Há uma ideia que é hoje consenso entre quase todos os teóricos da Filosofia Política. Todos chegaram a conclusão que o Socialismo, com sua proposta de estabelecer um modelo de relações econômicas entre as pessoas baseado na supressão da propriedade particular e de arranjos políticos fundamentados na igualdade política, acabou. E com isso, também entrou em
colapso a ideia de uma democracia igualitária. Somente dentro de algumas gerações, talvez, a humanidade encontrará energia para voltar a propor um modelo alternativo de pensamento político. O fato é que hoje, somente temos uma visão hegemônica para os arranjos políticos e econômicos. A democracia liberal, com sua proposta de economia de mercado e institucionalização da liberdade, venceu.
A hegemonia do pensamento liberal põe, entretanto, um grave problema para os intelectuais. Isto é, na falta de um pensamento alternativo, como fazer a crítica da democracia liberal? De uma forma geral só nos resta como caminho, a via das críticas menores, das pequenas escaramuças, incursões ofensivas parciais e ficamos perdidos no chamado cinturão de proteção e nos ataques às teses secundárias que protegem o miolo, o ‘hard core’, do pensamento democrático liberal.
O debate na Filosofia Política, entretanto, não chegou ao seu fim. E a busca pela grande objeção capaz de acertar o centro do pensamento liberal se torna cada vez mais intensa. Nesse esforço, os intelectuais tem encontrado inspiração na retomada das grandes questões fundamentais do espírito humano.
O fato é que existem dois conceitos que, desde a origem da chamada civilização ocidental e cristã, estiveram na agenda das preocupações intelectuais das pessoas e foram objeto de muitas investigações. Trata-se das idéias de Verdade e Justiça. O que é a Verdade? Em que condições o nosso conhecimento pode ser considerado verdadeiro? E ainda, o que é a Justiça? Quando é que nossas ações podem ser consideradas como justas? Conhecer e Agir; idéias e ações; epistemologia e ética, parecem expressar duas dimensões importantes da existência humana.
O conceito de Justiça tornou-se particularmente importante desde o início do século XX. E os parâmetros do debate contemporâneo sobre Justiça foram estabelecidos por Hans Kelsen. Na sua obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen alega que a discussão sobre a Justiça não pertence ao mundo das discussões da Ciência do Direito. Entretanto, ele constrói toda uma teoria da Justiça. Ocorre que, num primeiro momento, a "Teoria Pura do Direito" e as possibilidades de uma Ciência Positiva do Direito, ocupam os debates na Filosofia Política do início do Seculo XX. Posteriormente, as idéias de Kelsen sobre a Justiça ocupam o cenário dos debates, posto que não se consegue entender o Direito somente através de uma Ciência Pura do Direito. Nós precisamos da ideia de Justiça. Por outro lado, o conceito de Justiça pode ser entendido a partir de reflexões sobre o indivíduo, ou de considerações sobre a sociedade. Isto é, a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade dos indivíduos, ou na construção das condições de uma vida social bem sucedida. É nesse sentido que vem o debate entre Liberais (Isaiah Berlin, John Rawls, Robert Nozick, R. Dworkin) e os Comunitaristas (M. Walzer, M. Sandel, J. Habermas e C. Taylor).
"Teorias da Justiça" e uma disciplina com a qual se pretende introduzir os alunos nesse debate.
Walzer continua a crítica ao liberalismo, focando-se em Rawls. O autor propõe uma discussão de caráter abstrato, onde seria equivocado conceituar a justiça como algo fixo, com ideias como o Véu da Ignorância, a Posição Original, etc. Os indivíduos e, portanto, a sociedade têm valores que são passíveis de mudanças e a justiça permearia vários setores da sociedade - como a política, economia, questões religiosas... - as quais só estão em equilíbrio a partir do momento que estas convivem sem que haja sobreposição, ou preferência, de uma ou outra. Desse modo, uma sociedade não pode estabelecer um conceito de justiça como algo fixo, dado que a sociedade é uma aparelho que geralmente encontra-se em mudança. Com isso, ele acredita que a ideia de justiça se dará a partir do equilíbrio dos valores dos diversos setores e que convivam sem que haja uma sobreposição de um frente a o outro.
ResponderExcluirMichael Walzer admite em sua concepção de que existe uma sociedade, uma comunidade, porém esta para ele ainda mantém um traço de individualismo. Ele acredita que as diversas comunidades diferem entre si, cada um, então pode possuir sua teoria da justiça, pois elas são individualizadas.
Para Walzer, os bens - não apenas materiais, mas todas as necessidades da vida - deveriam ter uma distribuição equitativa entre todos. Os valores adotados na sociedade, derivariam de acordo com o contexto histórico que essa sociedade se deu e se encontra; então, estes são construídos por meio de vários acordos que vão se estabelecendo conforme este processo histórico ocorre; não seria uma imposição ou acordo estabelecido antes de constituir-se a tal sociedade.
Então, a partir de cada acordo que vai se estabelecido, os indivíduos podem concordar ou discordar de determinadas posturas adotadas, construindo, assim, os valores. Isso não levaria à pluralidade ideológica, mas uma grande igualdade maciça, moldada sob o aspecto de uma única vertente ideológica.
Michael Walzer adota, em sua análise, uma metodologia particularista para a avaliação das concepções de justo. Baseia-se na redução do escopo da análise aos casos particulares, de modo a compreender a realidade com um maior nível de detalhamento, para que se possam fazer inferências acerca da justiça ou injustiça de determinada ordem social. Desse modo, o autor leva o debate de teorias da justiça para dentro das particularidades nas quais a temática se insere, as definidas "esferas da justiça". Instituições políticas, religiosas, culturais, familiares, públicas e privadas abarcam as esferas de justiça, que ora demandam uma análise com alto grau de particularidade, ora se inter-relacionam demandando uma visão sistêmica para melhor compreensão do todo.
ResponderExcluirWalzer afirma também que os bens sociais não possuem um significado natural bruto em todos os lugares, pois tais bens podem ser interpretados de diferentes formas em diferentes comunidades. Considera de fundamental importância a comunidade na qual o indivíduo está inserido para avaliar a melhor forma de obtenção da justiça. Para ele, os “significados sociais” e os valores de cada indivíduo são comunitários, ou seja, não podem ser criados pelo indivíduo isolado, mas somente pela sociedade.
Dessa forma, uma sociedade justa, para Walzer, é uma sociedade onde nenhuma esfera se sobreponha à outra, ultrapassando os limites de influência de cada esfera. E a justiça seria a divisão igualitária dos bens dentro da esfera, sem perder de vista que essa divisão tem que corresponder aos princípios particulares de cada esfera.
Além disso, Walzer faz uma crítica à teoria de Rawls. Segundo o autor, a teoria da justiça de Rawls desvincula o agente do seu “eu”. Para Walzer, os métodos propostos para se alcançar a justiça, como o véu da ignorância, geram uma abstração no agente que desfavorece a obtenção da justiça. Pois a justiça que se alcançaria através desse método não teria serventia para a sociedade, já que desconsideraria o fato de o indivíduo estar inserido em uma sociedade, o que, como mostrado, para o autor é crucial para a obtenção de justiça, pois essa deve ser concebida levando-se em consideração as tradições e a comunidade da qual o agente faz parte.
Michael Walzer difere-se dos demais autores quanto a sua postura, sendo esta centrada no caráter coletivista, e não individualista. Isto é, para ele está muito presente a ideia de que vivemos em comunidade, sendo isto fundamental para o ser humano. Portanto, pode-se classificá-lo como um comunitarista, no entanto, ele admite a capacidade de entendimento de justiça por parte do estudo do indivíduo.
ResponderExcluirO autor alega que o papel da justiça vincula-se às diversas moralidades de diferentes comunidades, e não sua concentração em uma comunidade específica. Portanto, diversos tipos de justiça podem ser determinados.
Desse modo, pode-se dizer que o indivíduo modifica seu modo de agir em cada situação, e, por isso, os critérios de justiça não são os mesmos para cada uma delas. Ou seja, às vezes o que é válido para uma comunidade, não é válido para outra. Partindo desse pressuposto, para o autor as injustiças ocorrem quando uma esfera se sobrepõe à outra, uma vez que cada ambiente tem seu próprio sistema de valores, sendo o único modo de compreender a justiça o estudo do funcionamento e as particularidades dessa sociedade, analisando as relações internas e externas a ela, justamente para que não haja a sobreposição de uma sobre a outra.
Walzer diz que as filosofias políticas se afastam das abstrações, pois devem compreender a realidade. Sobre as concepções de bens, ao contrário do que pensa Rawls, para o autor deve-se analisar as diferentes concepções. A justiça não é única, existem diferentes significados, e o equilíbrio ocorre de acordo com a interpretação interpessoal.
Além disso, para o autor existe uma “igualdade complexa”, que se difere da igualdade simples, pois aquela abrange as particularidades de escolhas, enquanto esta é ilusória.
Portanto, a justiça seria aquela capaz de proporcionar o equilíbrio, sendo sua análise feita por meio do questionamento das relações e seus respectivos entendimentos acerca dos valores fundamentais.
Uma busca pela distribuição igualitária dos bens. Essa distribuição é que levanta possíveis questões acerca de justiça social. A justiça é inserida dentro de um padrão moral.
ResponderExcluirWalzer acredita que a sociedade que os homens habitam funciona de forma distributiva, logo, é necessária uma distribuição justa, porém, deve ser levado em consideração qualquer distinção entre qualquer coisa que estiver em jogo nesta distribuição. Além de manter uma relação aos valores históricos e culturais de cada sociedade.
Para manter esta distribuição e seu sucesso, a ideia proposta é uma manutenção baseada em constantes diálogos.
Walzer defende a valorização da comunidade, do seu espaço, além da responsabilidade social. Ele também não acredita que seja possível criar qualquer tipo de teoria da justiça que tenha como princípio a característica universal. Afinal, como já foi dito, há particularidades, o alvo é o bem estar, mas estas diferenças não podem ser ignoradas.
Isabel S. Klug - 21068913
Michael Walzer defende que a construção de uma teoria de justiça distributiva deve sempre ser relativa aos valores históricos e culturais de cada comunidade em particular.
ResponderExcluirA teoria de justiça de Walzer começa dizendo que os homens vivem em uma comunidade distributiva, logo, a ideia de justiça social tem a ver não só com a produção e o consumo, mas também com o processo de distribuição dos bens sociais.
Para Walzer, essa distribuição não se dá de maneira fácil, de modo que não há apenas um bem social, assim como não há apenas um critério de distribuição ou um única fonte de distribuição.
Muito pelo contrário, a vida em comunidade revela uma grande variedade de bens sociais, com diferentes agentes distribuidores e diferentes critérios de distribuição. Assim qualquer sistema distributivo que não colocar em pauta essa complexidade de fatores não conseguirá alcançar a realidade da pluralidade humana. Além disso, a escolha dos princípios que regulam esse sistema distributivo deve ser feita levando-se em consideração o particularismo de cada comunidade, suas características históricas e culturais. Para Walzer, esse seria o principal problema da teoria da justiça de John Rawls, já que ela parte do princípio de que os princípios de justiça seriam escolhidos por pessoas ignorantes quanto à própria situação particular de vida, sob o véu da ignorância e elaborando assim construindo a posição original. Como ele diz: “Quero defender mais do que isso: que os princípios de justiça são pluralistas na forma; que os diversos bens sociais devem ser distribuídos por motivos, segundo normas e por agentes diversos; e que toda essa diversidade provém das interpretações variadas dos próprios bens sociais – o inevitável produto do particularismo histórico e cultural.”
Brenda Bela - RA: 21036513
ResponderExcluirA desigualdade é um dos pilares da teoria de Walzer. Por isso, critica o liberalismo, afirmando que este é uma teoria incompleta. Insuficiente, antes de tudo, porque desconsidera a desigualdade. Para Walzer, falta ao liberalismo reconhecer a devida importância às associações involuntárias que, marcadas pela desigualdade, são as principais protagonistas da política multicultural. Para Walzer, o liberalismo é uma prática política ‘defeituosa’ já que nas suas deliberações, os participantes raramente abordam a experiência concreta da desigualdade ou a luta contra ela.
Face às insuficiências do liberalismo convencional, a proposta de Walzer é produzir um liberalismo, por meio da correção comunitarista. Na teoria da justiça que formula, Walzer também considera centrais a diferença e o pluralismo. Tratando do tema na obra Esferas da Justiça em que rechaça a busca por um princípio universal de justiça e sustenta a justiça como uma criação de uma comunidade política determinada em um dado momento também determinado, que a interpretação da mesma parte dessa comunidadePre.tende, nesse livro, descrever uma sociedade que seja igualitária, mas de um igualitarismo compatível com a liberdade, ‘na qual nenhum bem social sirva ou possa servir de dominação.’
Em uma concepção liberal de justiça, o sujeito coloca-se na posição original, como propõem Rawls em sua obra ‘Uma teoria da justiça’ e pergunta-se quais são os arranjos que beneficiam os possíveis planos de vida. Walzer sustenta que essa postura liberal é incapaz de garantir uma repartição dos bens verdadeiramente justa e igualitária. O resultado seria a permanência de um certo tipo de valores no âmbito da política e da moral, os quais iriam sobrepor os valores e os interesses de pessoas que não compartilhasse deles. O resultado seria a anulação das minorias ou maiorias subordinadas e dominadas por quem tivesse o monopólio ou dominasse determinados bens sociais. Walzer cria uma teoria da justiça para evitar o monopólio de bens sociais, essa teoria é baseada em dois pilares: a igualdade complexa e a autonomia distributiva.
Essa igualdade complexa citada em sua obra contrapõe-se à igualdade simples do liberalismo (onde Rawls constroí seu senso de justiça). Walzer faz questionamentos a igualdade de oportunidades, onde e para quem deve se dar essa igualdade pretendida? Não basta apenas a igualdade de oportunidades, é necessário levar em conta o processo histórico, cultural e social da comunidade.
Com essas críticas, Walzer apresenta a sua proposta de igualdade complexa. Trata-se de uma situação ou condição social na qual nenhum grupo de pessoas domina, sob um parâmetro ou pressuposto único, o processo de distribuição de bens sociais. Nas palavras de Walzer, a igualdade complexa: ‘Define um conjunto de relações de modo que torne impossível o predomínio. Em termos formais, a igualdade complexa significa que a situação de nenhum cidadão em uma esfera ou com relação a um bem social pode definir sua situação em qualquer outra esfera, com relação a qualquer outro bem.’
Feita a análise do material proposto para esse tema “Justiça e Abstração” segundo as linhas de pensamento de Michael Walzer, deixo aqui minhas considerações.
ResponderExcluirWalzer afirma que o sucesso de determinados agentes no âmbito econômico não deve permitir que estes sejam também bem sucedidos no âmbito político. Uma desigualdade, para Walzer, não pode dominar outras esferas, pois as teorias da justiça devem ter como base alguns princípios de distribuição igual de bens.
O autor não concorda com a ideia de Rawls de que a justiça deve buscar padrões morais iguais para todas as sociedades/grupos e a partir disso afirma que cada comunidade/grupo deve buscar uma justiça adequada à sua cultura/tradição. Nesse ponto, Walzer afirma que o direito em si pode ser interpretado/julgado de diferentes modos de acordo com a cultura de determinada comunidade/grupo. Para ele não há um conceito/definição de justiça que possa ser adotada em todas as comunidades. Por isso Michael Walzer coloca que a construção/entendimento de uma teoria sobre a justiça distributiva deve buscar se sempre relativa a determinados valores históricos e culturais de cada sociedade.
Outro ponto importante abordado por Walzer é de que há várias esferas de justiça, como o Estado, o político, o público, a igreja, o saudável, o educacional, o privado.
Lothar Schlagenhaufer
Michael Walzer, autor comunitarista, criticou amplamente a teoria de Rawls. Para o autor, as ferramentas propostas por Rawls para se chegar à justiça, como véu da ignorância e a posição social, colocam a discussão sobre a mesma em um nível que distancia-se da sociedade real, tomando um caráter abstrato. Através desses meios, a justiça obtida não serviria para a sociedade pois seria distorcida, já que não levaria em conta o fato do indivíduo fazer parte de um todo. Walzer afirmava que a justiça deveria ser concebida levando em consideração as tradições e a comunidade na qual o ser humano está inserido. Aponta que por comunidades diferentes terem costumes distintos, Rawls estava incorreto ao propor que o conceito de justiça seria o mesmo para todos.
ResponderExcluirOutro ponto importante na teoria de Walzer é o papel dos princípios de uma distribuição igualitária de bens. A concepção de bens, para ele, ultrapassa a ótica materialista e coloca todos os aspectos que os indivíduos devem possuir para que se alcance o modo de vida necessário.
Morgana B. Alves Ferreira
RA 21036213
Para Michael Walzer, justiça e igualdade estão conectadas, então a justiça legal quer dizer a igualdade antes da lei; significando que, se você provém de uma família rica, ou que tem conexões, ou se é famosa, isso não te trará nenhum tratamento especial (o que significa que a justiça legal é rara nesse mundo), mas é essa a concepção de justiça legal. A justiça política significa que: uma pessoa possui um voto, ter o direito de se posicionar politicamente, e falar abertamente sobre política, de organizar assembleias, etc.; são todas as características de cidadania que tornam uma política democrática possível, e, justiça social é a igualdade de oportunidades, a abertura do sistema social e do sistema econômico para ambição e competência e significa a ausência de grandes desigualdades que distorçam a justiça legal e a justiça política.
ResponderExcluirAndressa Alves - 21081013
A obra de Walzer inicia com um adendo, dizendo que cada ser humano é único como indivíduo, mas que em sociedade eles são diferentes porém semelhantes ao mesmo tempo, dependendo o aspecto a ser analisado, e isso pode ser um problema quando se fala em igualdade.
ResponderExcluirWalzer acredita que uma sociedade completamente igualitária só se mantém caso exista um Estado extremamente repressor, capaz de manter a igualdade entre os indivíduos. Tal Estado teria que reprimir toda e qualquer particularidade individual, porém nem sempre a igualdade literal é a considerada ou a requerida.
Por isso, o autor é defensor do igualitarismo político, o que não acarretaria numa eliminação total das diferenças individuais, e sim, de certo conjunto delas, como as diferenças que permitem a opressão de um grupo sobre outro. Então, esse igualitarismo político objetiva uma sociedade livre da superioridade.
A nossa sociedade é considerada como distributiva, devido à distribuição de bens, de trabalho, informação ou produtos, por isso Walzer propõe a Justiça Distributiva. O autor não fala de uma forma ideal de distribuição, mas ele considera a distribuição plural de bens sociais nas diversas formações sociais, e como uma solução, o autor fala que tal distribuição não precisa ser feita apenas pelo Estado, mas que outras instituições também. apresentam forte influência nessa questão, como a familiar ou a religiosa.
A obra também apresenta uma crítica a Rawls na questão do processo de definição do contrato social, considerado a posição original e o véu da ignorância. O autor critica afirmando que esse processo é equivocado, pos dificilmente pessoas na posição original defenderiam a mesma posição depois de inseridas na sociedade, após adquirir seus próprios bens e valores, e que as pessoas escolheriam em situações reais. Ele acredita ba existência de mais de um tipo de justiça, justificado pelas diversidades culturais e sociais, e não a um único tipo universal.
Danielle Yamaguti
21080813
Crítico de Ralws, Walzer desevolve uma crítica a ideia de universalidade nas ideias apresentadas, ou seja, fundamentos do dever e das normais morais seriam aplicados em todas as sociedades, buscando a sobreposição dos direitos indivíduais aos direitos coletivos. Essa imposição de tal modo de agir universalmente pode ir contra a cultura de comunidade política. Segundo Walzer, existe inúmeras sociedades com muitas culturas diferentes trazendo a palavra "direito" um novo significado em diferentes lugares. Então, sendo assim, uma estrutura universal não iria conseguir conter e abranger tal variedade, porque cada esfera de justiça tem diferentes demandas sociais.
ResponderExcluirWalzer se preocupa com a "humanidade mais justa e com proteção dos direitos humanos, valorizando a comunidade da comunidade e espaço público". A justiça vem junto com a pluralidade, englobando valores da comunidade, que varia de tempo em tempo, de comunidade pra comunidade.
Concluí-se, que os bens sociais - dinheiro, eudcação, liberdade, oportunidade, saúde e direitos - não possuem o mesmo significado. Assim, o processo de distribuição depende do significado social de cada bem, pois quando esse significado é diferente, para cada bem social é criado uma esfera de justiça. Então haverá métodos de distribuição e agentes próprios para cada esfera.
A justiça irá ocorrer quando o processo distributivo não se sobrepor uma esfera sobre a outra, em que a sociedade seria livre da superioridade.
Walzer desenvolve uma teoria relativa aos valores históricos e culturais de cada comunidade. Ele afirma que a justiça é um padrão moral, que deve ser concebido e avaliado no contexto das tradições nações e sociedades em particular. Existem diferentes esferas de justiça: o estado, a igreja, o econômico, o político, entre outros, e é necessário que elas estejam em equilíbrio, que nenhuma se sobreponha a outra.
ResponderExcluirNo caso da desigualdade econômica, para ser relacionada com o pensamento de Michael Walzer, primeiro temos que pensar como se daria um pensamento de moralidade econômica seguida pelos conceitos de Rawls.
Uma sociedade avançaria se todos os indivíduos dela adotassem uma posição original. Em outras palavras, a sociedade se daria na forma em que cada um de nós deseja desde que saiba com antecedência que um véu da ignorância é necessário.
Walzer parte de uma definição em que o sucesso no domínio econômico de algumas pessoas não deve permitir que estas sejam também sucedidas no campo político. Na prática isso pode ser notado pelas diversas desigualdades da sociedade. A justiça e igualdade, em diversos países, também são dadas em grande parte por conta da função da riqueza. Assim, esta estratificação econômica cria mais rigidez e barreiras, e como consequência se cria mais desigualdades em uma sociedade. Como resultado, impede mobilidade de pessoas para igualdade de oportunidade em esferas não econômicas. Estas barreiras são assim porque o sistema coloca dessa forma. O pensamento de Rawls seria falho nesse sentido, porque se deve adotar uma postura onde que não haja influência de uma esfera para outra. A influência poderia criar mais desigualdades.
Então, uma teoria da justiça social deve fornecer princípios igualitários de distribuição de bens. Na visão do comunitarista, a distribuição não é somente de coisas, como Rawls fez. Mas as questões de justiça social surgem da distribuição de bens específicos e, quase sempre, com diferentes sentidos, em diferentes sociedades. Elas são bens característicos de cada comunidade. Cabe ressaltar que bens para Walzer não possuem uma concepção apenas materialista, mas coloca todos os aspectos que as pessoas devem possuir para que se alcance o modo de vida necessário. Walzer leva muito em consideração a comunidade em que o agente está inserido para avaliar a melhor forma de obtenção da justiça, assim como todo bom comunitarista. Para ele os “significados sociais” e os valores de cada indivíduo são comunitários, ou seja, são criados não sociedade e de modo algum poderiam se dar em um individuo sozinho.
Para ele, Rawls comete um erro ao dizer que a dinâmica da comunidade deva ser observada a partir da razão abstrata, além de desenvolvida a partir de padrões abstratos e utópicos que seriam identificados como princípios. Pondera que deve haver esferas de justiça que contemplem as diferentes demandas sociais, e coloca que o debate e o convencimento pacífico são a melhor forma de promover o diálogo entre as esferas.
RA: 21019613
Michael Walzer, nascido nos Estados Unidos, acredita que não existe um conceito definido para o que chamamos de Justiça, isso se da ao fato de que o conceito de Justiça varia de acordo com a sociedade no qual esta inserida. Para este autor a justiça varia de acordo com os conceitos relacionados à moralidade e as tradições de uma determinada sociedade. Walzer destaca o que chama de bens primários sendo eles: saúde, moradia, renda, educação e direitos, e diz que eles só podem ser compreendidos na esfera social, resumidamente isso significa que estes bens adquirem diferentes significados de acordo com a sociedade escolhida.
ResponderExcluirWalzer toma como ponto central da sua filosofia a ideia de que existe diversidade cultural entre as sociedades. As pessoas se dividem em comunidades, com as quais possuem uma certa identificação e também possuem opiniões especificas e individuais a cerca de determinados assuntos. O fato é que este autor quer dizer que os indivíduos de uma sociedade possuem diferentes valores, e a partir destes valores, cada pessoa é capaz de formular suas próprias interpretações sobre as ações humanas, por fim se torna impossível construir uma única teoria e um único conceito de justiça para todas as sociedades, pois existem muitas diferenças entre os indivíduos de cada uma.
Walzer considera extremamente importante a comunidade a qual o indivíduo pertence para avaliar a melhor forma de se conquistar a justiça. Para ele, os tradições e os valores de cada pessoa são comunitários, sendo assim, não são criados pelo indivíduo isolado, e sim pela sociedade como um todo.
Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA:11131211
Michael Walzer prosseguiu com a crítica ao liberalismo, para isso propondo uma discussão de caráter abstrato, sendo equivocado fixar conceitos como a justiça. Difere das posturas dos demais autores, por ser considerado um comunitarista (isto fundamental ao indivíduo), mas concebendo a idéia de justiça por parte do estudo dos indivíduos, além de acreditar que por haverem diferentes comunidades, elas podem conceber suas teorias de justiça.
ResponderExcluirPor entender que a sociedade e os indivíduos tem valores que podem ser alterados, variando com o contexto histórico, deste modo não se pode estabelecer um conceito de justiça como fixo. A justiça permearia os setores da sociedade as quais só estão em equilibrio quando não houver preferência de uma em detrimento de outra. Caso uma de esfera se sobrepõa a outra, ocorre injustiça.
Além disso, os bens devem ser distribuidos para todos de forma igual, além dos indivíduos terem Liberdade para concordarem ou discordarem das posturas postas, construindo os valores.
Luana Alice Forlini RA:21046313
ResponderExcluirNa sua teoria, Walzer, assim como Sandel, procura levar ao leitor uma critica ao liberalismo, principalmente à Rawls e sua ideia de distribuição mais abstrata, trazendo sua concepção sob um ponto de vista mais focado nas diferentes distribuições, na pluralidade que forma as sociedades e nas desigualdades causadas por esta.
Por isso, segundo o autor, leis universais não seriam eficazes nesse contexto. Assim, ele procurar analisar a justiça em espera separadas. E, compreendendo essas esferas (esfera cultural, religiosa, etc) seríamos capazes de conceber de uma forma melhor a justiça como um todo, buscando entender como as interações em cada esfera funcionam e como uma pode interferir na outra.
Enfim, a distribuição igualitária e a justiça devem ser pensadas levando em consideração o aspecto histórico e cultural, pois estas definem a sociedade e os indivíduos que nela estão presentes e, nessa lógica, definiria os bens provenientes dela também.
Walzer como como comunitarista defende que para a formação de uma teoria da justiça devem ser considerados os valores históricos e culturais das comunidades, pois para ele não há como estabelecer uma teoria da justiça fundamentada em princípios imparciais e universais, tampouco com base em abstrações e projeções sem considerar a influência do contexto e de aspectos culturais.
ResponderExcluirEste autor é a favor da proteção dos direitos humanos, da valorização da comunidade, da responsabilidade social, bem como a favor da distribuição de bens, parte fundamental de uma sociedade justa.
Os bens sociais são múltiplos e cada tipo de bem social possui especificidades que devem consideradas para que a distribuição seja realmente efetiva. Isto se dá dessa forma porque o processo distributivo depende do significado social de cada bem, com significados diferentes, cada bem social passa a integralizar uma esfera da justiça, que possui normas, métodos e conceitos próprios, sendo assim a justiça distributiva só pode ocorrer quando é levada em conta a lógica interna de cada esfera.
Walzer assim como outros comunitaristas já vistos no curso, propõe evitar que uma esfera social venha a sobrepujar a outra. Ele propõe um igualitarismo distributivo em que não exista uma hierarquização entre as esferas ou a ideia de superioridade entre elas, no qual através do debate público são apuradas as necessidades mais relevantes para cada comunidade em particular, a fim de que seja alcançada a justiça social.
Em síntese a intenção de Walzer é conceber uma sociedade na qual o bem social em nenhuma hipótese sirva à dominação. Walzer não vê essa sociedade como uma projeção ou como utópica, ele acredita que está é uma sociedade ideal e possível.
Rose de Paula
RA - 21069412
Walzer assim como os demais comunitaristas busca realizar uma critica sistemática ao racionalismo iluminista e demonstrar a inutilidade de encontrar princípios universais frutos da razão abstrata. Para ele a razão nada mais é que uma ferramenta, mas o que é determinante de fato é o conteúdo do debate em questão.
ResponderExcluirEste debate deve ser buscado em uma racionalidade mais orgânica, baseada nas diversas manifestações culturais, respeitando-se os direitos humanos, a pluralidade de ideias e pensamentos, evitando uma hierarquização autoritária. O debate democrático no interior da comunidade deve se desenvolver e como fruto deste devem emergir os princípios de justiça culturalmente construídos pela comunidade.
WANDERSON COELHO PINHEIRO 21031713
Walzer propõe uma discussão abstrata considerando a justiça como um equilíbrio de valores, sendo errado pensar em justiça com conceios fixos, pois, a sociedade é algo que está em constante mudança. Portanto, o véu da ignorância e a posição original defendida por Rawls, não estaria correta.
ResponderExcluirO equilíbrio se daria em todas as esferas da sociedade para que nenhuma sobreponha a outra e os valores seriam construídos conforme um processo histórico, por meios de acordos e não da imposição de algum grupo ou classe dominante. Assim, todas as coisas essenciais para a vida humana deveriam também ser distribuídas igualmente entre todos.
Esse posicionamento, trás ao indivíduo possibilidade de contestação social dos acordos estabelecidos, mas a mudança desses se daria pelo convencimento de que sua ideia é melhor do que a vigente.
Natália de Lima Pereira 21016913
Michael Walzer, assim como seu xará Sandel, tece critica a Rawls (talvez porque Rawls tenha sido um marco nas discussões sobre justiça que sua obra é motivo de inúmeras críticas). Novamente, a principalmente critica está na abstração feita por John. Desta vez, a abstração de Rawls diz respeito a distribuição igualitária e por ser uma concepção abstrata, seria impossível pô-la em prática. Em contra partida, Walzer faz essa discussão acerca da distribuição igualitária no mundo real. O autor reconhece que tal distribuição não se dá de maneira simplista e fácil, na medida em que existem inúmeros bens sociais que precisam ser distribuídos igualitariamente. Para Walzer, qualquer sistema distributivo que não coloque em pauta essa complexidade de fatores não conseguirá alcançar a realidade da pluralidade humana. É fundamental, para Walzer, que a distribuição igualitária seja feita a luz da cultura de cada sociedade, visto que o individuo, a sociedade e os bens sociais não podem ser analisados separadamente. Esta frase da obra de Walzer sintetiza a ideia central deste comentário: “[...] os princípios de justiça são pluralistas na forma; que os diversos bens sociais devem ser distribuídos por motivos, segundo normas e por agentes diversos; e que toda essa diversidade provém das interpretações variadas dos próprios bens sociais – o inevitável produto do particularismo histórico e cultural.”
ResponderExcluirMatheus Nunes de Freitas RA 21031213
Grupo:
ResponderExcluirAlexandre S.M Pereira 21070513
Gabriel Falchi 21081113
Kevin Rossi 21071613
Michael Walzer, autor comunitarista, critica amplamente a teoria de Rawls. Segundo Walzer a teoria de justiça de Rawls abstrai e desvincula o agente do seu “self”. Para o autor, as ferramentas propostas por Rawls para se chegar à justiça, como o véu da ignorância e a posição original, produzem uma abstração no agente que não favorece a obtenção de justiça, pois a justiça que se chegaria através desse método não serviria para a sociedade, seria uma justiça distorcida, pois não levaria em conta o fato do indivíduo estar inserido em uma sociedade, fato importante, segundo o autor, para a obtenção de justiça, pois segundo Walzer a mesma deve ser concebida tendo em vista as tradições e a comunidade que o agente está inserido.
ResponderExcluirWalzer constrói uma teoria de justiça com o objetivo de criar princípios que proporcionem uma distribuição igualitária de bens. No prefácio de sua obra ele diz com clareza que escreve o livro para descrever uma sociedade onde nenhum bem sirva como meio de dominação. O autor não cria uma receita para esta distribuição devido ao respeito pelas diferenças e particularidades presentes em cada sociedade. Assim, ele chega a conclusão de que a distribuição de bens não pode acontecer de fora para dentro, não pode ser coordenada. Os motivos internos devem conduzir a distribuição, pois, desta forma, se evitará a dominação.
Sara Aparecida de Paula RA: 21041713
ResponderExcluirWalzer tem um foco nos social goods (bens sociais) e na sua distribuição, sendo a geradora dos principais questionamentos da justiça social. Ele, assim como Michael Sandel, é comunitarista e faz críticas a aspectos da teoria liberal de John Rawls, critia sua teoria do véu da ignorância
Entra novamente em questão a importância do papel das comunidades e das tradições na construção na concepção de justiça, e ele propõe que os bens sociais devem ser distribuídos de formas diferentes, já que dependem do formato de cada sociedade, esta que tem diferentes esferas de justiça (econômica, igreja, política), e para se ter uma sociedade justa, é necessário que elas entrem e um diálogo a fim de entrar em um consenso, porém isso parece ser algo um pouco distante da realidade, já que pode haver várias divergências, teriam que estar muito bem conectados e lutando pelo melhor possível.
Michael Walzer é um defensor da ideia de que a construção de uma teoria da justiça que possa ser distributiva deve ser relativa aos valores históricos/culturais de cada sociedade em separado.
ResponderExcluirEm sua teoria da justiça, o autor começa dizendo que os homens vivem em uma comunidade distributiva, ou seja, a ideia de justiça social tem a ver não só com a produção e o consumo, mas também com o processo de distribuição dos bens sociais. Walzer não considera que tal distribuição seja uma tarefa simples, considerando que não existe apenas um bem social, e também não existe apenas um único critério e fonte de distribuição. Contrariamente a isto, viver em comunidade revela uma gama de bens sociais, com diversos critérios de distribuição e diversos agentes distribuidores. Dessa forma, qualquer sistema de distrubuição que não colocar em pauta essa complexidade de fatores, não conseguirá alcançar a realidade da pluralidade humana. Além disso, a escolha dos princípios que regulam esse sistema distributivo deve ser feita levando-se em consideração o particularismo de cada comunidade, suas características históricas e culturais.
Como o próprio autor diz: “Quero defender mais do que isso: que os princípios de justiça são pluralistas na forma; que os diversos bens sociais devem ser distribuídos por motivos, segundo normas e por agentes diversos; e que toda essa diversidade provém das interpretações variadas dos próprios bens sociais – o inevitável produto do particularismo histórico e cultural.”
Aline B. Silva - RA 21080413
Caroline Aguiar de Siqueira
ResponderExcluirRA 21055413
Em sua análise, Michael Walzer adota uma metodologia particularista para as avaliações de justiça. Isso quer dizer que o padrão moral analisado deve ser compreendido e observado diante das tradições da sociedade em particular, que contextualizam o que será estudado.
A metodologia de Walzer é, essencialmente, a redução do alvo da análise aos casos particulares, compreendendo a realidade com maior detalhamento, para que sejam feitos pressupostos a respeito da justiça de determinada ordem social. Assim, Walzer leva a questão para dentro das “esferas da justiça”. A justiça compreende diversas esferas. Algumas dessas exigem uma análise com alto grau de particularidade, mas algumas vezes é exigida uma visão sistêmica para uma melhor compreensão. Assim, a única opção é adaptar o modelo interpretativo ao contexto do debate, aproximando-se dos significados sociais atribuídos às situações concretas, abrangidas por tal análise.
Walzer em sua teoria mostra a necessidade de se formar uma esfera que abranja as diferentes esferas de justiça da sociedade, como por exemplo: a Igreja, o Estado entre outros. Essa esfera maior seria responsável pela organização de todas as outras menores, para que nenhuma seja mais beneficiada do que as outras e para que haja um consenso entre elas.
ResponderExcluirO autor critica a visão de Rawls, pois assim como Sandel, ele não acredita que um indivíduo possa se desvencilhar totalmente de seus valores, cultura, ou crenças. Para ele, uma sociedade cria conjuntamente seus valores. Mas é necessário que se faça uma análise individual de cada cidadão, pois cada um possui sua própria visão de mundo e seus conceitos a respeito de assuntos que afetam o coletivo como a justiça.
RA 21072613
ExcluirMichael Walzer além de ser um critico do liberalismo filosófico, é um dos precursores do comunitarismo. Em sua concepção uma teoria completa de justiça não consiste na proposição de que “as pessoas têm direitos”, pois embora tenham direito à vida, à liberdade (....) essa afirmação tem um caráter genérico. Isso porque os direitos decorrem de conceitos compartilhados de bens sociais, sendo locais e particulares.
ResponderExcluirA melhor teoria da justiça para Walzer é a distributiva de bens sociais e esferas de distribuição. Contudo, não podemos dizer que uma sociedade é boa porque nela os bens são distribuídos com justiça, visto que se temos duas sociedades igualmente justas não se pode afirmar qual delas é a melhor.
A designação no que é relativo a distribuição deve considerar o modo de vida, a forma como as pessoas se relacionam e quais são os meios pelos quais essa distribuição acontece, porque isso é fundamental para caracterização de uma sociedade, na ausência desses fatores que constituem a mesma, a sociedade não existe e por isso não pode ser considerada justa.
Para Walzer somos iguais na medida em que somos criadores de cultura e como não é possível classifica-la cabe à nós apenas respeitar nossas culturas.
Quando o autor fala sobre abstração é no sentido de que não devemos abandonar nossas experiência em função da abstração, mas que devemos submeter a experiência à abstração.
Walzer afirma que o Estado atual não é protetor de homens e mulheres, pois não oferece condições dignas de vida aos mesmos, e por isso seus cidadãos buscam um sentindo de vida na comunidade, que é um âmbito privado.
O conceito central de sua obra é o de “igualdade complexa”, e para demarcar o conceito “igualdade” sua obra em questão busca responder: “ Em que aspectos somos todos iguais”?
A desigualdade não é o saldo da existência de ricos e pobres, negros e brancos, mas do que cada um faz ao outro que acarreta na mesma. O ideal de igualdade é originado pela experiência de ser subordinado, fazendo com que todos objetivemos as mesmas posses, que desejemos ser iguais. Por isso, ele defende o fim da superioridade de uns sobre outros, o fim do bem social enquanto meio de dominação. Sem delimitar o que seria uma sociedade ideal, nos sugere um igualitarismo compatível com liberdade. O monopólio dos bens não deve, para ele, ser eliminado, mas seu domínio deve ser diminuído.
Para concluir cabe afirmar que pela importância do conceito igualdade complexa na obra do autor, me limitarei a dizer que a mesma compreenderia eu ter um bem social e você não ter, mas essa minha posse não acarretar que automaticamente eu tenha outros bens sociais e você não. Ademais, esse conceito propõe a negociação coletiva, administração cooperativa dos conflitos profissionais, o “rodizio nas atividades” e etc.
21065313
PS: Para além dos textos indicados, o trabalho que segue foi empregado como apoio para a elaboração do meu comentário.
http://www.uniritter.edu.br/eventos/sepesq/vi_sepesq/arquivosPDF/27344/1882/com_identificacao/trabalho.pdf
M. Walzer em sua obra faz uma crítica ao livre mercado dizendo que este é incapaz de exercer uma distribuição de bens completa, ao mesmo tempo que faz uma crítica ao Estado e suas autoridades por não articularem um unico ponto entre a distribuição de bens e os valores morais vigentes.
ResponderExcluirSua teoria é sobre a distribuição justa dos bens sociais em uma comunidade. De acordo com Walzer, o que determina a distribuição de bens em uma sociedade é a sua criação e idealização, assim como o significado e a representação que é atribuida a estes, segundo os valores morais de cada sociedade. A partir disso, levando em consideração o contexto social e cultural, pode-se analisar se a distribuição é justa ou injusta.
Walzer traz a questão de como através da história os diferentes acordos políticos e as diferentes ideologias, legitimaram e legitimam as diferentes distribuição de bens sociais. Isso fica claro quando o autor trata sobre o domínio e o monopólio, através de diversos exemplos históricos. O domínio diz respeito a um bem social dominante, que subordina diversos bens ao seu valor. Seu valor, não obstante, é mantido pela força do grupo de pessoas que
o possui, estabelecendo um monopólio sobre ele. Isso permite com que esse grupo seja dominante sobre os individuos de uma sociedade. É possivel fazer uma aproximação entre Walzer e Marx, uma vez que a posse do bem dominante significa a supremacia de determinado grupo e a distribuição deste bem como mediador das relações sociais (na teoria de Walzer). Em Marx o bem dominante seria os meios de produção da sociedade capitalista.
Ainda sobre o vídeo disponibilizado aqui, Walzer fala sobre situações de guerra como genocídios. A crise dos valores morais como liberdade,respeito à vida, está no fato de haver uma violação destes e não haver nenhum tipo de ação por parte do Estado para conte-las e extingui-las. Para Walzer somente o Estado tem capacidade de exercer tais ações.
RA:21070513
Michael Walzer , assim como Sandel, é um crítico do liberalismo e adepto ao comunitarismo.
ResponderExcluirEle diz que vivemos em uma comunidade distributiva, por isso a justiça social deve ser baseada na distribuição dos bens sociais.
Segundo o autor, existem vários tipos de justiça que podem ser determinados, para vários tipos de comunidades.
O individuo muda seu proceder em diferentes situações, assim como os conceitos de justiçam variam em cada situação.
Com isso, o que é correto e justo para um comunidade, pode ser incorreto e injusto para outra. E quando uma esfera tenta se sobrepor a outra, ali acontece a injustiça. É preciso entender como as diferentes esferas funciona, poderíamos ter uma melhor compreensão de justiça.
O que ele propõe é o igualitarismo político, em que as diferenças que permitiriam que houvesse opressão de uma comunidade sobre outra tem de ser eliminadas.
A justiça teria como objetivo o equilíbrio. A correta distribuição de bens evitaria qualquer tipo de dominação.
Erika Mendes 21027413
Lara Silva Obana RA: 21073413
ResponderExcluirWalzer foca sua atenção no indivíduo e combate a noção de que todos anseiam pelos mesmos direitos e devem ser submetidos a um único código de deveres no momento em que propõe uma teoria de justiça como um padrão moral concebido e avaliado pelos contextos das tradições das nações e das diferentes sociedades.
Esta nova concepção demonstra a postura crítica de Walzer diante da abstração dos direitos sociais presente na teoria de Rawls, pois bens como renda, saúde, educação e outros, são oriundos da sociedade em que a pessoa vive o que determina a proporção de cada direito social.
Considerando que há diferentes sociedades, o mais plausível é entender que estes direitos variam conforme a cultura e nenhuma teoria que apresente um pacote fechado de direitos comum a todos poderão validar-se. Além disso, Walzer aponta também para a ideia de distribuição igualitária de bens como própria de uma teoria de justiça eficiente.
Os dois pontos citados anteriormente parecem contraditórios, pois parece uma tarefa bastante difícil distribuir igualmente bens entre indivíduos de culturas diferentes que, exatamente por esta posição cultural, têm diferentes níveis de preferências. Buscando atenuar esta situação, Walzer propõe diferentes esferas de justiças que englobam cada uma das demandas sociais. É claro que o melhor estágio para a sociedade é aquele em que todas as esferas estejam em equilíbrio e a ação proposta para melhor resolver as tensões que possam ocorrer entre as diferentes instâncias é o convencimento pacífico. O grande problema é exatamente conseguir que os mecanismos de convencionamento mantenham-se pacíficos dentro de uma sociedade, pois os interesses de cada esfera são diversos apesar da interdependência entre elas. Considerando diferentes sociedades, este problema ganha complexidade enorme e, praticamente, inviabiliza a aplicação de métodos pacíficos em todos os casos.
Walzer tem uma teoria um pouco mais fixada em desenvolvimento dos indivíduos em esferas distintas (religioso, político, econômico), cada esfera desenvolvendo-se de maneira distinta.
ResponderExcluirEle nos diz que qaundo conseguimos ser bem sucedidos em uma esfera não necessáriamente temos de ser bem sucedidos em outras. Isso porquê o vínculo que essas esferas deve ter é minimo e a influência entre elas é nula. Dessa forma, a desigualdade não se estabeleceria.
Walzer também menciona que para que se desenvolva uma distribuição real de atributos necessários para que se estabeleça a justiça, não só os valores financeiros devem ser levados em consideração mas, também, aqueles valores aos quais se tornam necessários para o desenvolvimento comunitário.
21057013
Ao propor uma teoria de justiça como um padrão moral concebido e avaliado pelos contextos das tradições das nações e das diferentes sociedades, Walzer foca sua atenção no indivíduo e combate a noção de que todos anseiam pelos mesmos direitos e devem ser submetidos a um único código de deveres.
ResponderExcluirPara o autor as ferramentas propostas na teorias de Rawls para se chegar à justiça, como o véu da ignorância e a posição original produzem uma abstração no agente que não favorece a obtenção de justiça, pois a justiça que se chegaria através desse método não serviria para a sociedade, seria uma justiça distorcida, pois não levaria em conta o fato do individuo estar inserido em uma sociedade, fato importante, segundo o autor, para a obtenção de justiça, pois para o autor a mesma deve ser concebida tendo em vista as tradições e a comunidade que o agente esta inserido.
Com essa ideia, Walzer afasta a sua teoria do utilitarismo clássico, pois este pressupõe uma coordenação de distribuição. O utilitarismo nas palavras do autor é uma ciência integrada e a justiça distributiva é a arte da diferenciação, e desta arte resultará a igualdade.
Assim, segundo a definição de Walzer, “uma determinada sociedade é justa se a sua vida essencial é vivida de certa forma – isto é, de uma forma fiel às compreensões partilhadas dos seus membros.” Quando ultrapassamos essas compreensões agirmos, sempre, injustamente. Como membros de determinada sociedade podemos agir ou dar opiniões no que diz respeito à justiça apenas quando estão em contexto os significados sociais, estes não precisam ser harmoniosos.
Walzer dará continuidade as críticas à Rawls, assim como Sandel, Walzer rejeita a teoria do "véu da ignorância"/ "posição original". Também por ser um autor comunitarista, as suas críticas são voltadas ao liberalismo e ao individualismo exagerado.
ResponderExcluirA obra de Walzer caracteriza-se pela preocupação com uma humanidade mais justa e com a garantia e proteção dos direitos humanos, por meio da valorização do coletivo, do público, do social, do pluralismo de identidades.
A ideia de justiça em Walzer se relaciona com o processo de distribuição dos bens sociais, não somente no que tange direitos individuais. Para o autor, aspectos históricos, culturais e morais de cada sociedade em particular, devem ser levados em conta na atribuição dos critérios de distribuição, portanto, a teoria rawlsiana cai por terra pois considera que os homens desconsideram a sua posição na sociedade para formular critérios de justiça.
Walzer classifica as mais diversas sociedades em esferas de justiça, cada esfera tem o seu próprio critério de distribuição, essa é a teoria da igualdade complexa de Walzer. Nessa medida o autor me parece um tanto quanto utópico ao assegurar que se uma esfera não se sobrepusesse sobre a outra, teríamos um respeito mútuo entre elas, algo que, atualmente, devido a interesses financeiros, políticos, ideológicos, eu acredito ser impossível.
A questão da desigualdade em Walzer está no fato de que ele reconhece a existência desse problema, entretanto, para ele, é possível que apesar de alguns deterem o monopólio, é possível que aqueles que não os detêm, não sejam oprimidos. Isso através do Estado que deveria garantir a proteção e segurança dos bens distribuídos.
Em suma, podemos dizer que Walzer prioriza as particularidades de cada sociedade bem como reconhece o pluralismo em que vivemos. Ele acredita que a justiça não é um valor universal, mas sim um elemento que deve levar em conta o contexto histórico, a cultura e os valores de cada sociedade.
Michael Walzer diz que uma desigualdade não pode dominar diferentes âmbitos, por exemplo, uma pessoa não pode ser bem sucedida no âmbito econômico e no âmbito político ao mesmo tempo. Pois para Walzer as teorias da justiça tem que ter um certo princípio de distribuição igual de bens.
ResponderExcluirO autor critica amplamente as teorias de Rawls. Walzer não concorda com a ideia de Rawls de que a justiça deve ser igual para todas as sociedades, já que a justiça pode ser interpretada de diversas formas dependendo da cultura de casa sociedade. Dessa forma a construção de uma teoria sobre a justiça deve levar em conta determinados valores históricos e culturais de cada sociedade.
Walzer também fala que o véu da ignorância e a posição social – ferramentas propostas por Rawls para se chegar a justiça – distanciam a discussão da realidade, assim a justiça obtida através dessas ferramentas seria distorcida, não se encaixaria a realidade da sociedade.
M. Walzer, pensador comunitarista, lança seu livro com teorias sobre esferas que compõem a sociedade. Nestas esferas estão a política, economia, educação, moral etc, e cada um está dividido em uma esfera, separadamente. Walzer acredita que para se ter uma sociedade realmente justa é necessário que estas esferas não se sobreponham umas às outras, ou seja, é necessário que não haja interferência de princípios econômicos dentro da esfera da política e/ou da educação.
ResponderExcluirIsto com certeza é uma tarefa difícil, onde é muito raro não se ter influências de uma esfera na outra. Walzer também critica a teoria do liberalismo, onde ele diz que o ser humano somente pode obter êxito em comunidade, em palavras simples, ninguém é feliz sozinho. Assim, ele nos mostra que a sociedade liberalista esta caminhando para um mundo individualista onde as pessoas estão por se tornar menos preocupados com os outros, mas que no fim acabam sozinhos.
GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
RA: 21081113
Wesley Seraphim R.a 21064513
ResponderExcluirNa teoria Michael Walzer, um dos pilares é justamente a desigualdade, e partindo deste ponto que ele irá tecer sua critica ao liberalismo. O liberalismo se mostra defeituoso tanto como prática politica como uma teoria insuficiente por desconsiderar a desigualdade. A teoria de justiça de Walzer começa com a afirmação de que os homens vivem em uma comunidade distributiva, portanto, a idéia de justiça social tem a ver não só com a produção e o consumo, mas também com o processo de distribuição dos bens sociais. Para Walzer, essa distribuição não é simples. Isso porque não há apenas um bem social, assim como não há apenas um critério de distribuição ou um único agente distribuidor. Muito pelo contrário, a vida em comunidade revela um vasto rol de bens sociais, com diferentes agentes distribuidores e diferentes critérios de distribuição. Diante da insuficiência liberal frente a este tema, Walzer irá propor um liberalismo corrigido por uma face comunitarista, diferente do liberalismo convencional. Seu projeto pretende ser “capaz de abranger, explicar e embasar a mobilização democrática e a solidariedade”, justificando a sua defesa de uma política igualitária ou anti-hierárquica, com as transformações que poderia fomentar na vida de homens e mulheres individualmente. Além disso, almeja uma superação de desigualdades, tanto individuais, quanto coletivas, por meio de um “multiculturalismo feijão com arroz” que sirva tanto ao liberalismo quanto à igualdade.
Afim de evitar o monopólio dos bens sociais Walzer, edifica dois pilares para sua teoria, são eles a igualdade complexa e a autonomia distributiva. Nas palavras do autor ao tratar da igualdade complexa ele se expressa da seguinte forma "Define um conjunto de relações de modo que torne impossível o predomínio. Em termos formais, a igualdade complexa significa que a situação de nenhum cidadão em uma esfera ou com relação a um bem social pode definir sua situação em qualquer outra esfera, com relação a qualquer outro bem." Assim a relação da igualdade complexa defende que a justiça requer diferença. Para realizar um bom trabalho é preciso se atentar as diversas esferas sociais a qual esta igualdade deve ser atribuída. Ela irá desde o bem estar social e a segurança, para esferas mais complexas como trabalho, educação, poder politico e reconhecimento. Tudo isso deve estar presente na esfera distributiva da sociedade, e tal distribuição social só é possível frente a uma lutar por igualdade plural e comunitária, não pode ocorrer essa distribuição dentro de um voraz liberalismo que pressa pelo individualismo, apenas caminhos plurais podem conduzir a uma distribuição de condições basicas.
"Quero defender mais do que isso: que os princípios de justiça são pluralistas na forma; que os diversos bens sociais devem ser distribuídos por motivos, segundo normas e por agentes diversos; e que toda essa diversidade provém das interpretações variadas dos próprios bens sociais – o inevitável produto do particularismo histórico e cultural." ( Michael WALZER)
Após ler os textos: "Prefácio", "Capítulo 1 - Igualdade Complexa", "Capítulo 3 - Segurança e Bem Estar Social", "Capítulo 4 - Dinheiro e Mercadorias", "Capítulo 8 - Educação" e "Capítulo 13 - Tiranias e Sociedades Justas" do livro: "The Spheres of Justice", de Michael Walzer e analisar os demais materiais tenho a comentar que o mesmo nos expõe sua teoria abordando a necessidade de se formar um modo para abordar os diferentes campos de justiça da sociedade, o Estado fica como um bom exemplo para visualizarmos sua pretensão com essa teoria. Este modo geral de abordagem seria responsável por tratar de todos os outros campos igualmente, ou seja, de modo justo, onde nenhum deles sairia mais beneficiado que os outros, pois esse englobamento de todos teria como intuito também atribuir o consenso entre os mesmos
ResponderExcluirPude notar também, que Walzer possui uma visão similar a de Sandel na medida em que ambos não creem que o individuo da teoria de Rawls possa despir-se de seus valores, cultura e crenças como eu citei no comentário anterior a este. No pensamento de Michael Walzer, a sociedade estrutura seus valores em união, porém apesar de tal coletividade, o autor reconhece que é preciso que cada ser realize de modo individual uma análise, pois para ele, cada indivíduo possui sua própria visão de mundo e seu modo de ver afetaria o coletivo, neste caso temos a justiça como exemplo.
Lucas do Vale Moura R. A. 21078813
José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312
ResponderExcluirApós a leitura e reflexão sobre a obra "The Spheres of Justice"de Michael Walzer, pude perceber que é um autor comunitarista, que defende o ideal de que a justiça dentro de uma sociedade se dá pelo entendimento da abrangência de vários perfis, diferente de Rawls que propõe uma teoria única que seja capaz de abranger todos, o que na visão Walzeriana se tornaria uma injustiça pois as regras das organizações iriam interferir entre si. Walzer constroi sua teoria a partir de uma realidade já existente, mas também acredita que o conceito de justiça deve levar em consideração o contexto histórico, levando em conta os valores de cada comunidade o que demonstra em sua teoria um caráter particularista. Mas o que certamente isto quer dizer é que dentro da sociedade existem uma série de organizações que são especializadas em determinados fins – educação, saúde, política, família... - estas organizações são dispostas de modo a se relacionar em determinadas situações, no entanto cada esfera possui determinadas regras que, se aplicadas a outra organização constituirão uma injustiça ou inadequação ou seja, as regras de cada organização são muito particulares. Para reger as esferas em suas relações, há um conjunto de valores comuns que são frutos de uma construção coletiva, e o contrato social deve ser constantemente discutido. Portanto, dentro das organizações deve existir uma igualdade em relação aos princípios, lembrando que para Walzer a distribuição deve ser igualitária, mas a partir do momento que cada indivíduo faz uma escolha particular dos fins que dará as suas quantias, existirá uma desigualdade natural, mas que não cabe a quem distribuiu tentar equilibrar. Ou seja, a igualdade deve existir no âmbito da distribuição, mas a desigualdade é inevitável.
Uma das contribuições de Michael Walzer ao debate liberal foi ter identificado a existência de diferentes esferas na sociedade, cada um com seu ideal de justiça, como: o Estado, a Igreja e a esfera econômica. Assim como outros comunitaristas, ele considereva que a justiça social de cada sociedade era vista de diferentes maneiras.
ResponderExcluirUm dos aspectos mais importantes de seus ideais é a construção da verdadeira cidadania onde haveria uma valorização do espaço público, para que os individuos pudessem participar cada vez mais da vida política da comunidade.
Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
ResponderExcluirMichael Walzer é de uma vertente comunitarista: o que é justo não deve ser resultado da reflexão de um individuo isolado, e sim da comunidade. É a comunidade que deve decidir o que é justo, pois o significado de justiça é coletivo, social. Ao pensar sozinho, o individuo acaba construindo abstrações que ficam longe dos casos concretos. Qualquer decisão que tomamos vai afetar, de forma tanto direta como indireta, outros indivíduos, e tentar se desvencilhar do coletivo é uma escolha que vai sempre tender ao fracasso.
Walzer parte do principio de que cada sociedade tem sua tradição, então essa tradição não é a única existente. O que é justo, portanto, vai depender da tradição da sociedade em questão e das esferas de relacionamento existentes nesta sociedade, que são as relações educacionais, políticas, econômicas, religiosas, públicas e privadas, onde cada âmbito gera sua própria concepção de justiça. O desafio aqui é fazer com que essas esferas de relacionamento vivam em equilíbrio, isto é, a concepção de justiça de cada uma não deve se sobrepor à concepção de justiça das demais esferas, e isso é complicado, pois às vezes o que é justo para uma esfera pode não ser justo para outra. Não pode existir a dominância de uma esfera sobre as demais esferas.
A sociedade justa seria o resultado do equilíbrio entre as esferas, então temos que conceber a justiça para cada esfera de modo que a concepção de cada esfera não entre em conflito com as concepções das outras esferas. Seria respeitando a pluralidade de esferas que se chegaria à concepção coletiva de sociedade justa.
Michael Walzer defende que nas sociedades modernas contemporâneas, não se pode observar a justiça sem observar que existem diferentes justiças compondo as relações entre diferentes esferas, cada uma com características e necessidades distintas, considerado um método particularista.
ResponderExcluirWalzer destaca ainda a necessidade de analisar com muito cuidado se a sobreposição de uma esfera sobre a outra não causaria mais problemas do que soluções, cada nível (esfera) deve delimitar os seus problemas e encontras as soluções adequadas pois,se o aparelho jurídico não contempla as particularidades de cada esfera, ele perde a eficiência, as naturezas das relações variam e precisam ser observadas.
A injustiça ocorre quando se exige que as regras de uma esfera sejam aplicadas a outra esfera é fundamental que modelos interpretativos determinem dentre as várias teorias da justiça qual seria mais adequada a determinada esfera.
O autor critica Rawls, pois, este defendia haver um único modelo de justiça, e entendia que o pensamento individual seria capaz de criar um sistema jurídico aplicável a todas as situações para Walzer o justo seria distribuir os bens de forma igualitária segundo os critérios daquela determinada esfera e a sociedade deveria decidir em conjunto quais as regras mais adequadas.
Lukas Correia A. Silva 21038313
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirWalzer, em sua teoria da justiça, acredita que deve-se levar em conta as necessidades dos indivíduos e a realidade onde estes vivem de acordo com costumes e tradições no contexto histórico de casa sociedade, para, assim, poder existir uma distribuição justa e igualitária de bens, esse é o método particularista. Nessa visão, declara que existem diferentes esferas de justiça, assim em cada comunidade os desejos individuais e coletivos são diferentes. Portanto, cada sociedade tende a avaliar os bens básicos de uma forma. Ele se baseia no comunitarismo, já que indivíduos por si só são incapazes criar valores.
ResponderExcluirWalzer, dos ideais de Rawls que não levam em consideração as individualidades relacionadas ao que cada um considera como boa vida. O contrato social de Rwals, deve ser criado sob o véu da ignorância, onde os indivíduos agem racionalmente mas estão na posição original, impedidos de manifestarem suas preferências.
RA: 21070713
Arrumando o último parágrafo: "Walzer, critica os ideais de Rawls que não levam em consideração as individualidades relacionadas ao que cada um considera como boa vida. O contrato social de Rawls, deve ser criado sob o véu da ignorância, onde os indivíduos agem racionalmente mas estão na posição original, impedidos de manifestarem suas preferências."
ExcluirDefensor do igualitarismo político já que acreditava que se conseguiria uma sociedade totalmente igualitária apenas com um governo repressor, o que nem sempre pode ser considerado um padrão ideal de igualdade. Para ele, a justiça anda de mãos dadas com os valores da sociedade que mudam entre si durante o tempo. Critica Rawls pelo fato do mesmo defender que a dinâmica de uma sociedade pode ser observada de forma abstrata, usando de abstração também para a criação de princípios e valores morais. Por ser um comunitarista defende que as tradições da sociedade para obter a melhor forma de justiça.
ResponderExcluirWalzer defende que os bens sejam divididos de forma igual, para diminuir a desigualdade. Esses bens não apenas os materiais mas tudo que possibilite o indivíduo de conseguir uma vida digna. Essa distribuição de renda deve ser feita igualmente na definição de justiça da sociedade, levando em conta as necessidades da sociedade, sua cultura e sua história.
Outra crítica que faz a Rawls é a de que seria errado pensar no conceito de justiça por valores fixos, já que a sociedade muda conforme o tempo.
Victoria Caroline Barros Araujo
RA: 21080313
ExcluirDe acordo com o material apresentado, segundo Michael Walzer a justiça é um padrão moral que deve ser concebido no contexto das tradições das sociedades em particular. Para o autor a justiça possui diferentes esferas e as suas questões sociais surgem da distribuição de bens específicos, que deve ser feita de maneira equitativa.
ResponderExcluirSegundo Walzer, os bens sociais primários, como: direitos, renda, saúde, educação, somente adquirem significado no processo de interpretação e entendimento que é sempre social; e podem ter significados diferentes dependendo da cultura.
Uma teoria da justiça deve fornecer princípios de distribuição igualitária de bens, que para Walzer não possuem uma concepção apenas materialista. E o Estado deveria atuar evitando que a desigualdade já existente entre as diferentes classes se tornasse mais forte.
Mariana Lima Araujo Malta
Felipe Trevisan 21041013
ResponderExcluirMichel Walzer outro crpitico de Ralws acredita não não definição de um termo concreto para a palavra Justiça, sendo que sse termo é algo variável perante as sociedades por onde ele é contemplado. Sendo assim justiça para cada meio segundo Walzer permearia um binômio entre moralidade e tradições dessas comunidasdes . Análogo a Sandel crítico de Ralws e seu véu da ignorância, o autor relata que leis universais não contempla a realidade, já que cada sociedade detém moralidades e tradições distintas e há de se comprrender essas diferentes esferas como a religiosa e cultural dentre outras. Compreendendo toda essa game de pluraridades conseguiremos conceber uma forma ideal de justiça para uma sociedade em específico não um plano geral para todas as sociedades, daí a origem à crítica a Ralws.
Dessa forma uma distribuição equitativa e o conceito de justiça devem ser moldados mediantes a balanços do meio cultural, social e tradicional, levando em conta aspectos históricos para que seja definido uma sociedade justa para tais indivíduos presentes na mesma.
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ResponderExcluirNatália Veroneze
ResponderExcluirRA 21025313
Walzer é um teórico comunitarista, ou seja, ele preza os ideais de igualdade na população, ou distribuição de bens equitativa. Em sua teoria ele considera que há diversas esferas na sociedade, cada uma relacionada a um tipo de bem, como o mercado, a saúde e a educação por exemplo. Como o sistema vigente tem uma tendência ao surgimento de monopólios, seria preciso tentar evitá-los em larga escala garantindo que um monopólio de determinada esfera não interferisse nas outras, ou seja, não lhe trouxesse benefícios e vantagens sobre outros bens. Assim, seria necessária uma "proteção" a uma parte da população com o intuito de levar a equidade ou pelo menos diminuir a desigualdade, como no caso da proteção dos pobres em relação aos ricos. Esse seria um sistema de distribuição complexa. Há também os sistemas de distribuição simples, nos quais todos os direitos são igualados, como no caso do direito ao voto por exemplo.
A teoria de Walzer é portanto complexa e difícil de ser aplicada, porém interessante no sentido de garantir as mesmas oportunidades para todos.
Walzer afirma que nós vivemos em uma comunidade distributiva, logo, a ideia de justiça social não diz respeito somente a produção e consumo, mas também à distribuição de bens sociais. Contudo, essa distribuição é algo simples, pois não há um único bem social, bem como não existe somente um processo de distribuição, ou agente distribuidor. Portanto, vê-se uma complexidade de fatores que refletem a pluralidade humana, dentre as quais estão as questões históricas e culturais. Para
ResponderExcluirWalzer, os princípios da justiça devem levar em conta as características de cada sociedade, sendo a respeito disso que o autor faz sua crítica a Rawls, cujos princípios da justiça seriam escolhidos por pessoas despidas de qualquer influência de seu meio.
Em sua teoria, Walzer utiliza o conceito de monopólio dos bens, segundo o qual as comunidades possuem uma organização na qual um padrão de bem é sempre dominante no sistema de distribuição. Este bem pode ser monopolizado por aqueles que de fato o possuem (monarca, oligarcas, grupo social). Este monopólio tem como consequência prestígio, oportunidades, regalias etc, para aqueles que os detêm. Portanto, combater esse monopólio, nada mais é do que reivindicar a distribuição igualitária deste bem para todos os cidadãos. Seria competência do estado garantir esse regime de igualdade, sempre que o mercado o subvertesse. Contudo, o detentor desse monopólio apenas seria trocado, ou seja, transferido para as mãos do Estado. Então o problema não seria resolvido. Dessarte, Walzer acredita que se deve evitar o predomínio dos critérios de distribuição, não o monopólio em si. Cada processo de distribuição constituirá uma esfera.
Com as diversas esferas de justiça, não haverá um critério único de distribuição dos bens sociais. Para o autor, distribuir os bens de forma completamente igual pode ter como produto injustiças, pois os momentos e circunstâncias variam. Como já dito, o monopólio da distribuição não pode ser do Estado. A entidade Estado deve manter os limites das esferas de distribuição, visto que o monopólio está nas mãos de várias esferas e vários grupos estão sempre em conflito pela distribuição.
Um ponto importante em sua teoria é acerca do dinheiro. Para ele, os bens não podem ser mensurados e, portanto, não podem jamais ser comercializados. Seres humanos, cargos e poder político são alguns dos exemplos. O dinheiro deve ser um facilitador das trocas dos bens a serem consumidos, sendo o mercado seu meio de atuação. O grande problema para Walzer é quando a riqueza (acúmulo) passa a ter um significado de status, fazendo com que aqueles não o possuem sejam não considerados como cidadãos. Logo, Walzer acredita que o acúmulo do dinheiro não deva ter significados sociais e deve-se evitar o predomínio do dinheiro sobre outras esferas, mas não o seu monopólio.
Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613
Michael Walzer é um dos principais expoentes da corrente comunitarista e em sua obra busca formular uma teoria da justiça que contemple correções do liberalismo, dando ênfase por exemplo, à mobilização da solidariedade. Outros estudiosos também trataram desse aspecto, como é o caso de Amartya Sen.
ResponderExcluirWalzer travou um interessante debate com Nozick, e analisar suas respectivas teorias provoca certa confusão perante ideologias tão díspares. Enquanto o primeiro baseia-se na forte desigualdade existente na sociedade para tecer sua análise, o segundo não atribui responsabilidade alguma ao Estado ter uma função social distributiva.
A tendência critica à Rawls, ganha continuidade dado que, segundo o autor, o liberalismo é insuficiente no que tange sobretudo à desigualdade. Essas desigualdades vão além de bens materiais, pois foram historicamente construídas. Para tentar corrigi-las, ele levanta a questão dos bens sociais e sua necessária definição para que sejam traçados os caminhos possíveis após haver a igualdade de oportunidades. Acredito que uma metáfora que represente bem essa questão é a necessidade de haver placas em uma estrada, pois se a todos for permitida seguir por ela, é preciso saber aonde se quer chegar. Cada um sairá de certo ponto da estrada, cada ponto tem suas particularidades, e a sinalização deve levar em conta as especificidades existentes.
Guilherme Oliveira Lourenção
RA: 21071213
A teoria de Walzer é primeiramente, uma crítica a Rawls. Na teoria rawlsoniana, é proposta apenas uma teoria da justiça, e Walzer argumenta que isso não é possível dada a existência de várias esferas em uma sociedade, e cada esfera tem seu conjunto de regras. Assim, a justiça em cada esfera vai depender do que é determinado nas regras das esferas.
ResponderExcluirWalzer analisa a sociedade com uma visão histórica, e os bens sociais, por consequência, são históricos . Desta maneira , conforme a sociedade muda, os bens de valor também mudam. No seu livro, o autor quer descrever uma sociedade na qual nenhum bem social seja um meio de dominação, pois ele considera a igualdade um conceito livre de superioridade. Dessa forma, o autor considera uma sociedade justa aquela em que nenhuma esfera se relacione com as outras de modo a superar os limites de influência. As influências podem acontecer, mas devem ser controladas.
Portanto, para o autor, o justo é uma divisão igual dos bens dentro de uma esfera, sendo que essa divisão igualitária deve respeitar as regras particulares de cada esfera.
Luiz Fernando B.F.Lima 21035313
Luara Michelin Sartori RA: 11054112
ResponderExcluirMichael Walzer é comunitarista e faz críticas à teoria de Rawls. Walzer diz que os conceitos utilizados por Rawls no debate sobre justiça, como o véu da ignorância e a posição original não mostram a sociedade como ela é, ou seja, a utilização desses conceitos deixa o debate com um caráter abstrato. Walzer não acredita que todos tenham o mesmo senso de justiça.
Walzer nos diz que para se obter um debate verdadeiro sobre justiça, é necessário se levar em conta as diversas esferas da sociedade, como educação, política, economia, religião, entre outras, e que estas esferas devem estar em equilíbrio, ou seja, nenhuma se sobrepondo sobre à outra.
Na teoria de Walzer, o conceito de “bens” não é apenas materialista, mas leva-se em conta todos os aspectos que a pessoa precisa ter para alcançar o modo de vida necessário. Diante disto, Walzer estabelece o princípio de distribuição igualitária de bens.
Para a aplicabilidade dos princípios e conceitos de justiça nas diversas esferas da sociedade, Walzer diz, estes devem ser feitos de acordo com o caráter histórico e cultural de cada sociedade, e que não devem ser conceitos pré-estabelecidos. Assim, segundo a definição de Walzer, “uma determinada sociedade é justa se a sua vida essencial é vivida de certa forma – isto é, de uma forma fiel às compreensões partilhadas dos seus membros.” Quando ultrapassamos essas compreensões agirmos, sempre, injustamente. Como membros de determinada sociedade podemos agir ou dar opiniões no que diz respeito à justiça apenas quando estão em contexto os significados sociais, estes não precisam ser harmoniosos.
Walzer também sege a linha dos comunitaristas, portanto, para ele as influencias e tradições do modo de vida de uma sociedade devem ser levadas em conta na elaboração das teorias que gerarão os princípios de justiça.
ResponderExcluirSua critica a Rawls enfoca-se no tratamento abstrato aos bens sociais (direitos, liberdade, oportunidades, etc.) e sua priorização da individualidade, e não a comunidade como seria ideal para ele.
A justiça, segundo ele, ocorre quando o modo de vida dos cidadãos se assemelha a realidade de sua sociedade.
Naara Campos (21050313)
Michael Walzer compreende justiça como um juízo que expimimos em determinado contexto, ou seja, não é possível pensar a justiça individualmente como se pretende na racionalidade moderna e por si só definir o conceito de justiça.
ResponderExcluirNa verdade, a justiça é algo construído socialmente, definido por nossas relações em diferentes “esferas” de atuação. E nas diferentes esferas é possível identificar diferentes formas morais de ação, portanto o que é o justo variará de esfera para esfera.
Mas antes que isso parece uma análise fragmentária, é precisa=o lembrar que há a possibilidade e a necessidade de estabelecer diálogos entre as diferentes esferas, portanto, uma juízo moral expresso na esfera da educação pode ser válido para se trabalhar na esfera política, e uma esfera militar pode acabar por intervir na esfera política de outro país e assim por diante.
Temos como exemplos de esferas o Mercado, a Política, a Educação, a Igreja.
Isso fica muito claro no vídeo que está como sugestão, pois Walzer lá defende que a questão problemática hoje não é essencialmente a definição ou redefinição de valores, mas a aplicação política dos valores comumente aceitos, representados na esfera das esferas. Essa esfera das esferas pode ser uma instituição como a ONU, mas também pode representar uma confluência de tradições para o entendimento do que é a justiça.
Um sociedade justa é aquela que sabe equilibrar as diferentes esferas, evitando superposições. Walzer lida com o que está posto, ou seja, não recusa as instituições existentes por uma utopia.
Caterine Zapata Zilio Barros
RA: 21008913
Segundo Walzer, o indivíduo está imerso na sociedade e pertence inescapavelmente a ela.
ResponderExcluirOutro ponto da sua teoria é que o dinheiro não compra tudo, o que se deve ou não vender compete às pessoas decidirem e elas o fazem de diferentes maneiras. Os bens que não podem ser comprados são os bens sociais, esses não são passíveis a lógica do mercado, como é o caso dos bens vinculados à saúde. Através da necessidade socialmente reconhecida de provisão desses bens passa-se a ter uma distribuição diferenciada dos mesmos, já que, primeiramente, devem ser adquiridos somente se os níveis mínimos forem garantidos a todos.
Além disso, em sua obra, Walzer considera que exista tirania quando uma categoria de bens passa a ser instrumento de dominação de outras esferas.
Ana Caroline de A. Coutinho RA: 21048113
A filosofia política de Michael Walzer tem a originalidade de fazer assentar em fundamentos claramente comunitaristas uma concepção de justiça devedora de uma certa tradição liberal. O princípio de igualdade complexa pode ser entendido como um argumento liberal. No entanto, toda a fundamentação teórica das suas posições é de índole comunitária, pois coloca os princípios de justiça na dependência da cultura particular de cada comunidade humana.
ResponderExcluirO posicionamento teórico de Michael Walzer relativamente a estas questões permite-nos enquadrar a sua obra no âmbito dos projetos de justiça de fundamentação comunitária. No entanto, a análise da estrutura da sua teoria da justiça demonstrará que também existem traços liberais nas suas concepções de justiça, nomeadamente o ênfase na autonomia das distribuições, que ele próprio assume como um prolongamento da arte da separação da tradição liberal. É neste sentido que podemos afirmar que o argumento é liberal.
Um sociedade justa é aquela que sabe equilibrar as diferentes esferas, evitando superposições. Walzer lida com o que está posto, ou seja, não recusa as instituições existentes por uma utopia.
R.A.:11041811
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ResponderExcluirWalzer não nos fala em igualdade na distribuição, mas sim, de proporcionalidade à necessidade. A proporcionalidade implica a diferenciação, e não a nivelação entre todos. Walzer argumenta contra a reserva de cargos para membros de grupos sociais desfavorecidos como princípio de justiça. A única reserva de cargos que Walzer admite é a que decorre da diferenciação entre os membros e os não membros da comunidade. Todos os empregos podem, e devem, ser reservados para os cidadãos. Mas, Walzer rejeita a instituição de políticas de contratação diferenciada entre os cidadãos da mesma comunidade. Walzer parte do princípio que a qualificação está directamente relacionada com o desempenho de uma determinada atividade. Assim sendo, a introdução de um terceiro elemento que distorce essa relação cria uma situação injusta para aqueles candidatos que possuem qualificações, mas que são discriminados por pertencerem a um grupo social historicamente favorecido.
ExcluirMichael Walzer, como comunitarista, dá continuidade às criticas ao liberalismo. Em suas ideias, ele defenderá a ideia de que existem ‘esferas’ na sociedade e essas diferentes esferas podem ser comparadas às diferentes instituições presentes na sociedade, como a escola, a saúde, a política, o mercado, e que é necessário que essas esferas estejam em equilíbrio, ou seja, que nenhuma se sobreponha a outra.
ResponderExcluirComo comunitarista, Walzer acreditará que a distribuição de bens na sociedade, bens para ele não possuem uma concepção apenas materialista, deve ser feita de maneira equitativa. Critica Rawls, por ele imaginar que um indivíduo ignoraria sua posição social para formalizar um contrato social (posição original e véu da ignorância), o que para Walzer não atingia a realidade humana, pois sua metodologia não leva em consideração às diferentes concepções dos bens sociais por ele apresentada. Assim vê necessidade de conhecer os bens à serem distribuídos, assim como para quem eles o serão, para levar em conta as particularidades de diferentes comunidades, que são produto de um particular desenvolvimento histórico e cultural. Mas há uma limitação para isso: a distribuição equitativa dos bens não soluciona de fato o problema, pois, segundo ele, pobres e ricos surgem naturalmente, devido às diferentes escolhas que os indivíduos tomam. A solução seria evitar que o monopólio de um determinado bem (esfera) lhe trouxesse vantagens outras esferas, ou seja, sobre outros bens.
O autor não cria uma receita para esta distribuição devido ao repeito pelas diferenças e particularidades presentes em cada sociedade, assim ele chega a conclusão que a distribuição de bens não pode acontecer de fora para dentro, ela não pode ser coordenada dada a impossibilidade de se equacionar todos os bens na sociedade, devido a certas desigualdades, buscar-se-ia dar oportunidade a todos alcançarem os bens, sem serem reprimidos por outras classes.
O principal aspecto da doutrina de Walzer,é a construção da cidadania, através da valorização do debate,por exemplo,para ele, o ‘contrato social’ de Rawls deve ser debatido sempre e por todos e num pé de igualdade, assegurado pela não interferência de uma esfera humana em outra.
Marina Molognoni - RA: 21071313
Walzer faz sua teoria dando ênfase em particuldaridades da sociedade. Para o autor, uma teoria de justiça, é um padrão moral, e como um padrão moral, deve ser concebido e desenvolvido dentro das tradições da sociedade que será inserida. Outro ponto relevante do autor, é enxergar a sociedade como esferas: a igreja, o Estado, econômico, político, entre outros. E estas esferas tem suas proprias tendências e concepções de justiça. Isto é importante.
ResponderExcluirO autor parte determina que toda teoria de justiça deve conter uma concepção de fornecer princípios igualitários de bens. E diferente de Rawls, onde a distribuição é de coisas, existe um entendimento de que as sociedades dão importância de forma diferente as coisas. Portanto, saúde, educação, moradia são coisas que ganham valor diferente nas sociedades. Portanto, existe aqui uma parte da sua teoria que se molda a particularidade de cada comunidade. Não é deontológico, como nas teorias liberais e particularmente, em Rawls.
Mais especificamente sobre os bens sociais primeiros, o autor discorre que estes como: direito, liberdade, oportunidade, poder, renda, educação e saúde, são bens que não possuem significado em si mesmo. Eles recebem significados sempre sociais. Quando estes bens saem do contexto social, eles não são mais bens, ou sua importância muda. Assim como indivíduos só se reconhecerem como indivíduos, inseridos na comunidade.
Por fim, Walzer acredita que a filosofia política não deve e não pode se afastar dos significados sociais. Quando abstraem do social, resulta em teorias de justiça impossiveis de serem aplicadas.
Segundo Walzer é necessário levar em consideração os agentes envolvidos na distribuição, dependendo dos indivíduos, o cenário de necessidade é alterado, sendo assim, para o autor, a justiça é um padrão moral, que deve ser gerado e analisado de acordo com o contexto das tradições das nações e sociedades em particular.
ResponderExcluirPor isso, Michael Walzer defende que a edificação de uma teoria de justiça distributiva deve ser sempre relativa aos valores histórico-culturais de cada comunidade. Segundo sua teoria, os seres humanos vivem em uma comunidade distributiva, ou seja, a ideia de justiça não guarda relação apenas com consumo e produção, antes, tem total relação com o processo de distribuição de bens sociais. Para o autor, a vida em comunidade nos revela uma diversidade de bens sociais com diferentes agentes que realizam a distribuição e diferentes critérios de distribuição. Por esse motivo, qualquer sistema distributivo que não colocar em evidencia tal complexidade de fatores, não irá obter a ideia da realidade da pluralidade humana.
Por fim, Walzer tece uma crítica à Ralws. Essa crítica se refere, ao que ele aponta como principal problema da teoria de justiça de Ralws, tendo em vista que, este parte do princípio de que os princípios de justiça seriam escolhidos por pessoas néscias quanto à própria situação particular de vida. Sendo assim, Walzer considera a metodologia de Ralws errônea, pois não leva em consideração as particularidades que diferenciam os indivíduos com cada concepção de bens sociais. Não adianta assim, discutir justiça abstratamente, antes, é impossível desconsiderar a comunidade no contexto em que cada indivíduo está inserido.
Matheus França
Walzer diz que para que uma sociedade liberal seja justa é preciso que se estabeleçam limites aos indivíduos em sua busca por riqueza, assim como também acontece com a esfera do poder, na qual existem mecanismos como a divisão dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), por exemplo, que garantem que não haja abusos por parte dos governantes.
ResponderExcluirCom relação ao mercado, utilizar o dinheiro para fins como adquirir um livro raro ou para pagar por um jantar delicioso não representa algo negativo, porém não seria permitido utilizá-lo para comprar bens como a educação, a influência política ou as decisões da suprema corte.
Michael Walzer afirma que a “mão invisível” de Smith, responsável por conciliar o bem-estar e a harmonia geral à medida que cada indivíduo perseguia seus interesses pessoais, já se provou incapaz de realizar esse feito, sendo que o que é preciso de fato é a atuação da “mão visível” do Estado, regulando o comportamento do mercado, corrigindo os efeitos corrosivos da competição.
Giovanna Fidelis Chrispiano
21005013
Michael Walzer, comunitarista como outros três autores estudados nessa disciplina (Taylor, Sandel e MacIntyre), propõe sua abordagem com um diferença significativa diante dos outros que faz com que ele seja relevante quanto a consideração para ser por nos estudado. Diferentemente de Taylor, Michael não estudará os conflitos sociais que nos rodeiam nem mesmo a linguagem utilizada nessas situações, mas levara sua atenção e foco para a divisão em múltiplas esferas observadas no próprio meio social, estudará também as diferentes “organizações” do meio e as maneiras cujas interações sociais ocorrem.
ResponderExcluirDiante dessa proposta do filósofo político (a presença de múltiplas esferas), enumero aqui algumas “organizações” ou “instituições” por ele consideradas como integrantes das esferas variadas da sociedade: a escola, a saúde, o mercado e a política; na concepção de abordagem de Walzer a mesclagem dessas esferas não era possível e nem benéfica, contudo o que mais observamos na sociedade atual se considerarmos cada um desses setores como uma esfera distinta é exatamente a intersecção das mesmas.
Para que possamos compreender os motivos pelos quais Walzer defendia essa não interferência, observemos alguns pontos elucidados por ele. Walzer acredita na distribuição equitativa de bens e que essa distribuição seria vantajosa, mas também acredita que as desigualdades não seriam resolvidas por muito tempos uma vez que uma nova situação de desigualdade se desenvolveria devido a escolha dos indivíduos que tenderiam a formar novamente monopólios prejudiciais à manutenção da desigualdade prévia.
A solução adequada e possível para esse problema seria o Estado evitar o surgimento de monopólio de bens em uma esfera de modo que esse monopólio interfira em outras esferas. Assim, podemos perceber, ele defende, por exemplo, que a riqueza não pode permitir que alguém possua uma educação ou saúde melhor do que aqueles que não possuem o monopólio monetário (esse tipo de distribuição é nomeada ‘distribuição complexa’ e ela atende à ideia de que todos os serviços ofertados pelas esferas devem estar em nível bom o suficiente para que todos tenham acesso a eles; esse tipo de distribuição se difere da ‘distribuição simples’ que conta simplesmente com a equalização dos direitos sem garanti-los).
Luana André Assumpção (21054013)
Michael Walzer desenvolve sua teoria da justiça social como uma crítica às ideias de John Rawls, que parte do princípio de que os bens sociais, como os direitos, as liberdades, os rendimentos e as oportunidades podem ser distribuídos de forma comum a todas as sociedades caso levemos em conta o princípio do véu da ignorância e da posição original.
ResponderExcluirWalzer refuta Rawls afirmando que a concepção dos bens sociais se modifica de uma sociedade para outra, especialmente por ser resultado do particularismo histórico e cultural de cada comunidade. Portanto, alguns critérios do dever e das normas morais só são aplicáveis a determinados contextos e agentes, e não é possível discutir a justiça de forma abstrata, uma vez que ela precisa ser aplicável ao mundo real com suas condições atuais, não através de mecanismos artificiais.
Para Walzer vivemos em uma comunidade distributiva, dessa forma “os diversos bens sociais devem ser distribuídos por motivos, segundo normas e por agentes diversos”.Ele defende que haja esferas de justiça que deem conta das diferentes demandas sociais, e que tais esferas interajam entre si em harmonia, de forma a resolver os conflitos e promover debates de forma pacífica. Contudo, uma das complicações desse modelo reside na dificuldade em aplicar métodos pacíficos que funcionem em comunidades tão diversas.
Nome: Dayane Gonçalves Costa RA: 21044313
Michael Walzer, também é comunitarista e critica as idéias de Rawls. Para ele a teoria de Rawls desvincula o indivíduo de seu “eu mesmo”. Dessa maneira as propostas encontradas por Rawls para explicar justiça, como o véu da ignorância e a posição original, geram um efeito abstrato no agente e não favorece a obtenção da justiça, sendo que essa justiça alcançada não serviria para a sociedade, seria uma justiça deformada, porque a justiça deve ser vista como tendo em vista as tradições e a sociedade onde o indivíduo está inserido.
ResponderExcluirWalzer construiu sua teoria da justiça objetivando criar princípios que proporcionem uma distribuição igualitária dos bens. O autor não cria um manual para essa distribuição, devido ao respeito às diferenças e particularidades inseridas em cada sociedade.
AMANDA SACHI PATRICIO 21072213
Walzer, em sua teoria, evidencia as particularidades da sociedade e, fazendo parte dos comunitaristas, atribui grande importância aos valores culturais e históricos de cada sociedade na construção de suas teorias da justiça. Para ele, uma teoria de justiça é um padrão moral e, sendo assim, deve ser concebido e desenvolvido dentro das tradições de cada sociedade. Além disso, ele entende a sociedade como esferas: Estado, Igreja, Política, Economia etc. e essas esferas possuem suas próprias tendências e concepções de justiça e que, para existir justiça, deve haver um equilíbrio entre elas, nenhuma esfera social pode sobrepor a outra.
ResponderExcluirEm relação à distribuição de bens, não há uma limitação de que esses bens devem ser materiais, depende das necessidades de cada sociedade; em relação aos bens sociais, o autor acredita que são bens que não possuem significado em si mesmo, recebem sempre significados sociais, quando saem do contexto social, não são mais bens ou mudam de importância.
O autor critica a busca por uma teoria geral, que tenha a intenção de definir o que todas as comunidades precisam seguir, de que bens necessitam e como devem fazê-lo.
Isadora Castanhedi
RA: 21044713
Patrícia Gabriela S. Arcanjo
ResponderExcluirRA: 21036813
A desigualdade econômica se insere como um os debates mais importantes no mundo contemporâneo e vai se relacionar com o pensamento do Michael Walzer.
O autor defende que a construção de uma teoria de justiça distributiva deve sempre ser relativa aos valores históricos e culturais de cada comunidade em particular.
A sua teoria de justiça começa dizendo que os homens vivem em uma comunidade distributiva, logo, a ideia de justiça social tem a ver não só com a produção e o consumo, mas também como o processo de distribuição dos bens sociais.
Porém, para Walzer, essa distribuição não se dá de maneira fácil, de modo que não há apenas um bem social, assim como não há apenas um critério de distribuição ou uma única fonte de distribuição.
O sistema distributivo, deve colocar em pauta a complexidade de fatores, pois há uma grande variedade de bens sociais, com diferentes agentes distribuidores e diferentes critérios de distribuição, e se não levar isso em conta, não conseguirá alcançar a realidade da pluralidade humana. Além disso, a escolha dos princípios que regulam esse sistema distributivo deve ser feita levando-se em consideração o particularismo de cada comunidade, suas características históricas e culturais.
Para o autor, esse seria o principal problema da teoria da justiça de Rawls, já que Rawls parte do princípio de que os princípios de justiça seriam escolhidos por pessoas ignorantes quanto à própria situação particular de vida e para Walzer é impossível desconsiderar a comunidade e o contexto em que cada um está inserido, pois, afinal, é assim que os indivíduos vivem.
Os autores comunitaristas, como um todo, criticam a posição liberal de suposta imparcialidade e da existência de um sujeito livre de suas convicções pessoais e história. Para eles, a sociedade é feita de pluralidades e a justiça é realizada ao compreender a diversidade e criar condições para que elas sejam plenamente desenvolvidas na coletividade.
ResponderExcluirPara Michael Walzer,a ideia de bem social é muito importante. Esses bens podem ser distribuídos de diversas maneiras dentro de uma sociedade específica de acordo com os significados atribuídos a cada bem social (que em outra sociedade podem ser diferentes). Dessa maneira, cada bem social vai ser o núcleo de uma esfera de distribuição com seus critérios próprios e que variam das demais esferas criadas dentro da sociedade a partir de outros bens sociais. O problema para Walzer consiste no fato de que geralmente uma esfera interfere na outra, violando sua autonomia e impondo a metodologia de funcionamento da dominante (que é particular a ela) à dominada, gerando uma situação de injustiça.
Para o autor, não é possível que um indivíduo consiga viver plenamente sob os moldes ultraliberais. O caminho é viver em grupo, visto que o ser humano é um ser social. Se mesmo vivendo sob os moldes de uma comunidade este indivíduo ainda estiver se sentindo desconfortável com a sua situação, Walzer dirá que muito provavelmente esse desconforto é proveniente da interferência de uma esfera em outra, como por exemplo a tentativa de reger a educação por meio da racionalidade mercadológica. O ideal perfeito de justiça para o autor é, portanto, a harmonia entre as diversas esferas na qual cada uma pudesse agir de acordo com o que o princípio de distribuição do bem social garante.
Kevin Rossi Freitas, RA: 21071613
Para Walzer é importante levar em consideração os aspectos culturais e históricos quando se fala na distribuição de bens, só assim é feita uma análise justa sobre a distribuição, pois ao contrário de Rawls, que fala em princípios gerais, Walzer argumenta que é necessário levar em consideração as diferentes particularidades de cada sociedade na construção desses princípios, logo não há uma definição única de justiça.
ResponderExcluirEle diz que é preciso analisar a justiça sob a perspectiva de diferentes esferas, ver como essas esferas se relacionam entre si, pois só assim chegaremos a uma noção de justiça que se aproxima do todo.
Camila de Oliveira Santos RA: 21027913
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ResponderExcluirMichael Walzer é um contundente crítico de John Rawls, devido ao aspecto metafísico de pessoa com que Rawls trabalha, pois entende que com abstrações, todos os princípios de justiça que serão construídos, serão inaplicáveis na realidade
ResponderExcluirWalzer trabalha com as noções de que a “justiça” em cada comunidade será diferente devido as suas tradições. Diferente no sentido do que distribuirá, já que para ele, a justiça deve fornecer princípios de distribuição igualitária dos bens.
Os bens sociais não tem significados por si só, eles passam a ter significado somente quando é entendido pela sociedade, pela cultura como um bem a ser distribuído. Somente uma teoria acerca da justiça que leve estes pontos em consideração será passível de aplicação.
Nome: Murillo Faria Dos Santos Neri
RA: 21045713
Michael Walzer é como Sandel crítico ao liberalismo. Possuem também em comum com Sandel a crítica a teoria de Rawls, onde afirma que a abstração rawlsiana desprende sua conexão com a realidade.
ResponderExcluirA teoria de justiça de Walzer argumenta que a sociedade é constitída por esferas com suas próprias regras (como a Igreja). Uma sociedade justa seria aquela onde nenhum grupo sobrepõe sua influência sobre outros grupos.
Nome: EWERTON SOUZA MELO
RA: 21024013
Walzer em sua teoria principalmente critica Rawls pelo ar metafísico em que nela os indivíduos são tratados, fazendo de seus princípios de justiça levantados sejam impraticáveis no mundo real. O entendimento de justiça para Michael Walzer será diferente em diferentes comunidades por depender da tradição advinda de cada uma.
ResponderExcluirNessa teoria, a justiça deve partir de premissas de distribuição igualitária dos bens, onde tais bens variam de sociedades para sociedades.
Walzer foca também que os bens não tem um significado em si até que sejam compreendidos pela comunidade, de acordo com a sua cultura, como um bem passível de ser partilhado.
Tais conceitos são essenciais para validade de uma teoria da justiça, pois são eles que fazem dela aplicável de fato.
Jacqueline Anjolim
RA: 21007511
Michael Walzer segue a corrente do pensamento comunitarista sobre a justiça dever ser fundamentada de maneira particular para cada sociedade, ou seja, Walzer defende que a concepção de justiça é deve ser feita com a análise da racionalidade humana como ela de fato é, cheia de convicções e diferentes interesses - pois essas características são fundamentais para o entendimento de um problema dentro de uma tradição, e daí para desenvolvimento da justiça dentro daquela sociedade.
ResponderExcluirA linha de pensamento comunitarista coloca a igualdade na sociedade como o valor mais importante nesta busca por justiça - colocando-as praticamente como sinônimos. Portanto, em vista de garanti-las, Walzer discute a distribuição igualitária no mundo real propondo uma divisão temática em diferentes "esferas da justiça", cuja análise sobre as desigualdades poderiam envolver um maior grau de particularidade. Desta forma, teríamos, por exemplo, a esfera educacional para garantir a igualdade de acesso à educação, bem como as esferas religiosa, política, econômica, cultural, etc. Walzer ressalta que a justiça legal seria aquela que não trata indivíduos diferentemente, baseando-se em seu poder econômico ou status social; a justiça política significa, para Walzer, o direito à oposição e de livre expressão a todos, bem como a igualdade numérica de votos políticos na democracia; e a justiça social significa a igualdade de oportunidades.
Em suma, o autor propõe que uma esfera da justiça nunca pode sobrepor-se às demais, porque isto resultaria em tratamento diferenciado para com diferentes indivíduos. Por exemplo, se houver uma sobreposição da esfera religiosa sobre a esfera política, as medidas tomadas pelo governo serão fundamentadas em crenças religiosas que representam apenas um grupo componente da sociedade, e poderão ser injustas em relação àqueles que não compartilham das mesmas. Portanto, Walzer propõe o equilíbrio entre esferas, de forma que uma alta posição dentro de uma esfera não interfira na igualdade que outra esfera exige. A necessidade deste equilíbrio apresenta-se muito clara quando questionamos a razão de tratamentos privilegiados - geralmente para com aqueles que possuem maior poder econômico - que são, na realidade, injustificáveis.
Victor Sant'Anna Debone - RA 21042312
Walzer segue a linha de pensamento comunitarista, então, acredita que o contexto histórico tem que ser levado em conta para determinar o que é justiça, e todos os outros valores que nos permeiam, diferente de Taylor ou Dworkin, ele vê a sociedades em vários segmentos que se ligam e que possuem percepções de valores diferentes, e estas esferas não poderiam se sobrepor umas as outras, senão algum setor da sociedade distorceria a igualdade de nivelamento entre as partes da mesma, não podendo ser justo.
ResponderExcluirO propósito de analisar os valores sociais em cada esfera da sociedade vem no sentido da própria construção destes valores que não são constantes ou absolutos, estes são construções socias e variam de cultura em cultura, devido as diversas trajetórias de cada povo.
Como comunitarista, Walzer critica muito Rawls pelo modo como o segundo prega a distribuição de bens, já que pra Walzer não faz sentido a análise em uma posição abstrata, irreal; ela não consegue admitir as particularidades da sociedade, as diferenças nas construções dos valores, o que, inevitavelmente, acaba privilegiando algum setor. Contudo a distribuição de bens de acordo com cada tradição, levando em conta as trajetórias de cada comunidade é um aspecto fundamental para se produzir justiça.
kleiton aliandro
ra:20166113
Walzer se coloca como crítico de Rawls pelo mesmo motivo que Sandel se opõe a ele: a abstração do sujeito feita por Rawls faz com que ele se distancie da realidade, levando a criação de um conceito de justiça geométrico, ou seja, tão abstrato que não pode ser traduzido para a realidade.
ResponderExcluirPara Walzer, a justiça está na análise de como os bens-sociais de uma sociedade são distribuídos. O que o autor denomina de bens sociais são os frutos do trabalho e organização sociais que a sociedade considera como sendo algo de valor. Temos como bem social, por exemplo, o acesso à educação, o dinheiro e o status. É importante observar que Walzer quebra com a ideia conservadora de que todo bem social deve ser material. Também se observa o relativismo do autor frente ao que deve ser bem distribuído, uma vez que cada sociedade considerará um montante diferente de coisas como valorosas. A história, como afirma o autor, nos mostra uma grande variedade de definição e distribuição de bens sociais. A mesma coisa é valorizada por diferentes maneiras. O que é valorizado aqui é desvalorizado lá. Sendo assim, o processo de valorização é social.
Para examinar se uma sociedade é justa ou não em sua concepção deve-se olhar para o que aquela sociedade considera como sendo justo e não para conceitos “universais” de justiça. Assim como Sandel, Walzer também aponta a importância de mirarmos em casos específicos para a tentativa de descoberta do ato moral. Para isso devemos nos perguntar frente a um problema: o que seres da minha sociedade e em minha situação fariam?
Os bens sociais também se relacionam com aquilo que o dinheiro pode ou não comprar. Existe, no entanto, um consenso acerca dos bens que homens e mulheres não podem encontrar no mercado de uma sociedade justa como a liberdade e a justiça. Isso ocorre porque, para o autor, na sociedade existem diferentes esferas de moral e justiça que não podem ser confundidas. Dessa maneira, uma ação que é moral para uma sociedade no meio educacional na esfera da educação não é moral na esfera familiar.
O conceito de esferas é importante, pois recai sobre conflitos de ideias presentes no mundo real. Duas sociedades têm a suas próprias definições de moralidade na esfera política, e podem dialogar para tentar chegar a um consenso sobre questões dessa área; no entanto, seria imoral se nessa discussão concepções da esfera dos conflitos armados fosse colocada em meio à discussão para sustentar uma visão.
Stefanie Gomes de Mello
21014113
Walzer assim como Sandel leva em consideração a importância do contexto social e as influências que gerava na vida do indivíduo na construção de teorias da justiça tendo em vista que o autor considera que a justiça deve ser aplicada a cada tipo de sociedade . Walzer considera que a teoria da justiça deve ser levada a realidade. E insere também a problemática de que existem diferentes locus da justiça, o âmbito econômico, religioso, político e o próprio Estado.
ResponderExcluirRoanny Garcia - 21055313
Walzer prossegue na crítica ao liberalismo, especialmente a John Rawls, assim como Sandel. Para Walzer, justiça não é algo fixo, imutável, pois os indivíduos podem mudar de visão e, dessa forma, a sociedade estaria sempre em processo de mudança. A sociedade é composta por diversos setores, e, para Walzer, a justiça será alcançada quando existir um equilíbrio entre eles. O autor também preza pelo individualismo de cada um, mas sem negar as comunidades, que podem ter concepções distintas de justiça. Outro aspecto importante na obra de Walzer é a necessidade da distribuição equitativa dos bens em relação a todos os indivíduos.
ResponderExcluirLara Rodrigues Alves. RA: 21059313
Michael Walzer parte do pressuposto que as comunidades humanas têm uma natureza distributiva, logo, a ideia de justiça social vai além da temática da produção e consumo, esta também relacionada ao processo de distribuição dos bens sociais. Como existem vários bens sociais, e eles mudam de acordo com as tradições e da sociedade, e vários critérios de distribuição, é obrigatório o sistema distributivo levar em consideração a complexidade, e também incluindo a particularidade de cada comunidade, sua história e cultura.
ResponderExcluirComo o processo distributivo depende do significado social de cada bem, o que Bourdieu chama de capital simbólico, Walzer entende que quando este significado difere, ele constituirá uma nova esfera de distribuição, com seus próprios métodos e critérios. É importante ressaltar que uma esfera não deve interferir no processo de distribuição de outra. Outro caso que deve ser evitado são os bens predominantes, que são bens sociais possuídos por uma ou um grupo de pessoas, que possibilitam estes interferirem na distribuição do bem dominado, ou outros. Walzer não é contrário a monopolização de um bem, pois ricos e pobres sempre existiram segundo ele, mas os critérios de distribuição destes bens monopolizados não devem influenciar os critérios de distribuição de outros bens.
Lucas Falcão Silva – 21009113
Michael Walzer é mais um comunitarista que critica novamente a base da teoria rawlseana, porém, sua teoria se destaca mesmo é por conta do seu principal argumento de que a construção de uma teoria de justiça que seja distributiva deve sempre contar com a relatividade dos valores históricos e culturais de cada comunidade em particular.
ResponderExcluirWalzer acredita que a sociedade esta ligada não só a produção e ao consumo de bens, mas também a sua distribuição, esta distribuição é complexa justamente por não haver só um bem social a ser distribuído, da mesma forma que também não há um critério distribuidor, e então é preciso levar em consideração toda esta complexidade para se conseguir analisar uma sociedade pluralista; é preciso levar em consideração também a particularidade de cada comunidade de sua cultura e de sua historia. Walzer então enfatiza os motivos pelos quais se deve respeitar essas diferentes esferas distributivas e analisa a forma de como se deve dar esta distribuição de bens sociais com a finalidade de bem estar social.
A conclusão que vejo nisto é que, mesmo apresentando alguns pontos de difícil execução prática, a teoria Walzer aborda alguns elementos muito importantes e que não podem ser ignorados por aqueles que se dedicam a busca por uma sociedade mais justa.
Francisco Sergio Vasconcelos Coelho - 21078713
Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713
ResponderExcluirPara Michael Walzer, justiça e igualdade estão conectadas. Sendo assim, a justiça legal quer dizer a igualdade antes da lei,ou seja,se você provém de uma família rica, ou que tem conexões, ou se é famosa, isso não te trará nenhum tratamento especial. A justiça política,por sua vez, significa que há igualdade de oportunidades,por exemplo,direito de se posicionar politicamente,direito ao voto,etc. Significa também a ausência de grandes desigualdades que distorçam a justiça legal e a justiça política e a abertura do sistema social e do sistema econômico para ambição e competência.
Michael Walzer conecta justiça com igualdade. Para ele, justiça legal significa que igualdade vem antes da lei, sendo assim, riqueza, família ou fama não te fazem merecer tratamento especial, fazendo da justiça legal algo raro no mundo atual.
ResponderExcluirJustiça política significa liberdade de expressão, de pensamento e de todos os direitos de cidadania que faz a política democrática possível. Já a justiça social quer dizer equidade de oportunidades, abertura do sistema social e econômico para aqueles que são ambiciosos e competentes. Significa também, a ausência da desigualdade da justiça legal e política.
A justiça então, estabelece princípios para que haja uma distribuição igualitária dos bens sociais. A importância desses bens é socialmente determinada, produzida de acordo com fatos históricos e culturais particulares, explicando a razão por diferirem de acordo com a sociedade e a tradição
O importante, porém, é que, assim como dito, sejam distribuídos igualmente, não importando quais bens sejam. Assim, Walzer discorre sobre uma “igualdade complexa” em detrimento da ideia de John Rawls de que bem com diferentes significados poderiam ser agrupados em categorias maiores de bens primários.
Cinthia Cicilio.
Michael Walzer (juntamente com MacIntyre e Sandel) é também um comunitarista, crítico do véu da ignorância de John Rawls, que não concedem uma visão de justiça que se voltaria para todos, pois nessa concepção o indivíduo não é estabelecido como parte de uma sociedade.
ResponderExcluirWalzer diz que a sociedade não consegue ser delimitada por uma única teoria da justiça porque ela é composta por várias esferas, sendo que cada uma possui suas concepções. Nem que ela (teoria da justiça) deveria ser imutável, pois os valores, assim como os indivíduos tendem a mudar.
Em “As esferas da justiça” Walzer propõe uma descrição da sociedade como histórica, onde os bens sociais são construções históricas que podem variar com o passar do tempo e a evolução da sociedade. A igualdade é um conceito livre de superioridade, e as várias esferas que formam uma sociedade devem estar dentro de seus próprios limites, em ferir as outras.
Fernanda Tokuda de Faria - 21071013
Michael Walzer também é um pensador comunitarista, defendendo que a justiça dentro de uma sociedade é feita através do entendimento das diferenças, diferentemente de Rawls que busca uma teoria única que seja capaz de abarcar a todos. Essa questão na visão de Walzer seria uma injustiça, porque uma esfera iria interferir em outra esfera.
ResponderExcluirO autor acredita que a justiça deve levar em conta o contexto histórico, levando em conta os valores de diferentes comunidades, dessa maneira, Walzer escreve seu livro levando em conta o contexto em que vive.
Dentro de uma sociedade há uma série de entidades com determinadas especializações, como por exemplo, saúde, política, educação, e assim por diante. Essas entidades funcionam de forma que possam se relacionar entre si em determinadas situações, entretanto cada esfera possui regras próprias, e que quando uma interfere na outra provoca injustiças, sendo assim, as regras de determinada esfera são muito particulares.
Para administrar essas esferas em suas relações, de modo que não ocorra injustiça, existe um agrupamento de valores comuns que são produtos de uma construção coletiva, e esse agrupamento de valores deve ser constantemente discutidos.
Assim sendo, dentro das entidades deve haver uma igualdade dos princípios, porém, a partir do momento que o indivíduo tomar uma decisão particular será gerada uma desigualdade, mas não cabe a quem distribuiu tentar equilibrar essa desigualdade. Em outras palavras, a igualdade tem de existir dentro da distribuição, mas a desigualdade é inevitável.
Carolline Constanzo dos Santos
21052113
O autor inicia sua obra afirmando que os homens participam de uma comunidade distributiva, assim a justiça social não está apenas relacionada à distribuição de bens materiais, mas também com a distribuição dos bens sociais. Sua obra, apresenta uma série de classes de diferentes bens sociais, cuja distribuição é assunto da justiça no que diz respeito aos critérios específicos para distribuição entre as classes, que por sua vez, compõem diferentes esferas da justiça.
ResponderExcluirA desigualdade é o fator que motiva a obra de Walzer. E por isso critica o liberalismo. Segundo a concepção liberal, a justiça distributiva - como propôs Rawls – levam-se os indivíduos a uma posição original na qual, sob o véu da ignorância, irão escolher arranjos que lhes beneficiariam da melhor forma possível. Esse arranjo, segundo Walzer, é incapaz de proporcionar uma repartição justa dos bens, O que ocorreria seria a prevalência de certo tipo de valores tais que anulariam o acesso das minorias ou maiorias subordinadas a determinado bem social.
Michel Fagundes Ferreira RA: 21077212
Michael Walzer continua a crítica ao liberalismo focada em Rawls. Para ele é presente a vida em comunidade é fundamental para o ser humano.
ResponderExcluirO autor atribui o papel da moralidade não a uma comunidade especifica, mas às diferentes moralidades de distintas comunidades. Podendo haver diversos tipos de justiça, ou seja, os critérios de avaliação da justiça podem fazer-se validos em determinadas comunidas, ao passo que em outras, certos padrões morais não seriam aplicáveis. Para o autor, uma vez que cada comunidade tem seu sistema de valores, a injustiça ocorre quando uma esfera se sobrepõe à outra. Para Walzer, as filosofias políticas deveriam se apartar das abstrações, pois devem compreender a realidade de cada sociedade, e os princípios que norteiam a noção de justiça dentro de cada uma delas.
Ana Cristina - 21062613
Walzer se coloca como crítico do liberalismo proposto por Rawls por se opor a ideia a abstração do sujeito feita por este, pois tal ideologia se faz distante da realidade, ou seja, tão abstrato que não pode ser traduzido para o rela. Como existem vários bens sociais, e eles mudam de acordo com as tradições e da sociedade, e vários critérios de distribuição, é obrigatório o sistema socioeconômico levar em consideração a complexidade e diversidade, e também a singularidade de cada comunidade, sua história e tradições.
ResponderExcluirMichael Walzer segue a mesma corrente do pensamento comunitarista sobre a justiça dever ser embasada de maneira particular para cada sociedade. O autor defende que o conceito de justiça deve ser feita de uma maneira ideal como a análise da racionalidade humana como é na realidade - repleta de convicções e diferentes interesses - pois essa é essencial para o entendimento de um problema dentro de uma tradição, e daí para o crescimento e amadurecimento da justiça em determinada sociedade.
André Izidoro Silva - 21037113
Vanessa da Paixão de Sousa - RA: 21040113
ResponderExcluirWalzer é um autor comunitarista, segundo essa vertente a justiça é decidida pela comunidade, pois ela representa a coletividade, o social. O indivíduo quando sozinho se torna distante dos casos concretos, ao passo em que constrói muitas abstrações. Nossas decisões, sejam elas quais forem, afetam de alguma forma outros indivíduos, e tentar desviar-se da coletividade é ter como consequência o desastre.
O autor entende que cada sociedade possui a sua própria tradição, ou seja, não há uma única tradição, mas uma pluralidade delas. Sendo assim, a justiça vai depender de como cada tradição forma a sociedade em suas diversas relações e esferas (relações políticas, educativas, religiosas, públicas, privadas e econômicas), gerando seu próprio senso do que é justo. E por mais que cada esfera tenha a sua própria concepção de justiça, não pode haver entre elas um desequilíbrio, ou seja, dominância de uma esfera sobre a outra. Portanto, o respeito entre as diferentes concepções das esferas dentro de uma vida em comunidade é que tornaria uma sociedade justa.
Romulo Camargo. Ra:21056613.
ResponderExcluirWalzer irá propor um liberalismo corrigido por uma face comunitarista, diferente do liberalismo convencional. Basicamente há um multiculturalismo convencional, e sua principal contribuição é a atenção para o fato de que, segundo o autor, só será possível acessar os direitos, sob o viés comunitarista, com um pluralismo político forte e legitimado, sendo tão justo quanto fortalecido. Outro conceito importante para o autor é o conceito de igualdade complexa que impede que a desigualdade num campo da sociedade possa ser usada para aumentar a desigualdade em outro campo.
Walzer é um comunitarista crítico em relação a abstração dos direitos sociais, já que seria impossível estabelecer uma teoria da justiça baseada em princípios universais. Ele sugere que a justiça seja um padrão moral que deve ser concebido e avaliado no contexto das tradições das nações e sociedades em particular. Assim existem diferentes esferas de justiça, como o estado, a igreja,a econômica, a política, etc.
ResponderExcluirOs homens convivem em uma comunidade distributiva, sendo assim, a ideia de justiça social não relaciona apenas com a produção e o consumo, mas também com a distribuição dos bens sociais. Portanto uma teoria da justiça social deve fornecer princípios igualitários de distribuição dos bens. Os bens sociais não teriam um significado natural bruto, pois estes podem ser interpretados de formas diferentes em diferentes lugares. Assim uma teoria de justiça distributiva deve ser relativa aos valores de cada sociedade.
Henrique Bernardes
RA: 21021813
Michael Walzer, critica amplamente a teoria de Rawls. De acordo com o autor, a teoria de justiça de Rawls retira o agente do seu “self”. Também diz que as ferramentas propostas por Rawls para se chegar à justiça, como o véu da ignorância e a posição original produzem uma abstração no agente que não favorece a obtenção de justiça, pois a justiça que se chegaria através desse método não serviria para a sociedade, seria uma justiça distorcida, pois não levaria em conta o fato do individuo estar inserido em uma sociedade, fato importante, segundo o autor, para a obtenção de justiça, pois para o autor a mesma deve ser concebida tendo em vista as tradições e a comunidade que o agente esta inserido. Walzer leva muito em consideração a comunidade em que o agente está inserido para avaliar a melhor forma de obtenção da justiça, assim como todo bom comunitarista. Para ele os “significados sociais” e os valores de cada individuo são comunitários, ou seja, são criados não sociedade e de modo algum poderiam se dar em um individuo sozinho.
ResponderExcluirJennifer Nogueira Martinuzo - 21080513
Na obra, seus fundamentos claramente comunitaristas mostram uma concepção de justiça devedora de uma certa tradição liberal. Ele sustenta o pluralismo das esferas da justiça social ou distributiva e da igualdade. Partindo do fato de que as nossas convenções sociais levam à divisão da justiça em esferas autônomas relativamente ao princípio distributivo, agrega todo uma série de critérios aceitos pela comunidade e denomina-os globalmente de “igualdade complexa” (sendo tal igualdade complexa e a consequente autonomia distributiva as bases da sua teoria da justiça). Esta será a base para a distribuição social dado que a sociedade humana é, por natureza, uma comunidade distributiva; estamos juntos para partilhar, dividir e trocar.
ResponderExcluirWalzer é um autor comunitarista e por isso defende que a justiça seja decidida pela comunidade, pois ela representa a coletividade e o social. O indivíduo quando sozinho se torna distante dos casos concretos, ao passo em que constrói muitas abstrações. Nossas decisões, sejam elas quais forem, afetam de alguma forma outros indivíduos, e tentar desviar-se da coletividade é ter como consequência o desastre. O autor atribui o papel da moralidade não a uma comunidade especifica, mas às diferentes moralidades de distintas comunidades. Podendo haver diversos tipos de justiça, ou seja, os critérios de avaliação da justiça podem fazer-se validos em determinadas comunidades , ao passo que em outras, certos padrões morais não seriam aplicáveis. Walzer também preza pelo individualismo de cada um, mas sem negar as comunidades, que podem ter concepções distintas de justiça. Outro aspecto importante na obra dele é a necessidade da distribuição equitativa dos bens em relação a todos os indivíduos.
ResponderExcluirIngrid Correia 21068513
A teoria de Michael Walzer , descrita em sua grande obra “esferas da justiça”, caracteriza-se pela preocupação com uma humanidade mais justa e com a proteção dos direitos humanos, através da valorização da comunidade e do espaço público, do particularismo histórico e da responsabilidade social. A teoria de justiça de Walzer começa com a afirmação de que os homens vivem em uma comunidade distributiva, portanto, a ideia de justiça social tem a ver não só com a produção e o consumo, mas também com o processo de distribuição dos bens sociais. O principal aspecto da doutrina de Walzer, e que por isso mesmo precisa ser sempre ressaltado, é a construção da verdadeira cidadania, através do resgate do espaço público e da cada vez maior participação dos indivíduos na vida política da comunidade. O futuro da democracia está cada vez mais na participação direta dos cidadãos, e a sua teoria defende ardorosamente a ideia de que somente através do debate público pode-se chegar às verdadeiras necessidades de uma comunidade particular, permitindo, assim, a realização da justiça social.
ResponderExcluirIsabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113
Assim como Michael Sandel, o filósofo Michael Walzer, também pertencente à corrente comunitarista, critica a abstração do indivíduo de Rawls e procura, em seu livro Spheres of Justice, demonstrar a justiça dentro da distribuição dos chamados bens-sociais. Walzer ressalta que os bens-sociais de uma sociedade podem não ser os mesmos de outra, isto é, assim como os demais comunitaristas proclamam, é importante que se atente ao contexto social e histórico em que tal sociedade está inserida. Portanto, quais são e o qual o método de distribuição dos bens-sociais é concebido a partir das particularidades de uma sociedade, desta maneira uma universalização dos bens-sociais não se aplicaria. Walzer discute também sobre a igualdade complexa, onde há a constatação de que uma igualdade absoluta entre os indivíduos seria algo impossível de ser atingido: o que se deve ter em mente é o estabelecimento de oportunidades igualitárias a todos, atentando-se juntamente às esferas da justiça que dá nome a sua obra.
ResponderExcluirA partir das diversas esferas, Walzer justifica sua crítica à abstração de Rawls. As esferas morais da Igreja, por exemplo, não seriam as mesmas esferas daquelas do Estado. Isto é, a justiça moral de uma esfera não é necessariamente a mesma de outra esfera. Além de que, cada sociedade, com suas particularidades, possuiria uma maneira distinta de justificar uma ação ou conduta. Em seu estudo sobre a justiça dentro do contexto da guerra, Walzer discute sobre a recente Guerra do Iraque: uma intervenção militar, dita humanitária, para a derrubada de um regime ditatorial, não é inteiramente justificável, segundo o autor. A esfera da justiça moral da guerra não seria a mesma daquela dentro da esfera do Estado, isto é, à imposição de um regime não-ditatorial não pode ser justificada a partir de uma esfera distinta à esfera no qual ela se insere, uma esfera não deveria se sobrepor à outra. Assim, faz-se necessário, novamente, atentar-se para o contexto social de cada sociedade: um bem-social da sociedade ocidental, como a democracia, não é necessariamente o mesmo daquele de uma sociedade distinta a esta.
Marina Gazinhato Neves RA: 21055713
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ResponderExcluirRA: 21055812
ResponderExcluirMichael Wazer, ao lado de Sandel e MacIntyre, defende um posicionamento teórico político frequentemente considerado “comunitarista”. Sua tese fundamental é a de que, em cada tradição e cultura de sociedades particulares, formam-se esferas de justiça, com princípios fundamentais distintos. Tais esferas são formadas historicamente, através do desenvolvimento específico de cada sociedade particular em termos de crenças, culturas, instituições e etc. Portanto, a quantidade e a natureza das esferas variam nas diferentes sociedades. Existem esferas da educação, militares, da saúde, políticas e etc. Cada uma delas com um modus operandi diferente e que deve ser respeitado. A injustiça, segundo Walzer, surge quando ocorre uma sobreposição entre as esferas, a saber: quando se utiliza princípios de uma esfera a fim de julgar ações concernentes a outra esfera. Não posso, por exemplo, usar os critérios de justiça da esfera militar para julgar e avaliar ações e instituições concernentes à esfera política. O diálogo entre esferas de sociedades diferentes deve ocorrer entre esferas da mesma natureza. A esfera da educação de uma dada sociedade deve dialogar com a esfera da outra sociedade correspondente à da educação. A sociedade justa é aquela que sabe delimitar os âmbitos de atuação de cada esfera de maneira adequada, isto é, de modo que não se sobrepõe ao âmbito legítimo de uma outra esfera.
Michael Walzer critica a forma com que os indivíduos se isolam a fim de criar abstrações teóricas sobre justiça, fazendo com que elas se distanciem da realidade e de sua efetivação na sociedade. Ele diz que, devido à crise de valores, não é possível chegar a uma teoria universal e imparcial sobre justiça e, por isso, é necessária uma construção coletiva que considere as diferentes concepções históricas e sociais das sociedades.
ResponderExcluirBuscando uma forma prática para possibilitar o julgamento sobre a justiça ou injustiça de uma determinada ação, Walras propõe que elas sejam analisadas a partir de sua esfera pertinente.
Diversas esferas da justiça coexistem e seguem lógicas e critérios próprios de acordo com seus contextos. Não deve haver uma hierarquização entre as esferas, tampouco a sobreposição de uma à outra ou a utilização de uma esfera estranha à ação.
Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511
Michael Walzer, assim como Sandel, da continuidade a critica ao liberalismo carregado no discurso de Rawl, confrontando as ideais de projetar as teorias de justiça por meio do Veu da Ignorancia, tendo a justiça como sendo um corpo estático, baseada em padrões morais equivalentes para diferentes grupos sociais. Assim o autor explicita que há a necessidade de cada grupo social solicitar a justiça conveniente para estes em questão.
ResponderExcluirPara Walzer, os bens (sociais) desenvolvidos pela sociedade são considerados históricos pois são incrementados e valorizados com a evolução da comunidade em questão, dos acordos estabelecidos destes processos, e pelo tempo decorrido dentro desta comunidade. Por este motivo os valores adotados pela comunidade devem se situar no contexto histórico em que a sociedade se encontra.
O sentido de sociedade para Walzer, então, e de que nenhum desses bens desenvolvidos seja utilizado como meio de sobressair em relação a outras comunidades e sociedades e colocar uma em vantagem sobre as outras. Sua visão sobre justiça, assim, e a ponderação igualitária dos bens desenvolvidos em cada esfera, que de que há várias esferas com diferentes bens entre elas.
Michael Walzer é um teórico político da atualidade que, defendendo os conceitos comunitaristas em oposição as questões liberais, toma como ponto fundamental a comunidade distributiva, ou seja, aquela invariavelmente está condicionada a trocas entre si; entretanto, tal autor aceita uma certa divida por parte do comunitarismo em relação a doutrina liberal.
ResponderExcluirNesse sentido, o autor diz que o acesso à justiça só se dá através das condições de que o liberalismo comunitário propõe, argumentando que a existência da igualdade complexa é um fator determinante para a reprodução das desigualdades, na qual um aspecto de desigualdade poderá influenciar uma série de outras desigualdades nesse sistema interligado.
Segundo Michael Walzer, a justiça deve ser concebido e avaliado no contexto das tradições das nações e sociedades em particular e também fornecer princípios de distribuição igualitária de bens. Portanto, Walzer discorda da idéia de Ralws de que a justiça deve ser igual em todas as sociedades, pois para ele o direito pode ser interpretado de maneira diferente de acordo com a cultura da sociedade.
ResponderExcluirRA: 21086213
Walzer é um crítico da visão de Rawls, que homogeneíza os indivíduos através dos conceitos de posição original e véu da ignorância, pois esta visão abstrata seria inaplicável na realidade.
ResponderExcluirPara Walzer, a sociedade se subdivide em esferas, que se relacionam a um tipo de bem.
Para o autor, estes bem devem ser distribuídos de forma igual na sociedade, porém, só esta distribuição não será suficiente para acabar com as desigualdades, uma vez que cada indivíduo realiza escolhas de maneira individual. Um Estado forte também não resolveria a questão, pois seria ilegítimo realizar a transferência de monopólio. A conclusão que o autor chega é a de que uma esfera não deve subjugar outra esfera.
Fernanda Scarpelli Varani - 21002313
Tendendo ao comunitarismo e sendo crítico dos conceitos de posição original e véu da ignorância de Rawls, Walzer defende o significado de Justiça como uma convenção do coletivo, da sociedade e não individualmente como prega a racionalidade moderna.
ResponderExcluirPara este autor, devemos observar o contexto que o indivíduo é inserido em suas relações de atuação, então partimos do princípio que cada indivíduo está inserido numa sociedade que contém tradições (não apenas uma) e assim, o que é justo dependerá da tradição em questão nesta sociedade e das esferas de relacionamento existentes entre estas. Ou seja, o autor reconhece a sociedade subdivida em esferas que fazem relações entre si rumando o bem (apesar de entender que cada esfera detém seus valores e que estes podem ser diferentes, como por exemplo na política, na educação, na religião, na economia...).
O desafio apresentado dessa tese seria o equilíbrio dessas esferas em determinada sociedade, pois isso seria a concepção de justiça (o equilíbrio entre os citados). Isso pode ser muito complicado, vide as diferenças das esferas poderem gerar desentendimentos mediante a uma concepção (não concordância e diálogo).
Walzer conclui que a sociedade justa é a resultante do equilíbrio entre essas diferentes esferas. Para isso, conceberíamos o conceito de justiça apra cada uma de forma com que nenhuma subjulgue a outra: respeitando a pluralidade de conceitos de forma equânime, chegaríamos à concepção geral de sociedade justa.
Samuel Alencar de Sena - 21048913
Walzer: foi um cientista político comunistarista.
ResponderExcluirIntroduz duas questões: o que o dinheiro compra e como ele é distribuído? Nessa ordem, preferencialmente.
Walzer: a ideia de justiça consiste em localizar as diversas esferas e, em cada esfera dessa, há um princípio de conjuntos a serme estabelecidos para que a justiça seja feita.
Há uma justiça geral, mas elas têm que ser interpretadas dentro de cada esfera.
O que é justo para um relacionamento religioso pode não necessariamente ser justo para um relacionamento político.
Por exemplo (dado em aula): pagar a aula do Peluso. Numa lógica mercadológica, + pagamento, + mercadoria. Ou no exemplo do Sustagem adulto/ Sustagem kids. É razoável pagar mais caro no Sustagem adulto se nele vier mais quantidade do produto dentro da embalagem
Mas essas mesma lógica, é justo ser aplicável para o âmbito educacional?
Nesse caso, quanto melhor a aula, mais cara será.
Para Walzer: Isso é transferência de valores de uma esfera pra outra. Uma coisa é justiça nas relações econômicas / culturais / políticas.
Qual a consequencia de enfatizar o papel do individuo? Vc gera individuos sem sentido, como se você não pertencesse a nada, o que pode gerar tristeza. Sem "sense of belonging", não consegue pensar que está fazendo algo certo, próximo do perfeito.
O grande problema do projeto liberal é que ele abstrai tanto a noção de justiça que esta não tem coerência com a realidade. Você não consegue achar o "sense of belonging".
Se você escollhe o caminho que quer seguir, individual, não terá o "sense of belonging". O sentido pro mundo não é dado individualmente, mas, sim, coletivamente. Os outros são necessários para dar sentido ao mundo.
Andréia Carletti - R.A. 21080913
Alan Ferreira dos Santos RA: 21065813
ResponderExcluirPara Walzer, a justiça não é determinada por um caráter universal, uma teoria da justiça deve levar em conta a sociedade em que os indivíduos estão inseridos. Em sua teoria da justiça, Walzer leva em contra a necessidade dos indivíduos e a realidade em que eles vivem, isto é, a cultura e a história da sociedade em que os indivíduos estão inseridos. Para ele, a justiça é construída socialmente, ou seja, definida por nossas relações em diferentes esferas de atuação. Desta forma, nas diferentes esferas é possível identificar diferentes formas morais de ação, portanto o que é o justo variará de esfera para esfera. Em suma, há diferentes esferas de justiça, assim em cada comunidade os desejos individuais e coletivos são diferentes. Desta forma, podemos perceber que o autor não defende uma teoria da justiça universal, cada sociedade deve ter uma justiça que se supra as suas necessidades.
Jéssica Sandim Ramos - 21067313
ResponderExcluirWalzer, um filosofo comunitarista, dá seguimento às criticas ao liberalismo. Em suas teorias, ele começará a defender a ideia de que existem ‘esferas’ na sociedade, e que podem ser comparadas às diferentes instituições existentes na sociedade.
Ele também acredita que a distribuição de bens na sociedade deve ser realizada de maneira equitativa. Critica Rawls, pela defesa da posição original e do véu de ignorância o que para Walzer não atingia a realidade humana.
O autor não cria um esquema para esta suposta distribuição, deste modo ele chega a conclusão que a distribuição de bens não pode acontecer de fora para dentro.
A principal característica da doutrina de Walzer,é a construção da cidadania.
Walzer defende que existem esferas na sociedade, que podem ser comparadas a ordens e instituições, como a saúde, educação, mercado, política, etc. Diferentes dimensões, cada quela relacionada a um tipo de bem.
ResponderExcluirComo filósofo comunitarista que é, propõe que a distribuição de bens deve ser deita de maneira equitativa, mesmo que isso não solucione por completo os problemas sociais.
Para ele, a desigualdade de renda sempre existirá devido as escolhas dispares que os indivíduos tomam, fazendo com que uma classe sempre detenha mais bens em relação a outra. Para evitar que isso aconteça, o autor sugere a existência de um Estado forte e centralizador, admitindo porém, que não resolveria por completo o problema já que este Estado passaria a ser a “classe monopolizadora”. Este Estado deve então, proteger a classe oprimida da opressora, tentando evitar desigualdades maiores, além de evitar que o monopólio do capital interfira em outros bens.
Partindo desta ideia, Walzer fala dos sistemas de distribuição simples e complexa. No primeiro, igualam-se os direitos e no segundo, existe a proteção estatal, citada anteriormente. Mecanismos de justiça são criados para dar oportunidade a todos de alcançarem bens, sem sofrerem repressão de outras classes.
Walzer percebe o debate como solução para se definir o que é prioritário, o que é bom para a sociedade geral, é através de discussões que podemos criar um contrato social, assegurando os interesses de todos.
Walzer defende que a justiça seja decidida pela comunidade, pois ela representa a coletividade e o social. Decisões, sejam elas quais forem, afetam de alguma forma outros indivíduos, e tentar se distanciar da coletividade é ter como consequência resultados negativos. O autor atribui o papel da moralidade não a uma comunidade especifica, mas às diferentes moralidades de distintas comunidades. Pode existir diversas forma de justiça, isto é, os critérios de avaliação da justiça podem fazer-se validos em determinadas . O autor também preza pelo individualismo de cada um, mas sem negar as comunidades, que podem ter concepções distintas de justiça. Outro aspecto importante na obra dele é a necessidade da distribuição equitativa dos bens em relação a todos os indivíduos.
ResponderExcluirO autor não partilha da ideia de Rawls de que a justiça deve buscar padrões morais iguais para todas os grupos e culturas. Nesta perspectiva, Walzer afirma que o direito em si pode ser interpretadode diferentes modos de acordo com a cultura de determinado grupo. Além disso, é importante para o autor as diferentes esferas da Justiça como o público, privado, político, religioso etc.
Cleiton Vicente Duarte 21009813
Michael Walzer segue na tradição dos comunitaristas, para ele a justiça é apenas mais um padrão moral ligado às tradições da sociedade, cada caso é particular. O método particularista que faz uso, entra em conflito direto com o método Rawlseano, onde a pessoa que construirá os princípios de justiça é metafísica, abstrata. Walzer entende que princípios de justiça construídos através de abstrações, nunca poderão ser aplicados.
ResponderExcluirA justiça na visão de Walzer tem como função configurar métodos de distribuição igualitária dos bens, o que muda de cultura para cultura, de sociedade para sociedade é apenas os bens considerados sociais. Os bens em si não carregam significado, eles passam a ter somente quando são considerados como tal.
Conclui-se então que apenas uma teoria da justiça que leve esta pluralidade de concepções acerca dos bens a serem compartilhados é passível de serem aplicados e endossados.
Lucas A. S. Mascaro 21073913
Walzer irá criticar pela a sua concepção de sujeito feita que ao se distanciar da realidade, vira simplesmente um conceito abstrato, pois é utopia acreditar que todos anseiam pelos mesmos direitos e aceitam um mesmo determinado código de deveres.
ResponderExcluirQuanto a justiça, para ele, está determinada pela analise da distribuição dos bens-sociais de uma sociedade, isto é, é a forma como os frutos do trabalho e organização sociais, tido como de valor para a sociedade, é distribuído nela, ainda que o conceito seja um pouco relativo dado que cada sociedade dá valor de diferentes formas e à diferentes coisas (dar valor a algo é uma ação social).
Contudo, a dificuldade existe em problematizar a distribuição quando os bens social distribuídos são tão distintos entre si, assim com quem os distribui, de forma a gerar uma grande complexidade quanto ao estudo da pluralidade da situação, que pode ser parcialmente resolve com a preposição de que dada a existência de múltiplas situações, os direitos são diferentes em cada cultura / sociedade. Walzer também traz em debate o questionamento e recusa da ideia de que todo bem social deve ser material (até porque o dinheiro não é social), pois os bens sociais também se relacionam com aquilo que o dinheiro pode ou não comprar devido a um consenso na sociedade pelas esferas de moral e justiça.
Além de que Walzer a partir do conceito de monopólio dos bens, percebe a distribuição deles segundo uma organização com determinado padrão de bem dominante no sistema de distribuição, do qual terá suas considerações refletidas aos demais. Contudo, a propriedade ao mesmo tempo que traz oportunidades trás regalias, de forma que para tornar efetiva a igualdade, se torna necessário uma reivindicação de uma redistribuição para todos os cidadãos da mesma forma.
Assim, na busca pela distribuição igualitária dos bens entre indivíduos de culturas diferentes e, assim, de diferentes preferências, o autor propõe diferentes esferas de justiças que englobam cada uma das demandas sociais, que buscam um equilíbrio entre si, ainda que para se examinar a justiça de uma sociedade seja importante a analise também dos casos específicos, de cada esfera, a fim de buscar um ponto de contato entre elas.
Aline Guarnieri Gubitoso - 21001713
Walzer é um autor comunitarista e também valoriza a comunidade. Assim como Sandel, ele também critica Rawls e os conceitos de véu da ignorância e a posição original. Segundo Walzer a preocupação principal deve ser com a ideia de bens sociais e não com a individualidade de cada um. A comunidade é o conceito chave para Walzer. Rawls trás a ideia de justiça como equidade, o que não é o ideal. Não se deve apenas ter regras para a distribuição dos bens, como se todos fossem iguais, o correto não é distribuir com equidade os bens para pessoas tão diferentes. Cada individuo possui sua particularidade, suas paixões, seus costumes e tradições, portanto, uma distribuição justa é aquela que atende as necessidades específicas de cada comunidade, e não de forma universal. Ou seja cada bem tem uma importância diferente em cada comunidade, devem ser portanto, distribuídos de forma diferente.
ResponderExcluirSendo assim, Walzer estabelece três princípios distributivos: O livre intercâmbio, que é ilimitado e livre, esta é uma maneira de ocorrer a distribuição. O mérito é resultado de bens sociais distribuídos como recompensas por órgãos neutros. E por fim a necessidade. É uma distribuição justa, porque satisfaz a carência de cada sociedade. Para defini-los, Walzer utilizou-se do método particularista. Assim os princípios de distribuição são igualitários, mas condiz com a necessidade e interesse de cada comunidade.
Walzer possui uma visão social do mundo, e o leva a reconhecer diferentes esferas da justiça, como o Estado, a igreja, o econômico e o político. E ele não descarta os conflitos sociais, diz ainda que são motivados pela distribuição dos bens. A igualdade justa por Walzer é aquela que trata todos os membros igualmente e ainda distribua os bens de forma igualitária, mas respeitando a particularidade de cada comunidade, não devendo haver, portanto, monopólios.
Priscila Testa 21071413
Walzer nao concorda com a ideia de equidade de John Rawls e afirma que o direito deve ser interpretado de diferente maneiras de forma que cada grupo (comunidade) tera sua interpretaçao de justiça.
ResponderExcluirEle tambem considera que a justiça possui diferentes esferas na sociedade.
A igualdade para o autor respeita a particularidade de cada comunidade.
Rebeca Polanowski Hammel - RA: 21042013
email: polanowski.rebeca@gmail.com
Para Walzer, a justiça não é um padrão moral, e deve ser concebido e avaliado no contexto das tradições de cada nação e das sociedades em particular.
ResponderExcluirSua teoria é feita a partir dos valores históricos e culturais de cada comunidade. Para ele, há diferentes esferas de justiça, como o Estado, a Igreja, a econômica e a política.
A teoria da justiça social, segundo Walzer, deve fornecer os princípios igualitários da distribuição de bens. Mas essa distribuição não é somente de coisas, como defendida por Rawls, e sim a distribuição de bens específicos, com diferentes sentidos e em diferentes sociedades. De acordo com o autor, os bens sociais primários são o direito, a liberdade, a oportunidade, o poder, a renda, a educação e a saúde. Seus significados e entendimentos são sempre sociais. Do mesmo modo que os indivíduos não podem ser considerados fora de suas comunidades, os bens sociais também não. Esses bens mudam de sociedade para sociedade e alguns deles se aplicam apenas em uma sociedade. As diferentes comunidades interpretam de maneira diferente o que elas desejam.
Bárbara B. P. Cabrino RA 21071113
Segundo Walzer, é preciso que haja limites na busca de bens e na disputa de poder em uma sociedade liberalmente justa. O dinheiro não pode ser usado para comprar privilégios, como uma decisão política. Para o autor, a ideia de Adam Smith de que existe uma mão invisível que regula o Estado e a economia se mostrou ineficiente, deste modo o Estado tem que ser responsável por tais regulações.
ResponderExcluirMichael Watzer é um liberal comunitarista, em sua teoria a justiça é colocada como um consenso, e o autor insiste em coloca-la como tal, visto que, diferentemente de um conceito, a justiça para Watzer é uma construção social, e por isso é variável dentro das construção simbólica sobre a moral de cada comunidade. Dessa forma, uma doutrina criada sobre princípios de bens sociais específicos quando imposta a outra sociedade, cuja percepção é diferente, é considerada por Watzer como uma justiça tirânica, assim como a interferência entre esferas distintas da justiça (religiosa, de mercado, civil, militar, etc.) na tomada de uma decisão, isto é, para o autor quando existem esferas da justiça das quais servirão como noção ética somente dentro do seu campo ideológico, assim, por exemplo, não é justo discutir problemas religiosos com uma percepção de justiça mercadológica.
ResponderExcluirPor estabelecer a justiça como uma construção social, Watzer crítica às teorias de justiça cujo princípio é a abstração, pois estas, atribuem um caráter absoluto, universal, à algo que para o autor é resultado das vivências culturais, históricas e sociais das diversas comunidades.
Cibele Nogueira 21065713
Walzer apresenta-nos sua concepção de que a justiça seria dotada de diversas definições, pois cada sociedade tem suas próprias considerações acerca do que é o tema. De acordo com ele, existem características básicas cujas quais cada sociedade pode enumerar de acordo com suas características particulares.
ResponderExcluirHá diversos tipos de povos e sociedades dispostas. Essas, por vezes apresentam características extremamente distintas umas das outras. E assim, cada uma delas vai valorizar ou olhar de determinada maneira para certo tipo de ação ou acontecimento. Dessa maneira, não existirá uma maneira de estabelecer o que é a justiça de forma universal.
Defende a existência de leis que façam com que haja igualdade. Que bens sejam distribuídos dessa maneira. Contudo, isso não extinguirá as desigualdades, pois elas são fruto de escolhas individuais. Para ele, a solução seria que se indivíduos possuem determinados bens, eles não podem, somente pelo motivo de já serem detentores, monopolizarem outros bens.
Coloca a sociedade em esferas como a Igreja, o Estado, o público, o privado, o educacional, o saudável, etc.
Camila Luna Mendes - 21078513
Após a leitura dos textos de Michael Walzer e de assistir aos vídeos propostos, observo que para Walzer, os bens - não apenas materiais, mas todas as necessidades da vida - deveriam ter uma distribuição equitativa entre todos. Os valores adotados na sociedade, derivariam de acordo com o contexto histórico que essa sociedade se deu e se encontra; então, estes são construídos por meio de vários acordos que vão se estabelecendo conforme este processo histórico ocorre; não seria uma imposição ou acordo estabelecido antes de constituir-se a tal sociedade.
ResponderExcluirAssim, segundo a definição de Walzer, “uma determinada sociedade é justa se a sua vida essencial é vivida de certa forma – isto é, de uma forma fiel às compreensões partilhadas dos seus membros.” Quando ultrapassamos essas compreensões agirmos, sempre, injustamente. Como membros de determinada sociedade podemos agir ou dar opiniões no que diz respeito à justiça apenas quando estão em contexto os significados sociais, estes não precisam ser harmoniosos.
Ao iniciar sua teoria da justiça, Walzer, que se coloca junto com os comunitaristas, afirma que o projeto liberal cria uma ideia de justiça que não tem relação com o mundo real, pois ao escolher a maneira individual de viver, deteminada pessoa não será feliz, pois a felicidade depende também da comunidade em que o ser está inserido, ou seja, o senso de pertencimento é que promove a felicidae das pessoass.
ResponderExcluirEm sua teoria, utiliza a ideia de distribuição de bens - incluindo qualquer bem, como sentimentos - cuja distribuição dependerá das condições e dos agentes específicos de cada esfera. Essas esferas seriam ramificações da vida social, como a educação e o mercado, sendo que em cada uma delas reina um conceito de justiça diverso, pois não há uma justiça geral, cada esfera tem seus princípios fundamentais. Assim, há algumas coisas que tornam injusta a sobreposição de uma esfera por outra,pois uma sociedade justa é aquela em que as diferentes esferas estão em equlíbrio.
Walzer, um socialista utópico, é adepto a defesa da justiça distributiva, numa visão coletiva e social, feita através do entendimento de diferenças individuais, acreditando também que a justiça deve levar em conta o contexto histórico social e os valores de diferentes comunidades.
ResponderExcluirDentro da sociedade e do contexto histórico vivido por Walzer no ato de publicação do livro (EUA dos século XX, década de 80), Walzer defende a particularização das esferas especializadas (educacional, mercadológica, política, etc), sendo elas parte de um organismo, sendo que uma interage com a outra – elas não se sobrepõem, apenas relacionam-se. A sobreposição ou interferências de uma esfera na outra gera um estado de injustiça social, um desequilíbrio, em alguma das esferas.
A administração das esferas é dever do Estado. Porém, para tanto, deve haver um agrupamento e priorização de valores comuns à sociedade, com caráter construtivo coletivo, fomentando discussões sobre o que é plausível moralmente ou não. Ou seja, dentro dessas esferas, a justiça se mostraria na igualdade de princípios – a igualdade existe dentro da distribuição.
A partir do momento que um indivíduo toma uma decisão particular dentro de uma esfera ou que esta gere interferência entre duas ou mais esferas, afeta na distribuição e consequentemente gera desigualdade.
Vinícius Chinedu de Oliveira - 21058413
Michael Walzer é um dos principais pensadores da corrente comunitarista e sua obra busca fazer correções do liberalismo.
ResponderExcluirWalzer centraliza-se no indivíduo, e critica a idéia de que todas as pessoas querem possuir os mesmos direitos, se submetendo a uma única norma de deveres, argumentando sobre uma ideia que oferece uma teoria de Justiça como um padrão moral criado e determinado pelos diferentes contextos das sociedades.
Demonstrando uma postura crítica do autor sobre a abstração dos direitos presentes na teoria de Rawls, porque a saúde, educação, renda vêm de acordo com a sociedade onde o indivíduo reside e que determina a proporção de cada direito social.
Após considerar que existem diferentes sociedades, é possível entender que estes direitos flutuam conforme determinadas culturas, e nenhuma teoria que apresente pontos universais sobre o direito poderão ser válidas. Ademais, Walzer destaca a concepção de distribuição igual de bens, sendo característica de uma teoria de justiça eficiente.
Para resolver essa contradição que se formou acima (porque parece ser de grande dificuldade dividir de maneira igual os bens entre indivíduos de culturas diferentes, que por questões culturais, possuem diferentes necessidades), Walzer propões diferentes esferas de justiça que abarcam as diferentes instituições sociais. Sendo a melhor situação para a sociedade aquela em que as esferas estão em harmonia e a melhor ação proposta para resolver tensões é o convencimento pacífico. A dificuldade é que se encontrem mecanismos que mantenham essa pacificidade dentro de uma sociedade, porque os interesses de cada esfera são variados, mesmo existindo independência entre elas. Se tornando uma sociedade injusta quando uma esfera se sobrepõe sobre a outra, afetando seu funcionamento.
Deyvisson Bruno, 21004513
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ResponderExcluirMesmo sem se sentir confortável com a posição na qual é colocado, Walzer é considerado um comunitarista, sendo assim critica ideias liberais. Para o autor sociedades são moldadas a partir de contextos históricos, indivíduos que possuem particularidades, fazendo com que por sua vez as comunidades sejam específicas. Sendo assim é importante considerações de igualdade, materiais, morais, de necessidade das pessoas de acordo com as especificidades da comunidade. Sendo assim cada questão levantada na sociedade pode gerar diferentes posições de indivíduo para indivíduo, levando a uma pluralidade de opiniões devido a igualdade e liberdade desses que por sua vez levariam ao equilíbrio a fim de chegar a soluções.
ResponderExcluirJéssica Santos Rodrigues de Souza 21036512
ResponderExcluirWalzer possui uma postura coletivista, ou seja, ele acredita que o ser humano necessita de uma comunidade para alcançar sua plenitude. Ele também coloca que não deve existir um único sistema de valores que valha para todas as sociedades, pois cada uma possui suas peculiaridades, ou seja, cada ação exige uma resposta diferente do individuo que a vive, pois ele terá experiências passadas que guiarão sua ação em cada caso.
Michael Walzer afirma em sua teoria que a desigualdade é uma dos pilares da sociedade, e partindo deste ponto que ele irá tecer sua crítica ao liberalismo. O liberalismo se mostra defeituoso tanto como prática politica como uma teoria insuficiente por desconsiderar a desigualdade. A teoria de justiça de Walzer afirma que os processos de distribuição dos bens sociais são fundamentais para a justiça social, nós vivemos numa sociedade distributiva, logo a ideia de justiça está intimamente ligada não apenas com a produção e consumo de bens, mas bem como com a sua distribuição. Para Walzer, essa distribuição não é simples. Isso porque não há apenas um bem social, assim como não há apenas um critério de distribuição ou um único agente distribuidor. Muito pelo contrário, a vida em comunidade revela um vasto hall de bens sociais, com diferentes agentes distribuidores e diferentes critérios de distribuição.
ResponderExcluirRA 21073013
Michael Walzer nasceu em 1935 e é um teórico político americano. É um socialista utópico, sendo um dos principais pensadores da corrente comunitarista. Walzer rejeita a ideia de que todos os indivíduos possuem as mesmas necessidades e, por isso, almejam as mesmas coisas. É preciso estudar o passado histórico de cada grupo para provê-los dos recursos realmente necessários. Ele defende uma distribuição de riquezas, não só de dinheiro, especificamente, mas de outros meios que possam ser utilizadas como ferramenta na expansão das liberdades, como diria o economista indiano Amartya Sen. No caso do Brasil, o Projeto Bolsa Família é uma forma de distribuição de renda direta e que tenta, ao mesmo tempo, enganchar outras áreas que suprem suas necessidades. Por necessidade, entende-se toda ou qualquer forma de opressão, deficiência ou falta de recursos que possibilitariam num indivíduo livre, que não haja privações ou falta de oportunidades para que consiga satisfazer suas realizações pessoais. Apenas do dinheiro recebido pelo Bolas Família pode ser utilizado como meio para expandir liberdades, e obrigar seus usuários a vacinarem seus filhos (saúde) e coloca-los na escola (educação), ainda há uma falta enorme de comunicação entre essas áreas. Apesar de haver a distribuição de riquezas, os sistemas públicos de educação e saúde estão sucateados, o que não vai colaborar para uma real e contínua ascensão da classe mais pobre.
ResponderExcluirEric Kenji Matsuyoshi 21037013
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ExcluirAo discorrer sobre uma igualdade na distribuição de bens, Walzer acredita que esta varia de acordo com os valores históricos e culturais presente em cada comunidade e que cada bem possui um significado social sendo assim, diferente em cada comunidade, então para cada bem social será necessário uma esfera distributiva autônoma com seus próprios métodos de distribuição. Sempre que os critérios de cada esfera estiverem sendo respeitados, a justiça estará preservada. Delimitar a esfera é algo que precisa ser feito por meio de discussões políticas frequentes entre os cidadãos que por meio do diálogo, conseguem identificar as necessidades e juntos, definirem os bens sociais.
ResponderExcluirO autor também que de acordo com uma teoria da justiça que destaque a importância e necessidade do respeito a tradição cultural de cada comunidade e preze pela construção da cidadania, resgatando o espaço público e a participação das pessoas na vida política.
Rawls também é criticado por ele no sentido em que não é através da busca de padrões morais aplicados igualmente a todos os grupos e sociedades como Rawls afirma. Por isso, Walzer é a favor de que cada comunidade ou grupo busque uma justiça que seja adequada à sua tradição.
Jamile Queiroz Gomes - RA: 21047113
Para Walzer é importante levar em consideração os aspectos culturais e históricos quando se fala na distribuição de bens, só assim é feita uma análise justa sobre a distribuição, pois ao contrário de Rawls, que fala em princípios gerais, Walzer argumenta que é necessário levar em consideração as diferentes particularidades de cada sociedade na construção desses princípios, logo não há uma definição única de justiça.
ResponderExcluirOs bens sociais não tem significados por si só, eles passam a ter significado somente quando é entendido pela sociedade, pela cultura como um bem a ser distribuído. Somente uma teoria acerca da justiça que leve estes pontos em consideração será passível de aplicação.
RA: 21051713