APRESENTAÇÃO

Há uma ideia que é hoje consenso entre quase todos os teóricos da Filosofia Política. Todos chegaram a conclusão que o Socialismo, com sua proposta de estabelecer um modelo de relações econômicas entre as pessoas baseado na supressão da propriedade particular e de arranjos políticos fundamentados na igualdade política, acabou. E com isso, também entrou em
colapso a ideia de uma democracia igualitária. Somente dentro de algumas gerações, talvez, a humanidade encontrará energia para voltar a propor um modelo alternativo de pensamento político. O fato é que hoje, somente temos uma visão hegemônica para os arranjos políticos e econômicos. A democracia liberal, com sua proposta de economia de mercado e institucionalização da liberdade, venceu.
A hegemonia do pensamento liberal põe, entretanto, um grave problema para os intelectuais. Isto é, na falta de um pensamento alternativo, como fazer a crítica da democracia liberal? De uma forma geral só nos resta como caminho, a via das críticas menores, das pequenas escaramuças, incursões ofensivas parciais e ficamos perdidos no chamado cinturão de proteção e nos ataques às teses secundárias que protegem o miolo, o ‘hard core’, do pensamento democrático liberal.
O debate na Filosofia Política, entretanto, não chegou ao seu fim. E a busca pela grande objeção capaz de acertar o centro do pensamento liberal se torna cada vez mais intensa. Nesse esforço, os intelectuais tem encontrado inspiração na retomada das grandes questões fundamentais do espírito humano.
O fato é que existem dois conceitos que, desde a origem da chamada civilização ocidental e cristã, estiveram na agenda das preocupações intelectuais das pessoas e foram objeto de muitas investigações. Trata-se das idéias de Verdade e Justiça. O que é a Verdade? Em que condições o nosso conhecimento pode ser considerado verdadeiro? E ainda, o que é a Justiça? Quando é que nossas ações podem ser consideradas como justas? Conhecer e Agir; idéias e ações; epistemologia e ética, parecem expressar duas dimensões importantes da existência humana.
O conceito de Justiça tornou-se particularmente importante desde o início do século XX. E os parâmetros do debate contemporâneo sobre Justiça foram estabelecidos por Hans Kelsen. Na sua obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen alega que a discussão sobre a Justiça não pertence ao mundo das discussões da Ciência do Direito. Entretanto, ele constrói toda uma teoria da Justiça. Ocorre que, num primeiro momento, a "Teoria Pura do Direito" e as possibilidades de uma Ciência Positiva do Direito, ocupam os debates na Filosofia Política do início do Seculo XX. Posteriormente, as idéias de Kelsen sobre a Justiça ocupam o cenário dos debates, posto que não se consegue entender o Direito somente através de uma Ciência Pura do Direito. Nós precisamos da ideia de Justiça. Por outro lado, o conceito de Justiça pode ser entendido a partir de reflexões sobre o indivíduo, ou de considerações sobre a sociedade. Isto é, a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade dos indivíduos, ou na construção das condições de uma vida social bem sucedida. É nesse sentido que vem o debate entre Liberais (Isaiah Berlin, John Rawls, Robert Nozick, R. Dworkin) e os Comunitaristas (M. Walzer, M. Sandel, J. Habermas e C. Taylor).

"Teorias da Justiça" e uma disciplina com a qual se pretende introduzir os alunos nesse debate.

sábado, 26 de julho de 2014

14. O LIBERALISMO E A IDENTIDADE DO INDIVÍDUO

Caros Aluno,
Após ler o texto  "What´s Wrong With Negative Liberty", Philosophical papers, v. 2, pp. 211-229 (Cambridge, 1985),  disponível em:

https://drive.google.com/file/d/0B1GmSn0TgkaAbnRtU2hUWU1lQktyejBqVkFHdnRYRFliakxV/edit?usp=sharing


Vc. tem até dia 08 de setembro, segunda feira, 24:00hs., para realizar a sua tarefa de fazer um comentário e disponibilizar no Blog.

119 comentários:

  1. Grupo: Brenda Bella
    Caroline Siqueira
    Danielle Cassiano
    Érika Mendes
    Luize Fernandes
    Marina Souza
    Morgana Alves
    Tatiane Moura

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  2. Taylor vem apresentar um crítica a concepção individualizada e atomizada de indivíduo, em que os direitos individuais estariam acima dos interesses da sociedade. Para ele, o conceito liberal, principalmente a teoria da justiça como equidade de Rawls, que aponta a prioridade na escolha de fins por parte dos indivíduos, de forma que os direitos individuais estariam em sobreposição aos direitos da sociedade. Com isso observa-se que na teoria liberal a pessoa é atomizada, e com isso não é possível explicar a questão da sociabilidade humana de forma adequada. O enfoque é que as instituições liberais não têm capacidade de avaliação do apoio em relação às capacidades humanas que tornam possível a escolha individual, dado que os direitos individuais estão no centro. Para Taylor as instituições precisariam se voltar para a garantia de que os âmbitos social e político sirvam de modelo para auxiliar no desenvolvimento das capacidades que possibilitam essa escolha individual.

    Lukas Correia A. Silva 21038313

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  3. Taylor é um filósofo canadense que, juntamente com autores como Sandel, Walzer e MacIntyre, defenderá o comunitarismo, colocando a sociedade, o coletivo, acima do indivíduo.
    A liberdade individual deve, sim, ser respeitada, entretanto, esta não deve sobrepor-se aos interesses coletivos. Para sermos vistos como indivíduos precisamos pertencer à uma sociedade. Charles irá criticar a ideia de liberdade negativa proposta por Berlin pois, para ele, essa é uma noção indefensável sobre o que é a liberdade. A liberdade negativa, segundo Taylor, hierarquiza os desejos individuais, ela não corresponde, de fato, a realidade. Muitas vezes nem mesmo o próprio indivíduo é capaz de decidir o que ele quer. Ser livre não é apenas fazer o que se deseja fazer. É necessário, aponta Taylor, que se determinem bens comuns aos indivíduos de uma determinada sociedade, levando em consideração o contexto histórico e cultura específicos.
    Taylor é um crítico do modelo liberal, ele propõe que a liberdade envolve discriminações de caráter qualitativo.
    Em sua obra, Taylor pretende reelaborar os conceitos de liberdade propostos anteriormente por Berlin, baseando-se na premissa básica de que a sociedade precede o indivíduo. É necessário introduzir ao debate questões como identidade e comunidade.
    Segundo o filósofo, o pensamento só pode existir dentro de uma dimensão do significado, ou seja, é crucial entender o contexto histórico o qual uma sociedade está inserida.

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  4. Na obra, Charles Taylor dedica-se a demonstrar que o conceito defendido por Isaiah Berlin de Liberdade Negativa não é possível, usando como argumento o fato dos conceitos de Liberdade Positiva e Negativa se deteriorarem com as simplificações. E isso se deve porque a Liberdade Positiva passou a ser frequentemente atrelada à prática de controle exercida pelas instituições de poder, ao passo que a Liberdade Negativa passou a ser atrelada a conceito de ausência de controle físico e legal. Entretanto, segundo o autor, esse tipo de pensamento não considera a carência de conhecimento ou consciência de alguns indivíduos, pois o uso inadequado da Liberdade Negativa pode causar problemas.
    Assim, Taylor procura definir da melhor forma ambos os conceitos de liberdade. A Positiva passa a ser denominada de "exercise-concept" e associada à prática de autocontrole, e a Negativa passou a ser denominado "opportunity-concept", considerando que para ser livre basta ter o caminho desempedido. Taylor também se atenta ao fato de que os contratempos encontrados pelo homem em busca pela liberdade não estão apenas no âmbito externo, mas também interno, e fala sobre o conceito de liberdade exigir certos atributos que nem todos que possuem, o conhecimento e autocontrole, com o intuito de não prejudicar os demais.
    Segundo Taylor, as discriminações qualitativas são requisitos necessários e impostos para ocorrer a liberdade, com o objetivo de assegurá-la. A busca de bens comuns a serem alcançados por todos dentro de uma sociedade é fundamental, junto à aproximação da liberdade Negativa à Positiva no que se refere a hierarquização dos desejos, pois é um indício da possibilidade do estabelecimento de tais bens.
    Ele destaca a importância da comunidade em relação a relevância da cultura desta para estruturar a conceito de bens sociais. Apesar da maioria aceitar a visão de escolha individual de bens, que torna a visão de escolha de bens compartilhados seja impossível, percebe-se que a cultura compartilhada entre indivíduos de uma sociedade justifique a existência dos bens sociais. Então, conclui-se que a cultura de uma sociedade influencia e justifica as concepções de bens dos indivíduos, e assim, de que bens sociais são sim possíveis por causa da cultura compartilhada por membros de uma comunidade.

    Danielle Yamaguti
    21080813

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  5. Taylor se mostra crítico da concepção individual do individuo vir antes da concepção de indivíduo dentro da sociedade, mostrando-se crítico a concepção liberal de justiça e assumindo uma posição comunitarista.
    Taylor defende que os direitos individuais não devem se sobressair aos direitos da comunidade , mas mesmo assim os direitos individuais devem ser respeitados. Para Taylor os indivíduos só são reconhecidos dentro se forem inclusos numa sociedade. Mostra a importância da cultura na sociedade, por meio dela se obtém a definição que são os bens sociais que só são possíveis de se compartilhar por meio de uma cultura coletiva.
    Critica o conceito de liberdade negativa trazida por pensadores liberais, pelo fato de poder causar transtornos a sociedade se utilizada de forma negativa.
    Taylor procura reformular os conceitos de liberdade. Alega que é necessário a criação de bens comuns sobre o exercício da liberdade para que a liberdade não traga danos as pessoas de determinada sociedade. E, para que toos possam exercer a liberdade, Taylor defende que as instituições deem suporte ao indivíduo para que desenvolva as capacidades de poder exercer seus direitos de escolha socialmente e individualmente.

    Victoria Caroline Barros Araujo
    21080313

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  6. Taylor mostra as falhas do conceito de liberdade negativa, apresentado por Berlin. Ao longo do curso discutimos os efeitos do liberalismo sobre a identidade do individuo. A liberdade negativa propõe que os desejos do individuo não sofram nenhum tipo de intervenção, seja de instituições, seja de outros indivíduos. Isso nos revela questões importantes do nosso tempo e da nossa dificuldade de identificação. Seguindo os princípios do liberalismo no limite, a excessiva individualização das pessoas, leva a uma falta de identidade para com a nação, o Estado em que vivemos. Não existe mais o tal ''sense of belonging''. Taylor não é contra a liberdade de escolha de cada pessoa, esta inclusive deve ser respeitada. Porém a liberdade só é possível dentro de uma sociedade onde o Estado garanta o respeito a esta e crie bens sociais para a satisfação das necessidades individuais, desse modo resgatando a identidade dos individuos.

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  7. Lara Silva Obana RA: 21073413


    Charles Taylor, filósofo comunitarista canadense, apoia sua teoria no resgate da identidade do indivíduo, reforçando o multiculturalismo através do reconhecimento, uma vez que diz que a modernidade o “demoliu”, tornando os indivíduos descartáveis e sem identidade. O reconhecimento está pautado em duas esferas: na intimidade, onde se constrói a identidade individual pela apreensão ou desprezo de certos significados, e no âmbito social, onde ocorre uma política de reconhecimento.

    O filósofo se diferencia dos outros autores estudados por apostar na possibilidade de se conjugar o liberalismo com o comunitarismo, pois ambos são modelos de cidadania. Entretanto, o comunitarismo define a participação no governo tendo a liberdade como pré-requisito, componente essencial da cidadania, enquanto o liberalismo fundamenta-se nos direitos individuais e no tratamento igual. Com sua proposta de junção dos dois ideais, propõe deixar o sujeito conscientemente inserido na sociedade aliado à defesa social de valores como liberdade e individualidade.

    Ele defende a política do bem comum, que possui implicações ontológicas e históricas, de maneira que não exista um Estado que constitua imposições arbitrárias no que diz respeito ao que é moralmente aceito, não condenando aqueles que possuem concepções diferentes.

    Desse modo Taylor preocupa-se em estudar como podemos manter e defender uma sociedade que valorize a liberdade, a autonomia e a autenticidade, sob as circunstâncias impostas pelo pluralismo.

    Como outros autores, o filósofo critica as ideias de Rawls, alegando que ele só pode elaborar sua teoria sobre a sociedade liberal uma vez que estava inserido em uma, mas diz que suas conclusões vão contra as premissas de sua teoria. Também no texto, Taylor faz uma análise das ideias propostas por Berlin de Liberdade Positiva e Negativa, criticando esta última, já que para ele a liberdade negativa caminha para uma noção de liberdade como exercício.

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  8. Mesmo sendo comunitarista, Charles Taylor, em sua obra, também reuniu ideias liberais. O autor faz uma crítica às duas visões: para a visão liberal, Taylor levanta a crítica de que os direitos individuais não são suficientes para estabelecer a justiça. Mais do que isso, para os liberais tais direitos individuais estavam acima dos valores de uma sociedade. Para Taylor, a formação de um indivíduo tem como alicerce a sociedade em que ele vive, sua linguagem, seus valores e si mesmo. Desse modo, já é possível notar que sua concepção ia de encontro à visão liberal. Já para o comunitarismo, a crítica do autor se volta à grande importância dada por eles à influência das comunidades na construção da justiça.

    O autor critica a liberdade negativa de Berlin, dizendo que ela era tida como a falta impedimentos externos para a ação humana. Por defender o autocontrole e o autoconhecimento, Taylor dizia que era preciso remover estes impedimentos externos, além dos internos, fatores estes que podem atordoar a liberdade do indivíduo. Além disso, segundo Charles Taylor, é necessário analisar o indivíduo para descobrir como se dá, de fato, a liberdade. Acredita que o indivíduo não precede a sociedade, sendo a própria sociedade que molda o indivíduo, o autor afirma que para se chegar a conclusões acerca da justiça é preciso analisar o coletivo. Desse modo, pode-se afirmar que há grande intervenção externo no indivíduo e, por isso, as liberdades propostas por Berlin são insuficientes quando são analisadas na coletividade.

    A sociedade seria a grande responsável pela construção da identidade do indivíduo. O autor dá importância à linguagem para a criação dessa identidade dentro da sociedade, junto com a religião, a cultura, entre outros. Taylor afirma, também, que se um indivíduo não se comunica, não está inserido numa comunidade.

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  9. Embora Charles Taylor seja considerado um comunitarista, ele julga algumas colocações do comunitarismo como insuficientes. Essa postura de crítica em relação a pontos do liberalismo e do comunitarismo possibilita que ele se mantenha como uma espécie de observador, atento para as deficiências de ambos os modelos, e enfatizando a possibilidade de se conjugar o liberalismo e o comunitarismo.

    Taylor, em sua crítica ao liberalismo, identifica um problema sério presente nas teorias liberais: a defesa do atomismo. Para Taylor o atomismo é uma característica das teorias de contrato social e outras cuja pressuposição básica é a visão da sociedade como “em algum sentido constituída por indivíduos para o cumprimento de fins primariamente individuais”. Nessa concepção, o sujeito antecede à própria sociedade, esta passa a ser fruto das vontades individuais. Taylor discorda fortemente disso. Para ele, o atomismo é impossível. Taylor argumenta que não há um "self" autossuficiente, o eu individual depende da comunidade, e os direitos individuais emergem conectados a obrigações para com a comunidade, a deveres de pertencimento e responsabilidade moral.
    O autor argumenta que tanto o conceito de liberdade negativa quanto o de liberdade positiva sofreram com as simplificações. A liberdade positiva foi constantemente associada ao controle por parte de instituições de poder, enquanto que a negativa foi associada à ausência de controle, físico e legal. Essa expressão de liberdade não leva em consideração a falta de conhecimento ou consciência por parte de alguns indivíduos, quando de uma utilização da liberdade negativa que poderia acarretar problemas.
    À medida que os indivíduos se apropriam de linguagens que se diferem da sua, ele adquire mais liberdade. O mesmo pode ser dito das próprias comunidades. A ideia aqui é a de que uma comunidade que soubesse conversas com outras comunidades seria uma comunidade mais justa e livre. E esse é um processo essencial dentro da tese taylorista: a ideia de diálogo. O indivíduo pode se conceber através do diálogo, e as comunidades poderiam se reconhecer e construir algo que fosse além do atomismo. Taylor, com essa ideia, assume um papel crítico sobre a modernidade e a ênfase dada ao individualismo. Ele vê esse individualismo como uma falha de identificação e de comunicação dos nossos tempos.

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  10. Charles Taylor, critico do liberalismo, afirma que é a cultura que torna os bens possíveis, portanto não pode ser individual, mesmo que a comunidade seja um conjunto de indivíduos que perseguem suas escolhas. Os bens são sociais e as compreensões,são comuns e recíprocos, assim, estes precisam ser um consenso pelo debate. Podem surgir movimentos patrióticos, já que o auto-interesse não é capaz de sustentar, sozinho, a comunidade, como diz o liberalismo.
    Taylor, combate o pensamento da liberdade negativa, que significa a liberdade sem impendimentos, ou seja, o homem pode fazer o que tem vontade. Porém, o autor ressalta questões como os impedimentos internos pela falta de autoconhecimento e falsa consciência, assim seu desejo pode não ser autêntico levando-o para o caminho da servidão e do totalitarismo, pois não há discernimento moral.
    Portanto, a crítica concerne na necessidade de criar um senso comum de bem na sociedade civil onde todos a respeitem, para isso devem existir valores fundamentais e “self government” com a participação do individuo na política.
    RA: 21070713

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  11. Taylor, o último dos filósofos comunistaristas a estudar. Apoia sua teoria dentro do resgatena identidade, da essência do ser. Dado que para ele a modernidade subjugou sua identidade tornando as pessoas seres sem essência sendo que o reconhecimento se divide em duas esferas. Esfera social onde ocorre a comunicação e o reconhecimento político e na esfera indivídual onde ocorre o desprezo ou apreço a algumas significancias.
    Sendo comunitarista é crítico de ideologias individualistas ante a comunitárias, acredita que mesmo que a comunidade seja um conjunto de pessoas galgando objetivos a cultura dessa comunidade não pode ser individual, ou seja o interesse proprio para Charles Taylor não é auto sustentável, dessa forma o individualismo não consegue sustentar uma comunidade.
    Sendo asism a sociedade é responsável direto pela construção social do indivíduo. O autor não é contra a liberdade individual, ou seja, a capacidade de escolha das pessoas. Entretanto para que essa liberdade seja almejada e a comunidade contemplada com justiça, deve ser ir de encontro ao resgate das identidades do indivíduo.
    Felipe Trevisan 21041013

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  12. Charles Taylor é um filósofo comunitarista canadense. Ele busca compreender as relações humanas em sociedade. Parte de uma análise do indivíduo inserido na sociedade para expandir e entender o conceito de liberdade, que é aparentemente o que orienta as sociedades liberais atuais. Assim, ele defende a ideia de que é necessária a existência de uma sociedade democrática a fim de estabelecer o bem comum.
    Para Taylor, devemos expandir o conceito de liberdade partindo de um entendimento anterior do que é o indivíduo. Segundo ele, o indivíduo só percebe a sua condição de indivíduo dentro de um contexto social, ou seja, dentro de uma sociedade, sem tal contexto, não é possível, por exemplo, determinar direitos e deveres. Dessa forma, é a sociedade que confere as características do indivíduo, ela é anterior a ele. Além disso, de acordo com o autor, tanto o comunitarismo quanto o liberalismo são dois modelos de cidadania. No entanto, o comunitarismo define a participação no governo tendo a liberdade como pré-requisito, componente essencial da cidadania. Já o liberalismo fundamenta-se nos direitos individuais e no tratamento igual.
    O autor procura também demonstrar que o conceito de liberdade negativa, defendido por Isaiah Berlin, não é possível. Para isso, argumenta que os conceitos de liberdade positiva e negativa deterioraram-se com as simplificações. Isso por que a liberdade positiva passou a ser constantemente atrelada à prática de controle exercida pelas instituições de poder, enquanto a liberdade negativa foi atrelada à ideia de ausência de controle físico e legal. Esse tipo de pensamento não leva em consideração, segundo o autor, a falta de conhecimento ou consciência de alguns indivíduos.
    Além disso, de acordo com Taylor, a liberdade requer discriminações qualitativas, que garantem as condições necessárias para esta liberdade. O autor considera que a busca de bens comuns a ser alcançado por todos os constituintes de uma sociedade é de fundamental importância. Ele analisa que a cultura de uma sociedade acaba influenciando e justificando as concepções de bens dos indivíduos. Assim, bens sociais são possíveis devido à cultura compartilhada por membros de uma mesma comunidade.

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  13. Wesley Seraphim R.a 21064513

    Embora muitos considerem Charles Taylor, um autor comunitarista, em sua tese ele realiza uma boa conflûencia do liberalismo e do comunitarismo. Colocando-se ao lado de ambos ou margem de ambos os sistemas com preferirem os, consegue observar pontos positivos e negativos de ambos. Mas contudo nessa presente obra "A critica à concepção de liberdade negativai" sua critica é mais efetiva a condição individual e insuficiente do liberalismo, que prevê o homem como individuo livre e autônomo e a individualidade como caminho. Sua critica é mais voraz em relação a concepção de liberdade negativa de Isaiah Berlin. Sua teoria como a maioria dos comunitarista rejeita a liberdade individual, frente ao bem estar coletivo. Seria muito difícil a aplicação do conceito proposto por Berlin, já que o individuo não é autônomo nem anterior a sociedade, mas é moldado pelo meio em que convive, dessa forma é inegável considerar as insuficiências do individuo frente a coletividade.
    A critica que Taylor promove é justamente porque essa concepção atomista do individuo, além de inviável, já que o individuo é diretamente afetado pelo meio, sua concepção de conquista moderna de individualidade, autoestima, interioridade e dignidade como pessoa pode se deformar, e as conquistas de individualidade passam a ser contaminadas pelo individualismo narcisista e egoísta que conduz a uma noção de exclusividade que se reflete também de forma excludente. Taylor elabora sua critica de forma a poder ser dividida em três momentos. No primeiro momento ele aponta para essa forma limitada da compreensão de liberdade. No segundo momento, demonstra que a forma expressiva de individualidade não pode ser levada em conta sem nos atentarmos para questões antropológicas e psicológicas, para que ressalte o aspecto de autenticidade do desejo e seu papel para realização da liberdade. No terceiro momento ressalta a dimensão social de pertencimento do individuo, e mostrar como autogoverno e participação politica nos moldes comunitaristas pode assegurar uma liberdade mais ampla.

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  14. Taylor ao longo do texto está focado em desconstruir o argumento proposto por Berlin (liberdade negativa), valendo-se do fato de que a redução do conceito de liberdade positiva e negativa desmembra o sentido desses. Talyor vai em busca de uma definição mais refinada de ambos os conceitos. Chama a liberdade negativa de "opportunity-concept" e a positiva de "exercise-concept". A opportunity-concept consiste em que parar ser livre é só possuir o caminho também livre, enquanto que o exercise-concept é o autocontrole. O autor argumenta para aspectos internos do individuo, as dificuldades para encontrar a liberdade também estão dentro e não externos ao ser. Para se valer dessas reflexões e conhecimento interno e externo e atingir os conceitos de liberdade, muitos indivíduos não possuem tais ferramentas (autocontrole, autoconhecimento). Ainda nessa linha, Taylor nos diz que as discriminações qualitativas são características necessárias para que o fenômeno da liberdade se estabeleça (e também deve ser impositivo). Neste sentido, encontrar bens comuns a serem alcançados por todos de um mesmo grupo é primordial; aqui a cultura deve conceituar os bens sociais. A cultura compartilhada permite que mesmo em uma sociedade onde a maioria aceita a escolha individual de bens, a existência de bens compartilhados entre os indivíduos dessa sociedade possibilita a existência de bens sociais.
    Taylor conclui que as culturas das diferentes sociedades influenciam as concepções de bens dos indivíduos, e que bens sociais não são impossíveis, pelo contrário: a cultura compartilhada pelos indivíduos de uma mesma sociedade torna isso possível.
    Luiz Fernando B.F.Lima 21035313


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  15. Charles Taylor propõe que a compreensão da sociedade e das relações humanas se dê através do estudo da história. Este autor não crê em uma teoria da justiça ideal, que conduza indubitavelmente a uma sociedade justa. Sua teoria da justiça se constitui como uma mescla, em parte comunitarista, quando concebe a ideia de um indivíduo indissociável da sociedade, e em parte liberalista, ao admitir que um indivíduo deve defender valores como a liberdade.
    Taylor se opõe às teorias de Berlin no que diz respeito a a liberdade positiva e liberdade negativa, para ele esses conceitos pressupõem autoridade, na liberdade positiva o pressuposto é o controle coletivo mas para Taylor esta liberdade está bem mais associada à prática do autocontrole. Já a teoria negativa considera que para que o indivíduo seja livre basta que não existam impedimentos, basta a oportunidade. Ele refuta essa visão pois reconhece que as barreiras, além de externas, são também internas. A liberdade requer tenacidade e autoconhecimento, e os regimes que almejam padronizar massas se tornam autoritários criando margem para uma sociedade liberal não democrática.
    Segundo ele a sociedade democrática é essencial para a conquista do bem comum, sendo assim, as reflexões acerca do ser humano têm que compreender o meio social pois estão intrinsecamente relacionados, e dentro desta temática ele ainda apresenta o conceito de bens irredutivelmente sociais: solidariedade; confiança mútua; e comunalidade; sem os quais, para Taylor, as comunidades jamais terão proximidade de uma sociedade integralmente justa.




    Rose de Paula
    21069412

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  16. A concepção liberal diz que o direito não pode impor modelos de condutas pessoais ou planos da vida que, por sua vez, pressupõe modelos de virtude (autoconhecimento, autocontrole e até discernimento moral). Taylor sustenta que as teorias negativas de liberdade não dão conta de que muitas vezes elegemos mal nossos objetivos e nossos planos de vida estão determinados por causas internas, fora de nosso controle. Assim, as restrições à esfera privada são importantes para a nossa vida. Ele também tenta mostrar que a própria noção negativa de liberdade acaba hierarquizando os desejos, o que indicaria a possibilidade e necessidade de se estabelecer bens comuns – um objetivo único a ser alcançado e respeitado por todos os cidadãos de uma dada sociedade. Dessa forma, a liberdade negativa é pensada exclusivamente em relação a obstáculos externos (físicos e legais). Com ela se deixa de lado a falta de conhecimento, a falsa consciência etc.

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  17. Charles Taylor parte de uma analise do indivíduo inserido na sociedade para expandir e entender o conceito de liberdade, que orienta as sociedades liberais atuais. Para ele o indivíduo só se constitui como tal dentro da sociedade, a sociedade lhe confere as características vitais para tanto. O limite do liberalismo consiste no fato de que o indivíduo para ser considerado como tal precisa ser interpretado coletivamente. Critica os autores que desconsideram a existência de uma noção de bem anterior que orienta a liberdade, e as consequências da existência dessa ‘noção de bem’.

    Naara Campos (21050313)

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  18. Charles Taylor, assim como Michael Sandel, Michael Walzer e Alasdair MacIntyre, é um autor defensor do comunitarismo. Em sua teoria, ele irá ressaltar a importância da defesa do reconhecimento público da diferença ser regulada pelas instituições públicas, bem como conjugada com a afirmação de direitos fundamentais e direitos coletivos, para que os grupos culturais sejam protegidos. É necessário reconhecer tais contextos culturais em virtude de possibilitarem em seus espaços a formação das identidades individuais e grupais, por meio de processos que acontecem via debate, apresentando as culturas e os valores por elas mesmas.

    Neste sentido, sua proposta defenderá uma política de reconhecimento que se pautará no valor da diferença e na sua importância para a constituição das identidades individuais e coletivas, e também irá incentivar uma ideia de igualdade, que busca tratar desigualmente os desiguais em busca de uma igualdade substancial. Com isso, o autor contesta a ideia de cidadania liberal tradicional justificada somente na igualdade formal e abstrata entre os indivíduos, e assume uma noção de cidadania que abarca as diferenças e se constitui por direitos específicos.

    Aline B. Silva - RA 21080413

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  19. Filósofo do Canadá, inspirador do movimento comunitarista, tenta voltar com a ideia do "eu", ou seja, mostra, através do seu texto, que a sociedade moderna destruiu toda noção da nossa identidade pessoal. Na sua linha de pensamento, o Charles Taylor não relega alguns ideais do liberalismo, apontando juntar o liberalismo com o comunitarismo. O sujeito, então, estará inserido conscientemente na sociedade, defendendo os valores como a liberdade e individualidade.

    Demonstra que o comunistarismo e o liberalismo são modelos de cidadania; o primeiro porque define a participação do governo com o pré-requisito da liberdade. O segundo é fundamentado nos direitos e tratamento igualitário.

    Taylor encontra um problema nas teorias liberais, que é o automismo; este é uma característica presente no contrato social, cuja preposição básica é a visão da sociedade como "constituída por indivíduos a fim de cumprir fins individuais". Assim, o sujeito antecede a própria sociedade, passando esta a ser fruto das vontades individuais. O autor discorda fortemente disso, pois nenhum ser é autossuficiente; o eu individual depende da comunidade e os direitos individuais fazem nascer obrigações com a comunidade (pertencimento e responsabilidade). Não podemos criar direitos no sentido jurídico sem considerar cautela com a relação individuo - comunidade e laços que sustentam esse sistema.

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  20. Charles Taylor, filosofo canadense, em sua teoria faz uma analise do conceito de Liberdade Negativa proposto por Isaiah Berlin a fim de provar que este conceito não é viável. Seus argumentos são baseados no fato de que os conceitos de liberdade positiva e liberdade negativa sofrem muito com as simplificações, onde a liberdade positiva vulgarmente se refere aquela, onde instituições de poder tem controlam a população e a liberdade negativa se refere vulgarmente à ausência de controle físico e legal.
    Devido a essas simplificações que podem causar problemas, Taylor procura definir melhor os conceitos de liberdade, passando assim a chamar a liberdade positiva de “exercise-concept” associando a mesma ao autocontrole pessoal, já a liberdade negativa passa a ser chamada de “opportunity-concept” associando as oportunidades que o individuo tem, onde basta que seu caminho não seja impedido e ele será livre. Taylor destaca que ao buscar a liberdade os indivíduos não tem que enfrentar apenas questões externas, mas também questões internas, onde é necessário que cada um tenha conhecimento de si próprio e autocontrole, assim não prejudicaria os demais.
    Por fim Taylor destaca a importância da comunidade, onde a questão da cultura aparece em destaque para formar a concepção de bens sociais. Os indivíduos, embora muito deles prefira uma visão individual de bens, estão sujeitos a uma mesma cultura, isso justifica a existência de bens sociais. A cultura de uma sociedade influencia e justifica as concepções de bens dos indivíduos, pelo simples fato de ser uma cultura compartilhada.

    Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA:11131211

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  21. Caroline Aguiar de Siqueira
    RA 21055413

    Charles Taylor é um filósofo comunitarista canadense, adepto da teoria de Berlin em relação a liberdade positiva e negativa. Critica a liberdade negativa ao afirmar que deve-se examinar o indivíduo em seu contexto social e total, movido não apenas por motivações simples: não podemos discutir o indivíduo sem discutir a sociedade em que se insere.

    Para o autor, uma sociedade considerada justa é democrática e permite ao indivíduo escolher seu próprio modo de vida.

    Taylor apresenta a ideia de “hiperbem”, que consiste em um bem comum, construído socialmente e individualmente de alguma maneira, visando evitar imposições sobre moralidade e permitir a liberdade de escolha do indivíduo.

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  22. Na obra what’s wrong with negative liberty, Taylor tenta mostrar que não é viável a liberdade negativa proposta por Berlin, para isso ao longo do texto ele vai fazendo comparações entre liberdade positiva e negativa, de início ele fala do problema com as simplificações de ambas as liberdades e como isso pode levar a visões extremas, a liberdade positiva passando a ser vista como um regime totalitário e a liberdade negativa como ausência de obstáculos físicos e jurídicos. A partir daí ele tenta dar uma nova definição dos conceitos de liberdade, chamando a liberdade positiva de “exercise-concept” e a liberdade negativa de “"opportunity-concept", a partir dessa nova definição a liberdade positiva precisa do autocontrole e a liberdade negativa precisa de um caminho livre. Na critica a ausência de obstáculos externos na liberdade negativa, o autor argumenta que não basta haver a ausência de obstáculos externos, mas a existência de obstáculos internos, pois isso também dificulta no caminho da liberdade,Taylor também fala da importância de discriminações qualitativas para ocorrência da liberdade.
    Por fim ele fala da importância de levar em consideração o meio, pois influencia na concepção de bens sociais.

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  23. Sara Aparecida de Paula RA: 21041713

    Charles Taylor também é um autor comunitarista e crítica a teoria liberal que para ele, sobrepõe o indivíduo à sociedade, pois na posição liberal, o indivíduo é visto como um ser auto-suficiente e racional que é capaz de sua autonomia independente da sociedade. Ele também critica o conceito de liberdade negativa, colocado por Isaiah Berlin.
    Para defender o bem comum há a necessidade de uma sociedade democrática, Taylor diz que a justiça se relaciona com o modo que as pessoas se comportam em sociedade e não como um “eu” que se distancia da realidade, criticando a questão do self, jpa que para Rawls, o indivíduo estarei desprendido da comunidade.

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  24. Brenda Bela - RA: 21036513

    Charles Taylor é um filósofo canadense, que como alguns autores ( Sandel, Walzer e MacIntrye) defenderá o comunitarismo, ou seja, colocará o coletivo acima do indivíduo. Em sua obra, Taylor coloca que a liberdade individual deve ser respeitada porém não deve sobrepor-se aos interesses coletivos, para sermos vistos como indivíduos devemos pertencer à uma sociedade. Taylor irá dedicar-se a demonstrar que o conceito defendido por Isaiah Berlin, Liberdade Negativa, não é possível, para isso ele utiliza argumentos como o fato dos conceitos de Liberdade Positiva e Negativa se deteriorarem com as simplificações. Isso ocorre porque a liberdade positiva passa a ser frequentemente atrelada à prática de controle que as instituições de poder detém, e a liberdade negativa passa a ser atrelada ao conceito de ausência de controle. A liberdade negativa para Taylor, hierarquiza os desejos individuais, ou seja, ela não é de fato a realidade. Muitas vezes nem mesmo o próprio indivíduo é capaz de decidir o que deseja para sua vida.
    Dessa forma, Taylor procura definir de melhor forma ambos os conceitos de liberdade. A Positiva passa a ser denominada ‘exercise-concept’ e associada à prática de autocontrole, já a negativa passa a ser denominada como ‘opportunity-concept’. O autor coloca que a liberdade exige certos atributos que nem todos possuem, como por exermplo, o conhecimento e autocontrole, como o intuito de não prejudicar os demais. Ele defende a política do bem comum, que possuí implicações históricas de maneira que não exista um Estado que constitui imposições arbitrárias no que diz respeito ao que é moralmente aceito. Por fim, Taylor analisa que a cultura de uma sociedade acaba influenciando e justificando as concepções de bens dos indivíduos. Assim, bens sociais são possíveis devido à cultura compartilhada por membors de uma mesma comunidade.

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  25. A crítica comunitarista de Taylor à concepção liberal
    de liberdade (negativa) propõe uma nova forma de ver a liberdade da vontade
    (chamada de positiva). As teorias da liberdade negativa simplesmente se
    baseiam num conceito de oportunidade. Esse conceito
    não envolve a capacidade de realização, uma vez que se aplica à liberdade
    (negativa) como ausência de obstáculos, que se explicita como o poder de fazer isto ou aquilo sem se deparar com impedimentos externos, de ordem física ou legal, para o exercício desta ou daquela ação possível. A questão torna-se mais complexa com o conceito de realização, mediante o qual a liberdade implica, essencialmente, autodeterminação e controle sobre
    a pessoa do agente e da sua ação e, portanto, possui um valor intrínseco de
    realização e não simplesmente instrumental. Sem abandonar a importância
    do valor liberal da liberdade do indivíduo, Taylor propõe uma nova forma de
    ver essa liberdade: ela não reside no exercício de opções indiferenciadas, mas
    no exercício efetivo de capacidades, mediante a satisfação de certos desejos
    qualificados como autênticos. Somos livres apenas se nós fazemos aquilo que realmente queremos, a partir de nossos verdadeiros desejos, não viciados por obstáculos internos, em particular pela não autenticidade de alguns deles.

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  26. Charles Taylor em sua obra pretende demonstrar que o conceito de Liberdade negativa defendido por Isaiah Berlin (desejos do individuo não sofram nenhum tipo de intervenção, seja de instituições, seja de outros indivíduos) sofre com as simplificações, fazendo com que a liberdade negativa esteja atrelada ao conceito de ausência de controle. Esta Liberdade não seria a realidade, uma vez que ela hierarquiza os indivíduos, se torna essencial então determinar bens comuns aos indivíduos da sociedade em questão.

    Taylor é um filosófo comunitarista, colocando o coletivo acima do indivíduo. Defende que a Liberdade individual, entretanto esta não pode estar com maior importância em relação aos interesses da sociedade.

    O intuito de Taylor é reelaborar os conceitos de Liberdade propostos por Isaiah Berlin, com o pressuposto que a sociedade vem antes do indivíduo.

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  27. Ao explorarmos a obra de Charles Taylor, percebemos sua contraposição as propostas de Isaiah Berlin. Taylor concorda que existam duas dimensões da liberdade, mas ambas seriam, segundo ele, apenas máscaras ao debatem em nome de dogmas supostos da humanidade, e acabam sendo defendidas por instituições que ditam a vida de toda a população. Taylor assume a questão contraditória do pensamento liberal, e com isso trabalhará sua argumentação através da dialética hegeliana.

    Tenta dissipar a visão atomista de Berlin, base do pensamento liberal, propondo que a independência individual é a primeira das necessidades modernas. Para isso irá dissertar sobre a linguística. Com isso, sugere que só pode haver a ideia de “indivíduo” se inserido dentro de uma sociedade, de tal forma que, para o indivíduo se reconhecer deve reconhecer a sociedade de que faz parte. Também defende a concepção de um bem comum, da boa vida, para qual seria fundamental a introdução ao debate de questões como identidade e comunidade, ou mais o tema do patriotismo.

    Portanto, ao criticar a concepção negativa de liberdade, mostra que esta sempre caminha para um discernimento de liberdade como exercício, ou seja, por mais que os autores liberais tentem trabalhar com a ideia de liberdade negativa, uma análise mais aperfeiçoada mostra a necessidade também, na concepção negativa deliberdade, um usufruto de conjunções, se alertar pessoalmente para desprender-se dos confrontos que dois desejos contraditórios podem trazer.

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  28. José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312

    Após ler o texto "What´s Wrong With Negative Liberty" de Charles Taylor, pude ver que ele critica o modelo liberal de liberdade, a liberdade negativa, cuja simplificação admite apenas a relação indivíduo e obstáculos externos, desconsiderando, portanto, diversos fatores, como a consciência, controle e repressão. Critica também a liberdade positiva, que afirma que a liberdade consiste no controle coletivo sobre a vida comum, impedindo que o próprio indivíduo controle sua vida. Para Taylor, a liberdade positiva deve se relacionar com a capacidade de se executar algo e o autocontrole envolvido no esforço do indivíduo para alcançar tal objetivo. A liberdade negativa, por sua vez, relaciona-se com a liberdade que o indivíduo tem para alcançar certo objetivo, ou seja, sem que haja interferência nas oportunidades que haveria para se conseguir realizar o objetivo. Para o autor, não se pode afirmar que apenas fatores internos possam impedir o indivíduo de alcançar um objetivo, mas também fatores internos ao indivíduo, como o medo ou seus valores. Dessa forma, as pessoas pode não saber seus desejos, objetivos e aspirações, portanto, a capacidade de se fazer o que se quer não pode ser parâmetro da condição de ser livre, que depende, na verdade, na capacidade do indivíduo de reconhecer suas limitações e da sua autorrealização. Taylor levanta a importância do indivíduo de reconhecer tanto sua própria identidade quanto a comunidade em que está inserido. Com isso, mostra também a necessidade da concepção de bem comum, já que para Taylor não se pode considerar somente a concepção individual, uma vez que o indivíduo não pode ser separado de sua comunidade e de seus costumes, seus valores e suas tradições adquiridas.

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  29. Luana Alice Forlini RA:21046313

    Charles Taylor, é considerado comunitarista pois, mesmo tendo feito críticas ao comunitarismo, basea-se na ideia de que a sociedade é o principal fator que modela o indivíduo, sendo esta a principal compositora das características identitárias de cada um.

    O autor faz criticas claras aos liberalistas também, já que estes consideram os direitos individuais como algo mais relevante do que os princípios morais de uma sociedade. Assim, essa concepção liberal não seria suficiente para estabelecer realmente uma sociedade justa para todos.

    Além disso, Taylor critica a ideia de liberdade negativa de Berlin. Precisaria, dessa forma, remover os fatores de impedimento, o indivíduo apoiaria-se no autocontrole e autoconhecimento.

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  30. Este comentário foi removido pelo autor.

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  31. Charles Taylor é também da vertente comunitarista e busca compreender as relações humanas em sociedade, por meio da análise do indivíduo inserido na sociedade. Sociedade esta que usa conceitos liberais e, por isso, ele defende a ideia de que é necessária uma comunidade que dialoga para estabelecer um consenso, um bem comum. Sua tese se baseia muito sobre um conceito de ‘linguagem’ e sobre uma visão de ‘self’, o que significa que o indivíduo, para Taylor, só se identifica como tal, quando se sente parte de uma sociedade que o reconhece como um e isso está intrinsecamente ligado à linguagem, que abrange diversas esferas como o amor, a arte, ou seja, toda forma de expressão e comunicação é vista como linguagem, o que permite uma análise mais profunda do modo como às próprias relações se constroem, pois a formação do indivíduo – e o modo como ele se concebe – depende da linguagem da comunidade à qual ele pertencesse, segundo o autor.
    Taylor critica a ideia sobre a modernidade e a ênfase dada ao individualismo e no capitulo “What’s wrong with negative liberaty”, ele retoma a ideia de liberdade negativa e positiva de Isaiah Berlin, para explicar que não haveria possibilidade do indivíduo ser visto como um ser atomizado, isolado e livre de qualquer influência. Taylor parece ditar o fim do atomismo do indivíduo, mostrando a dificuldade de se assumir posições simplistas, como a de Berlin ao agregar a ideia de que liberdade positiva é aquela que delimita a ação do individuo e quem faz essas restrições é o Estado por meio de leis e a liberdade negativa como aquela em que o individuo é realmente livre, ou seja, baseia-se a vontade e decisão do próprio individuo, este tem o controle das suas ações e o Estado tem sua atividade sobre a sociedade limitada.
    As dificuldades dessa visão da linguagem e ‘falta’ de conhecimento por causa da atomização do individuo se encontram pelo que se pode identificar como o ‘multiculturalismo’ e a diversidade de linguagens existentes no mundo influenciam as concepções dos indivíduos, mas segundo Taylor, isso torna possível encontrar um bem comum.

    Marina Molognoni - RA: 21071313

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  32. Andréa Aline de Faria 21039713

    Charles Taylor pode ser considerado um autor comunitarista, porém, em sua obra Taylor unirá ideias liberias e comunitaristas. Taylor critica a visão liberal de que os direitos individuais não seriam suficientes para que se estabelecesse a justiça, porém, Taylor também fazia crítica ao argumento comunitarista de que a influência das comunidades na construção da justiça é de grande valor. Taylor era um autor de ideias diversas, não se ligava a uma corrente única de pensamentos apenas, alguns o consideravam possivelmente, republicano.

    Taylor não concordava com as ideias de Isaiah Berlin sobre o conceito de liberdade negativa e positiva do autor, embora Taylor concordasse com a existência de tais conceitos. Taylor alegava que estes conceitos, seriam impostos à uma sociedade afim de nos mostrar que a realidade não é, tal como é, e assim "mascarar" o debate ideológico, sendo essas ideias de liberdade aproveitadas por entidades ou organizações e indivíduos, para que decidam sobre a vida de todos.

    Taylor criticava os liberais pelo fato de que os pensamentos liberais, se baseavam nos valores individuais, em detrimento dos valores de umas sociedade.

    Sendo assim Charles Taylor, defendia a ideia de que uma sociedade dever ser democrática, afim de estabelecer o bem coletivo dos indivíduos, Taylor propõe que para se atingir uma boa vida, deveria haver uma discussão de temas, como identidade, que seria o "self". Discussões como essa proposta por Taylor nos proporcionária, uma liberdade que envolveria discriminações de caráter qualitativo, que poderiams garantir as condições necessárias para esta liberdade.

    O reconhecimento da sociedade em que um indivíduo esta inserido, para Taylor, seria fruto do "self", sendo assim, todos os indivíduos de uma comunidade seriam livres para fazerem suas escolhas e até mesmo lutar por aquilo que defendem, em sua comunidade.

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  33. Taylor argumenta que tanto a liberdade positiva quanto a negativa sofreram com as suas simplificações. A primeira, por exemplo, foi comumente relacionada simplesmente com o controle coletivo (o que a colocaria ao lado do Comunismo oficial), ignorando-se o fato de haver uma tradição Republicana que sugere que cada homem é capaz de controlar a si mesmo. Por outro lado, a liberdade negativa é pensada exclusivamente em relação a obstáculos externos (físicos e legais). Deixa-se de lado a falta de conhecimento, a falsa consciência, etc. Um dado curioso que Taylor percebe, no entanto, é que aqueles que esposam a teoria negativa tendem a defender a própria simplificação, como seria o caso de Hobbes e mesmo Berlin.
    O filósofo procura reelaborar os conceitos de liberdade. Sugere que a liberdade positiva seja tratada como um “exercise-concept”, uma vez que “one is free only to the extent that one has effectively determined oneself and shape of one’s life”. Está associada, portanto, à prática do autocontrole. Já a teoria negativa é definida como “opportunity-concept”, uma vez que considera que para alguém ser livre basta ter o caminho desimpedido. Taylor nota, contudo, a impossibilidade de pensar este segundo conceito simplesmente como “oportunidade”. Sua primeira refutação passa pela observação de que as barreiras, além de externas, são também internas. Ser livre envolve certa dose de autoconhecimento, autocontrole e até mesmo discernimento moral. Se, por exemplo, somos incapazes de discriminar os fins de nossas ações podemos estar fazendo aquilo que aparentemente queremos, mas que não estaremos sendo livre e poderemos, inclusive, estar incorrendo no verdadeiro caminho da servidão. Se não possuímos, por exemplo, nenhum tipo de auto-realização ou não estamos conscientes de nossas potencialidades torna-se impraticável afirmar que alguém seja livre: “within this conceptual scheme, some degree of exercise is necessary for a man to be thought free”. A resposta para a questão da aceitação por parte dos teóricos da liberdade negativa de sua versão mais radical e simplificada passa pela necessidade de “cortar pela raiz” qualquer tipo de aproximação com a liberdade positiva. Aproximação esta essencial, segundo Taylor.
    R.A.: 11041811

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  34. Taylor se coloca como defensor do coletivo. Em sua concepção a sociedade está acima do indivíduo. Porque antes de sermos vistos como indivíduos e, até mesmo sermos de fato indivíduos, precisamos compor algum tipo de sociedade.

    Ele ressalta que para uma sociedade ser levada em consideração ela deve priorizar seus bens comuns aos indivíduos. Dessa forma ele levantas questões acerca da identidade e da cultura.

    Por conta do seu posicionamento quanto ao status de indivíduo e a forma como ele se dá, há também uma crítica ao conceito de liberdade negativa e positiva que é trabalhada por Berlin. Taylor encara este tipo de conceito como algo que possui uma ausência de qualquer impedimento colocado aos indivíduos. Isso não quer dizer que Taylor não aceita a liberdade de escolha, no entanto ele acredita na existência de uma falsa consciência.

    Por fim, a liberdade também está no fato de você ser visto a partir de um coletivo, porque este é responsável por revelar a verdadeira identidade, ou cultura, se assim preferir.

    Isabel S. Klug - 21068913

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  35. Taylor não propõe uma nova teoria da justiça, mas com sua discussão reflete acerca do liberalismo e do modo como os indivíduos se concebem no sistema liberal. Ademais, ele busca por meio da historia compreender as relações humanas com a sociedade.

    O individuo para ele tem sua razão de ser atrelada a condição de estar inserido em uma sociedade, sendo esta a responsável por lhe atribuir o caráter de individuo. Com isso, a própria concepção de individuo é coletiva, ficando claro os limites do liberalismo individual. Sua concepção de sociedade compreende:“uma associação de indivíduos, cada um dos quais tem uma concepção de uma vida boa ou válida e, correspondentemente, um plano de vida. A função da sociedade deve ser facilitar esse plano de vida o máximo possível e seguir algum princípio de igualdade”

    Por fim, cabe lembrar que o autor critica a teoria liberal negativa, especialmente de Berlin, no que é relativo a falta de limites do progresso individual, no que tange a questão de fornecer o máximo de espaço possível para que as pessoas exerçam suas liberdades individuais e de que a intervenção governamental deve ocorrer apenas em casos extremas, resultando em teoria não evoluída jurídica e moralmente.


    21065313

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  36. Natália Veroneze
    RA 21025313
    Taylor é um comunitarista e dá grande importância ao conceito de linguagem. Assim, sua visão de indivíduo é a de que o mesmo só se dá na comunidade, e sua visão de si mesmo é influenciada pela visão que os outros têm dele, sendo a linguagem central na hora de formular esta visão, e portanto variando em cada cultura e linguagens diferentes. Assim, o indivíduo só se identifica como tal quando em uma comunidade que o reconhece como um.
    Assim, o individuo nao pode ser considerado como um ser isolado e atomizado, contrariando assim posições simplistas como a de Nozick. Para se chegar à liberdade e à justiça, seria preciso que o diálogo e o debate ocorressem, tanto entre os indivíduos como entre as diferentes comunidades e culturas.

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  37. Taylor evidencia em sua proposta a importância do reconhecimento das diferenças que devem ser “padronizadas” e “reguladas” através de instituições sociais, partindo então em defesa dos direitos básicos (ou fundamentais) e coletivos. Essa defesa dos direitos ajudaria a proteger os grupos sociais com menos poder político já que nesses contextos sociais seria possível a formação de uma identidade individual e uma identidade conjunta que seria proporcionada a partir de debates que poriam em questão os valores culturais.
    O autor propõe que se defenda uma política de reconhecimento baseada no valor da diferença para que a constituição das identidades pessoais e grupais seja de fato concretizada, além disso incentiva a ideia de tratamento desigual para com os desiguais de modo a tentar através dessa “punição” encontrar uma igualdade plena, acabando, portanto com a concepção de que cidadania liberal justificada na igualdade formal e abstrata dos indivíduos assume uma noção de cidadania que engloba as diferenças e é formada por direitos específicos.
    Por fim, uma vez que considera o indivíduo como um ser livre para agir, com a liberdade de decidir o seu futuro e a liberdade de agir autonomamente a não interferência do Estado sobre essas ações individuais deveria ser implementada o que contrariaria o conceito de Belin.
    Luana André Assumpção (21054013)

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  38. Charles Taylor é um comunitarista, porém defende algumas ideias liberais em sua obra.

    Ele levanta uma crítica ao comunitarismo e ao liberalismo. Contra o liberalismo ele diz que os direitos individuais não são medida de estabelecimento de justiça, pois os liberais consideram esses direitos superiores aos valores da comunidade.

    Contra o comunitarismo ele diz que a influência da comunidade durante o processo de construção de justiça é supervalorizada, e que não deveria ser assim.

    Outra crítica feita por Taylor é sobre a liberdade negativa de Isaiah Berlin. Segundo Taylor a liberdade negativa era considerada como a falta de limites para as ações dos indivíduos e que para não atrapalhar a liberdade desses, o que impedisse o desenvolvimento dela, seja interno ou externo, deveria ser eliminado.

    Ele não considera que o individuo “aparece” antes da sociedade, mas sim que a sociedade é responsável pela formação do individuo.
    Para se alcançar a conclusão sobre o conceito de justiça, deve-se partir da analise do coletivo. Portanto, há muita interferência externa sobre o individuo, e por este fato as liberdades de Berlin não são suficientes ao levar em consideração o coletivo.

    A sociedade tem papel fundamental e é responsável pela identidade de seus indivíduos. Taylor ressalta a importância de fatores como religião e linguagem na formação da identidade.

    Erika Mendes 21027413

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  39. Charles Taylor, filósofo comunitarista canadense, em sua obra “What´s wrong with negative liberty” (“O que há de errado com a liberdade negativa”) elabora uma critica ao conceito de “Liberdade Negativa”, que diz que ser livre é não sofrer interferência sob os seus atos, isto é, agir sem restrições. Tal conceito de liberdade foi proposto pelo filósofo liberal Isaiah Berlin.

    Taylor vai desconstruir a noção liberal de que o indivíduo prevalece sobre o “bem comum”. Ele mostra que não há liberdade sem interferência de ninguém, pois o que conhecemos como liberdade está dentro de um contexto social, tem um pano de fundo e este se altera com o tempo. Deste modo, Taylor demonstra que o conceito de “liberdade negativa” é inviável.

    Em busca de bem estar comum, ele além de questionar o conceito de liberdade negativa, ele retoma a idéia do indivíduo, do "self". Este indivíduo, segundo Taylor deve reconhecer a si mesmo e ter o reconhecimento da sociedade em que está inserido. Assim, cada indivíduo é livre para fazer suas escolhas e mesmo estando inserido em uma comunidade pode lutar por aquilo que anseia.

    Matheus Nunes de Freitas 21031213

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  40. Charles Taylor está no interior de uma tradição que tende a rejeitar a separação irrestrita entre a liberdade negativa e a liberdade positiva, nos moldes como foram compreendias por Constant e Berlin. Taylor faz parte da tradição republicana, que defende a necessidade de valores fundamentais como as virtudes cívicas e o autogoverno, sendo, portanto, imprescindível a participação ativa do cidadão na comunidade política.
    Taylor, na tentativa de criticar a concepção negativa de liberdade (“opportunity-concept”) indica que esta acaba sempre caminhando para uma noção de liberdade como exercício (“exercise-concept”), isto é, por maiores que sejam os esforços dos autores liberais em simplificarem ao máximo a ideia de liberdade negativa, uma análise mais acurada indicaria ser necessário também, nessa concepção de liberdade, um aproveitamento de oportunidades, o controle pessoal para desvencilha-se, por exemplo, das barreiras internas e dos próprios confrontos que dois desejos podem produzir.
    Taylor acredita na substancialidade de um bem definido, que se aproximaria do nacionalismo. Acredita, também, em uma concepção específica de natureza humana, cuja essência é social e política, nos termos aristotélicos.

    Nome: Dayane Gonçalves Costa RA: 21044313

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  41. Após a análise do texto "What´s Wrong With Negative Liberty" de Charles Taylor, posso fazer algumas considerações sobre o autor e o tema desta atividade, “O liberalismo e a identidade do indivíduo”.

    Charles Taylor coloca que tanto o liberalismo quanto o comunitarismo são dois modelos de cidadania. Porém, o comunitarismo possui algumas particularidades, como a participação no governo e possuindo as liberdades como pré-requisitos, pois para Taylor e os demais comunitaristas, esta seria um componente essencial para a cidadania. Com relação ao liberalismo, este está fundamentado nos direitos individuais e em um certo tratamento igualitário.

    Outro ponto que destaco aqui sobre Charles Taylor é que para ele o indivíduo seria livre no sentido de não ter barreiras que impeçam a concretização de seus desejos, mas este indivíduo deveria ser capaz/poder escolher os meios/caminhos que melhor se inserem/adequem à comunidade que este faz parte.

    Charles Taylor é outro autor que possui ideias diferentes das de John Rawls. Taylor afirma que a justiça está relacionada com o modo pelo qual as pessoas se comportam em grupo, dentro de suas comunidades e não como um “eu” artificial/abstrato distante das realidades.

    Por fim, uma última ideia que considero muito importante é a de que a liberdade negativa que o liberalismo relaciona com a noção de justiça não é capaz de resolver problemas como o de tentar-se evitar a opressão para que se possa ter a garantia da liberdade dos indivíduos.

    Lothar Schlagenhaufer

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  42. Charles Taylor é um filósofo comunitarista canadense que estuda a sociedade e a identidade de cada indivíduo, defendendo um modelo que os interesses coletivos sejam maiores que os individuais e discutindo a questão da liberdade numa sociedade democrática. Para ele, o comunitarismo e o liberalismo são dois modelos de cidadania, porém, o comunitarismo relaciona o governo e a liberdade, enquanto o liberalismo prioriza os direitos individuais.

    O autor crítica a liberdade negativa de Isaiah Berlin porque essa irá beneficiar o individualismo e os interesses pessoais, considerando-a irreal, pois, um indivíduo só se reconhece num contexto social e nada pode ser superior que os interesses coletivos. Ele dividirá esse reconhecimento em: intimidade (onde o indivíduo constrói a identidade) e âmbito social.

    Também propõe a necessária de uma análise do contexto histórico e da cultura de cada sociedade para determinar o bem comum, sendo que o Estado deveria respeitar as diferentes concepções de cada um.

    Natália de Lima Pereira 21016913

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  43. O texto “What’s wrong with negative freedom?” esclarece a posição de Taylor à respeito do conceito de liberdade.
    Para poder falar de forma mais segura sobre o assunto ele fala dos dois tipos de liberdade (positiva e negativa) e inicia o texto procurando colocar um fato que ocorre quando se discute sobre esse tema. De um lado os defensores da liberdade negativa atacam os que defendem a liberdade positiva por considerarem estes em sua posição mais extrema, que é a opção por um governo autoritário que pretenda libertar os indivíduos nem que para isso seja necessário se utilizar de coerção. Do outro lado, os defensores da liberdade positiva atacam seus opositores imaginando que todos esses estão na posição radical assumida por Bentham e Hobbes, na defesa de que liberdade é pura e simples ausência de obstáculos.
    Apesar de enxergar uma falha nos dois extremos do pensamento, principalmente por enxergarem no adversário visões estanques e pré-concebidas de sua proposta, Taylor também identifica o porquê da predominância da visão de liberdade negativa nos debates atuais. Como comunitarista ele permanece sendo liberal, e o que passa a discutir é justamente se dentro do liberalismo esta visão predominante está dando conta de resolver o problema da liberdade, e por isso passa a investigar os princípios por traz das visões pré-concebidas dos dois lados.
    Na visão positiva de liberdade enxergamos uma proposta que entende a liberdade como autorrealização. Isso implica no fato de que não basta a ausência de obstáculos exteriores, é possível que fatores interiores como falsa consciência, ignorância e desconhecimento me levem a uma postura que me torna submisso, servo de minhas más escolhas. Assim, essa visão nos leva a considerar um ser dual, que carrega em si duas possibilidades, a racional, livre e iluminada e aquela submissa, opressa e falsa. A questão perigosa, é que, uns agentes se considerando mais racionais e iluminados do que os outros, podem se sentir no direito de exigir que os seres como um todo se libertem, dentro da sua convicção do que seria o melhor. Isso pode justificar governos autoritários, o que nos leva ao ponto extremo dos governos totalitaristas já mencionados. E a problemática dois é definir qual seria a posição mais verdadeira e liberta? Será alguém capaz de definir isso? E ainda, poderemos impor essa posição? Os fatores interiores, em especial na nossa contemporaneidade, tem sido tomados como questões relativas, grandes muralhas onde a racionalidade não deve entrar porque não será possível atingir consenso, ou ainda, fatores interiores não são decorrentes nem passíveis de serem analisado pela razão, afinal são frutos da nossa irracionalidade. Para analisá-lo será preciso considerar valores, posições morais e questões de difícil entendimento.
    É justamente por essa dificuldade em solucionar a discussão sobre os fatores interiores que o debate contemporâneo e moderno acabou por se centrar na visão simplista de que liberdade é ausência de obstáculos. Falar sobre “fatores interiores” seria sofismar com uma metafísica apaixonada e falaciosa. A linguagem, a razão dão conta até certo ponto, a partir daí não nos cabe investigar, analisar e compara, cada um é seu próprio juiz. No entanto, apesar das dificuldades envolvidas, jogar fora o conceito de liberdade como autorrealização também é uma grande perda e nos faz abandonar qualquer que sejam nossas intuições morais, nossos valores como se eles não estivessem em debate e não fossem necessários ou influentes no debate.

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    Respostas
    1. Taylor irá problematizar a postura individualista decorrente da convicção de que a liberdade é apenas a ausência de restrições para que cada um realize seu projeto de vida, seja lá qual ele for. Por muito tempo se pensou que o indivíduo sozinho poderia exercer sua liberdade, utilizando sua razão para tal feito. O sujeito do iluminismo contrastava com a ideia aristotélica e escolástica de que cada um ocupava o seu lugar dentro do Cosmos, dentro uma ordem, seja ela divina ou não. A comunidade passa a ser atomizada e se torna a sociedade que nada mais é do que uma soma de indivíduos que possuem cada um seu projeto de vida. Sendo seu projeto de vida apartado dos outros, o homem é levado a ter uma perspectiva de que os outros são apenas meios possíveis para que ele obtenha sua satisfação, dessa maneira há uma prevalência do uso da razão instrumental e um desengajamento do indivíduo da vida política, já que o foco está na realização pessoal.

      Caterine Zapata Zilio Barros
      RA: 21008913

      Excluir
  44. Taylor refuta completamente a tese da liberdade negativa, segundo a qual pressupõe-se a ausência de impedimentos físicos ou obstáculos legais. Esses pressupostos são dados por Hobbes e Bentham, cujos poderosos motivos por trás da defesa da liberdade como independência individual é a ideia da “auto-realização”, a qual pode ser exercitada independentemente.
    Se nós concebermos a liberdade como incluindo algo que se inclui de auto-realização, de acordo com essa ideia, então nós temos algumas coisas que podem falhar por razões subjetivas (internas), bem como causas externas, evidentemente. Podemos falhar para conquistar concretizar nossas auto-realizações através de medos, falsa consciência, como também por coerção externa. Assim, a noção de liberdade negativa dá bagagem para que se garanta o direito de cada pessoa poder realizar-se de seu próprio jeito.
    Uma vez que se adota essa visão de “auto-realização”, na qual qualquer exercício de liberdade pressupõe estar apto a fazer o que se quer, pode não ser mais uma condição suficiente de liberdade.
    Taylor sustenta que, embora o agente possa ser incapaz, em alguns casos de dar a palavra final de sua liberdade (por falta de consciência, pelo medo, sendo desejo não autêntico, pois não consegue se distinguir seu fim), isso poderia abrir as portas para o totalitarismo. Ele se defende dizendo que nós não podemos fazer aquilo que realmente desejamos se não for uma sociedade autenticamente autogovernada (vê-se aqui uma inclinação á liberdade positiva por parte de Taylor).
    O ponto que Taylor coloca, é que ser livre, neste caso, não é a simplesmente a questão de fazer o que você quer. Também não deve ser aquilo que vá de encontro com algumas premissas básicas, ou sua auto-realização. Assim, Taylor corrobora que o sujeito de si mesmo pode ser a autoridade final em sua questão de liberdade, justamente por não poder ser a autoridade final, visto que seus desejos podem não ser autênticos.
    Dessarte, Taylor expõem-nos sua crítica concernente à sociedade liberal, cuja visão recai a valores de “auto-realização” (que podem falhar por razões subjetivas) e que acredita que nenhuma autoridade social, por causa da diversidade humana, pode fazer a tentativa de impor qualquer tipo de orientação, pois a ausência delas é uma condição necessária da liberdade.

    Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613

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  45. Charles Taylor, filósofo comunitarista, foi inspirador para o movimento comunitarista. Embora muitos o considerem um autor comunitarista, o fato de criticar a visão liberal de que os direitos individuais não são suficientes para que se estabeleça a justiça e também criticar a insuficiência do argumento comunitarista de que a influência das comunidades na construção da justiça é de grande importância mostra que ele é um autor que beira essa discussão, sem adentrar profundamente em uma das correntes.
    Para Charles Taylor, tanto o comunitarismo quanto o liberalismo são dois modelos de cidadania. No entanto, o comunitarismo define a participação no governo tendo a liberdade como pré-requisito, componente essencial da cidadania. Já o liberalismo fundamenta-se nos direitos individuais e no tratamento igual.

    O principal problema identificado pelo autor, sobretudo, nas teorias liberais está na defesa do atomismo. Taylor enfatiza a cultura e o grupo social que concedem identidades aos indivíduos "atomizados" pelas tendências sem raízes da sociedade liberal. O dualismo cartesiano trouxe o desprendimento do sujeito com o mundo dos objetos. Nesse sentido, o sujeito antecede à própria sociedade, que passa a ser fruto das vontades individuais (direitos). Coisa que Taylor discorda, pois para ele a sociedade é anterior ao indivíduo; este é constituído por fins que não escolhe, todavia descobre em função da sua existência em contextos culturais partilhados no convívio social.
    O autor faz uma crítica à concepção de liberdade negativa elaborada por Isaiah Berlin (embora também faça considerações sobre a liberdade positiva). Na liberdade negativa a concepção de bem social é extremamente individualista quando admite que não há como construir um consenso que resulte em um senso de justiça conveniente para todos. A satisfação dos bens individuais prevaleceria então como a única forma de se estabelecer o bem estar em uma sociedade, já que seria impossível, na opinião dos liberais, estabelecer de forma plena as escolhas coletivas. Taylor, então, utiliza a linguagem como uma saída para a melhor entender o estabelecimento dessas escolhas coletivas, pois diz que mesmo que a sociedade seja formada por indivíduos que possuem diferentes concepções de bem e que cada um seguirá um caminho diferente em busca do bem estar (fortalecendo a ideia de impossibilidade de se estabelecer escolhas que satisfaçam a todos) a definição liberal de que a valorização das escolhas individuas em detrimento dos valores da comunidade é o caminho para formação da justiça é errônea, na medida em que desconsidera o fato de que as concepções de bem de cada indivíduo estão intrinsecamente ligadas à cultura e tradições que suas comunidades compartilham. Por isso, a linguagem é de extrema importância para se perceber essa concepção e entendê-la de forma satisfatória.

    Taylor também critica a teoria liberal negativa no ponto que diz respeito ao exagero na falta de limites ao progresso individual. Para o autor essa definição de que deve ser fornecido o máximo de espaço possível para que as pessoas consigam exercer suas liberdades individuais e que o governo só deve evitar casos prejudiciais extremos faz com que a concepção e a estrutura da sociedade humana, afastando-se da influência política, fiquem pífias no sentido de que não poderiam ser consideradas como evoluídas jurídica e moralmente.

    Fazendo também uma crítica a Rawls, Taylor diz que a justiça se relaciona com a maneira como as pessoas se comportam em sociedade e não com um eu abstrato que se distancia da realidade. Percebe-se, então, uma clara crítica ao nível de abstração (considerado incoerente) que Rawls faz em relação aos selfs, pois esse considerava possível o desprendimento dos indivíduos de suas comunidades e valores.

    RA: 21019613

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  46. Patrícia Gabriela S. Arcanjo
    RA: 21036813

    Charles Taylor pensa que as teorias liberais por se concentrarem excessivamente nos direitos individuais, não conseguem avaliar a importância de apoiarem as capacidades que possibilitam a escolha individual.
    O autor embasa sua teoria da justiça na ideia de reconhecimento, e, para isso, divide sua análise em dois âmbitos: O primeiro é o do reconhecimento do indivíduo segundo ele próprio "self" (auto-reconhecimento) e o segundo pela sociedade que o cerca (reconhecimento social), desta dualidade surge a liberdade do indivíduo.
    Partindo-se desta definição, não são mais necessárias as estruturas repressivas, cada decisão é fruto da escolha pessoal e das interações com a sociedade e comunidade na qual o indivíduo está inserido.
    O indivíduo é livre no sentido de não possuir barreiras para concretizar seus desejos, mas deve ser capaz de escolher os caminhos que melhor se adequem à sociedade que está inserido.

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  47. Charles Taylor, um grande filósofo da corrente comunitarista, este autor possui as mesmas tendências do pensamento comunitarista de Walzer, Sandel, Habermas e outros autores. Taylor defende a teoria do coletivo, ou seja, ele defende a idéia de que os interesses do coletivo tenham maior importância do que o individual, assim fazendo uma crítica aos liberalistas, que possuem uma tendência ao individualismo.

    Taylor critica a teoria de liberdade negativa, do autor liberalista Isaiah Berlin, pois ele acredita que esta liberdade tem como objetivo beneficiar o indivíduo e não a sociedade, assim, o autor assume sua posição comunitarista e defende que nada pode ter maior força dentro de uma sociedade do que o coletivo, por tanto, tudo que venha a favorecer o individual, não tem tanta importância em relação aquilo que traz benefícios à sociedade.

    GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
    RA: 21081113

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  48. A discussão proposta por Isaiah Berlin é retomada no que diz respeito ao problema da liberdade negativa. Charles Taylor, por sua vez, em "What's wrong with negative liberty" não aceitará o princípio de que a liberdade individual deva se sobrepor aos interesses coletivos . A construção de um senso de pertencimento (o que entra em conflito com muitas das concepções liberais) na sociedade é fator importante para a tomada de decisões por parte dos indivíduos.

    É complicado simplificar demais os conceitos de liberdade, algo que Taylor tenta contornar definindo a positiva como exercise-concept e a negativa como opportunity-concept. O estabelecimento da linguagem como mecanismo para compreender comportamentos coletivos parece uma solução plausível para o problema do homem que se abstrai muito da realidade na qual vive.

    Guilherme Oliveira Lourenção
    RA: 21071213

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  49. Charles Taylor pode ser considerado um autor comunitarista, porém, em sua obra Taylor unirá ideias liberais e comunitaristas.
    Taylor procura dizer que o conceito de Liberdade Negativa não é possível. O autor argumenta que os conceitos de Liberdade Positiva e Negativa deterioraram-se com as simplificações, porque a Liberdade Positiva passou a ser constantemente atrelada à prática de controle exercida pelas instituições de poder, enquanto a Liberdade Negativa foi atrelada à ideia de ausência de controle físico e legal. Para Taylor o indivíduo se reconhece como tal apenas se estiver inserido em uma sociedade, e essa sociedade também deve reconhecê-lo como indivíduo.
    O indivíduo é livre no sentido de não possuir barreiras para concretizar seus desejos, mas deve ser capaz de escolher os meios que melhor se encaixem à sociedade que se encontra.

    Morgana B. Alves Ferreira
    21036213

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  50. Charles Taylor é um filósofo que se apresenta em defesa do comunitarismo, da sociedade sobressaindo aos interesses individuais.
    Ele não escreve uma nova teoria sobre a justiça, mas propõe reflexões sobre o liberalismo e a forma ao qual as pessoas se veem dentro de tal tipo de sistema. O estudo presente em Taylor está acerca da história, visando por meio dessa o entendimento das relações humanas com a coletividade.

    Cada um tem sua racionalidade ligada a sua condição diante da sociedade a qual pertence. Ou seja, a sociedade atua como atribuidor de caráter individual. Portanto, a elaboração do conceito de "indivíduo" é formada comunitariamente e o conceito de "sociedade" é tida como sendo um conjunto de indivíduos, cada um com uma ideia sobre o que seria pra si uma "vida boa" e um plano de vida, onde a função social é facilitar esse plano de vida cumprindo com determinados princípios de igualdade.

    Taylor também critica a teoria liberal negativa, como a presente em Berlin, devido à inerente insuficiência na limitação do progresso dos indivíduos, uma vez que diz que deve ser disponibilizado o máximo possível para que cada um exercite suas liberdades individuais, sendo a intervenção do governo só tida como necessária em ocasiões remotas, de extrema necessidade.
    Taylor julga tal teoria da justiça involuída tanto em aspectos jurídicos quanto morais.

    Jacqueline Anjolim
    RA: 21007511

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  51. Charles Taylor não necessariamente entra no debate entre libertaristas e comunitaristas(vertentes da ideologia liberal), apesar de enxergar o indivíduo como ser social. Para Ele a discussão de como esse debate deve ser estabelecido, sobre que parâmetros; ele insere a linguagem como fator decisivo na elaboração e transmissão do pensamento ideológico, todo modo de vida ou opção ideológica deve ser explicado pela história porque nenhuma civilização é igual ou possui anseios iguais a outras.
    Em sua concepção, diferente dos libertaristas como Nozick, que liberdade individual que os citados anteriormente defendiam, de fato, não existia da forma como eles viam, Taylor via o homem como um ser social, sendo impossível desvincular das relações socias do ser humano dele mesmo, e a própria linguagem é uma resultante deste fato, já que a linguagem é concebida na esfera social.
    Acredito que está visão melhorada em se fazer a crítica entre comunitaristas e libertaristas é bastante válida, todavia Taylor só limita a fazer isso, e não se posiciona no debate até então central da filosofia política. Como Taylor se mostra quase que somente analitico, há uma frustração em sua obra, já que está não tem uma aplicabilidade concreta na sociedade.
    kleiton aliandro
    21066113

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  52. Charles Taylor, filósofo comunitarista canadense, e grande critico do liberalismo. Na obra “What’s Wrong With Negative Liberty”, ele se põe a criticar a Liberdade Negativa defendida por Isaiah Berlin, dizendo que ela não é possível, já que os conceitos de Liberdade Positiva e Negativa se deterioram com simplificações, e a Liberdade Negativa caminha para uma noção de liberdade como exercício.

    O autor defende que a sociedade estime a liberdade, a autonomia e a autenticidade, já que esta [a sociedade] é responsável pela construção social do indivíduo, já que a modernidade destrói nossa concepção de identidade pessoal. Ele defende a ideia de que o coletivo está acima do indivíduo, mesmo esse sendo parte integrante dele, já que esse é o que realmente revela a verdadeira identidade individual, ou a cultura, por assim dizer.

    Andressa Alves - 21081013

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  53. Taylor tem uma visão distinta dos autores anteriores, considera o coletivo acima do indivíduo, pois para que haja individualidade o coletivo existe como pressuposto. A sociedade confere ao indivíduo suas características essenciais. Taylor coloca o diálogo como ponto primordial para a justiça. E critica os conceitos de liberdade negativa e positiva no sentido de Berlin ter uma visão simplista da realidade. Taylor coloca que a sociedade deve levar em consideração aspectos culturais para que seja formulado, então, a noção de bens individuais.

    RA 21055313

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  54. Charles Taylor apresenta que o entendimento da sociedade e das relações sociais aconteça através do estudo da história. O autor não acredita que existe uma única teoria da justiça ideal, que guie sem dúvidas uma sociedade justa. Sua teoria é uma junção de duas idéias: a comunitarista e a liberalista. Comunitarista porque compreende o indivíduo como sendo indissociável da sociedade, e liberalista porque admite que o indivíduo deve seguir e defender a liberdade.
    Opõe-se às idéias de Isaiah Berlin de liberdade positiva e liberdade negativa, já que estas idéias se reduzem a simplificações. No que diz respeito à liberdade positiva, o autor nega essa idéia por estar ligada à regimes totalitários, e em relação à liberdade negativa, porque esta está ligada à ausência de controles físicos e legais.
    Segundo o autor, uma sociedade democrática è essencial para o êxito do bem comum, dessa maneira, as considerações sobre o indivíduo tem de levar em conta e compreender seu meio social, porque estão bastante relacionados.

    AMANDA SACHI PATRICIO 21072213

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  55. Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713

    Grande critico do liberalismo, Charles Taylor em sua obra “What’s Wrong With Negative Liberty”, critica a Liberdade Negativa defendida por Isaiah Berlin, afirmando que, como os conceitos de Liberdade Positiva e Negativa se deterioram com simplificações, e a Liberdade Negativa caminha para uma noção de liberdade como exercício,essa Liberdade Negativa não é possível.

    Ele defende a ideia de que o coletivo está acima do indivíduo, mesmo esse sendo parte integrante dele. O autor também defende é responsável pela construção social do individuo e que por esse motivo a sociedade a qual o individuo está inserido estima a liberdade, a autonomia e a autenticidade.

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  56. Taylor foca na crítica ao modelo liberal de liberdade negativa, demonstra como a liberdade negativa não pode ser defendida como concepção de liberdade (Lembrando que esta liberdade é a que está dentro dos conceitos hobbesianos e que vimos na apresentação da Teoria de Berlin). Esta visão de Liberdade negativa acaba ordenando por grau de importância os desejos e isso seria a prova de uma necessidade de estabelecer bens comuns para todos os cidadãos de uma sociedade.
    Taylor desenvolve também faz uma critica ao self (que ele define como sendo o indivíduo totalmente desprendido e guiado pela razão e que exerce, segundo ele, grande influencia na cultura ocidental), ele propõe que voltemos a nossa interioridade para sermos conscientes dos processos que nos formam ,de nossas atividades, etc. Pois só assim conseguiremos construir nossas representações do mundo de forma pessoal.

    Francisco Sergio Vasconcelos Coelho - 21078713

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  57. Charles Taylor, filósofo comunitarista canadense, caracteriza a sociedade como uma associação de indivíduos, cada um deles com um plano de vida. O papel da sociedade seria de garantir esse plano, valorizando a liberdade, autonomia e autenticidade. Assim, Taylor resgata o foco no indivíduo e nas instituições sociais.

    Nesse texto, Taylor analisa as ideias de liberdade positiva e negativa. A liberdade positiva está relacionada à habilidade de realizar um objetivo específico e ao autogoverno do indivíduo para alcançá-lo. Enquanto a liberdade negativa de Isaiah Berlin – ou seja, a possibilidade de realizar um objetivo sem interferências - é criticada, já que Taylor acredita que as interferências vão além de fatores externos e podem ser internos, como o medo do indivíduo.

    Ana Caroline de Aguiar Coutinho RA: 21048113

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  58. Charles Taylor, ao longo do texto, desconstrói o argumente de Isaiah Berlin de liberdade negativa. O autor então busca uma definição melhor dos conceitos – liberdade positiva e negativa. Assim Taylor chama a liberdade negativa de “opportunity-concept” que diz que para ser livre basta ter o caminho livre; e a liberdade positiva de “exercise-concept” que seria o autocontrole. Taylor argumenta que existem também barreiras internas para se alcançar a liberdade; ou seja, para se atingir a liberdade são necessária ferramentas externas e internas (autocontrole e autoconhecimento). Taylor continua sua análise e conclui que a cultura de um sociedade influencia as concepções de bens dos indivíduos e que através da cultura compartilhada pelos indivíduos de um sociedade é possível a existência de bens sociais. Além disso o autor afirma que o indivíduo é modelado conforme sua linguagem, seu valores e sua sociedade, cuja qual reconhece esse indivíduo como cidadão.
    Mudando um pouco de foco o Charles Taylor vai dizer que tanto o comunitarismo quanto o liberalismo são modelos de cidadania, contudo o comunitarismo vê a liberdade como pré-requisito da cidadania e já o liberalismo se fundamenta nos direitos e tratamentos iguais.

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  59. Charles Taylor é um filósofo comunitarista, que em seu livro tenta entender as relações sociais. Partindo da análise do indivíduo dentro de uma sociedade, para expandir e entender sobre liberdade, que parece ser o que movimenta as sociedades liberais atuais.
    Para expandir os conhecimentos sobre liberdade, é preciso um entendimento anterior ao indivíduo. Segundo o autor, o indivíduo só percebe que é um indivíduo quando está inserido dentro de uma sociedade, sem esse contexto social não é possível determinar os direitos e deveres. Sendo assim, é a sociedade que define as características do indivíduo, sendo ela anterior ao mesmo. Tanto o comunitarismo quanto o liberalismo são dois modelos de cidadania. Entretanto, no comunitarismo, a liberdade é o pré-requisito para o governo, afinal a liberdade é o objeto essencial da cidadania. Já no liberalismo, os alicerces são os direitos individuais e o tratamento igualitário.
    Taylor afirma ainda que o conceito de liberdade negativa de Berlin é impossível. Afirmando que os conceitos de liberdade negativa e liberdade positiva decompõem-se com simplificações. Isso ocorre porque a liberdade positiva passou a ser atrelada à regimes opressores e a liberdade negativa passou a ser atrelada à ausência de controles físicos e legais. Essas idéias não levam em conta, para Taylor, a ausência de conhecimento ou consciência de alguns indivíduos.
    Ademais, a liberdade querer diferenciações qualitativas, garantindo as condições necessárias para essa liberdade. É de fundamental importância o alcance de bens comuns por todos dentro de uma sociedade. Sendo a cultura influenciadora e justificadora das concepções de bens das pessoas. Dessa maneira, os bens sociais são legítimos devido à cultura comum de membros de uma mesma sociedade.

    Carolline Constanzo dos Santos
    21052113

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  60. Charles Taylor é um filósofo canadense, defensor do comunitarismo Para este autor, a liberdade individual ser respeitada, porém, não deve sobrepor os interesses coletivos. Isso porque a noção de individuo está atrelada ao pertencimento a uma sociedade.
    Taylor critica Berlin, em particular, sua ideia de liberdade negativa. Para Taylor, essa é uma noção de liberdade indefensável, pois hierarquiza os desejos individuais, e por isso não corresponde a realidade, uma vez que o próprio individuo, muitas vezes não consegue definir suas vontades prioritárias. Assim, liberdade está para além de realizar todos os desejos individuais. Taylor aponta para a necessidade de determinar bens comuns aos indivíduos de determinada sociedade, considerando seu o contexto histórico e sua cultura. O autor pretende reelaborar os conceitos de liberdade propostos anteriormente por Berlin, a partir da premissa básica de que a sociedade precede o indivíduo.
    Na tese de Taylor o diálogo assume papel importante, uma vez que o indivíduo pode se conceber através do diálogo, e as comunidades poderiam se reconhecer e construir uma comunidade mais justa e livre, através do diálogo com outras comunidades. Assim, para ele, o individualismo seria uma falha da modernidade.

    Ana Cristina - 21062613

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  61. O comunitarista Charles Taylor, quanto a visão liberal, critica a concepção de que o sujeito antecede a própria sociedade, e dessa forma esta passa a ser fruto de suas vontades individuais; e a visão de que os direitos individuais também estão de certa forma acima dos valores de uma sociedade. Para o comunitarista, a formação de um indivíduo tem como base a sociedade em que ele vive, a sociedade é portanto anterior a ele.

    Segundo Taylor, a sociedade seria a grande responsável pela construção da identidade do indivíduo. O autor também dá importância à linguagem para a criação dessa identidade, assim como entre outros aspectos, a cultura. Também é relevante a crítica que o autor faz a liberdade negativa de Isaiah Berlin.

    Mariana Lima Araujo Malta

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  62. Taylor é um filósofo comunitarista e, como tal, colocará a sociedade em evidência e não o indivíduo. Em seu texto “What's wrong with negative liberty”, ele critica o conceito de "liberdade negativa" proposto pelo filósofo liberal Isaiah Berlin, já que, de acordo com ele, ela não corresponde à realidade; muitas vezes nem o próprio indivíduo sabe/consegue decidir o que ele quer e, mesmo se soubesse, tal liberdade poderia abrir portas para o autoritarismo. Além disso, o autor afirma que ser livre envolve autoconhecimento, autocontrole e juízo moral, alcançados por poucos.
    Taylor defende que o que nós conhecemos como liberdade está dentro de um contexto social, não pode ser hierarquizada pelo desejos individuais, é preciso que se determinem os bens comuns aos indivíduos de uma mesma sociedade.


    Isadora Castanhedi
    RA: 21044713

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  63. Romulo Camargo.: 21056613.

    A principal critica de Taylor é contra essa concepção atomista do individuo, que segundo o autor é inviável, já que o individuo é constituído e constitui o meio, assim a conquista moderna do valor do indivíduo e de sua dignidade, pode degenerar para o individualismo narcisista e egoísta que conduz a uma noção de exclusividade que se reflete também de forma excludente na sua relação com o outro e na sociedade.

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  64. Charles Taylor faz uma grande crítica aos autores liberais até aqui vistos, principalmente à Berlin. Taylor coloca o indivíduo como formado através da sociedade, não como anterior a ela. O filósofo aborda que os indivíduos são diferentes e que cada um deles possui barreiras internas únicas. A individualidade não conseguirá barrar o coletivo. A ideia de contrato social, como a de Rawls, assume que os indivíduos são anteriores à sociedade e estes a formam para atender certos fins, é o oposto de Taylor.

    Taylor porpõe que se atente para os contextos culturais, tratando assim os indivíduos, que são desiguais, de forma desigual, buscando uma igualdade substancial. O canadense rejeita a concepção de igualdade abstrata, formal do liberalismo.

    Nome: Murillo Faria dos Santos Neri
    RA: 21045713

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  65. Charles Taylor é um autor Canadense que segue boa parte de sua teoria baseado nos pensamento de Isaiah Berlin. A liberdade como conceito é abordada por duas vertentes: liberdade positiva e liberdade negativa. Para ele, as liberdades ainda restringem o indivíduo, pois ele alega que o rumo das sociedades é decido por grandes corporações ou até mesmo pequenas organizações.

    Sobre o debate, Taylor inova na perspectiva da linguagem a fim de compreender a liberdade. Segundo Taylor, enquanto o indivíduo for capaz de aprender novas linguagens, ele se torna cada vez mais livre. Por isso, segundo ele, a linguagem tem um papel de vetor de ideologias.

    O autor tem fortes bases comunitaristas. Para ele, o individuo deve conhecer-se a si próprio e a sociedade no qual este se encontra, a fim de estabelecer os parâmetros de um bom modo de vida.

    Henrique Bernardes
    RA: 21021813

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  66. Taylor, seguindo a tradição do pensamento comunitarista, acredita que a comunidade deve se destacar sobre o indivíduo e que esse não consegue viver de outra maneira a não ser valorizado pelo ambiente de uma coletividade maior que o faça se sentir parte integrante daquele ambiente.
    Nessa linha de pensamento, Taylor irá criticar fortemente as ideias de Isaiah Berlin sobre seus dois tipos de liberdade (já que esses conceitos não passam de mera abstração): positiva e negativa. A liberdade negativa como o a possibilidade de realização de uma meta sem nenhum tipo de interferência é contestada por Taylor, pois tais interferências não são necessariamente externas, mas podem ser fatores limitantes internos do indivíduo, como seu próprio medo.

    Kevin Rossi Freitas, RA: 21071613

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  67. Taylor vai usar o estudo de um individuo inserido em uma sociedade para entender o conceito de liberdade, que orienta pessoas e sociedades, onde a sociedade "empurra" certas caracteristicas ao sujeito. O autor dá importância a ideia de igualdade e a busca de identidades individuaise, embarcando as diferenças.O autor discorda também de ideias como a de Rawls (individuo mais importante que a comunidade), pois argumenta que nínguem é autossuficiente. Taylor também discorre sobre a ideia de “hiperbem”, um bem comum que é construído socialmente e individualmente de alguma maneira, visando evitar imposições sobre moralidade e permitir a liberdade de escolha do indivíduo.

    Jennifer Nogueira Martinuzo - 21080513

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  68. Charles Taylor é um filósofo canadense, defensor do comunitarismo. Para este autor, a liberdade individual deve ser respeitada, porém, não deve sobrepor os interesses coletivos. Isso porque a noção de individuo está atrelada ao pertencimento a uma sociedade. Segundo Taylor, a sociedade seria a grande responsável pela construção da identidade do indivíduo. O autor também dá importância à linguagem para a criação dessa identidade, assim como entre outros aspectos, a cultura. Também é relevante a crítica que o autor faz a liberdade negativa de Isaiah Berlin. Taylor, combate o pensamento da liberdade negativa, que significa a liberdade sem impendimentos, ou seja, o homem pode fazer o que tem vontade. Porém, o autor ressalta questões como os impedimentos internos pela falta de autoconhecimento e falsa consciência, assim seu desejo pode não ser autêntico levando-o para o caminho da servidão e do totalitarismo, pois não há discernimento moral. Portanto, a crítica concerne na necessidade de criar um senso comum de bem na sociedade civil onde todos a respeitem, para isso devem existir valores fundamentais e “self government” com a participação do individuo na política.
    Sendo asism a sociedade é responsável direto pela construção social do indivíduo. O autor não é contra a liberdade individual, ou seja, a capacidade de escolha das pessoas. Entretanto para que essa liberdade seja almejada e a comunidade contemplada com justiça, deve ser ir de encontro ao resgate das identidades do indivíduo.

    Ingrid Correia - 21068513

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  69. Rejeita o naturalismo e formalismo epistemológico. No seu ensaio “Seguindo uma regra”, Taylor especula acerca da razão por que as pessoas podem falhar em seguir regras; e que espécie de conhecimento é esse que permite às pessoas serem bem sucedidas em seguirem regras. Segundo Wittgenstein a interpretação das regras baseia-se num fundo tácito em que obedecer a uma regra é uma prática. Taylor situa a interpretação das regras nas práticas que são incorporadas no nosso corpo sob a forma de hábitos, disposições e tendências. Argumenta contra o processo do pensamento moral e político moderno. É crítico em relação ao empobrecimento da mundividência cultural do materialismo filosófico e do desconstrucionismo pós-moderno.

    Isabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113

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  70. Taylor busca apresentar uma análise psicológica do indivíduo e argumenta como este tem sua subjetividade incorporada nos hábitos que se traduzem nas regras práticas. Em nosso entender o autor busca fortalecer o pensamento comunitarista, se amparando em conceitos científicos que buscam estabelecer uma ligação entre a cognitividade, cultura e normas de conduta e do direito. Demonstrando assim que o indivíduo não é um ser apriori, desvinculado da sociedade e das diversas comunidades em que está inserido. Pelo contrario sua identidade está em construção e é construída no interior de comunidades e de uma comunidade maior que é a comunidade humana.

    WANDERSON COELHO PINHEIRO 21031713

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  71. Charles Taylor é um filósofo comunitarista canadense que critica os conceitos de liberdade negativa de Isaiah Berlin, pois verifica que a liberdade negativa está inerentemente desvinculada de alguns preceitos básicos que a intervenção de instituições devem oferecer para que assim o indivíduo possa satisfazer suas condições de individualidade que tanto necessita.
    Taylor argumenta que a justiça na sociedade democrática deve sempre estar condicionada ao modo como se comportam a pessoas em comunidade como um todo, e não com John Rawls afirmava, que o indivíduo estaria fora das influências da sociedade, ou da comunidade que o cerca. O autor ainda insere a ideia de “hiperbem”, no qual o bem maior, ou seja, aquele social é construído não individualmente mas sim, de uma forma de amplo consagração social.

    Raul Shizuka - RA: 21035612

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  72. O principal conceito abordado por Charles Taylor em “What´s Wrong With Negative Liberty”, obviamente, é o termo liberdade negativa. Essa liberdade é entendida como a não interferência, ou seja, a possibilidade de o homem agir ser obstruído por outros.
    Dessa forma, na medida em que sou coagida a agir de certa maneira, a qual é estipulada como correta na sociedade onde vivo, por exemplo, implica-se que há uma interferência de outros indivíduos na minha liberdade. “Nós somente somos eus enquanto nos movemos em um certo espaço de questões, enquanto procuramos e encontramos uma orientação para o bom.”
    Assim, a liberdade negativa proposta pelos liberais é um ideal que protege a individualidade e promove iniciativa dos indivíduos. A liberdade negativa para Taylor relaciona-se com justiça no que cerne a questão da mesma não resolver o problema da coerção que sofremos, sendo assim, não garantindo liberdade.

    Cinthia Cicilio.

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  73. Taylor é um filósofo comunitarista e por isso prioriza a sociedade não o indivíduo. Em seu texto “What's wrong with negative liberty”, ele faz uma critica ao conceito de liberdade negativa proposto pelo Isaiah Berlin (filósofo liberal), porque os ideais defendidos por esse autor simplesmente não corresponde à verdade. muitas vezes o próprio indivíduo é incapaz de decidir o que ele quer e, mesmo se soubesse, tal liberdade poderia gerar o autoritarismo. O autor afirma que ser livre envolve autoconhecimento, autocontrole e juízo moral, o que se torna quase utópico, alcançados por poucos.
    Taylor defende que liberdade tem que ser entendida num contexto social, não pode ser hierarquizada pelo desejos individuais, é preciso que se determinem os bens comuns aos indivíduos de uma mesma sociedade.

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  75. Segundo o conceito de liberdade negativa, desenvolvido por Berlin, o indivíduo é livre quando ninguém, um homem ou um grupo deles, interfere no seu agir. Ou seja, a liberdade compreendida como ausência de coerção quase que total de coerção – que só existiria para não garantir que se interfira na vida de outrem.

    Taylor procura desconstruir a visão atomista de liberdade, onde há prevalência do indivíduo e suas liberdades fundamentais – base sobre a qual se apoia a teoria liberal -, o que torna impossível o processo de escolhas coletivas. Mas de maneira oposta, para ele, a sociedade cultiva bens que não podem ser reduzidos à vontade individual. A cultura de uma sociedade por si só justifica as concepções de boa vida adotada pelos participantes de uma sociedade. Neste sentido, não pode ser colocada como um bem individual, pois não pode ser garantida a uma pessoa antes de ser garantida um grupo de pessoas. O amor e a amizade se caracterizam por serem bens irredutíveis porque não podem ser reduzidos ao espaço individual, uma vez que devem ter caráter recíproco. È imprescindível que a sociedade democrática estabeleça uma concepção comum de bem, o que não é o mesmo que estabelecer uma concepção de bem comum.
    A crítica de Taylor ao conceito de liberdade negativa é que além de barreiras externas existem também barreiras internas à liberdade. Portanto ser livre exige certa doze de autoconhecimento e discernimento moral. Se não soubermos de nossas potencialidades torna-se impraticável afirmar que alguém seja livre.

    Michel Fagundes Ferreira RA: 21077212

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  76. Taylor faz uma crítica ao modelo liberal, e ao conceito de liberdade negativa de Berlin. Para Taylor, a sociedade é um fato importante a ser levado em questão, pois precede o indivíduo.
    O autor critica a visão de Bentham de liberdade, mostrando que o indivíduo não é a autoridade final na questão de saber se seus direitos são autênticos ou não, pois um indivíduo pode agir pelo medo ou por uma falsa consciência, por exemplo. Ele conclui que afirmar que isto nos leva a um totalistarismo, como afirma Berlin, é infundável, pois apresenta uma visão simplista, se esquecendo a importância das instituições sociais e a integração dos indivíduos em um contexto social e cultural específico.


    Fernanda Scarpelli - 21002313

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  77. Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
    Taylor faz uma critica a teoria sobre o que é a sociedade liberal, mas não chega ao ponto de afirmar, como os comunitários, que o liberalismo precisa ser rejeitado a favor de outra coisa. Ele aceita o liberalismo enquanto fenômeno cultural, mas rejeita a explicação do que é o liberalismo, pois uma coisa é a forma como a sociedade liberal vive, e outra coisa é o que a teoria liberal fala sobre essa sociedade.
    Ele critica noção de individuo corrente nas teorias liberais. Na teoria liberal o individuo é individuo mesmo, ele está separado da sociedade, a sociedade é exterior e posterior ao individuo. Taylor vai dizer que isso é uma abstração. O individuo na realidade está perpassado pela sociedade, pois ele tem um processo formativo que passa por um contato com a sociedade. Então as relações sociais importam na formação do individuo e as ações do sujeito sempre remetem a algo que não é só do sujeito.

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  78. Taylor, na realidade, aparece quase ao mesmo tempo que o Rawls, na linha cronológica de aparecimento dos pensadores.
    Seu porte intelectual é bem similar ao do Rawls, mas representa uma outra vertente, bem crítica, do pensamento liberal. Traz uma perspectiva de quem leu Marx, Hegel, Freud...
    O que caracteriza essa perspectiva?

    Para Kelsen, Nozick, têm características positivistas, ou seja, que satisfazendo determinados critérios pré-estabelecidos, dá pra falar sobre a realidade. Você consegue, dizendo da maneira que pensa, fazer o interlocutor entender. Se padronizarmos o sentido das palavras, se a sequência for certamente organizada, o interlocutor vai entender o emissor da mensagem.
    Ou seja, satisfazendo certas regras formais, dá pra fazer o mundo entender o que se quer dizer.

    Para Taylor, mesmo satisfazendo essas regras, conhecimento é outra coisa. Uma das exigências para que o olhar positivista valha, cada coisa tem que ser o que é. Nesse outro olhar, de Taylor, parte da perspectiva que não é verdade o que cada coisa é, pois as coisas são e não são ao mesmo tempo, e isso faz parte delas.
    Isso muda completamente a maneira como tratamos o nosso próprio conhecimento.
    Precisamos desse olhar que problematiza as coisas que estão sendo ditas sobre uma sociedade justa, e sobre o liberalismo.

    Taylor vai seguir uma corrente hermenêutica, que procura ter uma postura compreensiva dos comportamentos humanos, diferente da filosofia analítica. Estuda o homem como animal que atribui valores à sua própria existência.

    Aponta, ainda, três tipos de mal-estar:
    1. individualismo, ou desencantamento do mundo. decorre da visão liberal, se aparta da sociedade. Sendo um comunitarista, a identidade se dá na comunidade. Eis o problema da visão liberal!

    2. Prevalência da razão instrumental.

    3. Desengajamnto do self

    Ideal moral além do indivíduo: a dificuldade é achar um motivo pelo qual matar ou morrer, já que o indivíduo está acima de tudo.
    Ética da auteticidade ==> é ser fiel aos seus princípios, a si mesmo.

    Liberdade positiva vc negativa
    Positiva: ligada à autonomia, à necessidade de se autogovernar. (Rousseau e Marx)
    Negativa: ser livre sem que sua liberdade seja interferida por outras pessoas. (Hobbes)

    As diferentes identidades criam uma diversidade, mas sem integração. Isso poderia gerar um conflito. Para solucionar isso, ele propõe uma "política de reconhecimento"
    Ela consiste na importância do self, na identidade da esfera pública. Tentativa de evitar mascarar as opressões, explorações, das variadas identidades.

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  79. Taylor é um comunitarista que faz uma crítica a teoria de liberdade negativa e positiva, a qual Berlin defendia. Para Taylor, “uma associação de indivíduos, cada um dos quais tem uma concepção de uma vida boa ou válida e, correspondentemente, um plano de vida. A função da sociedade deve ser facilitar esse plano de vida o máximo possível e seguir algum princípio de igualdade”. O indivíduo é analisado dento de uma coletividade, ou melhor, a sociedade estaria acima do indivíduo.

    Lara Rodrigues Alves. RA: 21059313

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  80. Mesmo que muitos considerem Taylor como um autor comunitarista, vê-se que ele faz crítica ao conceito de liberdade negativa de Berlin e também ao modelo de sociedade liberal, e tão somente à esse modelo pois, ao contrário de muitos comunitaristas, ele consente com a "cultura liberalista" sem necessariamente aceitar o conceito de liberalismo, já que a forma em que uma sociedade vive pode em muito diferir com a teoria que uma ideologia prega.
    Também discorda com Bertham e sua visão de liberdade quando estes adotam o indivíduo como autoridade final sobre si, pois qualquer cidadão é influenciado em algum nível (por menor que seja) pela sociedade que está inserido e pelas culturas, tradições e crenças que o mesmo adotou em seu processo de formação quanto humano.
    Então podemos concluir que não há como aceitarmos a concepção individualista e simplista quanto a formação do indivíduo, as relações sociais, a sociedade e suas instituições, o contexto que o indivíduo está inserido e sua cultura exercem papel indispensável para a formação da identidade de uma pessoa.

    Samuel Alencar de Sena - 21048913

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  81. Vanessa da Paixão de Sousa RA: 21040113

    Taylor crítica a sociedade liberal, mas não faz o mesmo quanto as teorias liberais, pois para ele ambos tratam de coisas distintas. O liberalismo é considerado pelo autor como um fenômeno cultural, por outro lado ele não aceita o que a teoria liberal propõe para a sociedade.
    Para o autor as teorias liberais caracterizam um indíviduo como um ser isolado da sociedade, mas ele vai contra essa ideia, pois ele acredita que ver o indíviduo dessa forma é crer numa abstração, o individuo é constituido também pela sua vivência em sociedade, sua construção também depende desse contato. A sociedade tem um papel fundamental como formadora do indivíduo e as ações das pessoas constantemente referem-se a algo que não pertence somente a elas.

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  82. Jéssica Sandim Ramos - 21067313

    Taylor é também da vertente comunitarista, e deste modo busca entender as relações humanas em sociedade, por meio da análise dos indivíduos que se encontram inseridos na sociedade. Sociedade que usa conceitos liberais, ou seja, defende a ideia de que é preciso uma comunidade que se comunica para estabelecer um consenso. Sua tese baseia-se sobre um conceito de ‘linguagem’ e sobre uma visão de ‘self’ (que significa que o indivíduo).
    Ele ainda critica a ideia a respeito da modernidade e da ênfase dada ao individualismo. Taylor parece ditar o final do atomismo do indivíduo, demonstrando a dificuldade de assumir posições simplistas, ou seja, baseia-se a vontade e decisão do próprio individuo, este tem o controle das suas ações e o Estado tem sua atividade sobre a sociedade limitada.

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  83. Charles Taylor pode ser considerado um autor comunitarista, porém, em sua obra acaba unindo ideias liberais e comunitaristas. este autor possui as mesmas tendências do pensamento comunitarista de Walzer, Sandel, Habermas e outros autores. Taylor defende a teoria do coletivo, ou seja, a ideia de que os interesses coletivos possuem maior importância do que os individuais, assim acaba fazendo uma crítica aos liberalistas, que possuem uma tendência ao individualismo.
    Taylor também critica a teoria liberal negativa, proposta por Berlin, no ponto que diz respeito ao exagero na falta de limites ao progresso individual. Para o autor a ideia de que deve ser fornecido o máximo de espaço possível para que as pessoas consigam exercer suas liberdades individuais e que o governo só deve evitar casos prejudiciais extremos faz com que a concepção e a estrutura da sociedade humana, afastando-se da influência política, fiquem pífias no sentido de que não poderiam ser consideradas como evoluídas jurídica e moralmente. Também propõe a necessidade de uma análise do contexto histórico e da cultura de cada sociedade para determinar o bem comum, sendo que o Estado deveria respeitar as diferentes concepções de cada um.

    Cleiton Vicente Duarte 21009813

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  84. Taylor é um autor comunitarista que critica o modelo de liberdade liberal: o negativo. Para ele, os conceitos de liberdade positiva e negativa foram demasiadamente simplificados, inclusive pelos seus próprios defensores, de forma que a positiva frequentemente se relaciona com controle coletivo e a segunda com empecilhos físicos ou legais externos.

    Sugere, então um aprofundamento na conceituação desses dois tipos de liberdade, no qual a positiva se relaciona também com o autocontrole e a negativa com a oportunidade, considerando que para alguém ser livre, basta ter seu caminho desimpedido. Os impedimentos, entretanto, não são apenas externos, mas também interno. Assim, há necessidade de autoconhecimento, autocontrole e discernimento moral para que tenhamos liberdade. Ou seja, se uma pessoa não tem consciência das próprias potencialidades, é inviável afirmar que ela seja livre. Para exemplificar a diferenciação das duas liberdades, Taylor propõe a reflexão acerca de um ator bem sucedido que é viciado em drogas. Encontraríamos, nesse caso, a liberdade negativa, mas não a positiva.

    Ao analisar o modelo liberal, ele tenta demonstrar como a liberdade negativa gera uma hierarquização dos desejos, o que seria um indicativo para a necessidade de estabelecer bens comuns, pontuando um objetivo único a ser atingido e respeitado por todos cidadãos de uma determinada sociedade.

    Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511

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  85. Este comentário foi removido pelo autor.

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  86. Em suas teorias Charles Taylor argumentou existirem falhas nos dois extremos de pensamento, tanto na visão liberal negativa como na positiva. Definiu o comunitarismo como sendo a liberdade o primeiro deireito e componente essencial de cidadania, e fundamentou o liberalismo como direitos individuais e tratamento igual. O filósofo desenvolveu a possibilidade de se mesclar o liberalismo com o comunitarismo justificando que ambos são modelos de cidadania. Sendo assim, nessa sua proposta de junção dos dois ideais, Taylor propõe que mesmo que o sujeito esteja conscientemente inserido na sociedade, ele é aliado à defesa social dos valores liberdade e individualidade. Ele critica a liberdade negativa dizendo que os direitos individuais não são suficientes para que se estabeleça a justiça e também critica a insuficiência do argumento comunitarista de que a influência das comunidades na construção da justiça é de grande importância. Para ele a sociedade é anterior ao indivíduo e suas descobertas são em função da sua existência nos contextos culturais partilhados do seu convívio social.

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  87. Charles Taylor, diferentemente dos outros autores que tinha um posição mias definida quanta a defesa da liberalismo ou do comunitarismo, acredita que ambos os modelos exerçam a cidadania. No entanto, faz criticas a teóricos de ambos os lados.
    No caso do liberalismo, critica o atomismo ao acreditar que a sociedade é anterior ao indivíduo (descobre a função da sua existência s no convívio social), além de fazer uma critica especifica a Rawls quanto a abstração deste sobre o comportamento das pessoas em sociedade que acaba por distancia sua teoria da realidade, além de parecer caracterizar o homem como oportunista ao sempre ver o outro como simples meios possíveis pelos quais ele obtenha sua satisfação.
    Quanto a critica ao comunitarismo, o principal foco é a concepção de liberdade negativa elaborada por Isaiah Berlin ao identifica-la como extremamente individualista, que não consegue entrar em consenso quanto ao senso de justiça de todos, por ignorar que as concepções de bem de cada indivíduo estão ligadas à cultura e tradições que suas comunidades compartilham uma vez que o indivíduo sucede a sociedade. Além de que a ausência de impedimentos físicos ou obstáculos legais não é suficiente para que sempre se alcance a “auto-realização”, pois é possível falhar em algo devido fatores internos como medo, ignorância e falsa consciência (e auto enganação).
    Assim, com sua problematização, Taylor sustenta que mesmo um agente sendo incapaz de dar a palavra final de sua liberdade devido que nem sempre nós podemos fazer aquilo que realmente desejamos, se a sociedade for autenticamente autogovernada (vê-se aqui uma inclinação á liberdade positiva por parte de Taylor) seria mais fácil uma conciliação entre liberais e comunitaristas. Assim, determina a necessidade primeira de resgate da identidade do indivíduo, reforçando o multiculturalismo e o pluralismo através do reconhecimento, O reconhecimento está pautado em duas esferas: na intimidade, onde se constrói a identidade individual, e no âmbito coletivo, onde ocorre uma política de reconhecimento e consenso.

    Aline Guarnieri Gubitoso - 21001713

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  88. Charles Taylor é um autor candense, que é considerado comunitarista, mas sua obra possui as visões liberais e comunitaristas. Taylor coloca o coletivo acima do indivíduo e menciona a participação do Estado para uma maior cidadania, o que o leva a ser um autor comunitarista, e os elementos liberais presentes na obra estão relacionados com os direitos individuais de cada indivíduo.

    Taylor, parte da teoria de Berlin sobre Liberdade Positiva e Negativa, e afirma que o fato delas serem simplificadas acabam deteriorando as teorias, que passam a ser vistas como uma ausência de controle fiscal e legal para a liberdade negativa e, práticas de controle exercido pelo poder para a liberdade positiva. Em sua obra, o autor procura mostrar que o conceito de liberdade negativa não é possível, pois ela prioriza os desejos individuais.
    O autor afirma ainda que não se pode discutir o indivíduo sem discutir a sociedade. Uma sociedade justa é aquela que permite o cidadão escolher seu jeito de viver, e o cidadão é livre para escolher, mas deve fazer suas escolhas do jeito que se encaixe melhor a sociedade em que está inserido.

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  89. Charles Taylor assim como Isaiah Berlin afirma que existem duas liberdades, a negativa e a positiva, porém, segundo sua visão existe um limite estabelecido na liberdade de acordo com cada sociedade e as questões que a envolvem. Para Taylor a comunicação é primordial e quando feita de maneira correta possibilita ainda mais a liberdade e a justiça entre os indivíduos.

    O autor comunitarista acredita que o indivíduo tem a sua formação de acordo com seus valores, sua linguagem e a sociedade em que vive, e que a mesma deve reconhecê-lo como cidadão.

    Taylor acredita que a comunicação é prejudicada pelo individualismo e pela pluralidade que existe, pois para ele o cidadão deve ser inserido em uma sociedade que debata sobre certas questões em comunidade afim de se apresentar novos olhares para as discussões.

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  90. A crítica comunitarista de Taylor à concepção liberal
    de liberdade (negativa) propõe uma nova forma de ver a liberdade da vontade
    (chamada de positiva). As teorias da liberdade negativa simplesmente se
    baseiam num conceito de oportunidade (opportunity-concept). Esse conceito
    não envolve a capacidade de realização, uma vez que se aplica à liberdade
    (negativa) como ausência de obstáculos, que se explicita como o poder de fazer
    isto ou aquilo sem se deparar com impedimentos externos, de ordem física
    ou legal, para o exercício desta ou daquela ação possível. A questão torna-se
    mais complexa com o conceito de realização (exercise-concept), mediante o
    qual a liberdade implica, essencialmente, autodeterminação e controle sobre
    a pessoa do agente e da sua ação e, portanto, possui um valor intrínseco de
    realização e não simplesmente instrumental. Sem abandonar a importância
    do valor liberal da liberdade do indivíduo, Taylor propõe uma nova forma de
    ver essa liberdade: ela não reside no exercício de opções indiferenciadas, mas
    no exercício efetivo de capacidades, mediante a satisfação de certos desejos
    qualificados como autênticos. Somos livres apenas se nós fazemos aquilo que
    realmente queremos, a partir de nossos verdadeiros desejos, não viciados por
    obstáculos internos, em particular pela não autenticidade de alguns deles.

    Priscila Testa 21071413

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  91. A crítica feita por Taylor recai, assim como as críticas feitas pelos comunitaristas, no conceito de liberdade dos liberais que está sempre conectado com a independência do indivíduo frente a interferências de terceiros, sendo eles governos, corporações ou outros indivíduos. Ainda, quando as políticas de igualdade são criticadas pelos liberais, segundo o autor, esses carregam em mente um governo de esquerda totalitário, que restringirá em muito as liberdades individuais, ou seja, situações de liberdade positiva extremas. Há também a visão caricatural da liberdade negativa, baseada nas essências humanas promulgadas por Hobbes e por Bentham onde a realização PESSOAL só é dada individualmente.

    O contraste entre essas duas liberdades para Taylor está no fato de que enquanto os teóricos da liberdade positiva veem a liberdade como a possibilidade do controle das vidas, os teóricos da liberdade negativa veem a liberdade como a possibilidade da ação individual não sobre a vida de outros, mas sobre a própria vida.

    Taylor, no entanto, olhará não somente para as barreiras externas de um indivíduo, mas também para as possíveis barreiras da consciência, medos internalizados pelo ser, por exemplo. De nada adiantaria, portanto, haver liberdade para o ser humano se ele não soubesse que é livre ou que tem potencial para o ser.

    Como conclusão, Taylor se coloca entre os liberais e os comunitaristas afirmando que deve haver sempre um diálogo entre a identidade individual e aquela criada e reconhecida coletivamente.

    Stefanie Gomes de Mello
    21014113

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  92. No ensaio What's Wrong With Negative Liberty, Charles Taylor tece uma análise sobre o conceito de liberdade a partir das liberdades positiva e negativa de Isaiah Berlin, demonstrando que os conceitos sobre as duas liberdades propostas se diferem significantemente da pretendida por Berlin. Estas se apresentam por demais simplificadas e não apresentariam uma forma concreta quando inseridas na realidade, principalmente a liberdade negativa. Na concepção do autor, a liberdade positiva possui a noção de um “exercício conceitual”, pois envolve essencialmente o exercício do controle sobre a vida do outro, enquanto a liberdade negativa depende de uma “oportunidade conceitual”, onde ser livre é uma questão do que podemos fazer e o que no que somos livre para fazermos, seja fazendo ou não qualquer coisa para praticar estas opções. Taylor aponta que cada teoria de pensamento parece ser vista de seus extremos, na qual denomina uma "caracterização extrema" sobre certas teorias. Mesmo em correntes ditas opostas há concepções parecidas, assim como há grande discrepância entre teorias que supostamente se mostrariam parecidas. Em sua crítica ao atomismo (i.e. individualismo), identificado dentro das teorias do liberalismo, como a do Contrato Social, o indivíduo é considerado anterior à sociedade, porém Taylor demonstra que não é possível haver o indivíduo sem que este esteja atrelado à sociedade. Portanto, assim como os demais pensadores denominados comunitaristas, a importância do indivíduo como ser coletivo é assinalada pelo autor, bem como a importância da identidade própria de cada um.

    Marina Gazinhato Neves RA: 21055713

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  93. Charles Taylor, filosofo canadense, retomara os conceito de "liberdade positiva" e "liberdade negativa". Na sua discusao avançara para a questao da autenticidade do individuo e a partir dai discutira a questao da politica de pertencimento.
    Perece razoavel crer que Taylor defendia que para o individuo ser livre, seria necessario que fosse imposta uma liberdade positiva, para concientizar os individuos das imposiçoes que foram feitas, para so depois permitir a liberdade negativa.
    Teria que afastar o individuo de sua realidade para ele poder enxerga-la e muda-la.

    Rebeca Polanowski Hammel - RA: 21042013
    email: polanowski.rebeca@gmail.com

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  94. Taylor, em sua teoria comunitarista, critica as falhas do conceito de liberdade negativa, isto é, a autonomia máxima perante a sociedade e que propõe que os desejos do indivíduo não sofram nenhum tipo de intervenção, o qual fora apresentado por Berlin. Para ele, a liberdade individual deve ser mantida; entretanto, ela não deve sobrepor-se aos interesses do coletivo. Para sermos vistos como indivíduos precisamos pertencer à uma sociedade. O autor acredita que o indivíduo tem a sua formação baseado em seus valores, sua linguagem e a sociedade em que vive, e que a mesma deve reconhecê-lo como cidadão.


    Bárbara B. P. Cabrino RA 21071113

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  95. Charles Taylor é frequentemente chamado de comunitarista, porque ele enfatiza a natureza social do indivíduo e as obrigações que os indivíduos tem com a comunidade em que vivem. No entanto, Taylor é difícil de esquadrinhar em qualquer escola filosófica que seja. Influenciado por Martin Heidegger, Taylor tem uma visão hermenêutica sobre seus estudos nas ciências sociais, ou seja, ele tem uma visão de compreensão e cognição humana centrada na decifração de significados, contrária à visão do positivismo, que necessita de definições claras para tirar conclusões.

    Taylor discorda completamente da ideia a qual se baseiam a as teorias liberais que levam em conta o contrato social, sobre o sujeito preceder o nascimento da sociedade. Ele chama este conceito de atomismo e o considera impossível, defendendo que o indivíduo é dependente da comunidade, que os direitos individuais são naturalmente ligados às obrigações e respondsabilidade moral que todos têm com a sociedade em que vivem. Portanto, não existe um "self" autossuficiente. Necessitamos do "sense of belonging".
    Na perspectiva de Taylor, o "sense of self" - ou esta percepção de si mesmo, de identidade própria - não pode ser alcançado sozinho, pois somos dependentes do reconhecimentos por parte de outros para nos sentirmos realizados.

    Apesar do apelido de comunitarista, Taylor faz objeções à ambas as correntes liberais, porque apresenta uma perspectiva mais bilateral na relação indivíduo-sociedade. Na estruturação do conceito de bens sociais, ele aponta a importância da cultura e coloca que a escolha de bens é sim individual - e deve ser, preservando a liberdade individual e sendo fator importante na definição dos superbens da comunidade -, contudo, a tradição na qual o indivíduo está inserido influencia e justifica suas concepções individuais de bem. Portanto, a ligação entre indivíduo e sociedade se dá com esta influência e justificação mútua na tradição de uma comunidade, cujo objetivo é a melhor compreensão do exterior, a fim de compreender melhor o si mesmo.


    Victor Sant'Anna Debone - RA 21042312

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  96. Charles Taylor, considerado um dos principais filósofos políticos modernos, desenvolveu sua teoria da justiça dentro da tradição comunitarista. Essa teoria passa pela existência de três tipos de mal-estar da sociedade:

    O individualismo - que faz com que o homem moderno se volte cada vez mais para seu projeto individual, que, por sua vez, não apresenta conexão com algo além do indivíduo, como um projeto maior além de sua existência, por exemplo;
    A prevalência da razão instrumental - na qual os indivíduos se utilizam da razão para usarem outras pessoas como meio para a realização de seus projetos indivuduais;
    E o desengajamento do self - que se relaciona com o individualismo à medida que trata do distanciamento das pessoas de questões políticas importantes para a vida da sociedade em geral.

    Apesar de sua crítica ao individualismo, Taylor não nega a importância do indivíduo. Contudo, em sua teoria, o indivíduo tem um ideal moral maior que seu projeto de vida particular. Nesse sentido, a ética da autenticidade é aquela que os indivíduos livres praticam para realizar sua auto-satisfação dentro de um projeto maior, que pode ser o projeto da comunidade, uma vez que o sentimento de pertencimento a um determinado grupo atua de forma ativa na construção da identidade dos indivíduos e na determinação de seus projetos morais.
    Essa liberdade a que o autor se refere não seria aquela com sentido negativo, entendida apenas como a ausência de obstáculos (externos), nem aquela com sentido positivo, em que os indivíduos se autogovernam, pois, considerando que os indivíduos tem sua identidade moldada também a partir da comunidade, é impossível afirmar a inexistência de fatores internos de influência, assim como é possível afirmar que as pessoas, por si só se governam, desconsiderando, assim, a influência da tradição em que vivem.
    Essa liberdade que os indivíduos têm para buscar sua autorealização pautados pela comunidade faz com que surjam diversas identidades de grupo diferentes, o que por sua vez, dará origem ao multiculturalismo.
    Taylor dá grande importância ao multiculturalismo, pois em sua concepção afirma que tanto a igualdade extrema, quanto a desigualdade tem seus problemas, sendo que a última, pode, inclusive causar conflitos na sociedade. Dessa forma, a existência de comunidades diferentes é importante à medida que, entre elas, haja uma política de reconhecimento.
    Tal política consiste no reconhecimento de um grupo por outro, a fim de promover não somente o reconhecimento - que pressupõe um certo afastamento - entre eles, mas também a integração. “Due recognition is not just a courtesy we owe people. It is a vital human need.” (TAYLOR, s/d, pág. 26).
    Assim, tanto a política do reconhecimento quanto a ética da autenticidade são componentes fundamentais de uma sociedade justa na visão de Taylor.

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  97. Charles Taylor define que o comunitarismo define a participação do governo tendo a liberdade como pré-requisito, componente fundamental da cidadania. Diferentemente do liberalismo, que fundamenta suas bases nos direitos individuais e no tratamento igualitário.
    Taylor faz a defesa da necessidade de uma busca de um bem comum, e para isso faz a crítica do modelo liberal de liberdade: a liberdade negativa. Por isso, o autor refuta tal tese, admitindo que ela admite a falta de quaisquer obstáculos físicos ou legais. Taylor propõe então, que ser livre não é tão somente fazer o que quer.
    Em sua teoria, Taylor busca o resgate da identidade do indivíduo. Sendo assim, o autor tenta resgatar a ideia de “self”, que segundo ele, foi completamente destruída pela modernidade, tornando assim os indivíduos despidos de identidade. Taylor acredita, que a sociedade é anterior ao indivíduo, pois, este é constituído por fins que não escolhe. Surge então um problema: como os indivíduos seguiriam tais fins? Para Taylor, tal indivíduo descobre em função do seu convívio social.
    Em suma, Taylor tem a preocupação de estudar como podemos defender e manter uma sociedade que valorize a liberdade, a autenticidade e a autonomia sob as circunstâncias determinadas pelo pluralismo.
    Matheus França

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  98. Taylor pode ser classificado como comunitarista, ele critica a maneira como Berlin defendia a liberdade negativa e positiva, para ele o indivíduo não pode ser analisado em sua objetividade e subjetividade sem antes ser visto em qual realidade ele se insere. Para o autor para uma sociedade ser considerada justa precisa respeitar a liberdade do indivíduo de poder optar pelo seu próprio modo de vida. O autor também apresenta a teoria do “hiperbem” que visando evitar imposições e dar liberdade ao indivíduo, é construído esse estado embasado no bem comum.

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  99. Este comentário foi removido pelo autor.

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  100. Alan Ferreira dos Santos RA: 21065813


    Taylor é um filósofo comunitarista que crítica a concepção liberal de que os indivíduos não são suficientes para que se estabeleça uma concepção de justiça, mas ele também crítica a insuficiência das comunidades na construção da justiça, ou seja, para ele, tanto o comunitarismo quanto o liberalismo são dois modelos de cidadania. Porém, o comunitarismo defende a participação no governo tendo a liberdade como pré-requisito, como um componente essencial da cidadania. Já o liberalismo fundamenta-se nos direitos individuais e no tratamento igual.

    Ele defende dois tipos de liberdade, a positiva e a negativa, de um lado, há os
    defensores da liberdade negativa que atacam os que defendem a liberdade positivo, e do outro lado, os defensores da liberdade positiva atacam seus opositores imaginando que todos esses defendem que a liberdade é a pura e simples ausência de obstáculos.

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  101. De acordo com o a teoria de Taylor, a liberdade individual deve ser respeitada, entretanto, esta não deve se sobrepujar aos interesses coletivos. Para o autor, para sermos vistos como indivíduos precisamos pertencer à uma sociedade, de uma coletividade. Charles irá criticar a ideia de liberdade negativa proposta por Berlin pois, para ele, essa é uma noção totalmente imprópria sobre o que é a liberdade. A liberdade negativa, segundo Taylor, hierarquiza os desejos individuais. Muitas vezes nem mesmo o próprio indivíduo é capaz de decidir o que ele quer. É necessário, aponta Taylor, que se determinem bens comuns aos indivíduos de uma determinada sociedade, levando em consideração o contexto histórico e cultura específicos.

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  102. Charles Taylor se mostra crítico a idéia de individualismo, ou seja, o individuo se colocar anterior à sociedade. Taylor, em sua obra diz que o a sociedade tem que ser pensada antes.
    O autor defende a política do bem comum, ele se preocupa em estudar ou encontrar uma maneira de se ter uma sociedade livre, em que a intervenção do Estado não fosse necessária, uma sociedade autônoma e autentica sob as circunstâncias impostas pelo pluralismo.

    RA: 21086213

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  103. Charles Taylor parte de uma analise do indivíduo inserido na sociedade para expandir e entender o conceito de liberdade, que orienta as sociedades liberais atuais.
    Taylor é um filósofo comunitarista, colocando o coletivo acima do indivíduo. Defende que a Liberdade individual não pode estar com maior importância em relação aos interesses da sociedade.
    Para defender o bem comum há a necessidade de uma sociedade democrática, Taylor diz que a justiça se relaciona com o modo que as pessoas se comportam em sociedade e não como um “eu” que se distancia da realidade, já que para Rawls, o indivíduo estará desprendido da comunidade.

    Rodrigo Ferreira Gomes - RA: 21044113

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  104. Taylor questiona o sistema liberal, no qual a esfera individual é preponderante, superior ao coletivo.
    Segundo ele, se hoje valorizamos o individual ao coletivo, isto está ligado ao contexto histórico e cultural, influente na construção do indivíduo e seu posicionamento diante das situações do dia a dia.
    Segundo Taylor, as teorias liberais (atomistas), reduzem a importância dos bens compartilhados coletivamente, pois vê a sociedade como uma composição de pessoas, cada qual com sua concepção de bem, é muito difícil portanto determinar escolhas em coletivo.
    O autor considera a criação de uma concepção comum de bem essencial para se ter, efetivamente, uma sociedade democrática, visão semelhante à de Berlim.

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  105. Após ler o texto "What´s Wrong With Negative Liberty", Philosophical papers, v. 2, pp. 211-229 (Cambridge, 1985), disponível no blog da matéria, tenho a comentar que a diferença da teoria política do filósofo Charles Taylor está no fato de que ele intercala o liberalismo com o comunitarismo.

    No texto deixado para que fizéssemos este comentário, Taylor faz uma avaiação das ideias de Liberdade Positiva e critica a Liberdade Negativa de um outro autor conhecido pelo nome de Isaiah Berlin e abordado na matéria durante o decorrer da disciplina, que consiste basicamente na possibilidade de se realizar o que deseja sem que haja a interferência de outras pessoas.

    Taylor enxerga a sociedade como sendo “uma associação de indivíduos, cada um dos quais tem uma concepção de uma vida boa ou válida e, correspondentemente, um plano de vida. A função da sociedade deve ser facilitar esse plano de vida o máximo possível e seguir algum princípio de igualdade”.

    Lucas do Vale Moura R. A. 21078813

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  106. Taylor, canadense e comunitarista defende que as diferenças devem ser consideradas e diz que devemos dar uma maior atenção aos interesses de um todo em sociedade como aos individuais.

    O contexto social ao qual se está inserido influencia na formação de identidades tanto grupais, quanto individuais. Para ele o bem comum é primordial e deve sobrepor o individual.

    Se opõe as liberdades apresentadas por Berlin, principalmente no que tange à liberdade negativa. Mas não deixa de assumi-las. Não concorda com o posicionamento que aponta o individual antes do coletivo. A linguagem, de acordo com o autor, faz com que determinados valores sejam postos em sociedade.

    Camila Luna Mendes - 21078513

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  107. Taylor constrói uma critica baseada no modelo liberal de liberdade que seria a liberdade negativa, que se baseia na ideia simplificada relacionando o indivíduo apenas a obstáculos externos, desconsiderando, portanto, diversos aspectos tais quais a consciência, o controle e repressão. Critica também o conceito de liberdade positiva, que traz a concepção de que a liberdade consiste no controle coletivo sobre a vida comum, impedindo que o próprio indivíduo tenha controle sobre sua vida.
    Para Taylor, a liberdade positiva deve se relacionar com a capacidade de se executar algo e o autocontrole envolvido no esforço do indivíduo para alcançar tal objetivo. Já a liberdade negativa relaciona-se com a liberdade que o indivíduo tem para alcançar certa meta sem que exista interferência nas oportunidades que haveria para se conseguir realizar tal meta.
    Taylor levanta e discute a importância relacionada ao indivíduo ser capaz de reconhecer tanto sua própria identidade, mas também levando em consideração a comunidade em que está inserido. Com essas ideias, ressalta também a necessidade de que se haja uma concepção de bem comum, pois para Taylor não se pode considerar somente a concepção do indivíduo, uma vez que ele não pode ser concebido separadamente de sua comunidade, costumes e tradições construídas ao longo do tempo.

    Giovanna F. Chrispiano
    RA: 21005013

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  108. A partir de uma análise hegeliana do debate liberal sobre a justiça, Charles Taylor encontra alguns pressupostos dos argumentos para justificar a liberdade do indivíduo como infundados. Taylor entende que a identidade do indivíduo se dá nas relações que ele exerce com a comunidade, e não somente no próprio indivíduo, ou seja, ele deve olhar para a coletividade para procurar a si mesmo. O outro em si.
    O liberalismo erra, por exemplo, quando os contratualistas imaginam o estado da natureza como indivíduos que em algum momento decidem formar uma coletividade. Segundo Taylor, desde a primeira coletividade que o indivíduo se insere (a família) ele é moldado por ela, e ele molda ela.
    Embora a teoria do Taylor não traga nenhum princípio normativo, ela nos diz que a própria teoria muitas vezes adequa a realidade a ela, porém, ela deve-se permitir o caminho reverso: a realidade adequar ela. O exemplo mais fácil de vermos isso é o marxismo enquanto teoria política: a visão leninista interpreta uma série de medidas violentas que não reproduziram o resultado esperado na realidade, e neste momento, alguns marxistas moldaram suas teorias para uma concepção mais pacifista e democrática, como por exemplo a filósofa alemã Rosa Luxemburgo.

    Lucas Falcão Silva – 21009113

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  109. Taylor é um comunitarista que em seus escritos tenta entender melhor as relações entre os indivíduos dentro de uma sociedade, colocando a sociedade acima do indivíduo. Segundo o autor, o indivíduo só percebe que é um indivíduo quando tem o conhecimento, a consciência de estar inserido dentro de uma sociedade, para então podermos estabelecer seus direitos e deveres. A expansão destes conhecimentos acerca da liberdade é preciso, antes de tudo, um conhecimento anterior ao indivíduo.
    Ele critica a ideia de “liberdade negativa” proposta por Berlin, sendo esta uma versão indefensável e simplista (tomando ela como exercício) de liberdade, sem tomar conta das barreiras sociais internas de um indivíduo dentro da coletividade. Taylor ainda afirma ainda que o conceito de liberdade negativa de Berlin é impossível.
    Tanto o comunitarismo como o liberalismo garantem condições para o exercimento da liberdade, da igualdade e da democracia. Ele acredita que o indivíduo forma-se de acordo com seus valores, a linguagem e o meio social em que vive, de forma que a própria sociedade o reconhece como cidadão e deve assegurar sua liberdade e a pauta da justiça, não só a ele, mas a todos os que se identificam neste meio.

    Vinícius Chinedu de Oliveira - 21058413

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  110. Charles Taylor em “what is worng with negative liberty” se opõe tanto a ideia de liberdade negativa quanto a de liberdade positiva. O autor afirma que existem três tipos de mal estar em nossa civilização: o individualismo, a razão instrumental e o desengajamento do self. O indivíduo sofre por estar separado de um todo e pela dificuldade de significar sua própria existência. Na tentativa de solucionar este problema, ele propõe a ética da autenticidade, uma identidade que afirme a si mesma e esta só pode ser realizada plenamente a partir de uma politica de reconhecimento (opondo-se à política da universalidade e da diferença). O filósofo também defende o multiculturalismo como solução destes três males, o reconhecimento seria uma maneira de trabalhar os conflitos existentes entre as diferentes identidades colocando-as em diálogo e reconhecendo estas diferenças como expressão legítima da diversidade humana e que merecem ser respeitadas.

    Jamile Queiroz Gomes - RA: 21047113

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  111. Charles Taylor faz é um autor comunitarista e como tal se põe contra as concepções liberais. Taylor ataca a noção de “liberdade negativa” de Berlin atentando para o fato de que cada indivíduo possui suas barreiras internas, este não sabe ao certo o que quer, tal tipo de autoconhecimento é raro. Sendo assim, a liberdade negativa só é possível de ser aplicada para com indivíduos abstratos.
    Enquanto o contrato rawlseano coloca que os indivíduos são anteriores à sociedade, elaborando acordos para formula-la com objetivos específicos; Taylor coloca que o indivíduo é moldado pela comunidade, sendo então posterior à ela.
    Levando em consideração os contextos culturais, é possível tratar todos de forma desigual visando uma igualdade real. A igualdade formal que o liberalismo defende é aqui atacada, descartada.

    Lucas A. S. Mascaro 21073913

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  112. Charles Taylor é um autor comunitarista contemporâneo de Rawls nascido no Canadá. A visão de Taylor foge da "tradição positivista" de autores como Kelsen, Berlin, Nozick, etc., que, segundo ele, esse método simplifica demasiadamente o conhecimento humano. Taylor acredita que não se pode explicar e satisfazer determinados critérios pré-estabelecidos pois "as coisas" vão além da nossa capacidade de entender e, quanto mais, expressá-las em palavras.

    Crítico do individualismo do liberalismo pois entende que o ser humano só encontra sentido nos seus atos e na sua vida se se movimentar uma comunidade caracterizada por uma cultura, instituições e línguas compartilhadas. Para ele, o individualismo não é saudável para a Justiça pois denota uma ação inarticulada na sociedade que gera rivalidades entre os membros que, por sua vez, levaria a humanidade de volta para o relativismo moral.

    O individualismo na modernidade ocidental leva ao mal-estar dos indivíduos, que Taylor definiu em três tipos:
    >>>Individualismo:
    O indivíduo-mundo por lhe faltar uma identificação com a comunidade fica com a postura de desencantamento do mundo. Desprovido de identificação com a comunidade, o indivíduo perde sua própria identificação e sentido de vida.
    >>>Prevalência da razão instrumental:
    A desumanização, ou ainda coisificação, do outro leva a ver-se os outros indivíduos como meros meios para suas metas.
    >>>Desengajamento do Self:
    Por estar-se desligado à comunidade, não há engajamento do indivíduo na política. Ao extremo, há a dificuldade em saber-se o que vale a pena viver e lutar.

    Taylor defende a Ética da Autenticidade que consiste de ser fiel a si mesmo, mas com políticas de reconhecimento ao outro. O crescente multiculturalismo nas sociedades pode tender a ocorrência de conflitos. O fato de a dignidade ser baseada somente no Direito não permite uma igualdade entre os membros da sociedade.

    As políticas de reconhecimento permitiria evitar mascarar distorções e explorações entre pessoas.

    Nome: EWERTON SOUZA MELO
    RA: 21024013

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  113. Charles Taylor não propõe a criação de uma nova teoria de Justiça, mas um debate sobre o liberalismo e a concepção dos indivíduos sobre o sistema liberal. Buscando por meio da história compreender as relações sociais.
    A sociedade é a responsável por atribuir caráter ao indivíduo, sendo condição para ser indivíduo estar inserido em uma sociedade. Demonstrando que a concepção de indivíduo, para Taylor, é coletiva, se tornando nítidos os limites do liberalismo individual. Sendo seu entendimento de sociedade: “uma associação de indivíduos, cada um dos quais tem uma concepção de uma vida boa ou válida e, correspondentemente, um plano de vida. A função da sociedade deve ser facilitar esse plano de vida o máximo possível e seguir algum princípio de igualdade”
    Taylor em seu artigo critica também a liberdade negativa de Isaiah Berlin, sendo relativa a falta de limites no progresso individual, referindo-se a questão de oferecer-se pleno espaço para o exercício das liberdades pelos indivíduos, e a intervenção estatal deve ocorrer somente em casos excepcionais, resultando em uma teoria de direito não evoluída tanto moralmente quanto juridicamente.

    Deyvisson Bruno, 21004513

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  114. Taylor é um autor crítico as ideias liberais. Passando pela liberdade positiva e negativa vista em Berlin anteriormente no curso, o autor critica a negativa a partir do momento que as pessoas não se conhecem totalmente, há barreiras internas do indivíduo em relação a sociedade, as pessoas são diferentes. Sendo assim, a liberdade negativa de Berlin não se faria possível à visão de Taylor.
    O comunitarismo qual se insere o autor seria a garantia de liberdade, igualdade e democracia, sendo que é a o senso coletivo que engloba os indivíduos que acabam por moldá-los.

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  115. Taylor é - assim como os últimos autores analisados – adepto da concepção comunitarista.
    A construção do indivíduo encontra-se na sociedade, o sentimento de pertencimento é fundamental para a autoafirmação. Assim, o interesse do coletivo se sobrepõe aos interesses do indivíduo. A sociedade democrática ao defender os direitos comuns, interfere e auxilia na construção da identidade dos indivíduos. Taylor dessa forma critica a sociedade liberal, e o conceito de liberdade negativa.
    Para o autor não há que se fazer uma abstração da realidade, mas uma compreensão do indivíduo como um ser coletivo, necessitando por isso, analisa-lo em seu contexto social e histórico.

    Cibele Nogueira 21065713

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  116. Jéssica Santos Rodrigues de Souza 21036512
    Taylor é visto como um comunitarista, ele coloca que o ser humano é social, assim sendo, ele possui obrigações com a sua sociedade.
    Ele não acredita na liberdade negativa de Berlin, pois para ele, não pode existir essa liberdade ilimitada onde o indivíduo pode agir como bem entender sem nenhum tipo de intervenção, pois isso poderia gerar ações contrarias aos direitos da comunidade. Ele também é contra a liberdade sendo completamente suprimida (liberdade positiva), pois o individuo deve ter seus direitos respeitados desde que não interfiram com os direitos de outras pessoas.

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  117. Taylo tem uma ideia de que a sociedade é precursora do indivíduo e não o contrário (opinião que pode ser relacionada, de forma antagônica, com algumas obras de intelectuais como Castells, na sociologia). Ele defende o direito como sendo o fruto da necessidade social e não das vontadades individuais de seus pertencentes. Taylor critica, também, o autor Isaiah Berlin e suas ideias voltadas ao individualismo e a dificuldade, por conta dele, de encontrarmos uma homogeniedade nas ações sociais. Taylor critica tais ideiais e deixa a linguagem como uma forma de explicar que o processo da coletividade jurídica deve ser construída pela sociedade sem interferência do individualismo pois assim como fala-se uma mesma lingua, e se faz ser entendida por ela, poderia ocorrer o mesmo no direito, onde não leva-se-ia em conta o individualismo mas ainda assim faz-se-ia entender por aqueles que estes regem.

    21057013

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  118. Charles Taylor parte de uma analise do indivíduo inserido na sociedade para expandir e entender o conceito de liberdade, que orienta as sociedades liberais atuais.
    Taylor é um filósofo comunitarista, colocando o coletivo acima do indivíduo. Defende que a Liberdade individual não pode estar com maior importância em relação aos interesses da sociedade.
    O indivíduo é livre no sentido de não possuir barreiras para concretizar seus desejos, mas deve ser capaz de escolher os meios que melhor se encaixem à sociedade que se encontra.

    RA: 21051713

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