Há uma ideia que é hoje consenso entre quase todos os teóricos da Filosofia Política. Todos chegaram a conclusão que o Socialismo, com sua proposta de estabelecer um modelo de relações econômicas entre as pessoas baseado na supressão da propriedade particular e de arranjos políticos fundamentados na igualdade política, acabou. E com isso, também entrou em
colapso a ideia de uma democracia igualitária. Somente dentro de algumas gerações, talvez, a humanidade encontrará energia para voltar a propor um modelo alternativo de pensamento político. O fato é que hoje, somente temos uma visão hegemônica para os arranjos políticos e econômicos. A democracia liberal, com sua proposta de economia de mercado e institucionalização da liberdade, venceu.
A hegemonia do pensamento liberal põe, entretanto, um grave problema para os intelectuais. Isto é, na falta de um pensamento alternativo, como fazer a crítica da democracia liberal? De uma forma geral só nos resta como caminho, a via das críticas menores, das pequenas escaramuças, incursões ofensivas parciais e ficamos perdidos no chamado cinturão de proteção e nos ataques às teses secundárias que protegem o miolo, o ‘hard core’, do pensamento democrático liberal.
O debate na Filosofia Política, entretanto, não chegou ao seu fim. E a busca pela grande objeção capaz de acertar o centro do pensamento liberal se torna cada vez mais intensa. Nesse esforço, os intelectuais tem encontrado inspiração na retomada das grandes questões fundamentais do espírito humano.
O fato é que existem dois conceitos que, desde a origem da chamada civilização ocidental e cristã, estiveram na agenda das preocupações intelectuais das pessoas e foram objeto de muitas investigações. Trata-se das idéias de Verdade e Justiça. O que é a Verdade? Em que condições o nosso conhecimento pode ser considerado verdadeiro? E ainda, o que é a Justiça? Quando é que nossas ações podem ser consideradas como justas? Conhecer e Agir; idéias e ações; epistemologia e ética, parecem expressar duas dimensões importantes da existência humana.
O conceito de Justiça tornou-se particularmente importante desde o início do século XX. E os parâmetros do debate contemporâneo sobre Justiça foram estabelecidos por Hans Kelsen. Na sua obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen alega que a discussão sobre a Justiça não pertence ao mundo das discussões da Ciência do Direito. Entretanto, ele constrói toda uma teoria da Justiça. Ocorre que, num primeiro momento, a "Teoria Pura do Direito" e as possibilidades de uma Ciência Positiva do Direito, ocupam os debates na Filosofia Política do início do Seculo XX. Posteriormente, as idéias de Kelsen sobre a Justiça ocupam o cenário dos debates, posto que não se consegue entender o Direito somente através de uma Ciência Pura do Direito. Nós precisamos da ideia de Justiça. Por outro lado, o conceito de Justiça pode ser entendido a partir de reflexões sobre o indivíduo, ou de considerações sobre a sociedade. Isto é, a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade dos indivíduos, ou na construção das condições de uma vida social bem sucedida. É nesse sentido que vem o debate entre Liberais (Isaiah Berlin, John Rawls, Robert Nozick, R. Dworkin) e os Comunitaristas (M. Walzer, M. Sandel, J. Habermas e C. Taylor).
"Teorias da Justiça" e uma disciplina com a qual se pretende introduzir os alunos nesse debate.
11ª. SEMANA: 1 - 3 (setembro):
ResponderExcluirTEMA: POSIÇÃO ORIGINAL E SITUAÇÃO IDEAL: HABERMAS VERSUS RAWLS
Leitura: Teoria da Ação Comunicativa, de Jurgen Habermas
Grupo:
Cecília Kohara
Jacqueline Anjolim
Denis Miranda
Rafael Valença
Gustavo Silveira
O comunitarista Habermas contribuiu significativamente para o avanço e modernização da filosofia moral e de direito, ao sugerir sua teoria de ação comunicativa. Habermas então, enaltece a importância do debate teórico, que levaria à uma melhoria na prática, através de normas mais justas e mais abrangentes.“Assim, a fundamentação do Direito, sua medida de legitimidade, é definida pela razão do melhor argumento. Como emanação da vontade discursiva dos cidadãos livres e iguais, o Direito pode realizar a grande aspiração da humanidade: a efetivação da justiça.” Esse processo se daria a partir de contestações, que levariam a uma conclusão conciliadora.
ResponderExcluirAo se assumir que o diálogo leva a melhores conclusões, Habermas também assume que não há verdades absolutas, e que até o ato mais injusto pode ser justificado, se for defendido de maneira primorosa.
Habermas, portanto, revela-se adepto do regime de democracia deliberativa, que, além de ser o regime que busca levar em conta na momento de decisão todos os cidadãos, através da representação indireta, e também busca se aprofundar no conhecimento dos indivíduos que estão sendo representados, usando-se de debates e diálogos.
A partir de sua visão do mundo moderno, Habermas criou uma teoria na qual a racionalidade entre as relações de indivíduos encontra-se na comunicação. Para ele, a argumentação é tida como ideal máximo no discurso da justiça.
ResponderExcluirAfirma que existem duas esferas na sociedade: O Sistema e o Mundo da Vida. A primeira consiste no sistema de produção material como um todo. A ideologia presente nela leva à razão instrumental, a qual reforça as relações de subordinação entre os indivíduos. Já o Mundo da Vida é a esfera de reprodução simbólica, da linguagem das redes de significados que compõem determinada visão do mundo e cria consenso através da racionalidade comunicativa.
Sua teoria também apresenta os três mundos: o objetivo (mundo dos objetos e estados físicos), o subjetivo (mundo das ideias e consciência) e o social, no qual o indivíduo expressa suas experiências de vida ou simula alguma que queira expressar. Este último é o mundo da arte e da cultura.
Habermas acredita que a base de uma justiça que tem a participação de todos é a construção de consensos pela linguagem, já que assim os indivíduos não seriam apenas observadores, mas também participantes.
Morgana B. Alves Ferreira
RA 21036213
Integrante da Escola de Frankfurt, Jurgen Habermas é um filósofo considerado comunista por ter construído sua teoria sobre as linhas do pensamento marxista. Para tentar encontrar e definir um sistema comunicativo verdadeiro presente em nosso cotidiano, ele analisa o sistema comunicativo estabelecido na sociedade, que não se relaciona com o primeiro.
ResponderExcluirEm seus estudos, Habermas coloca com foco principal a democracia, elaborando a partir dela a Teoria da Ação Comunicativa, em que ações cotidianas refletem processos racionais na busca do homem de ser compreendido e de passar uma mensagem. A teoria da ação comunicativa do filósofo ultrapassa a teoria social e atinge uma filosofia analítica de linguagem, e ela ocorre sempre que há uma relação entre indivíduos, na tentativa de se fazer entendido, sem pretensões apenas individuais mas que ocorra na busca de alcançar objetivos individuais, sempre respeitando a sociedade no qual se está inserido.
Essa teoria é composta por uma divisão de três mundos, são eles o mundo objetivo, o mundo subjetivo e o mundo social. No mundo objetivo estão presentes objetos e estados físicos, o mundo real; o mundo subjetivo é aquele das ideias, na consciência de cada indivíduo ; e o mundo social é aquele onde o indivíduo expressa suas experiências de vida, é o mundo da cultura, da arte e da ciência. O filósofo também fala sobre um outro mundo, o mundo da vida, no qual as pessoas se relacionariam fora do sistema, mas ainda assim conseguiriam construir condenados e, assim, construir a justiça.
Então, Jurgen Habermas acredita na construção de consensos pela linguagem, que irá gerar uma base para a construção de uma justiça que tem a participação de todos os indivíduos de uma sociedade.
Danielle Yamaguti
21080813
Habermas faz uma crítica forte a realidade social contemporânea e a teoria desenvolvida por Rawls. Parte, então, por desenvolver um modelo comunicativo de ação, que transpassa a teoria social, atingindo uma filosofia analítica da linguagem (algo fundamental para o agir).
ResponderExcluirSua crítica é feita quando Ralws defende um contrato social, em que os indivíduos nele inclusos estariam cobertos por um "véu da ingorância" - os representantes estariam indo contra os indivíduos autônomos, ou seja, aqueles que eram diferentes deveriam se encaixar num princípio pré-estabelecido, deixando de lado toda sua autonomia. Outra falha no pensamento é partir de um pré-suposto do conceito de justiça.
A saída para Habernas seria um mundo da vida, em que romperia toda a lógica do sistema presente e trabalharíamos com uma racionalidade pura - aquela não infectada pelo sistema vigente. Ainda na concepção do autor que foi fortemente influenciado pelo marxismo, existem dois tipos de comunicação: instrumental (que é um instrumento de dominação por parte do emissor, transmitindo mensagens confusas ao receptor, com o objetivo de engana-lo na conversa) e comunicativa (é um instrumento de liberdade, racionalidade e crítca, que tem a finalidade de ter uma conversa real etre emissor e transmissor e que ambos entendam).
Conclui-se que há uma crença por parte do autor que diz que a justiça é alcançada pela participação dos cidadãos em debates, para agir comunicativamente com eles. Assim, maior parte da população participando dos debates, mais uma melhor oportunidade de atender os interesses de cada pessoa.
Jürgen Habermas é um filosofo e sociólogo alemão nascido em 1929, nascido em Dusseldof, é um dos integrantes da Escola de Frankfurt e parte da teoria marxista para elaborar seu estudo. Primeiramente o autor apresenta duas diferentes dimensões da ideia de racionalidade, sendo a primeira delas “O Sistema” e é definida como instituições de controle, tendo como exemplo o governo, a segunda delas é o “Mundo da vida”, esse sendo o mundo real, aquele onde vivemos e também onde ocorrem as discussões e debates, que não podiam ocorrer na dimensão do Sistema.
ResponderExcluirEste autor cria uma divisão em três mundos: o primeiro deles seria o mundo dos objetos em seu estado físico sendo chamado de “Mundo Objetivo”, o segundo deles seria o mundo da consciência e dos pensamentos sendo chamado de “Mundo Subjetivo” e o ultimo deles seria o mundo cultural, das artes e das ciências chamado de “Mundo Social”. Partindo deste ponto Habermas cria a base de sua teoria, onde ele faz uma diferenciação entre racionalidade comunicativa e instrumental, que levam as pessoas a agir de modo comunicativo ou instrumental. O autor define o agir comunicativo como aquele onde os indivíduos são capazes de discutir e se comunicarem com o intuito de chagarem a um ponto onde as ideias sejam concordantes, este agir é responsável por proporcionar liberdade, critica e racionalidade. Já o agir instrumental é aquele onde a comunicação entre os indivíduos é baseada na finalidade de iludir e dominar uns aos outros.
Habernas afirma que a ação comunicativa acontece através da interação do homem com o mundo e ela é fundamental para que exista justiça. As instituições seriam uma barreira para que os indivíduos tenham uma ação comunicativa, possam se comunicar e buscar por pontos de concordância, consequentemente se organizando em uma sociedade. Resumidamente para este autor a solução para que possa existir justiça é uma transformação no que ele chama de “Mundo da vida” que só seria viável se as pessoas da sociedade se comunicassem.
Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA: 11131211
Brenda Bela - RA: 21036513
ResponderExcluirNa sua obra intitulada “Teoria da Ação Comunicativa”, Habermas explicita que ideias de verdade como liberdade e justiça estão inscritos no nosso cotidiano. Todo tipo de comunicação é mediado por atos de fala entre dois um mais sujeitos, nesses atos participal três mundo denominados ‘objetivo’, ‘social’ e ‘subjetivo’. Em sua teoria, a racionalidade presente em todos os indivíduos que se estabelece na comunicação. Habermas cria dois conceitos: ação comunicativa e o mundo da vida. Em síntese, podemos dizer que para o autor, a ação comunicativa surge como uma interação de, no mínimo, dois sujeitos que estabelecem relações interpessoais com o objetivo de alcançar uma compreensão sobre a situação que os adorna. Neste processo, eles remetem-se a pretensões de validade criticáveis quando à sua veracidade e autenticidade, cada pretenção referindo-se respectivamente a um mundo objetivo dos fatos, a um mundo de experiências subjetivas. Já o mundo da vida é dividido em três componentes estruturais: cultura (entendida como estoque de conhecimento); sociedade (entendida como ordens legítimas onde os participantes regulam suas relações em grupo); pessoa ( entendida como a capacidade de compor sua própria personalidade). Para o autor, existe uma correlação direta entre ação comunicativa e o mundo da vida, já que cabe à primeira as reproduções simbólicas do segundo, assim, a ação comunicativa serve para transmitir e renovar o saber cultural. Servindo de formação da personalidade individual e integração social.
Em uma situação que os três mundos não possuem distinção, também não há diferenciação entre as esferas da ação teleológica e aquelas de ação comunicativa. As estruturas da visão de mundo, as instituições e até a personalidade individual ainda não se diferenciaram também e permanecem fundidas na consciência coletiva que constituí a identidade do grupo. Com o passar do tempo, a prática cotidiana e o peso cada vez maior dos atos comunicativos vão fortalecendo os processos de alcançar o entendimento em detrimento da tradição normativa. Habermas visualiza um processo de evolução social no qual a racionalização do mundo da vida se dá através da sucessiva libertação do potencial de racionalidade contido na ação comunicativa e no qual a ação orientada para o entendimento mútuo ganha cada vez mais independência dos contextos normativos.
Jurguen Habermas, baseado em seu conceito de sociedade em dois níveis, sistema/ação comunicativa (ex: mercado e o poder administrativo) e mundo da vida (processos mediados linguisticamente), oferece uma maneira adequada para interpretarmos a sociedade capitalista contemporânea. A teoria da ação comunicativa fornece, não apenas uma explicação para a existência de conselhos com participação popular mas também que a consolidação destes espaços públicos autônomos, é condição básica para a solução de uma série de patologias que marcam as sociedades capitalistas contemporâneas. O autor concluí dizendo que a ação comunicativa acontece através da interação do homem com o mundo, interação fundamental para que a justiça exista.
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Luana Alice Forlini RA: 21046313
ResponderExcluirSendo um teórico da escola de Frankfurt, Habermas parte de princípios claramente marxistas. Com concepções baseadas na racionalidade, comunicação e ação, temos a construção da Teoria do Agir Comunicativo.
Para delimitar a racionalidade, o autor nos diz que é essencial a comunicação e a linguagem. Assim, temos a distinção entre duas formas de agir: instrumental e comunicativo. O primeiro trataria de quando as pessoas se comunicam com o fim de dominar e/ou enganar. O segundo, seria quando indivíduos se comunicam com o objetivo de compreender um ao outro e chegar à alguma conclusão sobre um fato.
Além disso, para Habermas, há três mundos diferentes: social, objetivo e subjetivo. O último compreenderia as relações de uma pessoa internamente, o social seria o mundo culturar, baseando-se em cumprimentos de normas. E, por fim, o objetivo traria os objetos físicos e nele nos guiaríamos por um “agir teleológico”.
O conceito principal na teoria de Habermas é uma crítica à racionalidade sendo que para ele o problema de racionalidade advém da limitação dos meios comunicativos nas sociedades modernas.
ResponderExcluirEm sua teoria apresenta a distinção de três mundos: -objetivo, relacionado a composição física das coisas; -social, em que se constroem as relações interpessoais; e o -subjetivo que equivale ao âmbito de consciência de cada indivíduo.
Propõe uma filosofia que não seja guiada somente por abstrações, mas que promova acesso universal e com razão embasada na linguagem e na comunicação como instrumento agregador. Retornando à sua crítica à racionalidade Habermas crê que uma ação é racional quando esta é fundamentada em uma argumentação e na expectativa de consenso. Portanto para alcançar alguma racionalidade é preciso que existam algumas partes interagindo e se comunicando. Habermas esclarece que o agir comunicativo supera o estratégico pois o sucesso da coordenação não provém de planos individuais de ação e sim de atos de entendimento que penderão mais para a verdade.
Deste modo o papel da justiça consiste em promover o debate e monitorá-lo para que ocorra uma conciliação dos diversos interesses sem a interferência de campos exógenos à ética como o cientificismo e a economia que sistematicamente extravasa os limites dos certames do mercado nas mais variadas direções.
Habermas apresenta uma interpretação da sociedade moderna das mais complexas entre as teorias estudadas até então, é defensor de uma democracia deliberativa onde a justiça vem a se efetivar com ações normativas para a ampliação da participação dos indivíduos no processo de decisão.
Rose de Paula
RA 21069412
Habermas buscou analisar a sociedade capitalista moderna, delineando suas limitações fundamentalmente no que diz respeito a sua racionalidade. Compreende esta sociedade em evolução e trabalha os aspectos cognitivos e comunicativos que levariam ao desenvolvimento da atual sociedade capitalista. Membro da Escola de Frankfurt, Habermans é considerado um marxista e sua corrente filosófica conhecida como pragmatismo. No entanto sua teoria se distancia do marxismo classico que compreende a necessidade de rupturas de essência no sistema econômico, político e social. Habermas por seu turno, advoga o acesso universal a razão embasada na comunicação como fator de evolução e agregação nos marcos do atual regime.
ResponderExcluirSuas sugestões atuam no sentido de uma critica fraca ao sistema, ficando restrita a determinadas insuficiências da sociedade moderna cujo remédio seria a adoção de medidas mais democratizantes que proporcionasse uma evolução democrática do capitalismo.
WANDERSON COELHO PINHEIRO
Andréa Aline de Faria 21039713
ResponderExcluirHabermas apresenta uma ideia bastante similar a ideia marxista de infraestrutura e superestrutura. Que é a ideia de que a racionalidade se divide em duas dimensões: O Sistema, que são as instituições de controle, como o governo, mídia, etc. E o Mundo da Vida, que é o mundo concreto, algo não institucionalizado, o dia-a-dia do individuo. Habermas apresenta o mundo da vida como sendo o lugar para as discussões, os debates, a proposição de idéias. Pois segundo ele, na dimensão do sistema isso não seria possível.
Para o autor as comunicações que os sujeitos estabelecem entre si, mediadas por atos de fala, dizem respeito sempre a três mundos: O Mundo Objetivo, que é o mundo dos objetos, um mundo tangível, um mundo físico. O Mundo Subjetivo, o mundo da mente, das idéias, da consciência. E o Mundo Social, o mundo da arte, da ciência, onde a expressão do agente se da por um meio cultural.
Há também uma distinção para o autor entre Razão Instrumental, que seria um instrumento de dominação, essa racionalidade define-se pela relação meios e fins, pela escolha de meios adequados para atingir determinados fins, pela escolha de alternativas estratégicas com vista consecução de objetivos. E Razão Comunicativa, que proporcionaria a liberdade, a critica e a racionalidade.
Habermas postula a ação comunicativa como base para que possa haver justiça. Sendo que a ação comunicativa se dá através da interação do homem com o mundo. Habermas propõe ainda, um modelo ideal de ação comunicativa, em que as pessoas interagem e, através da utilização da linguagem, organizam-se socialmente, buscando o consenso de uma forma livre de toda a coação externa e interna.
Jürgen Habermas é um renomado filósofo alemão e com suas teses baseadas nos estudos da Escola de Frankfurt. Sendo assim, trouxe um novo debate acerca da justiça, adicionando um problema mais contemporâneo, que é a democracia dentro das sociedades capitalistas avançadas, como EUA, alguns países nórdicos e etc.
ResponderExcluirÉ feita uma divisão na racionalidade entre instrumental e comunicativa, sendo a primeira utilizada na dominação das pessoas e relações sociais, enquanto a segunda seria a comunicação entre os indivíduos sem o intuito de um dominar o outro.
Habermas defende a linguagem e a comunicação como essenciais para a construção de uma sociedade justa, pois a atuação da linguagem e da comunicação junta da sociedade é o que permite que haja um rompimento com valores pessoais "extremos" e que se abra um caminho entre os extremos para formar novos valores justos.
A teoria de Habermas se baseia na observação de que os atos de comunicação são sempre os mais executados pelos indivíduos e, deste modo, sua proposta é a de que todos os cidadãos possam ter iguais condições para colocar suas posições nos debates públicos, de forma a promover maior autonomia e pluralidade dentro do regime democrático.
Sara Aparecida de Paula RA: 21041713
ResponderExcluirHabermas é um autor comunitarista da Escola de Frankfurt e em sua abordagem, ele tem a tendência de sempre que possível, integrar diferentes enfoques teóricos. Por isso sua teoria dialoga com diferentes autores, falando num ideal de comunicação e ação comunicativa, para que ela seja livre, crítica e racional, sendo uma alternativa à razão instrumental, que pode ser considerada um tipo de dominação.
O sistema (reprodução material, com o poder político e a economia) e o mundo da vida (reprodução simbólica, com redes de significados que compõem o mundo), são as duas esferas de vida que ele divide. Então o sistema rege o mundo da vida.
Para Habermas, os conceitos de agir comunicativo e mundo da vida conduzem, nos discursos reais, à justiça (que se refere à igualdade de liberdades e dos direitos) e à solidariedade (tem a ver com a sobrevivência como membros de uma comunidade) respectivamente. E ele também defende uma ética universalista, garantindo aos interessados participação em decisões e discussões públicas.
Habermas se destaca entre os comunitaristas por sua Teoria da Ação Comunicativa. O ser humano se expressa através da comunicação, mostrando seus desejos, gostos, opiniões etc. Neste processo, há o exercício da razão (que se divide entre comunicativa, que resguarda a liberdade, e instrumental que gera dominação). Em Habermas, a comunicação se dá em três esferas: a do objetivo físico; a do social; e a do subjetivo.
ResponderExcluirDevido aos desejos e as individualidades de cada pessoa, há conflitos, e estes conflitos geram acordos, que surgem por meio da comunicação exercitada pela razão, que quando é comunicativa, defende a liberdade. Também devemos considerar que os acordos podem ser provisórios, ou seja, podem mudar com o tempo, visto que as opiniões e desejos mudam de acordo com o desenvolvimento de cada sociedade, então, consequentemente, novos acordos seriam feitos.
Fica claro então que, para Habermas, é através da comunicação que é possível chegar a um bem comum, e que a linguagem traz consensos importantes para dar estrutura a uma teoria da justiça.
Aline B. Silva - RA 21080413
Habermas assim como Walzer e Sandel faz uma crítica à teoria de Rawls, pois para o autor não é possível que o indivíduo haja sob o véu da ignorância e se desvencilhe de seus princípios e crenças.
ResponderExcluirNa obra de Habermas podemos perceber certa influência Marxista, ele divide a sociedade entre dois mundos, o da vida e o do sistema.
O primeiro seria uma parte em que seriam feitos debates e a construção de conceitos como o de justiça. O segundo seria a economia, as relações de poder e a chamada lógica instrumental.
Além disso, o filósofo também acredita na Teoria da Ação Comunicativa que visa a comunicação entre os indivíduos estabelecida entre a ligação do mundo subjetivo (sentimentos), objetivo (físico) e social. Segundo essa teoria, a comunicação poderia ser uma ferramenta que impulsionaria mudanças nos padrões existentes na sociedade atual
RA 21072613
ExcluirCaroline Aguiar de Siqueira
ResponderExcluirRA 21055413
Jügen Habermas é um renomado filósofo alemão, e suas teses se baseiam nos Estudos da Escola de Frankfurt.
Possui uma visão hermenêutica, diferente dos outros autores estudados, caracterizada por processos e ferramentas interpretativas, além do que está dado, em face da perspectiva liberal, mediada pela filosofia analítica que estuda fatos empíricos.
O autor consiste em analisar a sociedade como “sistema” e como “mundo da vida”. A primeira é representada por instituições sociais e poderes políticos e econômicos. Assim, podemos compreendê-lo a partir da lógica instrumental, incorporada às relações hierárquicas e de troca empreendidas na sociedade. Já o “mundo da vida” é a dimensão comunicacional, externa ao sistema, onde transcorre o debate e ajustam-se os acordos.
Feita a análise dos materiais disponibilizados para essa atividade, deixo aqui minhas considerações sobre Jürgen Habermas e o tema “Posição original e situação ideal: Habermas versus Rawls”.
ResponderExcluirHabermas propõe a Teoria da Ação Comunicativa, na qual o ser humano acaba se expressando pela comunicação, mostrando/divulgando assim suas opiniões, medos, desejos e gostos. Como comunitarista que é, Habermas vê que é pela comunicação que se chega a um determinado bem comum. Para ele, as linguagens podem acabar trazendo consensos para estruturar uma teoria sobre a justiça. Pois crê que o diálogo possibilita melhores e menos precipitadas conclusões.
Outro ponto discutido na obra de Habermas é o de que para ele não há verdades absolutas. Por mais injusto que determinado ato possa parecer/ser, este pode ser justificado, desde que seja muito bem defendido.
Portanto, Jürgen Habermas vê na ação comunicativa a capacidade/modo pelo qual os indivíduos através de uma grande pluralidade/variedade de opiniões chegarem a consensos sobre conflitos comuns às suas vidas e assim chegarem, com todos participando, à uma justiça “racional”. E comparando com Rawls, Habermas coloca que é pelo debate, na expressão plural de várias linguagens que se dão e chegam a discursos da justiça, e não como uma justiça impessoal como vê Rawls.
Lothar Schlagenhaufer
Em uma tese baseada no marxismo cultural, onde o conhecimento racional é instrumento de dominação, Habermas tenta mostrar a importância da comunicação. Todas as relações que se estabelecem entre os indivíduos de uma sociedade são decorrentes do sistema econômico vigente. A racionalidade que faz parte da linguagem abre espaço para um agir comunicativo. Esta racionalidade na comunicação tem pretendida a compreensão do ouvinte.
ResponderExcluirSegundo Rawls, numa situação inicial, indivíduos - envoltos no véu de ignorância - desprovidos de características pessoais, racionais, partilhando uma mesma concepção de justiça e sem saber sua posição na sociedade seriam capazes de estabelecer princípios justos – pois seriam imparciais e escolheriam princípios considerados justos por todos.
Habermas propõe um modelo ideal de ação comunicativa, em que as pessoas interagem e, através da utilização da linguagem, organizam-se socialmente, buscando o consenso de uma forma livre de toda a coação externa e interna.
Embora exista uma crítica mutua entre Rawls e Habermas, a posição original e a situação ideal de fala desempenham papeis semelhantes na teoria de ambos os autores. Mas em Habermas, a comunicação é o meio para se alcançar a justiça.
Para Jurgen Habermas a liberdade e justiça estão nas falas cotidianas, tentando então, elaborar uma teoria social capaz de interpretar a realidade social contemporânea. Segundo o autor, a racionalidade possui duas dimensões: o sistema, que são as instituições de controle e o mundo da vida, que é o mundo concreto, possuindo três componentes que são a cultura, a sociedade e a personalidade.
ResponderExcluirPara o autor, existe uma relação direta entre ação comunicativa e mundo da vida, ou seja, a ação comunicativa serve para transmitir o saber cultural, a integração social e na formação da personalidade de cada indivíduo.
As ações comunicativas que os sujeitos estabelecem entre si, são mediadas por atos da fala, sendo contempladas por três mundos: o mundo objetivo, que é o mundo dos objetos, ou seja, um mundo físico; o mundo subjetivo, da mente, ideias e consciência; e por fim, o mundo social, da arte e ciência.
Desta forma pela ação comunicativa a justiça seria praticada com a participação de todos os cidadãos de forma igualitária através do agir comunicativo, pois, é a interação do homem com o mundo, que se estabelece nas relações interpessoais com o objetivo de alcançar uma conclusão. Ainda propõe um modelo ideal de ação comunicativa que através da utilização da linguagem iria se organizar socialmente.
Natália de Lima Pereira 21016913
Habermas é um filósofo inspirado nas ideias da Escola de Frankfurt. Sua obra tem, também, grande influência do pensamento marxista, logo, podemos concluir que Habermas foi mais um autor que criticou o liberalismo e fez a sua defesa da ideologia comunitarista.
ResponderExcluirHabermas enxerga como negativo os efeitos do positivismo nas sociedades modernas, em que a razão técnica e instrumental são dominantes. Para ele, a racionalidade adequada seria aquela atingida através da ação comunicativa, de forma crítica. Dessa maneira, invertendo a lógica da razão técnica para uma razão crítica, Habermas compôs sua "Teoria da Ação Comunicativa".
Segundo as palavras do próprio autor: "Chamo ação comunicativa (grifo do autor) àquela forma de interação social em que os planos de ação dos diversos atores ficam coordenados pelo intercâmbio de atos comunicativos, fazendo, para isso, uma utilização da linguagem (ou das correspondentes manifestações extraverbais) orientada ao entendimento. À medida em que a
comunicação serve ao entendimento (e não só ao exercício das influências
recíprocas) pode adotar para as interações o papel de um mecanismo de coordenação da ação e com isso fazer possível a ação comunicativa." Podemos inferir daí a noção que o autor tem a respeito da força que a comunicação tem, esta sendo colocada como uma possível solução no diálogo sobre uma sociedade justa, garantindo a democracia, e que levaria a um maior entendimento do mundo, capaz de modificar comportamentos.
O ser humano é um ser dotado de linguagem e é através da comunicação que os seres podem interagir entre si e entre diferentes tradições.
Tendo apresentado bem resumidamente o cerne da teoria de Habermas, irei agora expor as suas críticas à Rawls. Habermas reconhece a importância e a contribuição da teoria rawlsiana, entretanto, seus questionamentos são sobre a forma como tal teoria é exposta. A posição original defendida por Rawls limita as partes envolvidas a uma autonomia racional (aspecto kantiano), que leva a uma não compreensão dos interesses de quem está sendo representado (a sociedade). Outra crítica à teoria de Rawls é que ela se mostra uma teoria fixada numa filosofia da consciência, em contrapartida, Habermas sugere invertermos o paradigma da consciência para o paradigma da razão comunicativa.
Habermas é um filósofo inovador e tem uma teoria muito diferente das estudadas até agora, mas, mais uma vez, a considero um tanto quanto utópica, postular que os indivíduos chegam ao consenso através da linguagem e comunicação, é afirmar que somos civilizados o suficiente para discutir e argumentar com o outro, coisa que sabemos, na prática, não ser verdade.
Após ler o texto: "Teoria da Ação Comunicativa", de Jurgen Habermas e examinar o material disponível tenho a comentar que o autor Habermas através de sua teoria da ação comunicativa pressupõe que os seres acabam por se expressar através da comunicação, demonstrando tais expressões através de suas opiniões, vontades, preferências, gostos, medos e esses em exemplos mais próximos a realidade se dariam através da arte, música, parques de diversão para os medrosos seja pela altura (expressão pessoal – risos).
ResponderExcluirAtravés dessas expressões é que Jurgen acredita que se possa chegar até determinado bem comum. Eu agora exponho minha opinião de crítica construtiva, pois sei que Habermans assim como Walzer e Sandel criticam a teoria de Rawls, pois para o autor não é possível que o indivíduo haja sob o véu da ignorância e se desvencilhe de seus princípios e crenças, porém em minha opinião acredito que a teoria de Rawls não está totalmente errada, creio que seja apenas um excesso de ponto de vista. Se pegarmos o exemplo que dei sobre o parque de diversão posso ilustrar esse exemplo dizendo que através do pedido de uma acompanhante, larguei minha natureza de medo e fui a um brinquedo de muita altura, reconheço que de certo modo fui contra meus princípios e crenças, mas uma vez me colocando na máquina só pude sair ao término do movimento, ou seja, houve uma determinada concretização das duas teorias, pois embora eu tenha dito inicialmente que não à acompanharia, sua insistência me fez ceder. Portanto ocorreu a comunicação de Habermans e a concretização do “despir-me” por meio de ter cedido meu medo.
Não sei se me entendi corretamente todos os pontos desses autores, mas através do que captei tentei firmar tal questionamento.
Lucas do Vale Moura R. A. 21078813
José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312
ResponderExcluirO que pude compreender após a leitura de "Teoria da Ação Comunicativa" de Jurgen Habermas é que ele critica o liberalismo e Rawls. Esse autor busca elaborar uma teoria social capaz de interpretar criticamente a realidade contemporânea. Justamente por isso vai contra a condição original e a aplicação do véu da ignorância para elaboração de um contrato social justo, porque esses mecanismos abstraem as condições sociais, econômicas, políticas e culturais para que não contaminem a discussão desse contrato. Isso distancia a justiça da realidade, não satisfazendo a vontade de Habermas de encontrar uma teoria que se encaixe ao mundo concreto. Habermas acredita que o homem, naturalmente, procura ser entendido e compreendido ao passar uma mensagem, sendo que nossas ações são racionalmente pontuadas para que esse objetivo seja atingido. Isso constitui sua Teoria da Ação Comunicativa, que entre outras coisas, mostra que esse processo de entendimento desejado está ligado com a satisfação de objetivos individuais. Nossas ações são voltadas para que haja determinado entendimento, que por sua vez garante que alcancemos determinados objetivos. Esse engajamento de Habermas com o processo de comunicação é bastante característico do autor, e se deve em parte pela sua própria limitação. Nascido com lábio leporino Habermas tem dificuldade em pronunciar as palavras, o que acabou levando-o a uma grande dedicação em aperfeiçoar a própria escrita. Três tipos distintos de mundo são defendidos por esse autor: O mundo objetivo abriga as coisas em sua composição física; o mundo social é composto pelas relações interpessoais; o mundo subjetivo é construído do sentimental e do racional, da consciência de cada um. Por fim, para Habermas, essa organização determina como se dá a política. As esferas públicas e midiáticas exercem influência sobre a sociedade através dos meios de comunicação, e a sociedade por sua vez pressiona o sistema político através do poder comunicacional que possuí.
Habermas incentiva uma forma de debate ético onde o indivíduo deve participar das discussões introduzindo a si mesmos nas questões abordadas.
ResponderExcluirDesse modo, a partir dos melhores argumentos, chegariamos a uma conciliação, definindo a não existência de um polo "correto" ou "incorreto" nos diálogos e sim os argumentos que foram melhor defendidos.
Jurgen Habermas é um filósofo da Escola de Frankfurt que parte da teoria marxista para elaborar seu estudo. Sua obra é permeada em grande parte pela filosofia analítica, que se ocupa de estudar os fatos empíricos, e em analisar o sistema comunicativo estabelecido na sociedade. O analisa a partir de duas dimensões da ideia de racionalidade: "sistema" e "mundo da vida". A primeira é representada por instituições sociais, poderes políticos e econômicos. Desse modo, é possível compreendê-lo a partir da lógica instrumental, uma vez que esta é incorporada às relações hierárquicas e de troca empreendidas na sociedade. O mundo da vida, por sua vez, é a dimensão comunicacional externa ao sistema, pela qual transcorre o debate e firmam-se os acordos, assim sendo o lócus da construção das concepções de justiça às quais interessam ao debate.
ResponderExcluirAlém disso, sua teoria possui a divisão de três mundos: o mundo objetivo (objetos e estados físicos), o mundo subjetivo (mundo das ideias e consciência de cada indivíduo) e o mundo social (onde o indivíduo expressa suas experiências de vida, é o mundo da cultura e da arte). Há, portanto, uma distinção entre a racionalidade comunicativa e instrumental, que é a base do pensamento de Habermas. A razão comunicativa proporciona a liberdade, a crítica e a racionalidade. Em contrapartida, o agir instrumental se dá quando o uso da comunicação é empregado com a finalidade de iludir os demais, de dominação.
Outro ponto de estudo do autor é a democracia. A partir dela, ele elabora a Teoria da Ação Comunicativa, a base para que se possa haver justiça. Habermas sugere um modelo ideal de ação comunicativa, no qual os indivíduos interajam entre si e, através da linguagem, ordenem-se socialmente, na busca pela concordância de ideias de uma forma livre de influências externas e internas. Portanto, seria melhor a não existência de instituições, e sim o consenso entre as pessoas. Assim, a solução está na transformação do Mundo da Vida, que só seria possível através da comunicação entre os indivíduos de uma sociedade. É nessa dimensão que se daria as discussões, os debates, as teses das ideias; na dimensão do Sistema, tais coisas não seriam possíveis.
Quanto à teoria de Rawls, Habermas a critica no que concerne ao estabelecimento do contrato social sob os moldes da posição original e ao véu de ignorância. Para o segundo, não faz sentido construir um procedimento que estabeleça modos de escolher entre princípios de justiça. O que deveria haver seria um processo de estabelecimento desses princípios, de modo que os indivíduos o estabelecessem de forma autônoma, ponderando seus prós e contras, a fim de garantir a justiça na sociedade.
Habermas, filósofo alemão da escola de Frankfurt, é um autor que parte do estudo da teoria marxista. Habermas escreve a Teoria do Agir Comunicativo abordando e relacionando temas como: racionalidade, ação e comunicação.
ResponderExcluirHabermas vai apontar o papel da razão na emancipação social, com uma teoria procedimental da moral e do direito limitada aos aspectos procedimentais do uso da razão que desenvolve o sistema de direitos a partir da ideia de sua institucionalização jurídica. Ele apresenta uma ideia similar à ideia marxista de infraestrutura e superestrutura, que é a ideia de que a racionalidade se divide em duas dimensões: O Sistema, que são as instituições de controle, como o governo, mídia, etc. E o Mundo da Vida, que é o mundo concreto, algo não institucionalizado, o dia-a-dia do individuo. Habermas apresenta o mundo da vida como sendo o lugar para as discussões, os debates, a proposição de ideias pois, segundo ele, na dimensão do sistema isso não seria possível.
Habermas com sua teoria da ação comunicativa transpassa a teoria social e atinge uma filosofia analítica da linguagem, e esta linguagem se tornou um ponto fundamental para a sua teoria sobre o agir comunicativo. Cria uma série de comunicações racionais que criam todo um conhecimento, e isso consiste no agir comunicativo. O ponto chave seria esse agir comunicativo, ferramenta com a qual se obtém a justiça com a participação igualitária de todos os cidadãos nos litígios, ou conflitos de interesse.
Para o autor, a razão se divide entre a razão comunicativa, que é um instrumento que protege a liberdade, e a razão instrumental que proporciona a dominação. A razão comunicativa é uma forma de construir um entendimento e de buscar conhecimento; já a razão instrumental é um método persuasivo de conquistar algo.
Para o autor as comunicações que os sujeitos estabelecem entre si, mediadas por atos de fala, dizem respeito sempre a três mundos: O Mundo Objetivo, que é o mundo dos objetos, um mundo tangível, um mundo físico. O Mundo Subjetivo, o mundo da mente, das ideias, da consciência. E o Mundo Social, o mundo da arte, da ciência, onde a expressão do agente se da por um meio cultural.
Há também o agir normativo, que nos leva as ideias de sistema e mundo da vida, talvez o ponto alto do livro. Habermas acredita que somos "adeptos" de um agir normativo, pois o sistema à isso nos "obriga" na medida em que é composto por instituições, como as leis por exemplo, que formatam o comportamento humano. A melhor saída seria a não existência de instituições, mas sim consensos entre as pessoas. A saída para Habermas está no mundo da vida, em sua transformação, que só se concretizaria em uma sociedade regida pela comunicação ideal entre seus integrantes.
Portanto, Habermas acredita em uma construção de consensos pela linguagem que dá base para a construção de uma Justiça que tem a participação de todos os indivíduos envolvidos, pois estes são além de observadores, participantes. O conhecimento é construído e transmitido pela comunicação e isso torna a ação comunicativa o pilar desta teoria. Ela possibilitará a participação de todos na criação de uma sociedade justa e de um modo de vida de qualidade, sempre tendo a razão por trás da comunicação.
RA: 21019613
Habermas mostra-se bastante preocupado com a comunicação e a linguagem entre os indivíduos. Para ele, as pessoas estão inseridas dentro de uma linguagem, ideia esta muito semelhante à de Taylor, que afirma que a criação da própria identidade dentro da sociedade se dá por meio da linguagem. Por valorizar a linguagem, Habermas acaba por valorizar, também, o debate, que depende de uma interação social. Tal interação pode ser vista como a comunicação, que reflete em diversos âmbitos, como o político, religioso, educacional, entre outros. Por conseguinte, esta interação será responsável pelo conceito de “ação comumnicativa”, que ocorre dentro de uma determinada linguagem. Há, também, a "ação racional”, que se direciona a um determinado fim.
ResponderExcluirHabermas critica a ideia de que a razão é voltada para um fim, inibindo a possibilidade de debate, segundo a visão iluminista. O autor vai além da crítica: para ele, é exatamente o debate e a interação social que são capazes de construir uma justiça, pois por meio deles o ser humano toma consciência de si e do mundo ao seu redor. Ou seja, é por meio da ação comunicativa que o indivíduo se liberta.
Este, portanto, é o principal ponto que difere Habermas de Rawls, pois com as ideias do segundo – véu da ignorância, contrato social e a definição do papel da justiça determinada por homens razoavelmente capazes – há o afastamento do ideal da ação comunicativa. Para Habermas, não é possível desprender-se da linguagem e adquirir uma “posição original”, como propôs Rawls. Para o autor em questão, a construção de uma sociedade justa dependa da comunicação, que é capaz de construir valores e ideais de justiça.
Habermas propõe um modelo de justiça baseado na comunicação.
ResponderExcluirPara o autor, existem duas razões, a razão sistêmica e a razão da vida. A razão sistêmica é algo como “o que está imposto” e a razão da vida é o que se desenvolve durante a comunicação. Habermas faz parte da terceira geração da escola de Frankfurt, portanto, trabalha com uma visão neomarxista.
Para o autor, a pior coisa que pode acontecer ao ser humano é ser oprimido. A emancipação em Habermas é quando se institui o fim da opressão. E para se terminar com a opressão, a razão da vida deve se impôr sobre a razão sistêmica. E para isto acontecer, é preciso haver uma esfera pública de debate. E é nesta esfera que a razão da vida pode se impôr sobre a razão sistêmica.
Sua teoria é robusta, possui componentes culturais, sociais e políticos e é moldável. A única limitação que enxergo na sua teoria, é a de que existe o pressuposto da democracia. Apenas numas democracia é possível existir uma esfera pública de debate, onde o pluralismo possa conviver pacificamente.
Lukas Correia A. Silva 21038313
Fernanda Scarpelli Varani -21002313
ResponderExcluirSegundo o paradigma da consciência, o sujeito toma suas ações através de uma intencionalidade que é subjetiva e também soberana, ou seja, os seres são livres e autônomos graças a suas habilidades cognitivas e éticas. Segundo este paradigma, há um conhecimento verdadeiro, que se traduz em teorias.
Já o paradigma da linguagem coloca a linguagem como questão central, como sendo ela o fator que constitui o mundo, ou seja, a linguagem é anterior à relação sujeito-objeto, assim, a linguagem deixa de ser vista como simples refletor de significados, mas também como algo que constrói significados. É neste contexto que entra a teoria comunicativa de Habermas, que tem por motivação “desenvolver um conceito de racionalidade que não é amarrado e limitado por premissas subjetivas e individualistas da filosofia moderna e da teoria social”.
Portanto, Habermas é defensor da democracia deliberativa, ou seja, a democracia que espera que tanto os cidadãos quanto os seus representantes justifiquem suas decisões. Além disso, para o autor, as questões centrais de uma sociedade não são questões técnicas, ou seja, todos possuem um posicionamento sobre elas, pois estas são de natureza política e prática. É desta maneira que Habermas abraça uma racionalidade que se afasta do positivismo e que também não cai no niilismo, através de um redirecionamento ao invés do abandono do projeto de Iluminação.
Já Rawls difere destes conceitos na medida em que parte do pressuposto da intuição de justiça que nos leva a organizar a sociedade por meio de um contrato artificial. Assim, as pessoas são colocadas numa posição original, em que ficam atrás de um suposto “véu de ignorância” que as privam de informações sobre como os dispositivos do contrato afetarão a situação particular de cada um.
Esta ideia de “véu da ignorância” e posição original se afasta do paradigma da linguagem, pois está amarrada a premissas subjetivas, e, além disso, não promove a democracia deliberativa.
Considerado por alguns como um autor comunista por se basear nas ideias marxistas e ter vindo da Escola de Frankfurt, Habermas tem como foco estudar sobre a democracia.. Por meio de seus estudos, cria a teoria da ação comunicativa. A ação comunicativa se dá por meio da interação do homem com o mundo. Essa teoria é dividida em três mundos: o objetivo (onde se encontram objetos físicos), o subjetivo (das ideias dentro da consciência de cada um) e o mundo social (aonde o indivíduo se expressa ; seria o mundo das artes e da ciência podendo expressar suas experiências). Habermas também menciona um mundo fora desse sistema que seria o Mundo da Vida que os indivíduos se relacionariam construindo esse mundo e sua justiça.
ResponderExcluirCritica fortemente Rawls e seu contrato social, alegando que os indivíduos não devem perder sua autonomia por se encaixar em princípios fixos e que o véu da ignorância vai contra a autonomia individual também.
Vale lembrar que para Habermas a justiça só existiria de verdade no Mundo da Vida e que a comunicação seria o meio para existir esse mundo, já que a instituições no mundo atual servem de barreira a comunicação.
Victoria Caroline Barros Araujo
21080313
J. Habermas, um grande filósofo com tendências marxistas, onde suas premissas básicas são os conceitos de liberdade e justiça. Sabendo que ele possui tendências marxistas, ele tende a criticar o liberalismo, assim como Michael Walzer e Sandel, e ele acaba por defender a ideologia do comunitarismo.
ResponderExcluirUm ponto forte da tese de Habermas é a respeito da comunicação, onde ele acredita que por os indivíduos estarem em uma sociedade, é necessário que eles se comuniquem e com isto podem chegar a um consenso do que é melhor para a sociedade, provando assim a racionalidade do povo, e os benefícios que o comunitarismo traz consigo.
GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
RA:21081113
Habermas é um dos principais filósofos europeus da atualidade; herdeiro da Escola de Frankfurt, hoje tem sua filosofia tendendo mais para o pragmatismo americano. Ele tem a intenção de construir uma grande teoria que explique o mundo e que fundamente nosso conhecimento, sendo um dos últimos filósofos não metafísicos, mas que ainda busca fazer da filosofia uma tábua fundamentadora do saber e da visão racional da realidade.
ResponderExcluirA teoria da ação comunicativa que, atualmente serve para Habermas olhar os aspectos das nossas vidas, que vão de problemas epistemológicos à problemas de ética, direito ou politica. Ele tenta mostrar que nós podemos fundamentar nosso conhecimento, e que a filosofia ainda consegue dar fundamentos para o saber. É no âmbito do discurso que o autor entende que a linguagem, por ela própria detém elementos que são, antes de qualquer coisa, cognitivos, intelectuais; a linguagem, antes de ser domínio, antes de ser ideologia, ela apela para a cognição.
Andressa Alves - 21081013
Habermas propõe uma teoria com principios neomarxistas baseada na comunicação racional entre os individuos de uma sociedade. Através do diálogo e do debate, as relações sociais tornariam-se cada vez mais democráticas. Sua teoria pode ser vista como uma crítica ao individualismo presente na modernidade e consequentemente ao liberalismo, pois sendo o homem um ser que vive em comunidade todas as suas ações ao longo de sua vida afetam direta ou indiretamente outros seres humanos, e essas ações precisam ser justificadas.
ResponderExcluirSua oposição a Rawls se dá no quesito da linguagem. Esta para Habermas é o que atribui significado aos elementos de uma sociedade, enquanto para Rawls, é o sentimento de justiça que regula as relações sociais.
Lara Silva Obana RA: 21073413
ResponderExcluirHabermas acredita que por estarmos sempre buscando justificar o que fazemos e o que os outros fazem, a nossa razão está no centro de nossas ações. Sua obra faz crítica a de Rawls, uma vez que acredita que o véu da ignorância proposto por ele dispensa a autonomia e a racionalidade do indivíduo, também diz que a distribuição de bens adotada por ele também é falha, uma vez que precede a ela um senso de justiça pré-estabelecido. Habermas ressalta que a importante os direitos serem exercidos, não apenas estabelecidos.
O autor tem como ponto principal de seus estudos a democracia e elabora, a partir disto, a Teoria da Ação Comunicativa onde coloca que nossas ações cotidianas refletem processos de racionais na busca do homem de ser entendido e passar uma mensagem. A ação comunicativa ocorre sempre que um indivíduo coordena-se com outro, na tentativa de se fazer entendido, sem pretensões apenas individuais, mas na busca de alcançar objetivos individuais respeitando sua inserção em harmonia com o que é comum aquela sociedade.
Ele defende a democracia deliberativa que é um regime composto de mecanismos de controle social através da administração pública, porém onde o papel democrático do indivíduo não se reduza apenas ao voto, sendo estendido ao debate público entre cidadão livres e de condições iguais de participação. Esse tipo de democracia, assim como o autor, defende princípios de pluralidade e autonomia.
Habermas foi influenciado pelo marxismo e diz que quando há um crescimento da esfera pública, as discussões são estimuladas, então nos fica claro que os indivíduos possuem interesses em comum, interesses esses os quais o Estado pode acabar por falhar em servir. Diante disso ele afirma existir dois tipos de comunicação: a razão comunicativa, aquela na qual os indivíduos buscam entender-se, trocando ideias diferentes e chegando ou não a uma conclusão, e a razão instrumental, aquela que o Estado utiliza como instrumento de dominação.
A razão comunicativa, portanto, seria aquela dos espaços públicos onde acontece aquilo que Habermas acredita ser crucial na sociedade: o questionamento e a crítica às suas próprias tradições e culturas. Enquanto a razão instrumental, essa é a resistência do Estado, que tentando manter o controle, se utiliza dos meios de informação como a mídia televisiva, rádios e jornais para suprimir estes debates. Portanto para Habermas, uma sociedade justa é aquela que preserva o agir comunicativo, a construção coletiva do justo se dá por meio da comunicação.
Habermas acredita que para uma sociedade alcançar o ideal de justiça a argumentação deve ser sua ferramenta principal. Ou seja nas relações entre indivíduos e na sua comunicação e troca de ideias e experiencias que reside o caminho para encontrar o ideatário de justiça. Postula que a sociedade esteja dividida em duas esferas, “O Sistema” e “Mundo da Vida”.
ResponderExcluirA esfera entítulada “O Sistema” por Habermas consiste na produção material de uma sociedade levando em conta a razão instrumental do processo a qual contempla as forças de subornição entre a população.
A esfera chamada de “O Mundo da Vida” contempla uma simbologia e significação de uma determinada visão ou visões de mundo e criada a partir de um consenso atráves da racionalidade entre a comunicação.
Sendo assim existem 3 mundos para explicar sua teoria. O objetivo onde existem os objetos físicos, o subjetivo o um mundo da ideias e consciência e o social no qual os indivíduos se comunicam e argumentam e expressam sua arte e sua cultura. Dessa forma como no terceiro mundo Habermas se pauta na premissa que há de haver argumentação e discussão para se alcançar a justiça, pois os indivíduos de uma sociedade são protagonistas de sua propria vida.
Felipe Trevisa 21041013
Habermas se destaca entre os comunitaristas por sua Teoria da Ação Comunicativa. O ser humano se expressa através da comunicação, mostrando seus desejos, gostos, opiniões, etc. Neste processo, exercita-se a razão (dividida entre comunicativa, que resguarda a liberdade, e instrumental, que gera dominação). Em Habermans, a comunicação se dá em três esferas: a do objetivo físico, a do social, e a do subjetivo. Por conta dos desejos e individualidades de cada pessoa, há sempre conflitos e estes geram acordos e eles surgem através da comunicação exercitada pela razão que quando é comunicativa defende a liberdade. Há também de se considerar que os acordos podem ser provisórios, podem mudar com o tempo, visto que as opiniões e desejos mudam de acordo com desenrolar de cada sociedade.
ResponderExcluirHabermas então, enaltece a importância do debate teórico, que levaria à uma melhoria na prática, através de normas mais justas e mais abrangentes.“Assim, a fundamentação do Direito, sua medida de legitimidade, é definida pela razão do melhor argumento. Como emanação da vontade discursiva dos cidadãos livres e iguais, o Direito pode realizar a grande aspiração da humanidade: a efetivação da justiça.” Esse processo se daria a partir de contestações, que levariam a uma conclusão conciliadora. Habermas apresenta uma ideia bastante similar a ideia marxista de infraestrutura e superestrutura. Que é a ideia de que a racionalidade se divide em duas dimensões: O Sistema, que são as instituições de controle, como o governo, mídia, etc. E o Mundo da Vida, que é o mundo concreto, algo não institucionalizado, o dia-a-dia do individuo. Habermas apresenta o mundo da vida como sendo o lugar para as discussões, os debates, a proposição de ideias.
Ao se assumir que o diálogo leva a melhores conclusões, Habermas também assume que não há verdades absolutas, e que até o ato mais injusto pode ser justificado, se for defendido de maneira primorosa. Habermas vê, portanto, na ação comunicativa, a capacidade de os indivíduos, por meio de uma pluralidade de vozes, chegarem a consensos nos diversos litígios presentes na vida e assim, chegarem, com a participação de todos, à Justiça de forma racional.
Jurgen Habermas elaborou a “Teoria da Ação Comunicativa” que se refere às interações entre as pessoas. O autor faz uma distinção entre dois tipos de agir, o agir instrumental e o agir comunicativo. O primeiro seria o uso da comunicação para fins próprios de dominação. Já o segundo seria aquele a partir do qual sujeitos comunicam-se com o intuito de se entenderem, para que seja possível chegar a consensos, o autor ressalta a importância deste modo, porque para ele uma sociedade justa será aquela em que o agir comunicativo de cada indivíduo for realmente preservado. Habermas defende que a comunicação deve estar presente na construção de uma justiça.
ResponderExcluirEstá presente na teoria do autor a divisão em três mundos: objetivo, subjetivo e o social. O mundo objetivo é o mundo dos objetos e dos estados e coisas físicas; já o mundo subjetivo consiste no mundo das ideias e das relações internas, da consciência de cada indivíduo; e o mundo social, o mundo das artes e das culturas em que prevalece um agir normativo.
Mariana Lima Araujo Malta
Um aspecto claro da obra é abordar o conceito de racionalidade na análise social de nós, falantes. Para o autor, a linguagem coordena a ação - sendo a linguagem o meio capaz de produzir interação. A ação pode ser ordenada a partir de vários modos, mas Habermas se foca naquele tipo em que os sujeitos são orientados para alcançar um entendimento mútuo: o conjunto de ações chamado “ação comunicativa”.
ResponderExcluirA teoria da ação comunicativa busca desenvolver uma teoria da intersubjetividade que atua como base para uma teoria social crítica: os sujeitos ligam-se a um mundo da vida comum, situado historica e linguisticamente interpretado. O diálogo “descentraliza” sua compreensão e concepção egnocentrada de mundo quando o sujeito reconhece outro como também capaz de fala. O diálogo exige que o sujeito reconheça ao mesmo tempo o outro como diferente e igual ao sujeito, que, para entender plenamente a posição do outro, procura colocar-se na sua perspectiva (havendo, então, rompimento com o etnocentrismo e com o egocentrismo).
Querendo encontrar uma melhor fundamentação à sua teoria da ética do discurso, Habermas busca tornar aparentes as relações que implicitamente se estabelecem entre sujeito e mundo, e analisa concepções distintas de ação: teleológica (pressupõe a existência de um só mundo, o mundo objetivo – i.e., seu entorno natual social), regulada por normas (onde os sujeitos de um mesmo grupo social orientam suas ações segundo normas ou valores comuns – o conceito central aqui é o de obediência às normas sociais), dramatúrgica (o sujeito produz uma auto-encenação que comporta uma pretensão à veracidade subjetiva, mesmo se o sujeito não é “sincero” e manipula falsas impressões) e o conceito de ação comunicativa, que supõe sujeitos que buscam entrar em entendimento sobre as situações de vida, para coordenar o seu comportamento coletivo; em razão disso, Habermas encara estes últimos como sujeitos capazes de linguagem e ação.
A linguagem permite que os sujeitos tomem consciência de seus motivos e que os mesmos a expressem; quanto mais ela se torna um meio verdadeiro e transparente de comunicação, mais ela se torna fonte de um relacionamento racional e ético.
A racionalidade assume perspectivas éticas quando implica a compreensão da relação entre argumentar, ouvir e ponderar sobre argumentos alheios, para reconhecer a perspectiva do outro, as confrontando com as próprias numa atitude de abertura e diálogo. Ou seja, a racionalidade comunicativa exige uma tomada ética do processo argumentativo. Da ética do discurso se obtém justiça e democracia.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJürgen Habermas, é um dos principais nomes da conhecida Escola de Frankfurt, sendo o nomes mais proeminentes da segunda geração da teoria critica, um herdeiro direto de Adorno, Horkheimer e Marcuse. Sem dúvida uma de suas principais obras se trata da teoria da ação comunicativa, esse seu empreendimento no campo da filosofia moral e do direito, se revela como um dos empreendimentos filosóficos mais originais do século XX. Em sua teoria da ação comunicativa, ele realiza um movimento diferente uma mudança de paradigma no pensamento da teoria crítica que até então, baseava seus estudo na teoria da racionalidade instrumental, uma racionalidade voltada para a dominação, a mudança proposta por Habermas se da na criação de um novo conceito, deixando a racionalidade instrumental para propor a racionalidade comunicativa ou teoria do agir comunicativo.
ExcluirHabermas abandona a critica à racionalidade instrumental - objeto de dominação, segundo a leitura de Adorno na dialética do esclarecimento - para se centrar na interação ocorrida no diálogo, na manifestação do agir comunicativo, como interação social e via para as discussões sobre justiça. O agir comunicativo se distingue entre o discurso e a ação comunicativa. A relevância da proposta de Habermas talvez seja justamente seu discurso comunitarista que pretende através de sua filosofia do agir comunicativo o fim da arbitrariedade e da coerção nas questões que circundam toda a comunidade, propondo uma maneira de haver uma participação mais ativa e igualitária de todos os cidadão nos litígios que os envolvem e, concomitantemente, obter a tão almejada justiça.
O caminho obtenção dessa almejada justiça se dá por meio do diálogo e exercício da razão. Ao comunicarmos o que acreditamos ser a verdade tentamos convencer o ouvinte daquilo do que falamos ser a melhor opção e ser verdadeiro, porém temos a dependência do receptor aceitar aquilo que propomos por isso nesse diálogo torna-se essencial, abandonarmos o egocentrismo e procuramos observar da perspectiva do outro, nesse exercício dialógico procuramos resolver problemas e determinar ações validamente justas, sem submeter-se a coerção e imposição das classes dominantes. Porém como se dá esse processo? Habermas tentará colocar da seguinte forma. Então, Habermas menciona que quando eu falo algo, digo alguma coisa para uma ou mais pessoas, eu pretendo que aquilo que digo seja válido.
Mas essa pretensão de validade significa coisas diferentes segundo o tipo de ato de fala de que se trate. Nos atos de fala constatadores (afirmar, narrar, referir, explicar, prever, negar, impugnar e etc.), o falante pretende que o seu enunciado (aquilo que é pronunciado) seja verdadeiro. Portanto, se eu narro alguma coisa, ou explico algo para alguém eu pretendo que aquilo que narro, ou explico seja considerado verdadeiro, o que para Habermas só ocorre se houver o assentimento potencial de todos aqueles que estão me ouvindo. Sendo assim, se um dos meus ouvintes não aceitar o que falo por não acreditar no que digo, ou por outro motivo qualquer, o conteúdo que é transmitido não poderá ser tido como verdadeiro, pois não houve o consentimento de todos sobre a veracidade de meu ato de fala.
Nos atos de fala reguladores (como as ordens, as exigências, as advertências, as desculpas, as repressões, os conselhos), o que se pretende é que o ordenado, exigido etc. seja correto. Portanto, de acordo com este ato de fala, se eu ordeno algo, ou forneço algum conselho para uma pessoa, eu espero, pretendo, que minha ordem ou meu conselho estejam corretos.
ExcluirNos atos de fala representativos (revelar, descobrir, admitir, ocultar, despistar, enganar, expressar e etc.), pretende-se que o que se exprime seja sincero. Sendo assim, se eu expresso, por exemplo, para o meu treinador que estou cansado, eu pretendo que aquilo que eu exprimo seja considerado sincero.
Então, que fique claro que existem vários atos de fala, que todos eles compreendem a ação comunicativa, e que em cada tipo de ato de fala a minha pretensão de validade tem um significado distinto.
Por outro lado Habermas estabelece que todos estes atos de fala possuem uma pretensão em comum, a de compreensão, ou seja, eu espero que a minha narração, o meu conselho, a minha expressão sejam compreendidas.
Nos atos de fala consensuais, ou seja, aqueles que são estabelecidos visando um consenso, um acordo sobre dado assunto, se pressupõe o reconhecimento mútuo de quatro pretensões de validade: Primeiramente, eu, como falante, tenho que escolher uma expressão inteligível para que meu ouvinte possa me entender. Então a primeira pretensão se refere à compreensão entre o falante e o ouvinte ou ouvintes.
A segunda pretensão é que o conteúdo que eu comunico seja verdadeiro.
A terceira pretensão é que a manifestação de minhas intenções seja sincera, para que o ouvinte possa crer no que manifesto, basicamente, possa confiar em mim.
E a ultima estabelece que eu, falante, tenho que escolher a manifestação correta, com relação às normas e valores vigentes na sociedade, para que o ouvinte possa aceitar a minha manifestação, de modo que eu e o ouvinte possamos coincidir entre si no que se refere à essência normativa em questão.
Porém ao propor essa via que se da por meio do diálogo, e tomando como premissa que o mundo não é um lugar institucionalizado, chegamos a questão da Verdade e Facticidade, onde a verdade não poderia ser algo objetivo, visto que ela depende da aceitação na realidade a verdade não existe, e mesmo as piores ações poderiam ser justificadas por meio de um bom argumento. Sendo assim a pluralidade do diálogo nos beneficia a partir do momento que uma discussão plural cobre o maior campo possível e comunitariamente podemos resolver questões cruciais.
Wesley Seraphim R.a 21064513
Nota de rodapé Parte do comentário fora extraído de : A Teoria Discursiva de Jürgen Habermas
ExcluirClayton Ritnel Nogueira. http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=257
Habermas é ponto focal da escola comunitarista , sobretudo, por sua Teoria da Ação Comunicativa. Segundo ela, o ser humano se expressa através da comunicação, mostrando seus desejos, gostos, opiniões e demais coisas. Neste processo exercita-se a razão (dividida entre comunicativa, que resguarda a liberdade, e instrumental que gera dominação). Para o autor, a comunicação se dá em três esferas: a do objetivo físico; a do social; e a do subjetivo. Por causa dos desejos e particularidades de cada pessoa, há sempre conflitos e esses conflitos geram acordos , os quais surgem através da comunicação exercitada pela razão que quando é comunicativa defende a liberdade. Há também de se considerar que os acordos podem ser provisórios, podem mudar com o tempo, visto que as opiniões e desejos mudam de acordo com desenrolar de cada sociedade, então, seriam feitos novos acordos consequentemente.
ResponderExcluirPortanto é bem explicito que ,para Habermans, é através da comunicação que chaga-se a um bem comum e que a linguagem trás consensos importantes para dar estrutura a uma teoria de justiça.
Luiz Fernando B.F.Lima 21035313
Luara Michelin Sartori RA: 11054112
ResponderExcluirHabermas é um filósofo alemão, e que busca no raciocínio filosófico a sociedade justa. Para Habermas essa sociedade justa, é uma sociedade sem dominação, ou seja, que alcançou a emancipação social, onde os indivíduos são livres da dominação através do uso da razão.
Habermas também critica Rawls, quanto ao seu ponto de partida de seu raciocínio. Por isso, Habermas propõe um outro ponto de partida, no qual ele chama de situação ideal de comunicação. Esta propõe que os princípios de justiça não sejam estabelecidos de uma só vez, mas que sejam permanentemente refletidos.
Assim como os comunitaristas em geral, Habermas critica a visão de Rawls quanto o estabelecimento de princípios justos, criados por aqueles que estão envoltos pelo véu da ignorância e que estão desprovidos de características pessoais e racionais. A crítica de Habermas está no fato de que para ele tais sujeitos sem características provavelmente não seriam representantes adequados da sociedade. O autor também diz que além disto, não seriam estabelecidos princípios imparciais, uma vez que os indivíduos devem partilhar de uma mesma intuição de justiça, e assim, a discussão já é iniciada em um contexto definido, em que já se sabe a priori o conteúdo a ser debatido.
A teoria de Habermas se norteia de acordo com a visão de que os princípios de justiça estejam em constante construção, através da “Ética do Discurso”, que consiste em um debate permanente, com participação de todos, os temas de interesse da sociedade. O debate deve se valer da razão comunicativa, que é um pensamento racional, crítico e que independe do sistema, por não ser estruturado pelas estruturas materiais. E é através desta razão comunicativa que é possível se libertar dos instrumentos de opressão da sociedade.
Habermas é outro autor que se opõe as ideias de Rawls, ele não acredita na proposta do “véu de ignorância”. Sua principal diferença dos outros autores é a elaboração da teoria da Ação Comunicativa, o homem demonstra seus desejos e gostos através da comunicação.
ResponderExcluirOu seja, por meio da expressão que os homens exercem sua razão. A comunicação, segundo ele, se daria por três objetivos: físico, social e subjetivo. Em razão das especificidades de cada individuo sempre haveria conflito entre eles, que por sua vez mudariam constantemente (de acordo com nossas opiniões) gerando novos acordos.
O bem como, então, seria alcançado por meio da comunicação, e a linguagem nos fornece a base fundamental para a construção de uma teoria da justiça.
Naara Campos (21050313)
Jurgen Habermas tem um papel importante para a escola comunitarista, com sua “Teoria da Ação Comunicativa” o autor faz um distinção entre dois tipos de agir, o primeiro é o agir instrumental, que gera dominação, e o segundo é o agir comunicativo que, segundo o autor, seria o que permitiria que os indivíduos se comunicassem, tentando se entenderem. Habermas diz que, por causa dos desejos próprios de cada pessoa conflitos são gerados, para resolver esses conflitos é necessária a formulação de acordos (formulados através da comunicação – agir comunicativo). Os acordo são provisórios já que podem sofrer variações em vista que nossas opiniões e desejam mudam conforme o tempo passa, assim novos acordos poderão ser formulados.
ResponderExcluirHabermas considera uma sociedade justa quando o agir comunicativo de cada pessoa é preservado, sendo assim a comunicação deve sempre estar presente na construção de um justiça. O autor também apresenta em sua obra uma divisão de três mundos, o mundo objetivo (dos objetos e coisas físicas), o subjetivo (mundo das ideias da consciência de cada um) e o mundo social (mundo das artes e das culturas).
RA: 21055812
ResponderExcluirO pensamento de Jürgen Habermas encontra-se inserido na tradição da Teoria Crítica. Assim como essa tradição, ele concebe a sociedade moderna como o resultado de um processo de modernização baseado em um tipo de racionalidade que é instrumento privilegiado de dominação. Esse tipo de racionalidade, denominado razão instrumental, é a racionalidade que se ocupa somente dos meios e ignora a reflexão acerca dos fins. Esse seu valor meramente instrumental a torna mecanismo eficaz de dominação, poder e exploração. A fim de empreender a crítica da razão instrumental, Habermas desenvolve em sua obra mais conhecida, “A Teoria da Ação Comunicativa”, um novo conceito de racionalidade, que satisfaz as pré-condições exigidas pelos debates filosóficos contemporâneos. Habermas defende que existe outro tipo de racionalidade que surge através de uma forma específica de interação social: a interação social mediada pela linguagem. Nessa forma de intersubjetividade os agentes sociais visam, fundamentalmente, à comunicação. Todo sujeito, ao proferir enunciados visando à comunicação, tem, necessariamente, a pretensão de que o ouvinte conceberá o seu discurso como válido. Existe, portanto, entre eles, a adoção de uma postura prática orientada em direção do alcance de um entendimento mútuo. Ao engajarem-se nessa atitude de comunicação, que busca o reconhecimento mútuo da validade do discurso, surge, de maneira inevitável, uma forma de interação social que busca inerentemente a construção de um consenso racionalmente motivado. Essa forma de interação social, diz Habermas, é a ação comunicativa. Nas relações sociais regidas pela razão comunicativa, não há uma relação de dominação, pois os sujeitos envolvidos concebem uns ao outros como fins em si mesmos e não como meios, na medida em que buscam, em última instância, a formação de um consenso baseado na comunicação. No entanto, existe outro âmbito de interações sociais que são dominadas por sistemas. Nos âmbitos dos sistemas, as relações humanas não são fundamentalmente mediadas pela comunicação mútua, mas, ao contrário, por outros elementos que não visam à comunicação, como o dinheiro ou a burocracia. O âmbito dos sistemas, regido pela razão instrumental, é dominador, enquanto o âmbito regido pela ação comunicativa, denominado mundo da vida, é emancipador.
Em suma, para Habermas, ação comunicativa emerge como uma interação de, pelo menos dois indivíduos, os quais são capazes de falar e agir, estabelecendo, portanto, relações interpessoais objetivando alcançar e coordenar suas ações pelo viés da compreensão. Esses atos consensuais, pressupõem as seguintes pretensões de validade: a primeira se trata de eu, como um falante, tenho de escolher uma expressão inteligível para que o meu ouvinte consiga entender-me; a segunda pretensão é que o conteúdo emitido por mim seja verdadeiro; e a terceira é que minhas manifestações de intenção sejam sinceras, para que o ouvinte possa acreditar em mim.
ResponderExcluirDessarte, o indivíduo pode utilizar-se de argumentos para justificar se suas proposições são verdadeiras (discurso teórico), para que uma conduta cuja norma seja correta (discurso prático), ou para basicamente explicar algo que não foi compreendido (discurso explicativo).
De acordo com Habermas, as questões práticas podem ser decididas racionalmente. Ao aludir as questões práticas, subentendem-se questões morais, políticas e do âmbito do direito. Assim, a deliberação prática pode ser uma forma distinta de escolha racional. A teoria da argumentação é o caminho pragmático para diferenciar a razão prática da instrumental.
O problema da posição original, para Habermas, consiste no fato de que essa construção se nutre da razão prática que seria, digamos, incorporadas na pessoa moral. Contudo, a razão perde sua posição de ressalto. Logo, na posição original, rebaixa-se seu núcleo e desvaloriza-se a racionalidade, uma vez que sempre incorre na dependência de verdades morais fundadas em um âmbito diferente, não sendo o da Justiça.
Ademais, Habermas e Rawls divergem na questão da razão pública: Rawls tem uma noção mais estrita de razão pública, dentro da qual não reside os fóruns não-públicos, ou seja, os não governamentais. A razão pública é esboçada nesses limites e deveres de discurso democrático. Isso seria inaceitável para Habermas, que é mais interessado na crítica pública do que na justificação pública. Habermas considera justamente o discurso e conexões não governamentais, tais como igrejas, universidades, grupos profissionais, associações voluntárias na sociedade civil, como sendo o sistema nervoso da esfera política pública.
Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613
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ResponderExcluirHabermas foi um autor profundamente influenciado pelo pensamento marxista, no entanto, diferentemente da análise do conflito de classes irá analisar a opressão sob a ótica do discurso e estabelecer dois tipos de mundos e formas do mesmo.
ResponderExcluir1)Mundo da vida: Este é o mundo presente, vivido. Nele prevalece a ação comunicativa que é aquela na qual meu interlocutor é um fim em si mesmo, com ele procuro estabelecer um diálogo, chegar a um consenso, me aproximar de uma “verdade”.
É por meio do diálogo que a sociedade poderia se aproximar do que é justo, oferecendo boas razões para suas conclusões, de forma a conciliar opiniões.
2) Mundo sistêmico: Por outro lado há um tipo de discurso cujo objetivo não é dialogar, procurando estabelecer um consenso, mas sim fazer um discurso que te trate como meio para atingir uma finalidade. Assim são a burocracia e o sistema capitalista, no qual prevalece uma razão instrumental. Esse discurso tende a colonizar o primeiro, gerando reações como os movimentos sociais feministas e outros.
Sua intenção é entender as possibilidades de uma racionalidade pura que não sirva ao sistema, e assim permite a construção de um consenso à respeito de justiça e outros conceitos. Faz defesa forte da democracia deliberativa.
O debate de hoje foi sobre a tecnologia e se ela era inerentemente pertencente, de natureza sistêmica ou de natureza dialógica. O conceito que foi colocado em pauta foi o de caixa preta, ou seja, a tecnologia é feita de forma que eu não sei exatamente a constituição deste computador, o diálogo não existe no mercado. Não chegamos por um consenso sobre a forma ou a composição, existe apenas de forma bem limitada a escolha pela cor, por exemplo. Assim, acredito eu que por consenso compreendemos que a tecnologia favorece uma ação sistêmica em detrimento do diálogo. Apesar de seus usuário poderem realizar ações concernentes ao mundo da vida, esta “caixa preta”, ou seja, aquilo que está por trás no processo de produção não me permite muitas vezes participar ou estar esclarecido à respeito das possibilidades nela existentes.
Caterine Zapata Zilio Barros
RA: 21008913
Habermas desenvolve sua teoria da ação comunicativa em um diálogo constante com autores de uma ampla gama de linhas teóricas. Assim, ele incorpora uma série de temas e contribuições que foram desenvolvidos, seja pelo funcionalismo, pela fenomenologia, pelo marxismo, ou pela própria teoria crítica da escola de Frankfurt, sua matriz original e mais importante. Desta forma, sua teoria assume naturalmente um caráter interparadigmálico, o que não significa, como veremos, um mero amálgama de várias linhas teóricas mas um processo extremamente rico de incorporação/superação.
ResponderExcluirPara Habermas, em um processo de comunicação mediado linguisticamente, existem somente três critérios de alcance universal pelos quais as pretensões de validade podem ser confrontadas.
Assim, as pretensões de validade podem ser criticáveis quanto à:
1 - Veracidade da afirmação. Esta pretensão refere-se a um mundo objetivo entendido como a totalidade dos fatos cuja existência pode ser verificada;
2 - Correção normativa. Esta pretensão refere-se a um mundo social dos atores, entendido como a totalidade das relações interpessoais que são legitimamente reguladas;
3 - Autenticidade e sinceridade. Esta pretensão refere-se a um mundo subjetivo, entendido como a totalidade das experiências do locutor às quais, em cada situação, apenas ele tem acesso privilegiado (Habermas, 1984).
O conceito de razão comunicativa de Habermas pressupõe, portanto, uma diferenciação entre os mundos objetivo, social e subjetivo. Esta diferenciação, segundo ele, é que distingue o pensamento moderno do modo de pensar mítico. Ao contrário do último, o primeiro assume que as interpretações variam com relação à realidade social e natural e que as crenças e valores variam em relação ao mundo objetivo e social.
Natália Veroneze
ResponderExcluirRA 21025313
Assim como Sandel, Habermas critica Rawls por considerar a "posição original" como impossível, devido ao fato de os indivíduos não conseguirem se desprender de suas culturas e seus preconceitos, como apontado por MacIntyre. Além diss, para Habermas, a construção da justiça se dá na comunicação, no diálogo e no debate ético, outra semelhança com Sandel.
Habermas e um representante da escola de Frankfurt, que se opõe a razão iluminista tradicional e positivista, se posicionando criticamente em relação ao capitalismo e sua capacidade de resolver os problemas da sociedade. O autor dá grande importância à comunicação e à linguagem, o que o leva a criar o conceito de "ação comunicativa", se referindo às interações entre os indivíduos. Assim, diferindo-se das ideias iluministas voltadas para os fins, Habermas defende a discussão e consideração do contexto dos indivíduos. Ele também é um reformista e defende uma mudança gradual nas estruturas da sociedade, através da crítica aos valores e convenções sociais, incluindo as noções de justiça e ética da sociedade.
Habermas foi integrante da Escola de Frankfurt, e é considerado um comunitarista, por acreditar que é pela comunicação que se atinge um determinado bem comum, pois acredita que o diálogo possibilte conclusões mais fortes, sem precipitações. As linguagens auxiliam na estruturação da teoria da justiça proposta por ele.
ResponderExcluirPara Habermas, não há verdades absolutas, uma vez que os atos podem ser defendidos por mais injustos que pareçam, podendo fazer com que esses atos possam ser justificados. A ação comunicativa o modo pelo qual os indivíduos em pluralidade de opiniões consigam chegar a consensus e posteriormente atingir uma justiça racional.
O autor discorda de Rawls, assim como Sandel o fez em alguns pontos, por acreditar que não é possível que os indivíduos ‘deixe de lado’ suas crenças e princípios quando haje sob o véu de ignorância.
Jürgen Habermas é considerado um dos principais herdeiros das discussões da Escola de Frankfurt, no entanto, tenta se emancipar do pessimismo quanto às possibilidades da concretização do projeto moderno, como pensado no iluminismo. Para isso, coloca a capacidade emancipatória da razão no debate, e adota o paradigma comunicacional, concebendo assim a razão comunicativa -- a ação comunicativa -- como escape à razão instrumental, tendo em vista uma preocupação em superar a razão iluminista, já que a mesma é presa pela lógica instrumental, que encobre relações de dominação. Ao fazer esse movimento de retomada da essência emancipatória do projeto moderno, percebemos uma preocupação de Habermas em restabelecer junções entre democracia e socialismo. Para Habermas, a sociedade é constituída por duas esferas que coexistem, sendo o que ele chama de “o sistema” e “o mundo da vida”. O primeiro seria regido pela lógica instrumental (ajustamento de meios a fins), incorporada nas relações hierárquicas (poder político) e de intercâmbio (economia). Já o segundo é a esfera de reprodução simbólica, da linguagem, do emaranhado de significados que constituem específicas visões de mundo, sejam elas relacionadas a fatos objetivos, à normas do social ou aos conteúdos subjetivos. Habermas, acerca do direito positivo -- que põe o debate normativo para técnicos, juristas e especialistas --, o considera como mediador entre o mundo da vida e o sistema, e é dessa forma que as sociedades encontrarão justiça, com grande ênfase no agir comunicativo apoiado por vias do direito.
ResponderExcluirJürgen Habermas é um dos representantes da Escola de Frankfurt, cuja posição crítica com relação à ‘razão iluminista’, discutiram e apontaram uma falha nessa razão iluminista, expressa especialmente pela visão positivista, de que o capitalismo e o progresso científico resolveriam os problemas do mundo.
ResponderExcluirNa sua obra “Teoria da Ação Comunicativa”, o autor dá importância à linguagem e a ideia desta o levará a criar o conceito de “ação comunicativa”, que seria a forma com a qual a sociedade tange a discussão, ou seja, pela comunicação dentro dos ambientes públicos, os quais estariam inseridos no mundo da vida, que se diferencia do sistema por ser o mundo onde a racionalidade se espelha, onde as informações passam através da comunicação. Assim, a única forma de obter informações sobre o que de fato seria a justiça dentro de uma sociedade é através da observação dessa discussão, deste debate, visualizando todas as formas de consenso. Ou seja, por meio da linguagem, a comunicação o debate são valorizados por Habermas, ao mesmo tempo em que ele engrandece a não tendência iluminista de reconhecer de forma positiva uma racionalidade voltada para os fins, e que de alguma forma exclui esse debate.
Esse debate relaciona-se com às ideias “reformistas” do autor, que acredita numa mudança gradual da sociedade, que se constrói através de uma crítica aos valores e convenções sociais, como os valores e os ideais de justiça existentes. Isso o leva, da mesma forma que Sandel, a criticar as abstrações pregadas por Rawls, já que para ele, não há meio de um indivíduo alcançar a posição original e estar coberto por um véu da ignorância.
Para Habermas é na esfera que aborda as relações e individualidades das pessoas, e por meio da linguagem, que ele constrói uma argumentação a favor da democracia. Pensava que é nesse tipo de sociedade que haveria liberdade do diálogo para chegar-se a um consenso.
Marina Molognoni - RA: 21071313
Rawls sabemos que dispensa apresentações, ao passo que já falamos do mesmo. Sobre Habermas podemos falar ele é um filosofo e sociólogo alemão associado a Escola de Frankfunt, uma das principais correntes do Marxismo Ocidental.
ResponderExcluirCom suas concepções de democracia deliberativa, ambos procuram superar a questão do pluralismo político e priorizam a questão da produção de consensos entre cidadãos autônomos, o que mesmo sendo essencial para a vida política-democrática, é um dos principais problemas das democracias modernas.
Para tanto, Rawls propõe fazê-las por meio da posição original, desenvolvimento uma teoria substantiva de democracia deliberativa baseada em uma situação hipotética na qual os representantes dos cidadãos por meio do véu da ignorância deliberam por princípios. Sua teoria é focada no âmbito politico, ao passo que as doutrinas religiosas, metafisicas e morais ficam de fora.
Habermas, por sua vez, propõe fazê-las por meio da comunicação linguística real de todos em um discurso ideal, buscando superar o modelo substantivo de sociedade justa que seria substituído por um sistema de direitos que poderia legitimar o poder estatal através de sua formação deliberativa, direcionada por ações comunicativas. Ele desenvolve uma teoria procedimental, maias abrangente que engloba religião, moral e política.
Para além dos textos indicados pelo professor, o seguinte serviu de apoio para a construção do meu comentário. GANEM, Fabricio Faroni; ZETTEL, Bernardo. John Rawls e Jürgen Habermas: dois projetos deliberativos para uma democracia pluralista. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3370, 22 set. 2012. Disponível em: . Acesso em: 8 set. 2014.
RA 21065313
ExcluirHabermas elaborou a Teoria da Ação Comunicativa, onde as ações são comandadas no mundo de vida cujo padrão é a ação comunicativa. Há um elemento indestrutível de racionalidade comunicativa na base da forma social da vida humana que se reproduz pela linguagem. Por isso, Habermas se dedicou tanto a filosofia analítica da linguagem e da ciência de modo a poder usá-la como fundamento para teoria social.
ResponderExcluirEle também apresenta uma distinção entre três mundos: objetivo, subjetivo e social. O mundo objetivo é o mundo dos objetos ou estados físicos. O mundo subjetivo é o mundo dos estados mentais ou de consciência. Por fim, o mundo social é o mundo da cultura, da arte e do científico.
Habermas acredita que a teoria crítica deve animar a luta política capaz de revolucionar o existente e nos libertar da opressão do poder do sistema. Esse autor retornou aos conceitos principais de Marx: forças produtivas, relações de produção.
Ana Caroline de A. Coutinho RA: 21048113
Habermas é autor da ação comunicativa. Seu grande foco é voltado para a análise do sistema comunicativo dominante estabelecido na sociedade e na tentativa de estabelecer e definir um outro sistema comunicativo (verdadeiro) que está presente em nosso cotidiano, mas que não se relaciona com o primeiro. O autor diferencia dois tipos de racionalidade: a instrumental e a comunicativa. A racionalidade instrumental é, justamente, aquela que é utilizada para a dominação da população e das relações sociais e a racionalidade comunicativa é aquela que proporciona a real comunicação entre os indivíduos, gerando uma compreensão, de fato, a qual aproxima os indivíduos do mundo da vida.
ResponderExcluirHabermas também admite que esta subjetividade é expressa de formas diferentes. Alterado o grupo, altera-se o discurso. Desta forma, o debate acercado que é justiça deve se dar de forma plural.
Assim, diferentemente da postura de Rawls, que assume uma justiça impessoal, Habermas considera que é no debate, na expressão plural de múltiplas linguagens que se dá os discursos da justiça. Defende que em uma sociedade comunicativa há condições para os seus indivíduos buscarem e realizarem uma vida melhor, mais justa para todos.
Isabel S. Klug - 21068913
Jurgen Habermas é o único autor estudado no curso, até o presente momento, que parte do estudo da teoria marxista, na qual o conhecimento racional é instrumento de dominação, . Em sua Teoria do Agir Comunicativo, o autor, aborda e analisa temas como, por exemplo, ação, comunicação e racionalidade. Através de uma leitura do mundo, Habermas edifica sua teoria que busca a racionalidade, a relação entre indivíduo com o seu mundo de fatos, a forma que este indivíduo interage com outros indivíduos e também como ele interage com sua própria natureza, onde cria uma série de comunicações racionais que concebem todo um conhecimento, e isso, constitui o agir comunicativo.
ResponderExcluirHabermas irá apontar o papel da razão na emancipação social. Para o autor, a estrutura social é formada por duas esferas: o sistema, que é constituído pelas relações de reprodução material; e o mundo da vida, que é constituído pelas relações de reprodução simbólica que por meio da linguagem constrói consensos. O ponto fundamental é o agir comunicativo, ferramenta tal que, permite que a justiça seja obtida, e esta conte com a participação igualitária de todos os indivíduos nos conflitos de interesses.
Em suma, Habermas acredita em uma construção de consensos através da linguagem, que, dará base para que a justiça seja concebida, contando esta, com a participação de todos os indivíduos envolvidos, pois estes são não só observadores, mas participantes. O conhecimento é construído e transmitido através da comunicação. É esse o motivo que torna a ação comunicativa a pedra angular da teoria de Habermas, é esta ação que possibilitará a participação de todos os indivíduos na criação de uma sociedade justa e de um modo de vida de qualidade, sempre contendo a razão antes da comunicação.
Matheus França
A posição original de Rawls retoma a teoria contratualista de forma mais abstrata (se difere ao retirar a parte metafísica). Tal posição original é uma situação hipotética em que as partes se encontram dispostas eqüitativamente, sem conhecer sua posição social, preferências, e doutrinas abrangentes (uma vez que estão sob o véu da ignorância) que poderiam causar injustiças, e em conjunto, a partir da concepção de pessoa e sociedade dadas na cultura de política pública, definem os princípios de justiça.
ResponderExcluirJurgen Habermas é um importante defensor da proposta de ação comunicativa dentro da sociedade. Ele afirma ser necessária uma certa superação da posição individualista com a qual alguns autores trabalham em prol de uma que foque no diálogo entre as diversas correntes teóricas. A ação comunicativa estabelece uma relação social entre sujeitos que buscam compreender situações apresentadas no mundo. Outro conceito importante é o de mundo da vida, o qual relaciona-se com a cultura, a sociedade e a pessoa, que unidos expandem o conhecimento.
Guilherme Oliveira Lourenção
RA: 21071213
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ResponderExcluirHabermas pode ser classificado como um pensador que encontra nas ideias da escola de Frankfurt, a motivação de sua obra e teoria; marcada por uma opção hermenêutica e caracterizada por um complexo processo de elaboração e a necessidade de ferramentas interpretativas que vão além das fornecidas pelo próprio, a teoria de Habermas é permeada pela filosofia analítica (que se ocupa de estudar os fatos empíricos) em face à perspectiva liberal.
ResponderExcluirSua posição consiste em analisar a sociedade a partir de duas esferas: "sistema" e "mundo da vida". A primeira delas é representada por instituições sociais, poderes políticos e econômicos e o segundo é representado pela dimensão comunicacional externa ao sistema, pela qual transcorre o debate e firmam-se os acordos.
Luana André Assumpção (21054013)
Habermas é comunitarista e autor da Teoria da Ação Comunicativa.
ResponderExcluirSegundo ele, o individuo se comunica e, desta forma, exibe suas opiniões, pensamentos, gostos, ideias. E fazendo isso, a razão é estimulada.
A razão é dividida entre: comunicativa – protege a liberdade; e instrumental – cria dominação.
A comunicação acontece em 3 pontos: objeto físico, subjetivo, social.
A razão comunicativa gera concordâncias diante dos conflitos nas individualidades dos seres, através dos debates e discussões. Esses acordos são mutáveis, pois os pensamentos, ideias, gostos etc mudam conforme o tempo e a sociedade em que se vive.
Habermas dá importância ao debate, pois este acarretaria em mudanças e melhorias e normas mais justas.
O fundamento do Direito é o melhor argumento e seu objetivo é a efetivação da justiça. Porém, isso só é possível se houver contestações. E a partir das contestações, a conclusão seria conciliadora.
Habermas diz que a racionalidade é divida em: sistema – controle, por exemplo o governo; mundo da vida – o mundo real, do dia-dia.
O mundo real seria o ambiente ideal para os debates das diferentes ideias.
Para Habermas, não há uma verdade que se sobrepõe a outra, ou absolutas. Mesmo se algo injusto for defendido com bons argumentos, pode ser justificado.
É através da comunicação e do debate plural que podermos chegar a justiça.
Erika Mendes 21027413
Jurgen Habermas nos introduz a outra perspectiva sobre os debates relacionados à justiça. Diferentemente dos autores apresentados até o momento, Habermas não é de origem anglo-saxão, mas sim alemã. Vale ressaltar que Habermas faz parte da escola de filósofos de Frankfurt e, portanto, é fortemente influenciado por teorias frankfurtianas, como a de Karl Marx e de Adorno. Sob a luz de tais influências é que Habermas escreve a “Teoria da Ação Comunicativa” que aborda e relaciona temas como a racionalidade, a ação e a comunicação.
ResponderExcluirHabermas faz a separação entre duas racionalidades: a comunicativa e a instrumental. Tal divisão leva a um agir comunicativo e instrumental, já que para ele a comunicação e a linguagem são centrais para definir a racionalidade. O primeiro tipo de comunicação diz respeito à situação na qual os sujeitos comunicam-se em prol de se entenderem e entenderem sobre algo, para assim, criarem consensos. Já o agir instrumental seria o uso da comunicação para fins próprios de ludibriação e dominação.
Faz-se importante ressaltar que para Habermas o agir comunicativo é o caminho para uma sociedade justa, pois somente com o debate, com base na razão, a sociedade caminhará para uma emancipação social e uma estrutura igualitária.
Matheus Nunes de Freitas 21031213
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ResponderExcluirJürgen Habermas traz um discurso diferenciado em relação ao debate anglo-saxão que temos acompanhado no curso.
ResponderExcluirDa Escola de Frankfurt, sua perspectiva de análise vai além da visão imediatista dos fatos, buscando transcender o que é factualmente aparente para um exame mais aprofundado da realidade. Demonstra claramente uma aproximação à vertente marxista; aqui as relações econômicas são importantes para entender as relações sociais, bem como o papel que ocupam dentro do processo de produção, caracterizador do indivíduo.
Antes de falar sobre a Justiça em Harbermas, é preciso entender algumas ideias trabalhadas pelo autor.
A sociedade desenvolve-se em duas esferas: a sistêmica e a do mundo da vida.
A primeira delas é uma simples reprodução daquilo que o sistema estrutura, onde as pessoas agem de forma sistemática, previsível - da maneira que se espera que elas se comportem. Na segunda, as pessoas manifestam-se como indivíduos livres; optam, opinam, agem como gostariam de agir.
Na sociedade capitalista contemporânea, vem se desenvolvendo um processo de coisificação dos indivíduos. Habermas entende que ao transformar um sujeito em objeto, desconsiderando sua autonomia e liberdade, estabelece-se a opressão. É preciso interromper esse fenômeno e isso só é possível de ser feito através da racionalidade, ferramenta fundamental para a emancipação do indivíduo.
Fala-se em uma racionalidade instrumental que não exerce poder para libertar o indivíduo; esta serve à dominação, somente justificando aquilo que se está posto no sistema. A racionalidade de fato libertadora é aquela crítica, que questiona as interações estabelecidas entre os indivíduos, tornando-o capaz de enxergar as relações opressivas que possam existir ali. Ao enxerga-las, o indivíduo liberta-se no sentido de que pode negar a ação opressiva que lhe é direcionada, mesmo que não seja capaz, ou mesmo não queira, sair dela imediatamente.
Para o autor, uma sociedade justa é uma sociedade democrática, pois esta seria uma aplicação do mundo da vida em nível público. Busca-se o consenso por meio do diálogo, incentivando o debate e a participação das pessoas. A democracia cria espaços públicos que permitem a discussão e o questionamento das ações coisificadoras e das práticas opressivas ocultas nas relações sistêmicas.
Nome: Dayane Gonçalves Costa RA:21044313
Habermas, apesar de negar as ideias de Rawls, assim como os comunitaristas, não é um deles! O autor rejeita o "véu da ignorância" e outras ideias que, para ele, tiram a racionalidade e autonomia do indivíduo. Suas influências são marxistas e ele é considerado um dos principais herdeiros das discussões da Escola de Frankfur.
ResponderExcluirHabermas propõe um modelo de justiça baseado na comunicação, ele escreveu a Teoria da Ação comunicativa, em que ele fala sobre a necessidade do indivíduo de se comunicar e expressar. Em sua teoria, ele separa o mundo em três:
- Objetivo (físico)
- Subjetivo (o mundo da consciência, das ideias, dos estados mentais)
- Social (o mundo da arte, do científico, da interação social entre os indivíduos)
A ligação entre esses 3 mundos exige a racionalidade comunicativa, mas coloca que a racionalidade dominante é outra, a instrumental, que é usada para dominar a população e suprimir suas individualidades (e aqui é possível ver parte da influência marxista, ao falar de dominação do sistema quanto ao indivíduo).
Isadora Castanhedi
RA: 21044713
Patrícia Gabriela S. Arcanjo
ResponderExcluirRA: 21036813
Habermas se destaca entre os comunitaristas por sua Teoria da Ação Comunicativa, ele contribuiu significativamente para o avanço e modernização da filosofia moral e de direito.
Sua teoria se baseia no fato de que a resposta para a construção de uma justiça maior se daria pelo diálogo. Somos seres humanos, com sentimentos, vontades e modos de vida diferentes, seria muito útil a conversa para traçar parâmetro que seja bom para todos.
O autor diz que existem dois tipos de razão, sendo elas a instrumental, que seria um instrumento de dominação, assim como são as leis impostas pelo Estado, e também a razão comunicativa, que Habermas acreditava ser instrumento de liberdade, racionalidade e crítica.
Ele também diz que a sociedade contêm duas esferas, que são a do "Sistema" e a do "Mundo da Vida", a primeira refere-se a reprodução material, a adequação dos meios aos fins, relacionando-se principalmente com os poderes político e econômico, já a segunda esfera é a da reprodução simbólica do uso da linguagem, cria consensos, determina certas visões de mundo.
O "Mundo da Vida" é, ao mesmo tempo, o meio e o resultado do agir comunicativo. Seus três componentes estruturais são a cultura, a sociedade e a personalidade, cujos papéis principais nos processos reprodutivos são respectivamente, o do estabelecimento de esquemas interpretativos adequados ao consenso, relações interpessoais legitimamente ordenadas e capacidades interativas.
Habermas vê, portanto, na ação comunicativa a capacidade de os indivíduos através de uma pluralidade de vozes chegarem a consensos nos diversos litígios presentes na vida e assim chegarem, com a participação de todos, à Justiça de forma racional.
Habermas foca sua ética na teoria da Ação Comunicativa, construindo uma fundamentação no campo da filosofia moral e do direito pelo discurso. Propondo uma racionalidade comunicativa ou a teoria do Agir Comunicativo, centrando-se na interação social, no diálogo e na manifestação do agir comunicativo para realizar discussões acerca de justiça.
ResponderExcluirO autor adota um discurso comunitarista que pretende através de sua filosofia do agir comunicativo o fim da arbitrariedade e da coerção nas questões presentes na comunidade, defendendo um princípio de participação ativa e igualitária de todos os cidadãos nos litígios que os envolvem, e com isso, obter justiça.
O caminho para justiça está intimamente ligado ao diálogo e ao exercício da razão, aos nos comunicarmos temos por objetivo convencer o ouvinte da veracidade daquilo que falamos, dessa forma dependemos deste aceitar o que é proposto, tornando o diálogo essencial nas questões morais e éticas.
Diariamente, erguemos em atos de fala pretensões de validade (queremos que nossos discursos sejam tidos como válidos e verdadeiros) como verdade, correção normativa e veracidade. Todos os atos de fala podem ser aceitos ou rejeitados, sendo importante a aceitação para a continuidade da interação, ela vai significar um acordo que orienta a ação de cada um dos agentes envolvidos.
Segundo Habermas, na prática comunicativa cotidiana, as argumentações – ou, no seu vocabulário, os discursos – explicitam todas as dimensões de racionalidade inscritas na ação comunicativa. Essas dimensões se referem a todos os procedimentos que devem possibilitar um consenso entre os participantes, tais como máxima liberdade de expressão, máxima igualdade de direitos e inclusão de todos os possíveis concernidos.
Se esses procedimentos não são reciprocamente pressupostos pelos participantes, eles próprios não consideram que participam de uma discussão efetiva. A racionalidade e – o mais importante para a Teoria Crítica – os potenciais de emancipação não se encontram nos consensos alcançados, os quais são sempre falíveis, mas nos procedimentos da discussão livre e igualitária.
Segundo Habermas, esse potencial de emancipação não pode ser subestimado, visto que nenhuma socialização é possível sem recurso à linguagem (e nenhuma linguagem natural pode ser privada de seu uso comunicativo), que nenhuma tradição cultural independe da linguagem, que nenhuma norma pode se impor somente à força, mas depende também de consensos considerados legítimos.
O princípio moral é compreendido de tal maneira que exclui como inválidas as normas que não possam encontrar o assentimento qualificado de todos os concernidos possíveis. O princípio-ponte possibilitador de consenso deve, portanto, assegurar que somente sejam aceitas como válidas as normas que exprimem uma vontade universal; é preciso que elas se prestem a uma lei universal.
RA 21073013
Jurgen Habermas e sua Teoria da Ação Comunicativa defende que a sociedade será justa com a participação de todos os cidadãos na definição de direitos e deveres. Isto é, todos deveriam ter o direito de opinarem na definição, indo diametralmente ao sistema atual de democracia.
ResponderExcluirHabermas assume que o diálogo e o debate levaria inerentemente à conclusões melhore (i.e, mais justas) e conciliatórias. Concorda com Rawls que a racionalidade é importantíssima no debate moral, mas discorda dele no trato do véu da ignorância que exclui os membros que não se encaixam nos termos do contrato social.
Nome: EWERTON SOUZA MELO
RA: 21024013
Jürgen Habermas escreve principalmente sobre a ética em sua teoria da "Ação Comunicativa", defendendo o direito pelo discurso racional, propondo a teoria do "Agir Comunicativo" onde hajam discussões sobre as noções de justiça.
ResponderExcluirO enfoque comunitarista de Habermas se esclarece na proposta de que por meio do agir comunicativo sejam superadas a arbitrariedade e a coerção dos indivíduos a respeito de questões referentes à própria sociedade. Dessa forma, a defesa é quanto à participação dos indivíduos nas questões que os envolvem para que seja promovida a justiça, uma vez que é pela comunicação que tentamos convencer a pessoa com quem falamos da veracidade do nosso discurso, sendo o diálogo portanto indispensável para decisões morais.
Para Habermas, essa ação comunicativa pode ser uma ação libertadora ou opressora à medida que os discursos necessitam de liberdade de expressão, máxima igualdade de direitos e participação de todos no debate. Assim, quando os itens citados não são cumpridos por ambas as partes no discurso, não há efetivamente um debate. Ambas as partes precisam estar em mesmas condições para que haja possibilidade de existir um consenso entre elas.
Os conceitos de racionalidade e potenciais de emancipação não são consensos alcançados, mas estão para Habermas na dimensão dos procedimentos necessários ao discurso livre e igualitário.
Contrário a Kant também, Habermas põe o discurso acima do indivíduo universal, devido a não existência possível de tal indivíduo (dadas as inúmeras tradições existentes), mas sim o discurso, a linguagem ser comum a todas as comunidades, de forma que ela se faz um método universal e legítimo, do qual todas as sociedades dependem para que haja consenso e não imposição de leis somente pela força.
E quanto ao conceito moral, ele deve possibilitar o consenso garantindo que apenas sejam consideradas válidas as normas que expressam vontade universal.
Jacqueline Anjolim
RA: 21007511
Por estar vinculado com a escola de Frankfurt,harbenas, entra no debate sobre justiça de maneira diferenciada, ele trata de analisar as teorias sociais aplicadas as democracias nas sociedades capitalistas que são consideradas de grande avanço. Analisando estas sociedades e tendo sempre a democracia como plano de fundo. Para ele, razão e ação comunicativa, assumem papeis importantes para se produzir sociedades mais justas para se livrar da estrutura de dominação que ele vê por causa da influência de seus antecessores na escola de Frankfurt. Contudo é através deste papel da razão que se dá processo de indepencencia social.
ResponderExcluirPara esta independencia social, ele defende a mudança de agir, do estratégico para o comunicativo, pois ambos são modos de agir racionais, no entanto, o primeiro a agir é individual e não tem consciência social pelos demais, porque não está aberto ao debate, por isso o sugundo a agir nos dá a possibilidade do debate e de conscientização social e nos encaminha para um consenso e é através deste consenso que conseguiremos respostas para problemas objetivos, dada a importância da discussão e do debate público para a construção de uma teoria social congruente que satisfaça as necessidades da sociedade.
kleiton aliandro
ra:21066113
Habermas vê uma enorme falha na crença cega de que o progresso técnico-científico e que o capitalismo seriam a chave para resolver os problemas do mundo, ao contrário de muitos filósofos iluministas. Ele considera que estamos sempre inseridos em um ambiente, e que muitas das nossas ações serão influenciadas por este. Aí surge o conceito de “ação comunicativa”, referente às interações entre os indivíduos de uma sociedade, ao mesmo tempo que a “ação racional” é toda aquela que é conduzida a um determinado fim. Habermas faz uma crítica a Rawls no que diz respeito a chegar à “posição original”, e da efetividade do “véu da ignorância”, fora da teoria utópica.
ResponderExcluirAo prezar a linguagem,e, ao mesmo tempo, criticar as tendências pós-iluministas, ele diz que o debate em torno de questões sobre a justiça deve ser considerado importante: a finalidade não é o mais importante, mas sim o processo gradual de mudança da sociedade, através da discussão e questionamento dos valores e questões sobre justiça existentes em uma determinada sociedade.
Bárbara B. P. Cabrino
RA 21071113
Habermas também critica Rawls e tem posição próxima aos dois autores discutidos anteriormente e tem influência na teoria marxista se distingue no sentido de uma elaboração da Ação Comunicativa, uma razão comunicativa que garante a liberdade e outra uma razão instrumental que é usada para a dominação. O autor coloca a fala em ponto focal e distingue a fala em três mundos: o objetivo, um mundo físico, o mundo subjetivo das ideias e o mundo social onde a expressão é feita através das artes e ciência. Os mundos muitas vezes entram em conflito, o autor propõe, então, que não ajam instituições que todos os debates sejam feitas através da comunicação e que todos participem para a construção da justiça.
ResponderExcluirRA 21055313
Habermas propõe a Teoria da Ação Comunicativa, que diz que o indivíduo se expressa pela comunicação, exibindo suas opiniões, desejos, etc. Sendo a comunicação o meio para chegar ao bem comum, o debate pode trazer acordos para que se estruture uma teoria de justiça, porque o diálogo proporciona melhores conclusões.
ResponderExcluirEm seu texto, Habermas também discute é que não existem verdades absolutas. Seja quão injusto for o ato de um indivíduo, este pode ser justificado, desde que seja bem defendido.
Concluindo, o autor vê na comunicação o modo, ao qual os indivíduos, através de um grande número de opiniões alcançarem um acordo acerca dos conflitos comuns às suas vidas e assim chegarem, com a participação de todos, à uma justiça racional. E comparando sua teoria com Rawls, Habermas disserta que é pelo debate de várias idéias que se dão e se chegam à teoria de justiça, e não como uma justiça impessoal como Rawls propõe.
AMANDA SACHI PATRICIO 21072213
Habermas acredita que a razão está no centro de nossas ações, pois estamos sempre buscando justificar o que fazemos e o que os outros fazem. Ele faz uma crítica a Rawls por acreditar que o véu da ignorância dispensa a autonomia e a racionalidade do indivíduo.
ResponderExcluirQuando há um crescimento da esfera pública, as discussões são estimuladas, fica claro que os indivíduos possuem interesses em comum, interesses os quais o Estado pode falhar em servir.
Diante disto, Habermas, influenciado pelo marxismo, afirma existirem dois tipos de comunicação: a razão comunicativa, que é aquela na qual os indivíduos buscam entender-se, trocando ideias diferentes e chegando ou não a uma conclusão, e a razão instrumental que é aquela que o Estado utiliza como instrumento de dominação. Assim, a razão comunicativa seria aquela dos espaços públicos onde acontece aquilo que Habermas acredita ser crucial na sociedade: o questionamento e a crítica às suas próprias tradições e culturas, enquanto a razão instrumental é a resistência do Estado, que tentando manter o controle, se utiliza dos meios de informação como televisão, rádio e jornais para suprimir estes debates. Concluindo, Habermas afirma que uma sociedade justa é aquela que preserva o agir comunicativo.
Francisco Sergio Vasconcelos Coelho - 21078713
Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713
ResponderExcluirHabermas propõe a Teoria da Ação Comunicativa, na qual o ser humano acaba se expressando pela comunicação, mostrando assim suas opiniões, medos, desejos e gostos. Para ele é através da comunicação que se chega a um determinado bem comum.
As duas esferas da vida, sistema e mundo da vida são dividas e analisadas pelo autor. A primeira é representada por instituições sociais e poderes políticos e econômicos,podemos compreendê-lo a partir da lógica instrumental, incorporada às relações hierárquicas e de troca empreendidas na sociedade. Já o “mundo da vida” é a dimensão comunicacional, externa ao sistema, onde transcorre o debate e ajustam-se os acordos.Ele também defende uma ética universalista, garantindo aos interessados participação em decisões e discussões públicas.
Alan Ferreira dos Santos RA: 21065813
ResponderExcluirNa contramão do assim chamado pensamento pós-moderno, Habermas considera possível que, mesmo num mundo globalizado, onde culturas distintas confluem, existam verdades e princípios morais universalmente válidos, aos quais cidadãos podem chegar através do discurso e consenso público.
A pré-condição para tal, contudo, é que os interlocutores não se comportem de forma estratégica, isto é, o interlocutor que visa simplesmente impor sua opinião subjetiva ou manipular outros atores, usando-os para seus fins – como geralmente acontece no ambiente político –, mas sim com vista ao entendimento mútuo, e que respeitem determinadas “regras do discurso”. Cada um deve levar o outro a sério e partir do princípio que o interlocutor é razoavelmente honesto e sincero, e todos devem ter a mesma chance de tomar a palavra. Além disso, todos os mecanismos de força devem ser excluídos. Assim, o discurso seria conduzido pela razão. Habermas fala da ‘força não forçada do melhor argumento’. O que resulta da argumentação, no fim, é o que se pode denominar de ‘provisoriamente verdadeiro’ – sendo que não há verdades definitivas, somente provisórias”. Entretanto, o filósofo foi alvo de muitas críticas, pelo fato de as condições descritas por ele se referirem a uma “situação comunicativa ideal”, que raramente se dá na realidade.
Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
ResponderExcluirHabermas analisa o conceito de justiça por uma via democrática.
Ele coloca a teoria da racionalidade comunicativa (que seria a condição de argumentação para se decidir algo, onde o discurso levaria a um consenso, e não simplesmente à dominação de um dos lados sobre o outro) em contraposição a racionalidade instrumental (presente na sociedade industrial, onde as pessoas são reduzidas a sua utilidade, e o que existe é a sensação de que elas são “conduzidas” a aceitar as coisas que as elites decidem).
Para Habermas os seres humanos são dotados de sentimentos e preferências que os impedem de tomar decisões livres dessas características, então para ele somente pelo discurso seria possível chegar a um consenso que trouxesse a melhoria das relações sociais. Assim, ele dá um papel central à linguagem (e é daí que ele vai elaborar a Teoria Comunicativa), pois ela não apenas reflete significados mas também constrói significados, então ela pode ser anterior a relação do sujeito com o objeto.
E nisso entra a importância que ele da à democracia deliberativa, pois nela, tanto os cidadãos como seus representantes têm que argumentar e justificar seus posicionamentos.
E isso se distingue da visão de Rawls, porque Rawls parte do pressuposto da intuição de justiça, onde as pessoas aprovam um contrato artifical, estando elas sob o véu da ignorância e, portanto, sem a possibilidade de saber claramente como o contrato vai afetá-las, e isso se distingue da democracia deliberativa, já que não se tem tanta argumentação e a linguagem não é colocada em foco.
Habermas, na busca de um modelo democrático para sua teoria da justiça, propõe conciliar as liberdades públicas com as privadas. Através do princípio do discurso por meio da democracia deliberativa, os cidadãos podem participar politicamente da sociedade civil defendendo aquilo que definem como bem comum, por meio disso chegarão a um consenso que aplicará estes direitos, caracterizando os interesses dos indivíduos e da comunidade.
ResponderExcluirA teoria de Habermas se contrapõe com as idéias de Rawls que define um contrato social justo aquele criado por pessoas racionais, que sob o véu da ignorância não reconhecendo as consequências deste contrato em seus interesses pessoais e alheio, dessa forma chegam aos princípios de justiça que reconhece o direito igualitário e de liberdade para todos e o segundo considera que as desigualdades favoreçam os menos favorecidos e haja igualdade nas oportunidades.
Rawls ao afirmar que devemos entrar na posição original sob o véu da ignorância rejeita o fato de as pessoas poderem decidir e serem racionais sobre o que é o conceito de boa vida para elas e dessa forma, democraticamente, deliberarem para chegar ao consenso do que pode ser bom para todos da forma que sugere Habermas.
RA: 21070713
Jurgen Habermas é um importante filósofo alemão, também pensador comunitarista, da Escola de Frankfurt. Ele trabalha em cima do sistema de textos legais da sociedade.
ResponderExcluirSua “Teoria da Ação Comunicativa” fala sobre os processos racionais na busca do homem de ser entedido. Essa ação acontece toda vez que um indivíduo se relaciona com outro, na tentativa de se fazer entendido, sem pretensões apenas individuais, mas na busca de alcançar seus objetivos individuais, respeitando a sociedade que está inserido.
Ele analisa a sociedade a partir do “sistema” e do “mundo da vida”. O “sistema” é representado pelas instituições sociais, e o “mundo da vida” pelo extensão do sistema, ou seja, o que não condiz com as instituições.
Fernanda Tokuda de Faria - 21071013
Em sua Teoria da Ação Comunicativa, Jurgen Habermas examina a interação do homem, que é um ser observador e participante, com o seu mundo.
ResponderExcluirPara ele existem três tipos de mundo: o objetivo, o subjetivo e o social.
O mundo objetivo é o mundo dos objetos ou estados físicos. O mundo subjetivo é o mundo dos estados mentais ou da consciência. O mundo social é o mundo do cultural, da arte e do científico.
Habermas estabelece vínculos entre socialismo e democracia, e analisa teórica e epistemologicamente a racionalidade como sistema operante da sociedade, introduzindo o conceito de razão comunicativa.
O autor acredita que a comunicação é sempre a ação mais executada. Isso porque diariamente somos impelidos para dar razões, para responder questões e para sermos razoáveis.
Sendo assim, a ação comunicativa é a maneira como as pessoas estruturam um diálogo, pensando antes de falar nos conteúdos normativos de um grupo social para interagir com ele.
Cinthia Cicilio.
Habermas, entre os comunitaristas, ganhou bastante destaque por sua “Teoria da Ação Comunicativa”, a qual diz que o indivíduo se expressa pela comunicação, por intermédio de seus gestos, gostos, opiniões, etc. Através desse processo, há a exercitação da razão, que se divide em comunicativa (aquela que poupa a liberdade) e em instrumental (aquela que cria dominação). Para o autor, a comunicação acontece em três esferas: do objetivo físico, do social e do subjetivo. Por causa dos anseios e individualidades de cada pessoa, sempre ocorrem conflitos e estes concebem acordos, sendo que estes acordos surgem por conta da comunicação é exercitada pela razão, que quando é comunicativa, resguarda a liberdade. Estes acordos também podem ser provisórios, podem mudar com o passar do tempo, porque as opiniões e gostos mudam com o passar do tempo em cada sociedade.
ResponderExcluirSendo levantada na teoria de Habermas a importância do debate teórico, que ocasionaria uma melhora na prática, por conta de condutas mais justas e abrangentes. Para chegar a esse resultado, o processo se daria a partir de refutações, que gerariam uma resposta conciliadora. Em seu texto, apresenta idéias bastante similares às de Marx de infraestrutura e superestrutura. Dividindo a racionalidade em duas frentes: o Sistema e o Modo de Vida. O autor apresenta o modo de vida como um lugar aberto para as discussões, os debates, à apresentação de idéias.
Ao assumir que o debate leva à melhores resultados, Habermas aceita que não há uma verdade absoluta, e até o ato mais injusto pode ser justificado, através de uma defesa perfeita. Dessa forma, acredita que com a capacidade dos indivíduos chegarem a consensos nos mais variados assuntos presentes na vida da sociedade, é possível alcançar a Justiça de forma racional.
Carolline Constanzo dos Santos
21052113
Jürgen Habermas é um filosofo e sociólogo alemão, é integrante da Escola de Frankfurt e parte da teoria marxista para elaborar seu estudo.
ResponderExcluirHabermas apresenta duas dimensões distintas da ideia de racionalidade: “O Sistema” – definida como instituições de controle – e o “Mundo da vida” - o mundo real, onde vivemos e onde ocorrem as discussões e debates, que não poderiam acontecer na dimensão do Sistema. O autor distingue três mundos: o mundo objetivo, que é o mundo dos objetos e estados físicos; o mundo subjetivo, consiste no ambiente das ideias e da consciência individual; e, o mundo social, onde o indivíduo expressa suas experiências de vida ou até uma experiência simulada que o indivíduo tem interesse em expressar, esse é o mundo da cultura e da arte.
Habermas faz uma diferenciação entre racionalidade comunicativa e racionalidade instrumental. A razão comunicativa é um instrumento que protege a liberdade, é uma forma de construir um entendimento e de buscar conhecimento. A razão instrumental proporciona a dominação, pois é um método persuasivo de conquistar algo.
Para Habermas, conhecimento é erigido e transmitido pela comunicação, assim a construção de consensos de linguagem dá base para a construção de uma Justiça que tem a participação de todos os indivíduos envolvidos, pois estes são além de observadores, participantes.
Ana Cristina - 21062613
Em sua construção teórica, Habermas defende que a razão é o fundamento da ação humana, pois é nela que baseamos e justificamos o que fazemos e, ao mesmo tempo, é por ela que julgamos o que os membros da sociedade fazem. O autor faz uma crítica a Rawls, acreditando que o véu da ignorância dispensa e menospreza a autonomia e a racionalidade das pessoas.
ResponderExcluirHabermas cita a democracia deliberativa como força motriz para a teoria da ação comunicativa humana. Três são os mundos participam da comunicação entre sujeitos, sendo esses o Mundo Objetivo (mundo dos objetos físicos), Mundo Subjetivo (mundo das relações e reflexões de um indivíduo) e o Mundo Social (mundo das artes e culturas onde prevalece a ação normativo).
Segundo Habermas, todos somos adeptos desse agir normativo pois a isso somos induzidos e obrigados por sistema composto por instituições que formatam o comportamento humano. Logo, seria melhor que tais instituições dessem lugar a consensos travados entre as pessoas. A saída, para ele, está no mundo da vida, em sua transformação, que só se concretizaria em uma sociedade regida pela comunicação ideal entre seus integrantes.
André Izidoro Silva - 21037113
Vanessa da Paixão de Sousa - 21040113
ResponderExcluirHabermas trabalha com a teoria da racionalidade comunicativa, ou seja, os indivíduos possuem a capacidade e a oportunidade de argumentar, fazendo com que o discurso entre em um consenso, não ocorrendo uma dominação de uma parte sobre a outra. Ele confronta a teoria da racionalidade instrumental, que refere-se a condição do individuo passivo, que não argumenta, e somente aceita o que é imposto pela elite.
Para o autor, somente a argumentação das diferentes partes da sociedade como um todo, poderia levar a melhoria das relações sociais. Sendo assim, é muito claro que para Habermas a linguagem tem um papel fundamental na vivência em sociedade, ela constrói e aplica pontos de vista, nessa perspectiva ele desenvolve a teoria comunicativa. A democracia deliberativa é vista de forma muito importante pelo autor, pois através dela é necessário que todos os cidadãos exponham os seus argumentos e posições.
Ele segue um posicionamento de diferente ao de Rawls em sua concepção de justiça, pois para Rawls a justiça é desenvolvida por meio de contratos sociais (artificiais) nos quais os indivíduos estão sob o véu da ignorância, dessa forma os indivíduos acabam não sabendo de que forma o contrato pode atingi-las, sendo isso completamente diferente da democracia deliberativa da qual Habermas considera tão importante, e a diferença entre os autores também pode ser destacada através da falta de importância que Rawls dá a linguagem.
Romulo Camargo. R.A.: 21056613.
ResponderExcluirO agir comunicativo é diferente entre o discurso e a ação comunicativa. A importância da proposta de Habermas é exatamente o discurso comunitarista que pretende através de sua filosofia do agir comunicativo o fim da arbitrariedade e da coerção nas questões que circundam toda a comunidade, propondo no lugar disso maneira de haver uma participação mais ativa e igualitária de todos os cidadão nos litígios que os envolvem e, concomitantemente, obter a tão almejada justiça, uma maior democracia.
Essa pluralidade do diálogoé benéfica já que que uma discussão plural cobre o maior campo possível das questões, principalmente no que concerne as comunitárias. Aqui fica clara a distinção entre Raws e Habermas.
Jurgen Habermas é o grande nome da segunda geração da Escola de Frankfurt, pode ser considerado o principal herdeiro do pensamento de, entre outros, Adorno e Horkheimer. Adorno e Horkheimer expõem que a razão instrumental é dominadora, seja para com a natureza, para com outros homens ou para o a natureza interior, a do próprio dominador.
ResponderExcluirHabermas mantêm tal crítica, porém rompe com a ideia aporética dos dois pensadores. O filósofo enxerga na “ação comunicativa” uma saída. Nesse contexto, crítica a comunicação instrumental, que seria uma forma de coação, onde o receptor é enganado, mas expõe outra forma de comunicação, a comunicativa.
Nesta segunda, o diálogo seria libertador, pois haveria uma horizontalidade entre as partes que se comunicam, onde ambas tentariam, de forma honesta, se comunicar. É desta maneira que Habermas enxerga a possibilidade de se construir “justiça”, o conceito seria sempre debatido para atender as necessidades da comunidade. Algo como o contrato social de Rawls, com uma pessoa estritamente metafísica, nunca atingira tal feito.
Nome: Murillo Faria dos Santos Neri
RA: 21045713
A comunicação é o ponto fundamental na teoria de Habermas. O autor propõe uma teoria da comunicação como uma teoria critica da sociedade, de maneira que a ação comunicativa entre os interlocutores sociais é analisada de acordo com suas relações.
ResponderExcluirHabermas enfatiza que as ideias de verdade, liberdade e justiça estão subentendidas na nossa fala cotidiana e que toda comunicação é mediada por atos de fala entre dois ou mais sujeitos. Nestes atos, estão presentes três mundos: o objetivo (o mundo dos objetos físicos), o subjetivo (o mundo dos estados mentais ou da consciência) e o social (o mundo da arte, da cultura e da ciência).
Habermas separa a racionalidade em duas partes: a racionalidade comunicativa, aquela que proporciona a comunicação entre os indivíduos e proporciona o entendimento e o consenso entre eles e a instrumental, aquela usada para a dominação da população. O autor defende que é através da comunicação que se atinge um consenso e o bem comum, necessário para a elaboração de uma teoria da justiça.
Henrique Bernardes
RA: 21021813
Na teoria de Habermmas, a comunicação assume papel fundamental, elaborando a “Teoria da Ação Comunicativa”. Para o autor, essa comunicação se dissemina nas esferas objetiva (mundo dos objetos físicos), subjetiva (estados mentais e consciência) e social (mundo cultural e da arte)
ResponderExcluirExistem dois tipos de agir: o instrumental e o comunicativo, sendo o primeiro utilizado exclusivamente no exercício da dominação e o segundo pode ser comparado à comunicação quotidiana das pessoas, na qual os sujeitos, a fim de chegarem a um acordo sobre determinado assunto, utilizam a linguagem para se entenderem. Habermmas defende, portanto, que na construção da justiça a linguagem deve estar presente, já que esse é o meio pelo qual o conhecimento consegue ser transmitido e construído.
Kevin Rossi Freitas, RA: 21071613
Habermas vai se basear numa teoria em que a racionalidade se encontra na comunicação, com a argumentação tida como peça principal para um discurso sobre justiça.Em Habermas, a ideia de racionalidade se divide em duas dimensões: O Sistema, que são as instituições de controle, como o governo, mídia, etc. E o Mundo da Vida, que é o mundo concreto, algo não institucionalizado, o dia-a-dia do individuo. Habermas apresenta o mundo da vida como sendo o lugar para as discussões, os debates, a proposição de idéias. Pois segundo ele, na dimensão do sistema isso não seria possível.
ResponderExcluirPara o autor as comunicações que os sujeitos estabelecem entre si, mediadas por atos de fala, dizem respeito sempre a três mundos: O Mundo Objetivo, que é o mundo dos objetos, um mundo tangível, um mundo físico. O Mundo Subjetivo, o mundo da mente, das idéias, da consciência. E o Mundo Social, o mundo da arte, da ciência, onde a expressão do agente se da por um meio cultural. O autor vê, portanto, na ação comunicativa a capacidade de os indivíduos através de uma pluralidade de vozes chegarem a consensos nos diversos litígios presentes na vida e assim chegarem, com a participação de todos, à Justiça de forma racional.
Jennifer Nogueira Martinuzo - 21080513
Habermas traz um discurso diferenciado em relação ao debate anglo-saxão que pudemos ver no curso. Da Escola de Frankfurt, sua perspectiva de análise vai além da visão imediatista dos fatos, buscando transcender o que é factualmente aparente para um exame mais aprofundado da realidade. Demonstra aproximação à vertente marxista; aqui as relações econômicas são importantes para entender as relações sociais, bem como o papel que ocupam dentro do processo de produção, caracterizador do indivíduo. Ele também diz que a sociedade contêm duas esferas, que são a do "Sistema" e a do "Mundo da Vida", a primeira refere-se a reprodução material, a adequação dos meios aos fins, relacionando-se principalmente com os poderes político e econômico, já a segunda esfera é a da reprodução simbólica do uso da linguagem, cria consensos, determina certas visões de mundo. Diferentemente de a Kant também, Habermas põe o discurso acima do indivíduo universal, devido a não existência possível de tal indivíduo (dadas as inúmeras tradições existentes), mas sim o discurso, a linguagem ser comum a todas as comunidades, de forma que ela se faz um método universal e legítimo, do qual todas as sociedades dependem para que haja consenso e não imposição de leis somente pela força.
ResponderExcluirIngrid Correia- 21068513
A teoria habermasiana localiza-se do ponto de vista epistemológico, e, segundo a compreensão do próprio autor, dentro da modernidade, levando-nos a concluir que suas bases fundamentais são de fato os fundamentos epistemológicos do pensamento moderno. Assim o ponto de partida para a compreensão desse pensador é uma análise do que se configurou chamar de pressupostos do pensamento moderno. A saber, a razão, liberdade, igualdade e agir humano.
ResponderExcluirIsabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113
Habermas buscará enfrentar problemas detectados por diversos autores, como Weber, Adorno, Horkheimer, no que diz respeito ao processo de racionalização societária. Segundo o autor a análise realizada por esses autores chega a um empasse, pois eles trabalham com um sentido restrito de razão, confundindo a racionalidade do sistema capitalista com a racionalidade da ação humana.
ResponderExcluirEm resposta a tal problema, propõe o abandono do paradigma da consciência em prol do paradigma da comunicação. Este primeiro paradigma apresenta como ideia de um pensador solitário que busca entender o mundo a sua volta, ou seja, há supremacia do sujeito em relação ao objeto. Para Habermas este paradigma não se sustenta, pois, segundo afirmações de Marx e Hegel, conclui-se que as estruturas da consciência sofrem influência histórica, bem como das formas de reprodução social. Habermas acredita que a racionalidade está dentro da estrutura da linguagem cotidiana, uma vez que é por meio do uso da linguagem que o homem busca entendimento.
Michel Fagundes Ferreira RA: 21077212
Para Habermas, nenhuma teoria é suficiente para prever todas as situações e as melhorias necessárias para sanar injustiças decorrentes dos arranjos institucionais reais. Apesar disso, os cidadãos continuamente debatem questões sobre os princípios políticos e as políticas públicas.
ResponderExcluirBaseado nisso, Habermas critica Rawls por este prever a existência de uma posição original que já tenha seus princípios de justiça definidos. Ele entende que isso não confere o direito à autodeterminação política dos cidadãos e fere a autonomia política, que seria instituída a partir da elaboração da Constituição e demais aparato legal pela própria população através de debates.
Nos debates, a ação comunicativa realizaria a alteração do paradigma de racionalidade instrumental, ligada à dominação, para a criação de uma nova racionalidade baseada no agir comunicativo, buscando consenso.
Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511
Jurgen Habermas é filósofo alemão, estudioso do comunitarista, da Escola de Frankfurt, tal autor elaborou a “Teoria da ação comunicativa”, no qual afirma que as diversas formas de comunicação devem sempre ter um norte ao fato da busca pela melhor forma de ser entendido, ou seja, designar o objetivo que primeiro se fez ao iniciar um discurso. Nesse sentido, o melhor entendimento dos discursos se farão necessários a medida que esses são os que definirão juridicamente o caráter de justiça após ser definido constitucionalmente ou em outros formas institucionais.
ResponderExcluirNesse sentido se faz necessário a participação mais efetiva de toda a comunidade para se ter um melhor entendimento de todas as “justiças” impostas num âmbito geral; para tanto, o diálogo que diferentemente de John Rawls se faz necessário, dando ai um dos grandes debates em teorias da justiça nos dias atuais.
Raul Shizuka – RA: 21035612
Para o comunitarista Habermas, sugere uma teoria de ação comunicativa, em que qualquer a importância do debate teórico é enaltecido e visto como um gruía para que decisões mais justas e mais coerentes fossem tomadas acerca de um problema.
ResponderExcluirNessa teoria, Habermas faz uma divisão entre os mundos objetivo, subjetivo e o social. No mundo objetivo há objetivos físico, palpáveis, diferente do mundo subjetivo, em que existe apenas na consciência de cada indivíduo, um mundo de idéias, e por fim, no mundo social o individuo convive com culturas e desempenha um papel de relação com outros membros da mesma sociedade.
RA: 21086213
Analisando a filosofia de Habermas, pode-se notar uma concepção similar a visão marxista, na qual o entendimento das relações econômicas é essencial pra compreender as relações sociais e que também analisa o indivíduo através do papel que o mesmo realiza no processo de produção.
ResponderExcluirHabermas busca uma análise mais aprofundada dos fatos e divide a sociedade em “o Sistema” (instituições de controle) e “o Mundo da Vida”, lugar apropriado para os debates. O autor divide o Mundo em três: objetivo (mundo físico), subjetivo (mundo das ideias) e social (mundo da expressão através da cultura).
Lara Rodrigues Alves. RA: 21059313
O comunitarista Habermas aponta a ideia de Justiça intrisecamente à democracia pois seu embasamento teórico provém da teoria crítica e marxista que repudia a sociedade industrial que tem a concepção de um indivíduo à partir da utilidade que o mesmo pode representar para a classe social dominante. Com sua obra "Teoria da Ação Comunicativa", ele contrapõe essa ideia propondo uma nova racionalidade (a comunicativa) que sustenta que uma decisão deve ser tomada através de uma argumentação, um diálogo, e assim o resultado não poderia divergir de um consenso, tornando todos os envolvido iguais diantes de si (principal objetivo) e deteriorando qualquer tipo de de dominação provinda de uma convenção social equivocada.
ResponderExcluirO autor acredita que o diálogo argumentativo é o que propicia um melhor relacionamento social, pois por intermédio deste é possível que se atinja um consenso entre as partes, por mais diferentes que sejam em suas respectivas individualidades e interesses. Podemos então notar o quão importante e fundamental é o papel da linguagem, da comunicação... Temos a capacidade de compreender o que já conhecemos como também dar novos significados as coisas. Mediante à esse poder, o autor não poderia ser indiferente e não argumentar quanto a democracia: o mesmo então defende que os indivíduos, enquanto cidadãos são capazes de argumentar e justificar seus posicionamentos, o que é imprescindível para uma democracia deliberativa.
Então fica explícito a diferenciação entre Habermas e Rawls, pois tal democracia deliberativa anula completamente o subjulgamento contratual da visão de Rawls, vide a argumentação e diálogo se sobressaírem do véu da ignorância.
Samuel Alencar de Sena - 21048913
Jéssica Sandim Ramos - 21067313
ResponderExcluirHabermas é representante da Escola de Frankfurt. Em sua obra “Teoria da Ação Comunicativa”, o autor mostra a relevância da linguagem e a ideia que o auxiliará a criar o conceito de “ação comunicativa”. Desta maneira, a única forma de conseguir informações sobre o que seria a justiça realmente dentro de uma sociedade é através da observação dessa discussão, deste debate, visualizando todas as formas de consenso.
Esse debate se relaciona com ideias “reformistas” do filosófo, que acredita em uma mudança por partes da sociedade, que se constitui através de uma crítica aos valores sociais. Isso o leva,, a criticar as abstrações pregadas por Rawls, já que para ele, não há meio de um indivíduo alcançar a posição original e estar coberto por um véu da ignorância.
Para Habermas, é na esfera que aborda as relações e individualidades das pessoas, e por meio da linguagem, que ele constrói uma argumentação a favor da democracia. Pensava que é nesse tipo de sociedade que haveria liberdade do diálogo para chegar-se a um consenso.
Habermas argumenta sobre a importância do debate teórico, que pode levar a uma melhoria na prática e propõe a Teoria da Ação Comunicativa, na qual o ser humano acaba se expressando pela comunicação, mostrando suas opiniões, medos, desejos e gostos. O autor vê que é pela comunicação que é possível chegar a um determinado bem comum. Para ele, as linguagens podem acabar trazendo consensos para estruturar uma teoria sobre a justiça, dado que o diálogo possibilita conclusões. Além disso, é enaltecido pelo autor que não há verdades absolutas: por mais injusto que determinado ato possa parecer, ele pode ser desde que amparado por um grande defesa argumentativa.
ResponderExcluirPara Rawls, numa situação inicial (véu de ignorância) desprovidos de características pessoais, racionais, partilhariam uma mesma ideia de justiça e sem saber sua posição na sociedade seriam capazes de estabelecer princípios justos. No entanto, há uma crítica entre Rawls e Habermas, a posição original e a situação ideal de fala desempenham papeis semelhantes na teoria de ambos os autores.
Cleiton Vicente Duarte 21009813
Habermas é um filósofo alemão, comunitarista, que defende a comunicação pelo discurso racional entre os indivíduos através da Teoria da Ação Comunicativa. O filosofo defende uma sociedade sem dominação em que os cidadãos são livres através do uso da razão. Em seu modelo democrático os indivíduos podem defender o que acreditam ser o melhor para o grupo a partir de sua participação política.
ResponderExcluirA teoria da ação comunicativa é exatamente onde o ser humano se expressa para chegar a um bem comum, pois o filósofo acredita que é através do diálogo/linguagem que se chega a consensos para estruturar teorias sobre a justiça. O autor também propõe a teoria do Agir Comunicativo para que se discuta as noções de justiça. Para existir um consenso nos debates propostos pelo autor, deve ter o máximo de igualdade de condições e participação de todos.
O autor desta semana critica Rawls pela sua ideia inicial para formular a sua teoria da justiça – o véu da ignorância -, assim Habermas, partindo de suas ideias de comunicação, propõe que seja a partir dai que se coloque uma situação ideal, em que os princípios de justiça sejam constantemente debatidos e refletidos.
Assim, a teoria de Habermas está que a justiça deve ser constantemente construída através de debates com a participação de todos da sociedade. Estes debates devem ser feitos usando o pensamento racional e crítico
Habermas é um dos mais destacados membros da Escola de Frankfurt. Pertence a segunda geração desta corrente, podendo ser facilmente considerado o principal herdeiro dos pensamentos de Adorno, Horkheimer, Marcuse e Benjamin.
ResponderExcluirTais pensadores compõem a “Teoria crítica”, esta faz uma crítica a toda a sociedade ocidental, seu culto à técnica e à razão. Em “Dialética do esclarecimento”, Adorno e Horkheimer colocam a razão instrumental como ferramenta de dominação, primeiro da natureza, depois de outros homens e por fim da dominação do homem sobre si mesmo, sobre sua natureza interna.
Habermas mantêm a crítica para com a razão instrumental, mas enxerga uma saída para tal situação, o filósofo formula a teoria da “ação comunicativa). Nesta teoria, existiria a comunicação instrumental, feita para a dominação, onde quem fala buscar coagir o receptor, mas também a comunicação comunicativa, esta última colocaria as partes em pé de igualdade, onde a intenção da comunicação seria pura e simplesmente comunicar.
Com os agentes debatendo de forma franca, fazendo uso da comunicação comunicativa, seria possível discutir “justiça”, sempre modelando o conceito às necessidades da comunidade. Tal elasticidade para com o conceito é impossível na teoria Rawlseana, que trabalha com uma pessoa metafísica, desnuda de todas suas concepções.
Lucas A. S. Mascaro 21073913
Jürgen Habermas numa busca mais aprofundada do contexto da justiça na realidade, se aproxima ao marxismo, pois inclui a analise, e dá ênfase, das relações econômicas importantes para entender as relações sociais, bem como o papel de cada individuo nesta sociedade. Isso porque, ao mesmo tempo em que se intensifica ação pública, também são estimuladas as discussões são estimuladas, num processo de analise e exigência de interesses em comuns que os indivíduos tenha, especialmente se o estado falta na área de interesse. Habermas acredita ao buscar justificações para o que fazem os indivíduos, todos nos deparamos com a nossa razão justificamos as ações, de maneira que a razão que estabeleceu os direitos também deve coloca-los em exercícios, pois a racionalidade é a ferramenta fundamental para a emancipação do indivíduo.
ResponderExcluirDado que muitas vezes nem mesmo ocorre um dialogo, devido a opressão que ignora a autonomia e liberdade dos indivíduos, o autor desta também dois tipos de mundos, sendo o primeiro o mundo da vida, que contempla o mundo presente, no qual prevalece a ação comunicativa que é aquela na qual os indivíduos buscam estabelecer um diálogo a partir da troca de diferentes ideias diferentes e chegando ou não a uma conclusão ou consenso, que aproxima a “verdade” (mais harmônico). Sendo este dialogo fundamental para que sociedade se aproxime de uma concepção do que é justo, oferecendo boas razões que conciliem as opiniões livremente. Já o segundo, é o mundo sistêmico, no qual o objetivo do discurso é que este é um meio para um determinado fim já decidido, que não conta com um consenso, como se impusesse uma vontade sistemática/previsível quanto ao que se espera de comportamento, como o controle do Estado na mídia.
Assim, sendo a racionalidade justa aquela que é crítica ao questionar as interações estabelecidas entre os indivíduos, mesmo as de opressão, que possam existir, a fim de que consiga se libertar no sentido de, pelo menos, negar a opressão. Logo, a sociedade que aplica tal racionalidade, seria a
sociedade justa, que o autor considera ser a sociedade democrática deliberativa que cria espaços públicos de discussão e o questionamento, incentivando o consenso por meio do diálogo, proveniente da participação dos indivíduos. Tais mecanismos de controle social da administração pública, propaga o papel democrático do indivíduo no debate público que contempla a pluralidade e autonomia.
Aline Guarnieri Gubitoso - 21001713
Jurgen Habermas apresenta uma teoria que se difere significantemente dos pensadores vistos anteriormente, porém o filósofo é parte da corrente comunitarista e em sua teoria demonstra a importância da participação e integração social dos indivíduos nas questões sobre a justiça e de seus desdobramentos. Em sua Teoria da Ação Comunicativa, Habermas aponta o uso da linguagem como primordial para a compreensão dos fundamentos e pressupostos racionais: cada indivíduo, em sua fala, que se dirigisse à compreensão mútua, pretende fazer esta fala válida. Os discursos contém diversas nuances e pretensões, o que Habermas procura propor é que, com a atenção ao uso da linguagem, seria possível instalar uma comunicação mais livre e igualitária entre os indivíduos com a busca de um discurso ideal, que visasse uma melhor compreensão e fizesse notar a condição do indivíduo como observador e participante da construção dos conceitos de justiça.
ResponderExcluirMarina Gazinhato Neves RA: 21055713
Jurgen Habermas elabora a Teoria da Ação Comunicativa a partir dos ideais da democracia e propõe-se a analisar a racionalidade do homem através de seus métodos de comunicação e compreensão não só dos outros, mas de si mesmo. Ele também busca resgatar a concepção sobre a existência de um sentido universalista de razão que seja aplicada à dimensão moral-prática e que é capaz de superar as limitações impostas pela visão reducionista da racionalidade instrumental, restaurando o seu poder emancipador. Ou seja, Habermas defende uma maneira de combater a manipulação que permeia pelas esferas da sociedade liberal - especialmente na esfera da educação, onde a ideia de emancipação social e individual é dissolvida em orientação regida pela utilidade e pela prática da administração dos interesses econômicos e individuais. A formação do indivíduo então deixa de ter seu fim em si mesmo, assumindo a condição de um instrumental técnico de manipulação política para que seu desenvolvimento seja voltado ao aumento da produtividade econômica e eficiência administrativa do Estado.
ResponderExcluirA solução proposta por Habermas é o rompimento com a lógica do sistema presente, a fim de que a racionalidade possa ser abordada de maneira pura, livre da interferência de interesses políticos ou econômicos. No Teoria da Ação Comunicativa, Habermas então expõe sua concepção sobre dois tipos de comunicação: a instrumental - que se dá com o objetivo de manipular o receptor; e a comunicativa - que propõe o diálogo aberto entre transmissor e receptor, ou seja, um instrumento de liberdade, crítica, e racionalidade.
Em suma, o que Habermas aponta é um sistema pautado na comunicação instrumental, que fazem dos próprios indivíduos instrumentos de manipulação - quando esconde deles a verdade - a fim de que interesses individuais (geralmente de caráter econômico ou político) sejam atingidos. Esta omissão da informação fere a liberdade dos indivíduos sem mesmo que eles percebam, aceitando a lógica presente sem questionamento. Para romper com este sistema e garantir a liberdade, igualdade e justiça, apenas com o êxito de um sistema que fomente a participação dos cidadãos em debates, estimulando a ação comunicativa e abrindo espaço para que os interesses individuais possam ser atendidos democraticamente.
Victor Sant'Anna Debone - RA 21042312
Habermas possui uma abordagem muito mais sociológica da justiça. Tendo a comunicação o papel principal desse debate. E é considerada uma ferramenta muito eficiente para caracterizar os sistemas de dominação e as possíveis maneiras de vencê-los. Ele busca então construir uma teoria social que critique e situe o individuo dentro da comunidade em que vive. O homem é um observador participante e é essencial entender a ação comunicativa e suas implicações ao individuo e à sociedade na qual está inserido.
ResponderExcluirSegundo Habermas, não é possível realizar mudanças nas relações culturais, sem que haja mudanças nas relações de produção, é necessário então que as ideias e atitudes tenham livre circulação. E que uma sociedade justa é aquela que mais preservar o agir comunicativo de cada cidadão, portanto a que mais promover a liberdade de expressão. O agir comunicativo exercido constantemente e sem limitações parece ser a única maneira de participar, de maneira uniforme, cada vez mais pessoas nos litígios realizando a emancipação social por meio da razão.
Habermas também critica Rawls. Habermas diz que a teoria de Rawls apresenta falhas argumentativas que impossibilitam estabelecer as bases normativas que ele propõe. Para Habermas, Rawls prejudica seu próprio projeto construtivo de uma justiça equitativa, visto que uma tese de auto compreensão da razão prática não deve ser neutra. Seguindo, Habermas levanta três principais problemas. Primeiramente, a formulação da hipótese de Rawls é insuficiente para garantir de maneira imparcial os princípios da justiça. Depois, a concepção rawlsiana de justiça não atende a neutralidade a que se propõe justamente para reivindicar uma rivalidade não-cognitiva. E por último, por Rawls se valer de decisões estratégicas para fundamentar seu estado de direito. Rawls não é capaz de harmonizar a “liberdade dos antigos” com a “liberdade dos modernos”, e em decorrência coloca os “direitos básicos liberais” acima da concepção democrática de legitimação.
Priscila Testa 21071413
Filósofo, sociólogo e pensador da segunda escola de Frankfurt, Habermas abraça o projeto da filosofia do esclarecimento. Sua análise tem como foco a racionalidade e a maneira como o ser humano opera com ela. Para contextualizar a sua discussão é importante lembrar a sociedade a qual o autor se refere é a sociedade pós Revolução Industrial. Nela, como também afirma Weber, encontra-se o desencantamento do mundo pela racionalização científica que uma vez desenvolvida dificilmente poderá deixar de ser aplicada (a não ser que tome o poder o que Weber chama de um líder carismático). Nele há o planejamento, o cálculo e a previsão nas organizações humanas.
ResponderExcluirHabermas leva em consideração esse contexto tecnológico e científico, porém propõe que olhemos mais detalhadamente para o que chamamos de racionalidade. O autor separa a racionalidade entre a racionalidade com respeito a fins – aplicada na esfera do mercado buscando meios para efetivar controle e dominação da natureza e a racionalidade comunicativa, usada nas ações dadas pelas normas de valores COMUNICATIVAMENTE estabelecidas e mediadas vindas da “trama do mundo da vida” ou constituintes dela no consenso social distinta da primeira racionalidade pregada no iluminismo. Uma das críticas do autor é o uso excessivo da primeira racionalidade, a mecanicista. Isso não quer dizer que Habermas se posiciona contra essa maneira de pensar o seu humano viva desde o Iluminismo, pois para ele, ela o preserva a vida humana.
Podemos fazer uma comparação entre Habermas e Walzer. Assim como Walzer se refere às esfera de moralidade, Habermas diria que existem esferas de racionalidade. Não se deve colocar em diálogo, do mesmo modo que propõe a teoria de Walzer, maneiras de pensar de uma esfera em outra. Sendo assim, a esfera do mercado não é compatível com a racionalidade comunicativa, mas isso não quer dizer que não devamos nos utilizar dessa racionalidade em outras esferas da vida.
Diante disso podemos ver um contraposto entre as teorias de Habermas e de Rawls, pois enquanto um propõe um diálogo RACIONAL (mecanicista, universal e científico) para definir a justiça e os códigos morais de um grupo, o outro admite que não se deva tratar desses assuntos tendo em vista os meios e os fins, mas sim os valores determinados conjuntamente, pela cultura e convívio social. Em Habermas tem-se, diferente da teoria de Rawls, uma clara separação entre a área cientifica paradigmática e a área da justiça, nele mais desconectada do racionalismo Iluminista.
Stefanie Gomes de Mello
21014113
Habermas, juntamente com Walzer e Sandel, ´e um dos pricipais criticos de Rawls. Tem influencia marxista e procura analisar o sistema comunicativo observado na sociedade. Com isso analisa dois tipos de racionalidade: a primeira, sistemas, sao as instituiçoes sociais, poderes politicos e economicos, e a segunda, mundo da vida, ´e o locus da construçao das concepçoes de justiça.
ResponderExcluirSua teoria ainda possui a divisao em tres mundos: o mundo objetivo, o mundo subjetivo e o munndo social.
Rebeca Polanowski Hammel - RA: 21042013
email: polanowski.rebeca@gmail.com
Habermas tem uma visão marxista, e defende que as relações econômicas e relações sociais estão intimamente conectadas. O autor analisa a sociedade e seus fragmentos, como as instituições de controle e os locais apropriados para discussões. Ele também tem a concepção de que o mundo pode ser dividido em objetivo, onde é explorado o mundo físico, em subjetivo, onde está presente o mundo das ideias e o social, onde o mundo é a expressão das culturas.
ResponderExcluirHabermas parte do paradigma da comunicação, que segundo ele se encontra no fato das limitações que a própria comunicação possui na sociedade moderna. Ele elabora uma teoria chamada de Teoria da Ação Comunicativa, onde as ações cotidianas são reflexos da busca racional do homem de ser compreendido. A teoria tem três mundos: mundo social, mundo objetivo e mundo subjetivo. O mundo social é o mundo onde o individuo expressa suas vivencias, o mundo objetivo é o mundo físico e o mudo subjetivo é o mundo das idéias. Para o autor é através da linguagem, dos debates que se constrói uma justiça participativa.
ResponderExcluirCamila de Oliveira Santos RA: 21027913
Habermas apresenta uma visão hermenêutica em seus estudos, contrastando com os autores vistos anteriormente na disciplina, estes analisavam as relações sociais através de uma visão analítica.
ResponderExcluirO autor vem da escola de Frankfurt, a qual busca compreender os fatos por meio de sua essência.
Habermas analisa a sociedade partindo das relações de produção que os indivíduos são submetidos, estuda que papel eles desempenham no sistema e a opressão gerada por este sistema, que transforma as pessoas em objetos, num processo de “coisificação”.
Para o autor, existem dois tipos de razão. A razão instrumental é utilizada para a dominação, que nos mantém dominados pelo sistema vigente, obedecendo a suas normas, sem nos darmos conta disso. A razão comunicativa representa a emancipação dos indivíduos, pois é a partir dela que nos conscientizamos da dominação e podemos combater o sistema, propondo através do diálogo, modelos mais justos, menos opressores, já que a discussão partirá dos que são oprimidos.
Para que esse diálogo aconteça, é necessário que existam espaços nos quais os indivíduos expressem de maneira livre suas queixas. Habermas defende aí a existência da democracia, sistema no qual são respeitadas as individualidades.
Após ler o texto: "Teoria da Ação Comunicativa", de Jurgen Habermas e examinar o meterial disponível tenho a comentar que na teoria de Habermas foi possível identificar sua influencia na teoria marxista. Habermas vai dividir a sociedade em duas esferas denominando-as como "sistema" e "mundo da vida".
ResponderExcluirOs sistemas pelo que entendi, seriam organizados e delimitados através de mecanismos especiais da coordenação das ações, ou seja, o sistema jurídico através do direito, o sistema político enquanto estado através do direito e através da disposição sobre o poder organizado como meio de punição para decisões obrigatórias.
Já a ideia de "mundo da vida" segue o oposto ao sistema que defini acima, pois esse “mundo” seria um ambiente neutro onde os indivíduos expressariam sua visão subjetiva em torno de um mesmo objeto e tentaria chegar a um objetivo comum por meio da interação neste espaço. Entretanto, a maior diferença entre os diálogos formados pelos atos e aqueles pelas ações é a precisão em relação à verdade.
Quanto mais um fato é discutido, buscando um entendimento comum entre as partes, mais próximo se estaria da verdade para o autor.
Para Habermas, as sociedades dependem dessas relações para se desenvolverem e para se tornarem complexas sistematicamente.
Professor esqueci de por meu nome: Lucas do Vale Moura e meu R. A. 21078813
ExcluirApós a leitura dos textos de Jurgen Habermas e de Rawls e de assistir aos vídeos propostos, observo que para delimitar a racionalidade, Habermas nos diz que é essencial a comunicação e a linguagem. Assim, temos a distinção entre duas formas de agir: instrumental e comunicativo. O primeiro trataria de quando as pessoas se comunicam com o fim de dominar e/ou enganar. O segundo, seria quando indivíduos se comunicam com o objetivo de compreender um ao outro e chegar à alguma conclusão sobre um fato.
ResponderExcluirJá as críticas que faz a Rawls, referem-se a posição original, pois à ele é insuficiente para garantir que os princípios de justiça sejam imparciais, pois vê três problemas, dentre eles o que se refere a troca da razão prática pelo véu da ignorância.
Habermas, pertencente a corrente da Escola de Frankfurt, tem influencias marxistas na constituição de sua teoria. Apresenta a ideia de que uma sociedade sem dominação seria justa.
ResponderExcluirTambém é critico de Rawls. Discorda da posição original e do véu da ignorância, assim como é denotado por Sandel. Para o autor, um individuo não deixa de lado suas crenças, costumes, etc. para constituir o que fará parte da teoria da justiça proposta.
Apresenta duas esferas da sociedade, uma denominada de sistêmica que se referiria as ações que as pessoas tomam relacionadas a razão e ao sistema. E a outra, chamada do mundo da vida que trata das relações que as pessoas têm. Aqui se encontram as discussões. Defende a democracia pois nesse contexto os indivíduos viveriam em uma sociedade justa, com liberdade de debate, buscando chegar a determinada conclusão. Os diálogos deveriam ser feitos tendo a razão como base.
Camila Luna Mendes - 21078513
Para Rawls, numa sociedade justa, há uma posição inicial original da qual partem todos os membros de uma sociedade, pois trata-se de uma posição de igualdade. Haveria dois princípios básicos: o direito à igualdade, que garantiria a liberdade, e a conformação das desigualdades voltadas para gerar benefícios para todos. Estes princípos só poderão ser aplicados mediante a regulação dos princípios morais.
ResponderExcluirJá Habermas considera que uma sociedade justa é aquela em que seus indivíduos promovem a ação comunicativa como uma forma de cenecção com seu próprio mundo. Nesse sentido, haveria três partes desse mundo a ser considerado, o mundo objetivo, que se relaciona com os objetos do meio físico, o mundo subjetivo, que se volta para o interior do indivíduo e se relaciona com os estados de consciência mental, e o mundo social, em que estavam presentes a cultura, a arte e a ciência e que, de certa forma, congregava os outros mundos.
A partir da postura da Teoria Crítica da escola de Frankfurt, Jurgen Habermas afirma que o liberalismo praticado pela sociedade ocidental favorece a dominação de instrumentos privilegiados. E tal instrumento é a própria racionalização.
ResponderExcluirHabermas acredita que a linguagem é o que une todos os ser humanos, e que por isso, tem um caráter intersubjetivista, e nesta intersubjetivida é que a justiça se dá. Porém, a comunicação no jeito que esta posta nas sociedades liberais é vítima da sistematicidade do capitalismo. Compartilhando certos pressupostos de Kant, Habermas afirma que um indivíduo nunca pode ser um meio para uma ação. Porém, o que o capitalismo praticado faz é exatamente isso. O sistema entende que o lucro é a finalidade mais importante, e para alcançá-lo, um certo número de seres humanos deveram ser utilizados. Isto para Habermas é abominável, pois a comunicação deixa de ser importante.
Lucas Falcão Silva – 21009113
Os projetos democráticos em Rawls e Habermas são essencialmente distintos. Em Habermas , a problemática sobre o consenso nas sociedades plurais é redimensionada para a questão da legitimidade do direito moderno, que fundamenta a própria democracia constitucional. Habermas procura traçar o modo como um sistema de direitos pode legitimar a formação do poder político do Estado , ou seja , procura conciliar dois princípios que sempre foram alvo de disputa na filosofia política : o princípio democrático ( soberania popular ) com o princípio da autonomia da vontade . O caminho encontrado pelo projeto democrático habermasino consiste na conciliação entre os dois princípios através do princípio do discurso , como standard da democracia deliberativa . Já para Rawls , a justiça como equidade é baseada em princípios de justiça capazes de distribuir direitos e deveres de forma justa entre indivíduos livres e iguais engajados em uma sociedade cooperativa.
ResponderExcluirGiovanna F. Chrispiano
RA: 21005013
Habermas, um comunitarista fortemente influenciado pela doutrina marxista, trouxe em suas teorias uma crítica a racionalidade social de Rawls. Para ele, esta racionalidade entre os indivíduos está na comunicação entre os mesmos. A prática racionalista, de acordo com sua “Teria da Ação Comunicativa” divide-se entre comunicativa (aquela que poupa a liberdade) e em instrumental (aquela que cria dominação), dentro das esferas do objetivo físico, do objetivo e do social. Para Habermas, as tendências individuais causam os conflitos e estes estabelecem acordos (não são contratos pois Habermas critica as teorias contratualistas de modo que elas não estabelecem um fundamento de legitimidade do direito moderno), provisórios ou não, mas que trazem as discussões importantes dentro da sociedade acerca da justiça.
ResponderExcluirEntretanto, dentro da racionalidade do “Modo de Vida” de Habermas, ele aceita que os resultados das discussões não procuram uma verdade absoluta, e ate um ato injusto pode ser defendido. Ele então lida com a crença de que com a capacidade dos indivíduos chegarem a consensos nos mais variados assuntos sociais, é possível alcançar a Justiça de forma racional.
Vinícius Chinedu de Oliveira - 21058413
Habermas utiliza-se da teoria de Marx para elaborar seu estudo. Sua obra é atravessada pela filosofia analítica, que se busca de estudar conjunturas empíricas e analisar o organismo comunicativo existente na sociedade. Analisando a racionalidade a partir de duas dimensões: Sistema e o Mundo da Vida. O sistema é representado pelas entidades sociais, poderes políticos e econômicos. Compreendendo-o instumentalmente, de modo que esse tipo de racionalidade está ligada às relações de classe e de trocas implicadas na sociedade.
ResponderExcluirJá o mundo da vida é a perspectiva comunicacional fora do sistema, onde ocorre o debate e acordos são firmados, sendo o ponto central da concepção das idéias de justiça que forem interessantes ao debate. Há na teoria de Habermas uma distinção entre a racionalidade comunicativa e instrumental. A razão comunicativa assegura a liberdade e a racionalidade. Já a razão instrumental acontece quando se utiliza da comunicação para iludir outros indivíduos, como alvo a dominação.
Através do estudo da democracia, o autor propõe a Teoria da Ação Comunicativa, onde sugere um molde ideal de ação comunicativa onde os indivíduos interajam entre si, e através da linguagem busquem a concordância de abstrações sem interferências externas e internas. Sendo melhor a não existência das instituições e sim a existência de consensos entre os indivíduos. A solução para essa questão estaria na transformação do Mundo da Vida, através da comunicação entre os indivíduos. É nesse aspecto que aconteceriam as discussões e os debates, na dimensão do Sistema, essas questões não seriam possíveis.
Já Rawls diverge na medida em que parte da idéia de que a instituição de justiça nos conduz a ajeitar a sociedade, através de um contrato social, onde os legisladores estariam na posição original e sob um véu da ignorância. Essa abstração de véu da ignorância e posição original de afastam da concepção da linguagem, porque está sustentada por premissas subjetivas e, ademais, não proporciona a democracia decisiva.
Deyvisson Bruno, 21004513.
A teoria de Habermas foi fortemente influenciada pela perspectiva marxista como seu caráter materialista histórico, que considera a evolução da sociedade, sem, contudo abranger a ideologia revolucionária. Habermas analisa a racionalidade das sociedades modernas, e fazendo uma crítica às concepções que abstraem a relação entre o sujeito e o objeto, ele propõe a racionalidade subjetiva, de coexistência, comunicativa entre a evolução e os marcos históricos: “ os atores comunicativos situam e datam seus pronunciamentos em espaços sociais e tempos históricos”. Dessa forma a ação comunicativa para Habermas descreve uma integração social e é uma possível resolução para uma série de problemas que se encontram no desenvolvimento da sociedade capitalista.
ResponderExcluirCibele Nogueira 21065713
Habermas era defensor do comunitarismo sendo que sua teoria defende um integração social resultada da democracia. A partir disso, seria possível através de consensos resolver questões públicas, através de discussões. Para o autor é importante uma maior participação dos cidadãos, de forma mais igualitária, diminuindo consequentemente a coerção nas questões que rodeiam os mesmos. É a racionalidade comunicativa que levam a sociedade, então, à Justiça.
ResponderExcluirJéssica Santos Rodrigues de Souza 21036512
ResponderExcluirHabermas foi um estudioso da escola de Frankfurt, ele elaborou a teoria da ação comunicativa. Ela aborda que a argumentação baseada na racionalidade é a ferramenta chave para o debate sobre a justiça.
Segundo ele, o mundo se compõe de três partes distintas: a cultura, que representa o conhecimento; a sociedade, que é a regulação das relações sociais; e a pessoa, que é o que compõe a personalidade do indivíduo. Quando os três mundos se sobrepõe, eles formam a identidade do indivíduo.
Habermas dentro da escola de Frankfurt expõe suas ideias de uma ação comunicativa que seria livre, racional e crítica, em oposição a razão instrumental, vista por ele como um tipo de dominação. É pela comunicação que podemos chegar a um bem comum e estruturar diálogos sobre justiça.
ResponderExcluirO filósofo divide o mundo em o “sistema”, em que se dá a reprodução material, a adequação dos meios aos fins, encontrado na economia e na política por exemplo; e o “mundo da vida” que é o local da reprodução simbólica, da linguagem, dos significados que formam determinadas noções de mundo.
A justiça entraria justamente na questão da igualdade das liberdades e dos direitos de cada indivíduo possui de participar dos discursos; a ação comunicativa e o mundo da vida presentes nos discursos podem levar a solidariedade, consensos e resolução de conflitos dentre a pluralidade de opiniões expressas pelos mais diversos indivíduos.
Jamile Queiroz Gomes - RA: 21047113
Habermas é um filósofo alemão, comunitarista, que defende a comunicação pelo discurso racional entre os indivíduos através da Teoria da Ação Comunicativa. O filosofo defende uma sociedade sem dominação em que os cidadãos são livres através do uso da razão. Em seu modelo democrático os indivíduos podem defender o que acreditam ser o melhor para o grupo a partir de sua participação política.
ResponderExcluirPara Rawls, numa situação inicial (véu de ignorância) desprovidos de características pessoais, racionais, partilhariam uma mesma ideia de justiça e sem saber sua posição na sociedade seriam capazes de estabelecer princípios justos. No entanto, há uma crítica entre Rawls e Habermas, a posição original e a situação ideal de fala desempenham papeis semelhantes na teoria de ambos os autores.
RA: 21051713