justiça é deontológica. O direito sempre se sobrepõe ao bem. No entanto, ele acredita que a justiça deveria ser construída de forma que se moldasse com a concepção de bem de cada um, assim, respeitando a individualidade dentro do contexto da comunidade.
    Acho bem interessante a forma como Sandel trabalha os problemas morais, porém, como visto em sala, há uma certa limitação no método utilizado por ele, visto que se discute muito sobre os vários pontos de vista e teorias, mas dificilmente se chega a alguma conclusão.


    Isadora Castanhedi
    RA: 21044713

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  95. Michael Sandel é um popular professor de filosofia na Universidade de Harvard, que incita o interesse de multidões, com seu curso “Justiça: Qual é a coisa certa a fazer”. Suas aulas têm o objetivo de discutir dilemas morais e éticos, sem a necessidade de diferenciar certo e errado, o objetivo é fazer com que os alunos reflitam e questionem a forma como as pessoas justificam suas posições e atitudes. Ele acredita que a Ética não é algo distante e abstrato, mas sim escolhas com as quais nos deparamos cotidianamente. Segue o método socrático de discussão orientada e utiliza exemplos da vida real para ilustrar a filosofia de pensadores como Aristóteles, Kant e Stuart Mill. Para ele, a Ética, do ponto de vista filosófico, tem um aspecto atemporal, com uma aspiração universal, mas precisamos considerar as diferentes perspectivas das tradições. Essas tradições podem conversar entre si mesmas, podendo sempre acrescentar abordagens distintas sobre um mesmo tema.
    Sandel é um crítico de Rawls, pois acredita que ele deixa de contemplar em sua teoria alguns pontos fundamentais que definem as escolhas morais dos indivíduos. Um dos aspectos não contemplados é a influência da comunidade na formação moral. Para Sandel, essa influência se dá sobre o indivíduo, pois este já nasce rodeado de regras e convenções. Rawls também não considera a diferença entre os indivíduos, de suas compreensões e vontades, pois diz que o homem possui um senso natural de justiça e moralidade. Para Rawls, o homem é capaz de se separar de seus princípios e valores antes de fazer julgamentos sobre a justiça. No entanto, Sandel considera que o ser humano não consegue se despir de seus valores e preconceitos antes de emitir juízo sobre o certo e o errado. Um outro alvo de crítica de Sandel a Rawls é o fato de que este vê o ser humano de forma abstrata, buscando condições ideais do ser humano, muitas vezes sem considerar a realidade particular de cada ação. Para Sandel, não há sentido em buscar soluções abstratas para problemas concretos.

    Ana Cristina - 21062613

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  96. Este comentário foi removido pelo autor.

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  97. Michael Sandel, assim como MacIntyre, é um filósofo da corrente comunitarista, possuindo a perspectiva das tradições como parte da moralidade e justiça, em que também ressalta a importância da atemporalidade da filosofia, no qual se insere a Ética. Professor de Harvard, Sandel traz os questionamentos da justiça para questões do nosso cotidiano, demonstrando que devemos nos sustentar em situações concretas para dar base aos preceitos da justiça. Sua crítica à John Rawls é justamente a forma subjetivista e abstrata em que este trata das escolhas morais dos indivíduos, não levando em conta os diversos e distintos mecanismos sociais em que os indivíduos se inserem. Portanto, diferentemente de Rawls, Sandel nega a existência de uma total individualidade do "eu", pois este não estaria de forma alguma isento de influência da comunidade e dos valores impostos por ela.

    Marina Gazinhato Neves RA: 21055713

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  98. Romulo Camargo 21056613.

    Sandel pensa que cada homem tem um sentimento de justiça à priori, e a sua aplicação prática é essencial para pensarmos a justiça, e não o único caminho. Para ele também o justo não pode se sobrepôr ao bom, ficando claro sua visão comunitarista, crítico do liberalismo desenfreado.
    Os aspectos discordantes da sociedade e dos indivíduos, como traço liberal, permanece como algo extremamente positivo, algo que constitui uma riqueza de uma sociedade.
    O ponto central de sua tese é o conceito de “vida boa” e da criação de uma cultura que seja tolerante com as diferenças culturais.

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  99. Afirmando que a concepção de Rawls sobre os indivíduos é insuficiente e idealista, e que esta não considera as particularidades e diversidades que existem entre os indivíduos, Sandel se mostra como um crítico da teoria Rawlsiana sobre o conceito de justiça.
    O comunistarista e filósofo contemporâneo acredita que a possibilidade de haver uma teoria da justiça que contemple a todos só será concretizada se não houver a universalização do conceito de pessoas e a desconsideração de seus valores e o contexto que estão inseridas. A justiça deve abranger todas as diversas concepções existentes na sociedade.

    Sandel considera isto crucial, pois os indivíduos não conseguem e não podem se afastar de suas essências, e é inviável o estabelecimento de um conceito comum e que favoreça a todos em suas peculiaridades.
    O autor conclui que os princípios, costumes e ideias dos indivíduos devem ser discutidos para que o bem-estar da sociedade na qual ele está inserido seja alcançado de forma plena através dos próprios instrumentos de justiça.

    Henrique Bernardes
    RA: 21021813

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  100. Rawls possui uma visão metafísica do indivíduo, apresentando para nós indivíduos já definidos através da abstração de experimentos intelectuais.

    Para Rawls, ao realizarem um contrato artificial, os indivíduos se inserem em uma posição original, sob o “véu da ignorância”, não sabendo nada sobre crenças ou posições sociais, por exemplo.

    Sandel é crítico desta visão, pois argumenta a favor da importância da análise concreta sobre os indivíduos que estão inseridos dentro de uma sociedade, e que não só se inserem mas também se influenciam devido aos seus contextos. Para Sandel é importante realizarmos uma auto análise sobre nossas condutas morais, levando em consideração a forma como temas polêmicos, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, serviço militar, aborto, entre outros, tem sido debatidos nas sociedades.

    Fernanda Scarpelli Varani 21002313

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  101. Sandel vai em seu texto, fazer critica direta a Rawls, defendendo o senso de comunidade em detrimento do individualismo. O autor diz ser impossivel estudar ou discutir a justiça sem levar em conta o pensamento geral da sociedade em que está incluida. Um individuo sempre esta inserido em uma sociedade.A única forma de tomar decisões seria por meio de debates inclusivos. Qualquer debate somente é válido quando há uma pluralidade e quando são levados em contas diversos pontos de vista de vivências.Vê-se claramente em suas aulas a sua preferência pelas discussões abertas, onde ele discute situações concretas de diversos pontos de vista.

    Jennifer Nogueira Martinuzo - 21080513

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  102. Sandel fará uma forte crítica à concepção de justiça de Rwls que pensa num indivíduo racional que chega sozinho ao conceito de justiça, conceito que está, por sua vez, além do próprio conceito de bem.

    A Técnica por ele utilizada para realizar as discussões em aula é colocar o aluno na posição de "se você estivesse em tal situação, o que faria?" porque acredita não ser possível dissociar justiça da aprovação ou desaprovação moral.

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  103. Sandel, como um comunitarista, está tão convicto de que nosso sentido de identidade como sujeito é inseparável de uma consciência de nós mesmos como membros de uma família, classe ou comunidade particular, inseridas numa história específica, que a participação no reino político, e a participação em outras comunidades refina e desenvolve a nossa própria identificação. Sandel conclui que a nossa preocupação não deve ser a de isolarmo-nos das nossas próprias circunstâncias para julgarmos nossas práticas morais a partir de um qualquer ponto de vista independente e imparcial. Devemos deixar de raciocinar sobre os juízos de dever-ser e partir para a compreensão e a autodescoberta: nos preocupar em saber quem somos, reconhecendo, inicialmente, o caráter da comunidade que constitui a identidade de cada um.

    Isabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113

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  104. Michael Sandel é considerado um comunitarista. Ele entende o ser humano dentro de uma determinada coletividade. Sandel é um grande crítico do projeto liberal, da individualidade, baseada em uma concepção liberal do que é o indivíduo de acordo com a percepção moderna. Vai criticar a ideia liberal de que uma sociedade é justa se essa for liberal. Sandel atribui certo destaque na teoria da justiça de Rawls à absoluta primazia moral conferida à justiça (primeira virtude das atividades humanas); a primazia fundacional da justiça, antecedente e prioritária em relação ao bem, afastando-se das doutrinas teleológicas que definem a prioridade do bem sobre o justo; a regulação da sociedade com amparo no que é fundamental na personalidade humana, onde os seres humanos entendidos como pessoas morais, são eleitores autônomos de seus fins, de maneira que a sociedade deve ser organizada por um caminho que respeite essa característica da personalidade sobre qualquer outra.
    Para Michael Sandel, o modelo de discussão adotado por Rawls está equivocado, pois este acaba por não fornecer uma concepção de ser humano onde o indivíduo “vire” indivíduo. Tudo acaba ficando no abstrato, tornando-se uma concepção artificial, sem conexão com a realidade. A teoria de Rawls acaba não dando conta e Sandel afirma que não é dessa maneira que se deve discutir justiça.
    Não é possível relevar o fato de que os indivíduos fazem parte de uma comunidade e são produto desta, criar teorias como se todos tivessem o mesmo conceito de justiça ou então, mesmo que houvesse, que este satisfaria o desejo em unanimidade. Porque para avaliar de fato uma sociedade, é necessário identificar suas tradições e o que é identificado como verdadeiramente bom. Valendo lembrar que, o que for estabelecido em uma, pode ser completamente oposto em outra. Isso faz parte da construção de justiça.

    Ingrid Correia - 21068513

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  105. A discussão entre representantes do liberalismo e do comunitarismo se baseia na questão sobre o politicamente "justo" e o moralmente "bom". Enquanto os liberais querem salvar a validade universal dos princípios justos, desvinculando-os da resposta à questão sobre o bem, os representantes do
    comunitarismo vinculam as questões sobre a justiça política à questão sobre a vidaboa.
    Assim, Sandel critica o utilitarismo, que desconsidera direitos naturais fundamentais. Tomar decisões com o fundamento exlusivamente calculista sem se valer da dignidade inerente ao ser humano é, para ele, sem justificativa moral – ainda que tenha a finalidade de preservar o bem-estar da maioria. O utilistarismo fracassa pois não equilibra bens jurídicos, não levando em conta seu real valor. A segunda concepção de justiça, que liga esta à liberdade, se contrapõe nitidamente à utilitarista, em virtude do fato de se fundamentar no respeito a direitos humanos individuais universais, direitos estes considerados de extrema relevância – destacando aqui o direito à liberdade. Por fim, a última concepção tem Aristóteles como precursor. A teoria de justiça do filósofo possui duas bases essenciais: a justiça é simultaneamente teleológica e honorífica. O “télos” da política, para o autor, se fundamenta na formação de bons cidadãos e no cultivo do caráter humano, com o intuito de ajudar as pessoas a desenvolver suas capacidades e virtudes cívicas.

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  106. O comunitarista Sandel acredita que nossa participação em uma família, classe e comunidade é inseparável de nossa identidade como sujeito e a participação que efetivamos na política e na comunidade refina e desenvolve a identificação própria.

    Para ele, um dos equívocos de Rawls foi tomar liberdade como princípio primário e igualdade como secundário, pois assim não seria possível valorar a conexão comunitária como essencial na identidade

    Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511

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  107. Em sua teoria, Michael Sandel faz algumas críticas a Ralws e ao liberalismo por sua concepção de justiça ser baseada na comunidade e não no indivíduo. Como, por exemplo, sobre a pessoa metafísica, pois na teoria de Rawls considerações sobre os fins que as pessoas elegem para viver são deixadas de lado. Outra crítica que Sandel faz a Ralws é relacionado à concepção dos indivíduos de seus “eus” definidos e individualizados, onde Ralws afirma que anterior às comunidades, essa concepção já existe dentro de cada indivíduo, diferentemente de Sandel.
    Para Sandel, no conceito de justiça devem ser levados em considerações fatores como a família e a tradição, o conceito do véu da ignorância seria injusto, portanto, porque estaria levando em consideração apenas o individuo e não o que seria justo para a comunidade.

    RA: 21086213

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  108. Alan Ferreira dos Santos RA: 21065813


    Apesar de ser considerados por muitos como um comunitarista, Sandel não se considera comunitarista. Ele não se sente confortável com essa “etiqueta” pela seguinte razão: o comunitarismo muitas vezes implica a ideia de que todos os valores que prevalecem em qualquer comunidade em qualquer momento definem o que é a justiça e os direitos que as pessoas devem ter, porém isso leva a tipo de majoritarismo que Sandel repele.

    O que ele defende são noções mais firmes sobre o que é a comunidade, a virtude cívica e o bem comum, mais do que muitas teorias políticas individualistas permitem. Isto é, ele crítica o excesso de individualismo e o mercado, porém ele não se considerada comunitarista.

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  109. Suas ideias são profundamente críticas quanto a sociedade Liberal e acredita ser equivoca a discussão à cerca dos autores de Kelsen até Walzer.
    Ele acredita que para discutir uma sociedade justa, não podemos partir do pressuposto que um “eu” individual abstrato é suficiente para construir um debate sobre o que é uma sociedade Justa. O “Eu” presente na concepção dos liberais acaba resultando num procedimento equivocado na hora de discutir Ética, duplamente, primeiro que o indivíduo não é figurado de forma real e à partir disso não conseguiríamos também discutir à partir de um ponto equivocado.
    O que está errado na concepção de “eu” é sua consideração abstrata (toma o John Rawls), onde o indivíduo é questionado se deseja justiça, o mesmo pode ter uma imagem de justiça abstrata e tomando isso para vários indivíduos, acabaríamos por dizer que sim, preferiríamos a justiça, contudo, por nossas questões identitárias, não estaríamos tratando da mesma “Justiça” pois o resultado desta seria provindo de abstrações individuais que podem não condizer num coletivo. E a idealização desses instrumentos da discussão resulta numa discussão equivocada e irrelevante para um debate ético.
    O mesmo propõe o resgate desse “eu” de forma mais concreta, entendendo que cada indivíduo está engajado em diferentes situações e contextos de vida, onde não há idealizações, apenas situações concretas onde a identidade do indivíduo serve de base para a tomada de decisões.
    Então se torna claro que para o debate ético é necessário levar em consideração as situações reais e coerentemente o contexto em que está inserido o indivíduo em questão no comportamento em que o mesmo adere.
    Um exemplo da argumentação acima, foram os vídeos do autor apresentados em aula, onde o mesmo pratica um exercício de decisão se baseando no exemplo do trem (pessoas envolvidas, terceiros que podem se envolver e o terceiro que envolve outro) onde é analisado a situação de cada indivíduo e ponderando qual seria a melhor solução.

    Samuel Alencar de Sena - 21048913

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  110. Jéssica Sandim Ramos - 21067313

    Sandel é um critico ferrenho das teorias de Rawls, e tem uma visão mais humanizada da realidade da sociedade e utiliza destas ferramentas, pois, segundo ele, são mais apropriadas para discutir ética porque a racionalização não abrange todas as especificidades dos indivíduos.
    O véu da ignorância e a posição original, abordados por John Rawls, são duas ideias inconcebíveis para Sandel. Ele aponta a impossibilidade de se desvincular de seus anseios e desejos.
    Ele também prioriza o comunitário (em detrimento do individual), diferente de Rawls.

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  111. Sandel, comunitarista, compreende o ser humano dentro de uma determinada coletividade. É também um grande crítico do projeto liberal, da individualidade, baseada em uma concepção liberal do que é o indivíduo de acordo com a percepção moderna. Para o autor, o modelo de discussão adotado por Rawls está equivocado, pois este acaba por não fornecer uma concepção de ser humano onde o indivíduo “se torna” indivíduo. A teoria de Rawls acaba não sendo satisfatória e Sandel afirma que não é a forma pela qual se deve discutir justiça.
    Sandel, portanto, propõe a análise do tema dentro de discussões abertas, em grupo e com diversas interpretações. Para o autor o debatesobre justiça tem de se dar onde os diferentes “eus/indivíduos” podem expor suas identidades. Nesta perspectiva, Sandel coloca que o debate ético tem de ser um debate em que a multiplicidade de opiniões sejam representadas, A discussão é saber como as pessoas se comportam e não o que é proposto por Rawls.

    Cleiton Vicente Duarte - 21009813

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  112. Michael Sandel é um professor de filosofia da universidade de Harvard que discute em suas aulas, basicamente, “qual a coisa certa a se fazer”, demonstrando dilemas éticos e morais, com o objetivo de que seus alunos se questionem sobre a forma que as pessoas se posicionam, agem frente aos problemas da vida.
    Para ele, a ética não é algo abstrato ou distante, ela está presente nas escolhas que precisamos fazer cotidianamente.
    Utiliza o método socrático de discussão. Numa espécie de maiêutica atualizada, leva seus alunos a pensarem sobre “hard cases”, induzindo-os a discussões mais profundas. Os problemas discutidos servem também para introduzir ideias de pensadores renomados como Kant e Aristóteles.
    O autor acredita que as tradições interferem na visão do que é ético ou não e ao mesmo tempo crê na existência de uma “universalidade” da ética, permitindo que utilizássemos ideias de filósofos antigos na atualidade.
    Sandel critica Rawls por não tratar de pontos essenciais das escolhas morais dos seres, sendo uma delas, a influência do meio na formação moral.
    Um outro ponto que Rawls não considera é a diferença de interesses dos indivíduos, pois cada qual tem um senso natural de moralidade e justiça, sendo que este senso acompanhará o homem nas suas decisões a respeito do que é certo e errado.
    Uma outra crítica feita a Rawls é que vê os indivíduos de forma abstrata, não considerando a realidade particular de cada ação. Se os problemas são concretos, não há motivo para se formular soluções abstratas.

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  113. Michael Sandel é um filósofo comunitarista. Isto implica que em seu pensamento, as relações do indivíduo são extremamente importantes para formular qualquer tipo de pensamento. O oposto de John Rawls, que abstrai o conceito de pessoa até o mais alto nível, trabalhando com um conceito de pessoa metafísico, uma espécie de “tipo ideal”.
    Sandel entende que o indivíduo é fortemente influenciado pela comunidade e em hipótese alguma pode abdicar de tais influências. Isto faz com que o debate se torne muito mais complexo, mas também muito mais próximo da realidade. Com a pluralidade das sociedades contemporâneas, é impossível determinar que todos tenham uma noção de “bem” comum.
    Desta maneira que o filósofo crítica Rawls. Princípios de justiça que abdicam da complexidade do mundo real e dos indivíduos para serem formados nunca serão aceitos, endossados pela própria sociedade.

    Lucas A. S. Mascaro 21073913

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  114. Michael Sandel, como um comunitaristas, critica a visão do ser humano individualista, que não reflete toda uma realidade ao não ver a sociedade (o todo) refletida nos indivíduos na construção das identidades. Isto é, ignorar os diferentes “eu”, não reconhecendo a variedade de experiências humanas fundamentais para a formação de concepções que se refletem numa discussão em que o significado e ações podem chegar a resultados diferentes.
    Assim, especialmente dedica sua crítica a teoria de justiça de Rawls por ser relativa ao permitir e afirmar que as decisões são sempre arbitrarias e não em favor do coletivo, de modo que por este acreditar ser possível combinar todos os desejos das pessoas em um sistema coerente, de satisfação, nao perceber que estaria reduzindo todas as pessoas, suas opiniões e atitudes, em um único ser que teria os mesmos desejos e oportunidades de que todos indivíduos e grupos de pessoas, diferentemente da tomada de múltiplas que Sandel propõe.
    Dessa forma, Sandel propõe um conceito de comunidade que constrói, inclusive seus próprios direitos, a partir da negociação, fator decisivo em uma discussão, para que seus resultados abrangessem o máximo possível a visão de mundo e justiça de cada cidadão, uma melhor tomada de decisão devido à mescla de opiniões.

    Aline Guarnieri Gubitoso - 21001713

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  115. Michael Sandel é um filósofo político americano. Ele é considerado um comunitarista, e suas ideias dobre comunitarismo concentra seus esforços em desconstruir o liberalismo, principalmente aquele defendido por Rawls. A crítica tem três pontos principais: A concepção de pessoa para Rawls é metafísica; A concepção de comunidade de Rawls é posterior à concepção de indivíduo; E as escolhas morais para Rawls são expressões de prefrerências arbitrárias.
    Rawls defende que a maneira para se obter justiça é a elaboração de um contrato, no qual os negociantes sentariam à uma mesa de negociações, vestiriam o véu da ignorância e consequentemente deixariam de lado suas preferências, paixões, tradições e outras influências. Esses conceitos, tornam a teoria de Rawls metafísica, por serem conceitos abstratos. Logo, a elaboração desse contrato proposto por Rawls só serve como um exercício mental.
    Sandel ainda critica as postura deontológica de Rawls, a qual afirma que a justiça vem antes do bem. Essa postura defende que as escolhas são baseados em critérios pré-definidos. Portanto, Sandel assume uma postura teleológica que afirma que as escolhas pos determinadas ações levam em conta os fins. Sandel acredita que os indivíduos escolhem os seus modos de vida movidos pela busca do bem-estar.
    Experiências morais influenciam no processo de formação dos seres e os indivíduos devem reconhecer certas finalidades para a vida e que somente a pluralidade pode conservar e portanto possibilitar a realização da justiça. Aceitar uma pré-definição do que é justo e fazer com que as pessoas sem enquadrem, exclui as concepções diferentes. A justiça pode ser alcançada, desde que acontece um debate das diferentes preferências, tentando se chegar a um senso, garantindo que diferentes modos de vida possam conviver juntos.
    Portanto, Sandel critica o liberalismo dizendo que o indivíduos não está livre de amarras sociais e não consegue ter uma visão clara sobre si mesmo.

    Priscila Testa 21071413

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  116. Sandel critica o liberalismo, quase frontalmente, em relaçao a Rawls. Ele critica os conceitos de veu da ignorancia e de posiçao original propostos por Rawls alegando que os individuos nao poderiam se separar do que compoe sua essencia.
    Sandel tambem acredita que o contrato proposto por Rawls apenas serve como exercicio mental e que as concepçoes de justiça propostas por Rawls sao inalcançaveis devido a sua abstraçao(metafisica).
    Sua teoria da justiça preve a pluralidade de eus/individuos presentes na sociedade, trazendo o debate para o concreto.

    Rebeca Polanowski Hammel - RA: 21042013
    email: polanowski.rebeca@gmail.com

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  117. Michael Sandel é um autor comunitarista, que critica a filosofia de Rawls, por achar que Rawls faz muitas abstrações em suas teorias e muitas delas não se apresentam na vida real, assim como o véu da ignorância.O autor diz ser impossível alguém se despir dos seus preconceitos para fazer um julgamento por inteiro isento. Na visão comunitarista de Sandel, o ideal de justiça é móvel, ele se transforma com o passar do tempo e espaço, muito influenciado pela cultura e tradições de determinadas comunidades. Segundo o autor, o indivíduo é definido pela comunidade, portanto o seu senso de justiça seria mutável também, por esse motivo os debates éticos teriam o objetivo de concluir reflexões mais justas e próximas à perfeição.

    Bárbara B. P. Cabrino RA 21071113

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  118. Sandel acredita que o indivíduo é um ser construído pelo coletivo. O autor faz uma crítica a Rawls, pois não acredita na visão dele liberal de justiça. Sandel também acredita que a filosofia deve ser feita na discussões em comunidade, pois tal grupo teria ideias distintas enriquecendo o debate.

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  119. Sandel fala na negação do individualismo, pois o ser humano é um ser coletivo e consequentemente a justiça deve ser coletiva. O pluralismo é defendido, pois ajuda na tomada de decisões, é necessário sair do campo da abstração que parte do pressuposto de que todos têm o mesmo senso moral, aqui há uma critica a Rawls, é preciso analisar as situações do ponto de vista de fatos concretos, mesmo que, devido ao pluralismo, não se chegue a uma homogeneidade.

    Camila de Oliveira Santos RA: 21027913

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  120. Assim como MacIntyre era comunitarista. Também podemos colocá-lo como um crítico ferrenho de Raws. Não concordava com o proposto pelo autor pois as preferências de indivíduos são, inevitavelmente consideradas quando tratamos de justiça e das normas que a regerá. Além do que, para decidirmos moralmente precisamos saber o que desejamos para sabermos onde iremos chegar na questão do que envolve a moralidade. Portanto discorda dos conceitos de véu da ignorância e da posição original.

    Para Sandel, os indivíduos desenvolvem o senso de justiça por meio de tradições e influencias com as quais tem contato de acordo com o contexto no qual está inserido, é o lugar e a convivência que irão designar isso, vão dizer quais serão as características apresentadas. Resumindo, um determinado local possuiria suas características comuns acrescidas às dos indivíduos presentes. Devemos nos atentar ao fato de que, de acordo com ele, tanto as tradições quanto o senso de justiça podem ser modificados.

    Camila Luna Mendes - 21078513

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  121. Sandel acredita que a Ética não é algo distante e abstrato, mas sim escolhas com as quais nos deparamos cotidianamente. Segue o método socrático de discussão orientada e utiliza exemplos da vida real para ilustrar a filosofia de pensadores como Aristóteles, Kant e Stuart Mill.
    Sandel propõe que tradições diferentes oferecem diferentes perspectivas sobre o que é considerado ético ou não, mas ao mesmo tempo, podemos analisar o que diziam os filósofos antigos e ainda conseguiremos aplicar suas teorias aos dias de hoje. Ou seja, a Ética, do ponto de vista filosófico, tem um aspecto atemporal, com uma aspiração universal, mas precisamos considerar as diferentes perspectivas das tradições, essas tradições podem conversar entre si mesmas, podendo sempre acrescentar abordagens distintas sobre um mesmo tema.
    Crítica a Rawls:
    Para Sandel, Rawls deixa de contemplar na sua teoria alguns pontos fundamentais que definem as escolhas morais dos indivíduos. Um dos aspectos não contemplados é a influência da comunidade na formação da moral. Para Sandel, essa influência se dá sobre o indivíduo, pois este já nasce rodeado de regras e convenções; antes mesmo de poder tirar suas próprias conclusões já está pressuposto que ele se submeteu ao que está estabelecido. Dessa forma, para analisarmos as ações do indivíduo devemos levar em conta o meio que o cerca.
    Na visão de Sandel, Rawls também não considera a diferença entre os indivíduos, de suas compreensões e vontades, ele diz que o homem possui um senso natural de justiça e moralidade. Para Rawls, o homem é capaz de se separar de seus princípios e valores antes de fazer julgamentos sobre a justiça. No entanto, Sandel considera que o ser humano não consegue se despir de seus valores e preconceitos antes de emitir juízo sobre o certo e o errado.
    Um outro alvo de crítica de Sandel a Rawls é o fato de que este vê o ser humano de forma abstrata, buscando condições ideais do ser humano, muitas vezes sem considerar a realidade particular de cada ação. Para Sandel, não há sentido em buscar soluções abstratas para problemas concretos.

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  122. Após a leitura dos textos de Michael Sandel e de assistir aos vídeos propostos, observo que ele indaga sobre como pode ser possível discutir justiça sem levar em conta as inclinações, desejos e argumentos de um grupo social. A individualidade precede a comunidade no debate sobre justiça para Rawls. Já Sandel alega que o individuo sempre estará inserido em uma comunidade e portanto a justiça tem que ser comunitária.
    Este autor com suas proposições hipotéticas de problemas cotidianos, procura demonstrar que através de debates e pelo pluralismo de opiniões se chega a uma melhor tomada de decisão. E por esta via busca conduzir para a assimilação da ideia de que não existe uma resolução, que advenha da abstração, única e correta acerca dos impasses relacionados a ética e justiça.

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  123. As contribuições de Michael Sandel acerca da justiça podem ser entendidas mais como contribuições metodológicas que teóricas, à medida que considera que uma teoria da justiça é uma teoria sobre o que as pessoas pensam sobre justiça.
    Em sua concepção, o ser humano é um ser coletivo que está coberto pelo véu da ignorância, e o tema da justiça, que deve ser discutido nas discussões, faz com que os vários eus estejam presentes, se livrando desse véu.
    Além disso, mesmo considerando a importância do coletivo e da responsabildade que uns tem para com os outros, Sandel considera também que o indivíduo, e as características que o diferenciam dos demais, é importante pois as pessoas não são iguais, e suas opiniões são múltiplas. Sendo assim, é importante que um debate sobe justiça faça vir à tona todas essas opiniões, para então tentar se chegar a algo comum dentro do que está sendo discutido.

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  124. Michael Sandel entende que o “véu da ignorância” de Rawls acarreta em um sujeito inexistente no mundo real, ou seja, não leva em consideração os fins escolhidos pelas pessoas envolvidas, algo essencial para a liberdade. A noção de identidade dos indivíduos deve se dar como processo dialético com a comunidade, e não ser uma via de mão única como a teoria de Rawls, onde os indivíduos já tem suas identidades definidas. E essa inter relação dialética entre os indivíduos e as comunidades têm como consequência a noção de bem não pode ser exclusivamente individual, embora o “eu” tenha um papel importante na construção da moralidade. E muitas vezes, as condições de caso exigem uma perspectiva consequencialista para que a justiça prevaleça, ou seja, a justiça está acima do bem deontológico da teoria de Rawls.

    Lucas Falcão Silva – 21009113

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  125. Sandel discorda das ideias de Rawls, principalmente a do “véu da ignorância” e da “posição original”. Tomando os conceitos de Rawls, Sandel nos deixa a ideia de que não seria possível um indivíduo abster-se de sua identidade para aproximar-se de um ideal moral dentro de uma pluralidade social, de forma que todos chegassem a mesma conclusão – ou seja, as vontades individuais são deixadas de lado na teoria de Rawls. A aceitação do “véu da ignorância” levaria os debates sobre justiça a um grande nível de subjetividade, a metafísica. As concepções dos indivíduos são de grande importância para a elaboração de teorias de Justiça, sendo as particularidades que formam o indivíduo que vão determinar qual conduta ele adotará, porém, as condutas estão ligadas somente ao meio social em que o indivíduo se insere e pelas suas experiências passadas. Ele também defende um melhor autoconhecimento de nós como indivíduos e, da sociedade em que estamos inseridos como um organismo, para um aprimoramento dos debates éticos.

    Vinícius Chinedu de Oliveira – RA 21058413

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  126. Sandel um filósofo comunitarista, determina seu posicionamento ao rejeitar a idéia liberal-individualista, e recomendar que temas de grande importância para determinadas sociedades sejam discutidos em grupo, de maneira que a decisão tomada seja democrática, abarcando-se as diferentes opiniões.
    Critica a teoria de Rawls, afirmando que a concepção de indivíduo para Rawls é metafísica, porque não é possível que os mesmos adotem a posição original ou o véu da ignorância. Sandel afirma ainda que Rawls leva em conta primeiramente o indivíduo e posteriormente irá tratar da concepção de comunidade, Sandel considera o indivíduo fruto da sociedade e não o contrário. Rawls em seu artigo diz que as decisões são escolhas facultativas, entretanto são produtos da influência da sociedade em que estão inseridos.
    Sandel acredita que alguns direitos individuais são mais importantes do que o bem-estar geral, elaborando um conceito comunitário, que diz que os direitos também são comunitários e a comunidade que os constrói. O acordo seria o ponto determinante em um debate, para que seu produto seja justo. Desde o instante em que se assume que discussões resultariam em uma melhor tomada de decisão, devido ao grande número de opiniões, é impossível admitir que não exista apenas uma resposta certa ou coerente sobre as questões que nos rodeiam.

    Deyvisson Bruno, 21004513

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  127. Como comunitarista, Michael Sandel rejeita as práticas ideológicas liberais. Com Rawls como “alvo”, Sandel critica a ignorância necessária para o “alvo” para formular um contrato sem considerar suas preferências em tal formulação. Além disso, critica a ideia de justiça vir antes do bem, já que o que moveria as pessoas seria a busca pelo o bem-estar, o que de certo modo se aproximaria na tese utilitarista na busca de prazer. Para o autor a justiça é alcançada então justamente através das preferências das pessoas e das exposições destas, sendo que o consenso entre os cidadão conciliando tais diferenças alcançam tal sociedade justa.

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  128. Sandel em sua teoria contesta a ideia de justiça universal, absoluta, que respalda todos os indivíduos, à qual ignora as relações entre indivíduo e sociedade.
    Assim, a justiça de Sandel reside no debate democrático compreendendo as desigualdades entre os indivíduos, além disso, o sujeito independente, do qual não possui influências e relações sociais, se torna insuficiente, segundo o autor, na construção de sua identidade.
    Sandel coloca a jurisdição imparcial em relação às morais como sua proposta, onde as discussões, negociações, fossem contribuições significativas para o debate e ação da justiça.
    Cibele Nogueira 21065713

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  129. Jéssica Santos Rodrigues de Souza 21036512
    Michael Sandel estabelece uma nova forma de argumentar questões de justiça e moral: usando exemplos paupáveis ele leva os alunos a levantarem argumentos relacionados às questões morais envolvidas nesses casos. Através da discussão que se estabelece ele encontra as diferentes posições dos alunos. O que prova que a filosofia não pode ser resumida em termos abstratos, pois cada individuo tem um significado particular dos seus conceitos.

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  130. Michael Sandel relaciona conceitos filosóficos da área da politica e jurídica, passando por questões sociais e morais, questões presentes e muitas vezes ignoradas diante dos interesses individuais.
    Diante dessas questões abordadas fica claro o espirito comunitarista do autor e seu pluralismo ideológico. Diante de tal postura torna-se evidente sua visão multilateral da cultura, que aceita aspectos discordantes a fim de criar uma sociedade próspera e mais igualitária. Devido esse posicionamento sua teoria irá contrastar diretamente com a teoria liberal-igualitária de Jonh Rawls.
    A teoria de Rawls parte de uma concepção kantiana, que visa uma prática autônoma, que permite se concluir que todo homem tem consciência do que seria a justiça já em caráter à priori. Nessas questões, a visão de Jonh Rawls referente à justiça recebe um aspecto metafisico, e essa seria uma das criticas de Sandel a teoria da justiça de Rawls.
    Sandel afirma que a busca por uma sociedade justa deve ser feita ponderando sobre o conceito de vida boa e criando uma cultura pública que aceite divergências sociais intrínsecas ao racionalismo humano, sendo assim, impossível evitar discussões.

    RA 21073013

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  131. Há um curta-metragem chamado “Most-The Bridge”, produzido na Rep. Tcheca que vai de encontro às situações-problemas apresentadas por Sandel em sua primeira aula da série “What’s the Right Thing to Do”. A situação é muito semelhante, um homem deve escolher entre dois lados. O primeiro lado é composto por centenas de passageiros que estão dentro de um trem. O segundo lado, entretanto, não é como os operários de Sandel sob os trilhos (pessoas desconhecidas), é o seu próprio filho. Novamente podemos fazer uma relação entre a escolha do agente ativo e os raciocínios morais consequencial e categórico. Caso o homem escolha salvar as pessoas do trem, haveria predominância de uso do raciocínio moral consequencial, pois para a sociedade como um todo, seria muito melhor que centenas de pessoas fossem poupadas pelo preço da vida de um único garoto. Além do mais, certamente haviam mais garotos da mesma idade dentro do trem.
    Se o homem fizesse a escolha de salvar seu filho, ele faria uso, principalmente do raciocínio moral categórico, pois ele estaria levando mais em consideração seus valores morais como pessoa e como pai. Na minha opinião, não seria uma ação reprovável caso ele escolhesse salvar seu filho. Ele seria pressionado e ameaçado por todos os milhares de familiares e amigos das centenas de vítima do acidente, porém, do ponto de vista do indivíduo, eles seriam apenas desconhecidos. Por mais forte que fosse a indignação, não o atingiria com tanta força, porque não havia estabelecido nenhum tipo de vínculo com eles. Mas se por acaso, ele escolhesse sacrificar o filho, ele teria milhares de estranhos, de desconhecidos agradecendo, enquanto teria seus valores morais questionados por seus próprios amigos e parentes, passaria ser mal-visto por pessoas que ele já havia estabelecido laços, seria interrogado pelas pessoas que possui algum tipo de apreço para com elas.
    Eric Kenji Matsuyoshi - 21037013

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    Respostas
    1. Most - The Bridge (2003)
      Versão resumida: http://www.youtube.com/watch?v=fs3rRDWQw5w

      Versão completa: http://www.youtube.com/watch?v=jJ_tDVNLrnA

      Excluir
  132. Michel Sandel ao expor suas ideias apresenta grandes críticas ao liberalismo e a ideia de indivíduo gerada a partir deste, ele compreende o ser humano como inserido dentro de uma comunidade. Sandel também é um crítico de Rawls por não concordar com o modelo usado por ele, para Sandel, Rawls acaba se afastando muito da realidade fazendo da discussão sobre justiça algo abstrato, artificial e puramente teórico, não é possível ver a complexidade dos indivíduos e opiniões numa teoria como esta. A discussão sobre justiça tem que dar espaço para esta multiplicidade, como diferentes pessoas agem\agiriam em determinada situação, e deixar de lado pressupostos que afastam o debate da realidade. Outra crítica a Rawls está no fato deste se centrar no que é justo para o indivíduo e não o que é justo para a sociedade.
    Para o autor, pensar numa sociedade justa é pensar o que é uma vida boa, desenvolvendo uma cultura que aprenda a respeitar as diferenças e se esforce em diminuir as desigualdades.

    Jamile Queiroz Gomes - RA: 21047113

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  133. Não pensar no conceito “justiça” o tempo todo é impossível, vivemos em grupos diferentes, movidos por interesses claramente diferentes. Basta listarmos 3 coisas que vimos hoje que não achamos justas e ao mesmo tempo analisarmos a mesma premissa que nos levou a essa conclusão, por outras persperctivas.
    Em uma palestra que Sandel fez em Harvard, ele trata exatamente disso, em um jogo instigante mostrando como tratarmos um fator sob diferentes perserctivas, pode nos tornar agentes críticos.
    No livro “Justiça: O que é fazer a coisa certa”, Sandel demonstra seu pluralismo ideológico e sua concepção comunitarista, no sentido de ser adepto a uma cultura multilateral que aceite pontos de vista que se descordam.
    Michael Sandel afirma que a busca por uma sociedade justa deve ser feita ponderando sobre o conceito de vida boa e criando uma cultura pública que aceite divergências sociais. Para sermos justos deveríamos estar inseridos nos contextos espirituais e morais dos agentes das ações.

    RA: 21051713

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