APRESENTAÇÃO

Há uma ideia que é hoje consenso entre quase todos os teóricos da Filosofia Política. Todos chegaram a conclusão que o Socialismo, com sua proposta de estabelecer um modelo de relações econômicas entre as pessoas baseado na supressão da propriedade particular e de arranjos políticos fundamentados na igualdade política, acabou. E com isso, também entrou em
colapso a ideia de uma democracia igualitária. Somente dentro de algumas gerações, talvez, a humanidade encontrará energia para voltar a propor um modelo alternativo de pensamento político. O fato é que hoje, somente temos uma visão hegemônica para os arranjos políticos e econômicos. A democracia liberal, com sua proposta de economia de mercado e institucionalização da liberdade, venceu.
A hegemonia do pensamento liberal põe, entretanto, um grave problema para os intelectuais. Isto é, na falta de um pensamento alternativo, como fazer a crítica da democracia liberal? De uma forma geral só nos resta como caminho, a via das críticas menores, das pequenas escaramuças, incursões ofensivas parciais e ficamos perdidos no chamado cinturão de proteção e nos ataques às teses secundárias que protegem o miolo, o ‘hard core’, do pensamento democrático liberal.
O debate na Filosofia Política, entretanto, não chegou ao seu fim. E a busca pela grande objeção capaz de acertar o centro do pensamento liberal se torna cada vez mais intensa. Nesse esforço, os intelectuais tem encontrado inspiração na retomada das grandes questões fundamentais do espírito humano.
O fato é que existem dois conceitos que, desde a origem da chamada civilização ocidental e cristã, estiveram na agenda das preocupações intelectuais das pessoas e foram objeto de muitas investigações. Trata-se das idéias de Verdade e Justiça. O que é a Verdade? Em que condições o nosso conhecimento pode ser considerado verdadeiro? E ainda, o que é a Justiça? Quando é que nossas ações podem ser consideradas como justas? Conhecer e Agir; idéias e ações; epistemologia e ética, parecem expressar duas dimensões importantes da existência humana.
O conceito de Justiça tornou-se particularmente importante desde o início do século XX. E os parâmetros do debate contemporâneo sobre Justiça foram estabelecidos por Hans Kelsen. Na sua obra "Teoria Pura do Direito", Kelsen alega que a discussão sobre a Justiça não pertence ao mundo das discussões da Ciência do Direito. Entretanto, ele constrói toda uma teoria da Justiça. Ocorre que, num primeiro momento, a "Teoria Pura do Direito" e as possibilidades de uma Ciência Positiva do Direito, ocupam os debates na Filosofia Política do início do Seculo XX. Posteriormente, as idéias de Kelsen sobre a Justiça ocupam o cenário dos debates, posto que não se consegue entender o Direito somente através de uma Ciência Pura do Direito. Nós precisamos da ideia de Justiça. Por outro lado, o conceito de Justiça pode ser entendido a partir de reflexões sobre o indivíduo, ou de considerações sobre a sociedade. Isto é, a Justiça pode se expressar na preservação da liberdade dos indivíduos, ou na construção das condições de uma vida social bem sucedida. É nesse sentido que vem o debate entre Liberais (Isaiah Berlin, John Rawls, Robert Nozick, R. Dworkin) e os Comunitaristas (M. Walzer, M. Sandel, J. Habermas e C. Taylor).

"Teorias da Justiça" e uma disciplina com a qual se pretende introduzir os alunos nesse debate.

sábado, 26 de julho de 2014

6. A JUSTIÇA COMO EQÜIDADE


Caros alunos,
Após realizar a leitura do texto: "Uma Teoria da Justiça", de John Rawls; CAPÍTULO I – Idéias intuitivas fundamentais da teoria da justiça: PARÁGRAFOS 1 – 4; CAPÍTULO II – Dois princípios de justiça para instituições: PARÁGRAFOS 11 – 17; CAPÍTULO III – Inteiro; CAPÍTULO IV – A Liberdade igual: PARÁGRAFOS 33 – 35; O Significado da prioridade da Liberdade e a interpretação Kantiana: PARÁGRAFOS 39 – 40.
Disponível em:
e examinar o material

The Tudors - Rawls - Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=n7J8A635PiA

The Tudors - Rawls - Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=ArsIM0--r0s

Diálogo sobre cotas: http://www.youtube.com/watch?v=9GCBwHqkK2A

e
e
elabore um comentário e envie para postagem no Blog. Vc. tem até as 24hs. do dia 28 de julho, segunda-feira,  para realizar essa tarefa.

Grupos: 

130 comentários:

  1. Após analisar o material disponível dividirei o comentário em duas partes: uma para analisar o documentário ''The Tudors'' sob uma perspectiva da teoria de Rawls e a outra para debater sobre políticas afirmativas.

    O documentário expõe situações que nos permite debater as teorias que vêm sido tratadas até o exato momento do curso, no que diz respeito à justiça. Na primeira parte é mostrada a execução de um nobre, aparentemente fruto de uma conspiração contra este, que se vê incapaz de se proteger perante uma ameaça legitimada por um aparato jurídico legal. Neste caso foi feita justiça? Aparentemente não. Kelsen nos explica que o sentimento de justiça não possui nenhuma ligação às leis de uma nação. Nesse caso, de fato a justiça parece não ter sido concebida e as leis serviram apenas como um meio para a manutenção daqueles que possuem o poder. Em uma segunda parte, vemos um tipo de ''contrato social'' fadado ao erro, pois segundo a teoria de Rawls neste momento, os homens signatários do contrato devem estar sob um ''véu de ignorancia'' ou seja, livres de ideossincrasias,ideologias, além de estabelecerem o principio da justiça como equidade. Isto é algo que não ocorre no ''contrato'' mostrado no documentário, uma vez que individuos o assinaram apenas para satisfazerem seus objetivos pessoais que lhes trariam privilégios sob os demais.

    Ainda sob a perspectiva de Rawls podemos analisar as políticas afirmativas, como as cotas, por exemplo. Em sua teoria ele estabelece o princípio de que em uma sociedade justa e livre, aqueles que são desprovidos de recursos para competir igualmente com outros individuos, devem ser auxiliados de alguma forma. Ou seja, as desigualdades provenientes da vida em sociedade devem ser amenizadas o máximo possível. Se o objetivo das cotas é aumentar o acesso de individuos desprovidos de recursos à universidades, por exemplo, afim de se amenizar as desigualdades, esta constitui uma política justa. Em contrapartida há aqueles que não acreditam que essas políticas ocasionem uma maior igualdade de fato. Estes acreditam que o Estado não deve interferir na vida dos cidadãos, e que neste caso só serviriam para aumentar ainda mais as desigualdades. Acredito que as oportunidades devem ser dadas de forma igualitária aos cidadãos, e como de fato isso não ocorre, creio que cabe ao Estado propor políticas que ajudem a diminuir as desigualdades sociais, pois para uma pessoa que vive em condições precárias, obrigada a competir no sistema capitalista atual, é muito difícil sair da inércia.

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  2. Sara Aparecida de Paula RA:21041713
    Há a exigência de se viver em uma sociedade que promova valores básicos que permitam um estilo de vida aceitável, diminuindo as desigualdades. Os bens primários são liberdade, oportunidades e riqueza. Mas como promover a liberdade e a justiça social na sociedade?

    Através da:

    -Igualdade na distribuição de direitos e deveres;

    - e favorecer uma distribuição equitativa de riqueza;
    (desigualdades econômicas só são aceitáveis se trouxerem vantagens para todos, por exemplo, duas sociedades, 1 todos são pobres, na sociedade 2 há desigualdade de distribuição, porém os pobres vivem melhor do que na sociedade 1);

    Rawls , em sua Teoria da Justiça como equidade, tenta conceber uma forma de formar um contrato social que respeite a liberdade e promova a igualdade, com a cooperação social caracterizadas por uma situação de igualdade democrática garantida pelas instituições sociais. Primeiramente, na discussão desse contrato social, seus elaboradores devem estar em uma posição original, em que não conheceriam suas situações nessa sociedade (Na posição original vestindo o véu da ignorância , o indivíduo tem desconhecimento sobre a situação social e econômica, ou seja, não se sabe se serão pobres, ricos, criminosos ou vítimas. Assume-se hipoteticamente que não se conhece sobre a posição da sociedade que se criará o princípio da justiça, é um estágio inicial em que todos adquiririam o bem-estar).

    Quantos aos princípios colocados anteriormente: o primeiro visa garantir os direitos de todos às liberdades básicas individuais, ou seja, todos deveriam ter o mesmo acesso à liberdade e aos direitos; o segundo princípio abrange o aspecto econômico da sociedade justa e diz que todos devem ter as mesmas oportunidades de crescimento . A teoria de Rawls tenta resolver o problema do fato de satisfazer a maioria deixando os menos favorecidos de lado.

    O sistema de cotas, como exemplo apresentado em aula, parte da ideia de uma instituição social influenciando a questão de promover a igualdade.

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  3. A equidade na teoria da justiça de Rawls se utiliza do princípio da diferença que visa garantir a igualdade de oportunidade para todos os integrantes da sociedade, essa garantia é estabelecida pelas instituições regidas pelo princípio de equidade. Dessa forma, o destino dos indivíduos é impulsionado por suas escolhas e não definido pelas poucas oportunidades de suas circunstâncias. São justificáveis através de seus argumentos políticas de igualdade social, como as cotas.
    “As desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas exigências: em primeiro lugar, devem estar vinculadas a posições e cargos abertos a todos em condições de igualdade equitativa de oportunidades; em segundo lugar, devem se estabelecer para o maior benefício possível dos membros menos privilegiados da sociedade”.
    O autor elabora uma teoria da justiça que legitime a política liberal, concluindo que a equidade na justiça tem por objetivo servir de acordo compartilhado com os cidadãos como base de um acordo refletido, bem informado e voluntário ( ideia chave dos contratualistas). Dessa forma sua teoria pretende alcançar consensos nas diversas doutrinas (religiosas, filosóficas, morais) que o liberalismo promove na sociedade.

    Cibele de C. N. Gennari 21065713

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  4. A teoria da Justiça de Rawls é baseada no princípio da justiça como equidade. Ele coloca a justiça como virtude das instituições, tanto políticas quanto sociais, e a igualdade como sua referência moral. Justiça é a primeira virtude de todas as ações humanas e sociais. Cidadania igualitária entre todos os membros da sociedade é o que a princípio torna-se indispensável pelos direitos assegurados pela própria justiça. Pode-se entender a princípio, portanto, a justiça sendo um lastro a humanidade. A teoria da justiça de Rawls se contrapõe aos ideais utilitaristas, na medida em que entende que a distribuição igualitária dos bens sociais deve ser fundamentada por um contrato social, não pela simples maximização do bem-estar entre o conjunto de indivíduos de uma comunidade, uma vez que esta não impede a existência de condições muito desiguais entre as pessoas.
    A partir disso, passa-se a observar os dois princípios de justiça que Rawls estabelece. No primeiro destaca-se inicialmente o fato das pessoas terem os seus direitos assegurados e iguais aos demais, que seria pertencente ao mais amplo sistema de liberdade geral. No segundo, devem ser ordenadas as desigualdades sociais e econômicas de tal modo que elas venham a ser consideradas simultaneamente vantajosas a todos de forma razoável. Contudo, esses princípios irão depender da sociedade se encontrar na “Posição Original”, em que os integrantes da sociedade teriam suas necessidades (e direitos básicos) assegurados, teriam suas diferenças asseguradas e a justiça como equidade seria instaurada devido ao véu da ignorância, que impossibilitaria que os integrantes da sociedade agissem “de má fé”.
    John Rawls desenvolve os estudos acerca de seu objeto entendendo a justiça como equidade. Dessa proposição decorrem três implicações: "Escassez moderada de recursos, dada a existência da finitude dos bens ante a demanda aos mesmos"; " Pluralismo: existe um acordo irredutível entre as diferentes concepções de “bem”, pois as pessoas divergem de opiniões devido aos seus diferentes estilos de vida." e "Reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis".
    O sistema de cotas se encaixa muito bem nas ideias defendidas por Rawls,pois ele vai reduzir as diferenças pré existentes, igualando as possibilidades. Resumindo, ele é um mecanismo que garante a igualdade de oportunidades para todos. Além disso, ele entra como uma forma de reparar as desigualdades sofridas por muitos indivíduos, devido a um processo histórico, econômico e social que ocorreu no país. Aparece como forma de minimizar as consequências de uma política de escravidão e segregação social que ocorreu na formação dessa sociedade.

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  5. O debate gira em torno do Estado e seu papel de garantir um sistema em que a equidade esteja presente. Além disso, há a proposta de um novo contrato social com base nos princípios da justiça, que seriam a participação da sociedade, além dos critérios para as escolhas dos direitos e deveres para todos.

    Nota-se, pois, que este modelo segundo o qual toda teoria social deve estar fundamentada em princípios aceitos por todos, buscando a justiça e a equidade, é defendido por grande parte da esfera política atual, e, com ele, seria possível um acordo político que não garanta direitos somente para a classe dominante, e sim para toda a sociedade.

    Quanto aos tópicos apresentados pelo autor, a saber: A Posição Original e o Véu da Ignorância, defende-se a escolha das pessoas marcada pela imparcialidade, longe de julgamentos, opiniões formadas, nem nada que pudesse corromper a real concepção dos indivíduos. Ou seja, fatos particulares sobre cada um não são conhecidos, para que as noções de bom ou mau fossem privadas das pessoas por meio do Véu da Ignorância, garantindo que ninguém esteja em vantagem ou desvantagem. Ao tomar uma Posição Original, o indivíduo livra-se de suas preferências e de toda a subjetividade. Assim, os princípios de justiça seriam imparciais e equitativos.
    Além disso, os princípios mais importantes para a sociedade, segundo Rawls, são: “princípio da liberdade igual para todos” e o “princípio da diferença”. O primeiro garantiria a liberdade individual fundamental; o segundo, apesar das diferenças existentes na sociedade, determinava que todos deveriam ter igual acesso às oportunidades. Seguindo a linha de raciocínio do segundo princípio, pode-se citar a política de cotas em universidades, que representa um mecanismo compensatório diante do fardo histórico repleto de injustiças sofridas pelos negros, e, que, por conta disso, a eles foi gradativamente negado o direito básico à ascensão socioeconômica.

    Há um outro conceito em torno do qual a teoria da justiça como equidade circunda: o princípio maximin, que, nada mais é que alterar a distribuição até o ponto em que não se possa afetar a renda da sociedade como um todo. Em suma, seria imaginar as piores situações possíveis das diversas concepções de justiça concorrentes e ordená-las de modo a contemplar a distribuição com resultados menos desfavoráveis como um todo.

    Assim, pode-se concluir que Rawls defende um novo contrato social pautado pela equidade e pela justiça. Para ele, todos os indivíduos devem ter liberdades básicas, que devem ser acessíveis de forma igualitária a todos os membros da sociedade. Porém, ele afirma que as diferenças e desigualdades mínimas devem ser respeitadas. Quanto às políticas afirmativas, pode-se afirmar que Rawls parte do mesmo princípio pelo qual há a necessidade de aplicá-las, porém, defendendo seu princípio da diferença, para ele quando uma diferença gera uma desvantagem para as demais pessoas, cabe ao Estado realizar medidas a fim de que tais diferenças sejam amenizadas.

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  6. A obra nos coloca a seguinte questão: o que é e como é possível um sociedade justa? A teoria de Rawls constitui uma reação ao utilitarismo clássico, no qual a ação que resulta numa maximização da felicidade é mais importante do que a desigual distribuição da mesma.
    Apesar da ideia utilitarista parecer sensata, o autor se mostra insatisfeito pelo fato de não atribuir valor intrínseco à igualdade, ou seja, o bom e o importante não é a igualdade em si, e sim a felicidade máxima que aquela produz.
    Rawls, então, decide propor um modelo que pudesse minimizar as discrepâncias sociais, e para que isso ocorresse seria necessário que todos estivessem cobertos pelo véu da ignorância, sem que os valores de justiça fossem tendenciosos a proporcionar vantagens de uns em detrimento de outros, deixando-os num estado de igualdade. “Uma vez que todos estão numa situação semelhante e ninguém pode designar princípios para favorecer sua condição particular, os princípios da justiça são o resultado de um consenso ou ajuste equitativo. [...] A essa maneira de considerar os princípios da justiça eu chamarei de justiça como equidade”. Apesar disso, a concepção geral de justiça do autor apresenta certos problemas, e por isso ele estabeleceu três princípios que colocam prioridades a se considerar.

    Princípio da liberdade igual: A sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
    Princípio da diferença: A sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, excepto se a existência de desigualdades económicas e sociais gerar o maior benefício para os menos favorecidos.
    Princípio da oportunidade justa: As desigualdades económicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.
    É complicado afirmarmos com todo certeza de que isso ou aquilo é de fato justo, temos todos certos preceitos que não somos capazes de fabricar cem por cento para formar uma concepção de justiça. Por fim, acredito que Rawls considere a ideia de distribuição justa, de que uma desigualdade de liberdade, rendimento ou oportunidade seja permitida se beneficiar os menos favorecidos., o que o tornaria uma pessoa liberal com preocupações igualitárias.

    Danielle Yamaguti
    21080813

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  7. Trabalhando com os materiais propostos temos primeiramente a tentativa de demonstrar e estabelecer uma forma de compensar a desigualdade social, mas acima de tudo, um modelo equitativo, este incluiria tudo o que é compreendido como justo e de essência pura. Dessa forma, seria necessário o véu da ignorância, o qual desclassifica o indivíduo de qualquer consciência, por exemplo, de sua posição social. Diante deste cenário podemos inferir que os indivíduos partiriam do mesmo patamar, sendo assim, buscariam apenas conquistar seus bens sociais de primeira necessidade, sem se importarem em possuir mais do que os outros.
    A questão da equidade e a tentativa de compensar as desvantagens são claras no diálogo sobre cotas, uma ótima conexão.
    Com os vídeos recomendados (The Tudors), temos um cenário que não garante direito a todos. Há um claro domínio político praticado pelo clero e pelos reis. Há nestes materiais a exposição da ideia do contrato social. Temos que ter um eleito que tenha condições de representar o povo afim de seguir a ótica dos menos favorecidos, ou seja, conquistar o máximo de justiça social possível.

    Isabel S. Klug - RA: 21068913

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  8. Rawls acredita que a vida em sociedade é regida pelo tal "contrato social", fazendo com que os princípios de justiça são aplicados a partir deste. Logo, as pessoas sabem que tendem a se submeter a certas regras para harmonia de todos. Sua teoria compreende na filosofia que busca a construção das sociedades mais justas, desconstruindo tais igualdades no processo de desenvolvimento, ou seja, estrutura dos homens nascidos em condições diferentes têm expectativas diferentes de vida.

    Pode-se aplicar o pensamento de Rawls nas situações praticas: o vídeo apresentado fala das cotas raciais. O autor explicaria esse ato como mecanismo positivo aos que sofreram alguma injustiça no passado. Esse tipo de afirmação colocam todos no mesmo patamar (igualdade de oportunidades) para reverter ou diminuir tal desigualdade na nossa sociedade. Essa "igualdade" não se refere a não liberdade no âmbito da moral e religião, possuindo determinado grau.

    Tudo esse esforço faz com que a população tenha as mesmas chances para contribuição da ordem social e que sua dinâmica seja justa, de modo a tornar um sistema equilibrado (contribuição mútua). Assim, formula dois princípios básicos: Princípio da Liberdade e Princípio da Igualdade.

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  9. Rawls parte do princípio de que as pessoas devem ter direitos iguais perante o sistema e que as desigualdades devem ser organizadas de forma que tragam vantagens coletivas e de que as oportunidades sejam acessíveis a todos.
    Daí surge a necessidade de se elaborar um contrato que possibilite a todos oportunidades que sejam igualitárias e que garantam as liberdades básicas individuais. Este contrato deve ser estabelecido de forma neutra, sem buscar trazer benefícios para apenas uma parte da sociedade, mas sim para o maior número possível de indivíduos.
    A finalidade da teoria proposta por Rawls é traçar um modelo de justiça que vise o bem estar coletivo e que sejam baseadas em três pressupostos que garantam que a escassez de recursos seja moderada, que reconheçam que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis e também reconheçam o fato do pluralismo.

    Caroline Rosa de Souza
    RA:21072613

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  10. John Rawls relaciona o papel do Estado como sendo o responsável pela justiça (algo natural ao ser humano), permitindo um sistema pautado pela equidade. Ela seria a virtude de todas as ações, assim como das instituições políticas e sociais. Para a construção dessa sociedade justa, seria necessário um contrato que regulasse os interesses em benefícios de todos, de forma igualitária. Para isso, propunha o emprego da Posição Original, utilizando o “Véu da Ignorância”, para a construção de um Contrato Social (apenas através deles pode-se formular um contrato que seja justo, pois só nessas condições o homem decidiria por princípios que não pudessem beneficiar uns e prejudicar outros).
    Sua teoria de justiça como equidade possui três pressupostos: todos os membros de uma sociedade devem ter as mesmas condições de acesso aos bens; deve ser entendido que não há uma única “doutrina do bem”; e todos os membros de uma sociedade são racionais e razoáveis.
    Para que se tenha justiça em uma sociedade, todos os indivíduos devem ter acesso às mesmas liberdades e ao mesmo sistema que proporcione tais liberdades (igualdade de oportunidades). Pode-se citar como exemplo, o sistema de cotas, que seria uma forma de reparar as desigualdades por mecanismos que possibilitem condições iguais para se alcançar as oportunidades e posições sociais, e então tornem a sociedade justa.
    Aborda ainda, que se as desigualdades caracterizassem alguma desvantagem, o Estado entraria com mecanismos de compensação que igualariam tais desvantagens, tornando o processo justo novamente. Elas devem ser ordenadas de modo que tragam maior benefício possível para os menos favorecidos e que sejam vinculadas a cargos e posições abertos a todos em condições de igualdade equitativa.
    Dessa maneira, é necessária a adoção de uma concepção acerca do que é "justo", com a finalidade de orientar a conduta humana e, principalmente, atuar na correção de injustiças.

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  11. John Rawls reflete sobre a Justiça e uma sociedade justa, com ideias de equidade, bondade e racionalidade. Os princípios que Rawls desenvolve devem ser aceitos por todos, e eles são: o da Liberdade Igual (a sociedade assegura a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros); da Diferença (quando a existência de desigualdades econômicas e sociais beneficiam os menos favorecidos) e da Oportunidade Justa (as desigualdades socioeconômicas devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades).
    Há, primeiramente, um contrato social hipotético, no qual as pessoas estariam em uma posição original e debateriam sobre os princípios, sobre as regras do que seria justo e sobre o convívio em sociedade. Rawls propõe, então, um modelo de instituição para sustentar as regras debatidas, e também para aplicar o valor da justiça, com a finalidade de minimizar as desigualdades sociais. A teoria desenvolvida por Rawls busca encontrar uma solução para os conflitos da distribuição de bens sociais entre os indivíduos. Ele acredita que a sociedade é um sistema equitativo de cooperação, e que as pessoas, sendo racionais, possuem sentido de justiça, analisam e agem conforme o convívio social, conhecem seus direitos e deveres e na distribuição de benefícios. A sociedade imaginada por Rawls é formada por uma igualdade democrática que, com a justiça que há em suas instituições, garante o direito de todos, sem favorecer mais a alguém e menos a outro. Seria isso, então, um esforço teórico para um novo contratualismo. Dessa forma, não teria diferença na atribuição dos direitos e deveres de cada um, tendo assim, um equilíbrio na distribuição de renda, riqueza, benefícios sociais. Trata-se de uma sociedade fundada na justiça social.
    Ele destaca que o coletivo é importante, principalmente nos ideais de igualdade dos direitos, da oportunidade acessível a todos. Ele elabora um sistema de normas, que defende que cada pessoa deve ter um direito correspondente ao sistema de direitos básicos, iguais e compatíveis com outras pessoas. Contudo, isso não basta. Precisa-se pensar de forma igualitária, e as desigualdades sociais e econômicas precisam e devem ser consideradas. Ademais, os valores sociais devem ser divididos de maneira igualitária aos indivíduos, só podendo haver desigualdade se todos “sofrerem” dela.
    A justiça tem como objeto a sociedade, que é desigual por natureza, por isso a necessidade da justiça social. Porém, é preciso um conjunto de mudanças em todos os âmbitos da coletividade para alcançar maior igualdade social. Sobre a distribuição de renda, é dito que o princípio da diferença só aceita a desigualdade se ela for vantajosa para o quem está em piores condições (quem ganha menos) e que seja acessível a todos.
    A teoria da justiça é necessária a partir do momento em que, numa sociedade, ao mesmo tempo em que a cooperação social gera os interesses dos seus membros, também gera o conflito de interesses. A justiça estaria, então, presente para lidar com esses problemas. Rawls afirma que em uma sociedade bem-ordenada, há um consenso com relação à Justiça, sendo ela o árbitro entre os conflitos, e ela moldaria a estrutura da sociedade.
    Com relação à atividade em sala sobre a distribuição de bombons, tal atitude proposta pelo professor expôs o conteúdo desenvolvido por Rawls. Com essa atividade, tivemos a chance de pôr em prática o que o autor explica, tentando analisar, em conjunto, o que seria justo e injusto em relação a quem ficou com ou sem bombons. Foi uma simulação de como poderíamos formular um contrato que teria que ser justo. Não chegamos a uma conclusão, mas utilizamos o Equilíbrio Reflexivo para manter o debate constante, com o surgimento de ideias a respeito do que houve e como chegaríamos a uma solução.

    RA: 21019613

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  12. John Rawls enfrentou os grandes dilemas da política do século XX. A sua Teoria da Justiça é capaz de conjugar os 2 principais valores da vida moderna, fatores que são inconciliáveis nas ideologias do século XX: a liberdade e a igualdade. A liberdade é o valor supremo da vida humana, e a igualdade o valor fundamental na convivência política.
    A ideia inicial de igualdade entre os homens se dá pelo Contrato Social. A situação de posição inicial, caracterizada por Rawls, é o momento de maior igualdade. Mesmo nessa posição, são inevitáveis as desigualdades sociais e econômicas. Sendo assim, a justiça, que é imparcial, deveria apoiar o Contrato Social.
    O princípio da Justiça teria que ser elaborados por aqueles que estariam cobertos pelo véu da ignorância.

    RA: 21041413

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  13. Após a leitura do texto proposto e assistir aos vídeos indicados, exponho minhas considerações sobre o tema: A justiça como equidade.

    Na teoria de Rawls há a reflexão acerca de justiça e de uma sociedade considerada justa. Para isso, o autor traz algumas ideias/conceitos como o de racionalidade, bondade e equidade. Rawls vai afirmar que seria preciso haver uma concepção política de justiça para que a sociedade saiba de seus deveres e direitos. Vai dar prioridade para o modo/sentido coletivo relacionado às ideias igualitárias dos direitos, de que a equidade deve estar/ser acessível a todos. Para ele, o princípio de igualdade deve se estender a todos de maneira igual e isso vale também para uma busca (igual) de oportunidades. Seria preciso então criar sistemas/mecanismos que ‘acabem’ com as desigualdades.

    Outro ponto, dentre outros, que destaco é o de que Rawls estabelece alguns princípios (Liberdade Igual, Da Diferença e Da Oportunidade Justa), muito importantes para entender muitos outros temas. Outra abordagem do autor a ser lembrada é a relacionada ao ‘Véu da Ignorância’. Para Rawls, uma sociedade é justa quando esta faz o uso do véu da ignorância para realizar algumas tarefas como as partilhas/distribuições, acesso de oportunidades. Feito isso, essa sociedade não estaria privilegiando/agraciando alguns em detrimento de outros.

    Com relação aos vídeos (The Tudors), percebe-se claramente uma sociedade dividida, composta pela nobreza, pelo clero, e servos. Vemos também que no período destacado, a liberdade não era vista como um direito de todos. Havia uma grande falta de liberdade de opinião e de direitos iguais.

    Lothar Schlagenhaufer

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  14. A teoria de Rawls abrange a filosofia que busca a construção de sociedades onde a justiça prevaleça; ele acredita que a sociedade é regida por um contrato social e que as pessoas buscam, seguindo as condutas indicadas nesse contrato, o bem-estar coletivo, sendo assim, os indivíduos são guiados por suas escolhas (de serem ou não justos) e não por suas oportunidades (ou falta de oportunidades).

    Para o caso das cotas raciais, o autor argumentaria que tais cotas são oferecidas para aqueles que sofreram injustiças (historicamente falando), assim tenta-se diminuir o dano causado pela falta de oportunidades apresentadas ao individuo, inserindo-o na sociedade de uma forma mais ampla, para que então ele possa tomar suas decisões pensando no bem-estar coletivo.

    Andressa Alves - 21081013

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  15. Os princípios de Rawls em sua teoria de justiça como equidade provém de um contrato social hipotético (não existe estado de natureza) noeno qual todos devem estar cobertos por um "véu de ignorância", para que não saibam suas posições e características e em uma posição original de equidade., racionalmente escolheríamos seus princípios, o melhor para si e para todos.
    Os princípios são: negação do utilitarismo, poderíamos ser uma minoria oprimida, e do liberalismo, poderíamos ser uma classe social desfavorecida, ou seja, liberdades básicas para todos (consciência, pensamento) e equidade social e econômica (igualdade de oportunidades). Rawls supõe que fazemos escolhas refletindo nossas posições sociais, mas o "véu da ignorância" nos coloca na posição do outro.
    O autor desenvolve uma crítica contundente à visão meritocrática, para ele, nossa sociedade estabelece uma série de "competições" por cargos e salários que são injustas por serem desiguais. Há características sociais e naturais que dão mais facilidades uns que outros. Cabe a justiça compensar essas diferenças. Só são permitidas as desigualdades sociais e econômicas que visem ao benefício dos membros menos favorecidos da sociedade.
    A maneira pela qual a natureza distribui os talentos não é nem justa, nem injusta (é caótica), como as instituições lidam com a desigualdade pode ser classificado como justo ou não e isto deve ser tratado de forma racional.
    Nesse contexto, Rawls defende o sistema de cotas, pois a justiça deve compensar as diferenças existentes entre os alunos que tiveram oportunidades de ter uma educação melhor em detrimento a outros.

    R.A.: 11041811

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  16. Nos videos disponíveis do ‘The Tudors’, fica evidente em várias partes que a justiça de Rawls, da maneira que ele prentendia que fosse aceita e posta em prática, na maioria dos casos não é assim que ocorre. No julgamento do homem, que era um nobre, ele não tem como se proteger e argumentar uma vez que nos parece que essa acusação e o julgamento são frutos de uma conspiração contra ele. A justiça nesse caso não parece ter sido levada em conta, uma vez que não houve espaço para defesa, mesmo sabendo que na época retrada, os julgamentos ocorriam e eram determinados desta forma.

    O principio da liberdade é ferido, quando a liberdade religiosa passa a ser perseguição. No video há cenas que demonstram abadias sendo queimadas e destruídas, representações da religião sendo danificadas e quebradas. Neste ponto Rawls defende que existe falta de tolerância, sendo esta a capacidade de compreender outras visões (políticas, religiosas, etc..), mesmo que não compartilhemos destas visões, e por não compartilhar, devemos respeitar e aceitar.

    Fica claro que o ‘véu da ignorância’, que segundo Rawls, deve ‘cobrir’ as pessoas , afim de que não sejam influenciadas e, o contrato se torne imparcial, com isso garantindo-se um contrato justo, não está presente quando as decisões são tomadas por aqueles que estão diretamente ligados a elas para garantir seus interesses, como nas decisões tomadas pelos nobres e clero, que sempre para saírem em vantagem, tomavam a decisão que uma minoria seria beneficiada, com a maioria alheia a tomada de decisão e prejudicada. A equidade se torna algo praticamente inalcançável da maneira que as decisões eram tomadas.

    As cotas (política afirmativa) geram amplo debate na sociedade, assim como outros planos governamentais, com algumas pessoas contra, outras a favor e muitas indecisas. Rawls defende que em uma sociedade justa e livre, aqueles que são desprovidos de recursos para competir igualmente com outros individuos, devem ser auxiliados de alguma forma, fazendo com que as desigualdades sejam amenizadas ao máximo. A um primeiro olhar, as cotas trariam essa igualdade de competição, uma vez que mesmo que por meios diferentes, seria possível engressar na universidade e ter uma melhora de vida posterior ao término dela. Mas com um olhar atento, me parece que tentar ‘consertar’ o ‘prédio’ no topo quando a base esta em ruínas, não é a maneira mais correta de trazer igualdade e minimizar os problemas a longo prazo, pois esta política pública não alteraria o problema e sim postergaria ele para o futuro, visto que só uma pequena parte destes, tem acesso a formação superior. Me parece mais correto que junto com as cotas, viessem medidas governamentais que realmente alterassem o cenário da educação no brasil, como a melhor formação de professores, visto que uma pequena parte é bem formada, trazer planos de carreira, melhores condições de salários, condições de aprendizados melhores, tecnologia para aqueles que estão aprendendo e uma série de outros benefícios que trariam uma maior equidade a um longo prazo, alteriando substancialmente a maneira como nossa educação é feita, garantindo uma maior liberdade de escolhas e igualdade.

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  17. A justiça para Rawls tem que ser vista com igualdade, em sua Teoria da Justiça gira boa parte das discussões da filosofia política atual, especialmente quanto ao tema da desigualdade ou distribuição de renda. Refletindo muito aos problemas que enfrentamos diariamente no nosso país.
    Para Rawls, os princípios devem ter uma visão mais generalizada, na qual os valores sociais da liberdade e oportunidade, renda e riqueza devem ser distribuídos igualmente. Ou seja, a injustiça seria uma desigualdade que não beneficia a todos .
    Partindo da reflexão de Rawls sobre a Justiça e a sociedade justa, com suas ideias de
    equidade, de racionalidade e de bondade a discussão a ser feita é de como chegar a “sociedade justa”. Nesse ponto a conexão com as cotas raciais se tornam muito pertinentes a nossa realidade, uma vez que essa funciona como instrumento de justiça social
    É possível entender o sistema de cotas para grupos minoritários, isso se justifica diante do cenário que lidamos todos os dias. Visivelmente as universidades brasileiras abrigam em sua maioria pessoas de cor branca, de modo a valorizar apenas o pensamento de um segmento étnico na construção das soluções para os problemas atuais de nossa sociedade. O negro não está em pé de igualdade como os brancos e isso faz com que ele não tenha acesso à boa educação, ocupando, em sua maioria, posições subalternas, sem a chance de ter um cargo de prestígio social.
    Particularmente sempre fui a favor das cotas raciais, e depois de conhecer a teoria de Rawls, fortaleço essa posição. Partindo da premissa que elas não devam existir para sempre, uma vez que uma política afirmativa de reparação de uma situação que tem durado séculos, e não vai mudar por acaso e muito menos pela bondade do mercado e sua “mão invisível”. Enquanto a maior parte da população pobre ainda forem os negros, é importante que ações afirmativas existam. Dessa maneira talvez os grupos desfavorecidos historicamente possam competir em pé de igualdade.

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  18. Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713

    A Teoria de Rawls é capaz de conjugar os 2 principais valores da vida moderna que são inconciliáveis nas ideologias do século XX: a liberdade e a igualdade. A liberdade é o valor supremo da vida humana, e a igualdade o valor fundamental na convivência política.
    Para ele a justiça tem que ser vista com igualdade,tendo uma boa parte de suas discussões girando em torno da desigualdade e distribuição de renda. Os valores sociais da liberdade e oportunidade,renda e riqueza deveriam ser divididos igualmente;dessa forma,a injustiça seria uma desigualdade que não beneficia a todos.
    Tem-se em Rawls a discussão de como se alcançar uma 'sociedade justa'.Encaixando a situação das cotas raciais,o autor argumentaria que as tais cotas são oferecidas aos que 'sofreram injustiças',sendo uma forma de tentar diminuir o dano causado pela falta de oportunidade ao indivíduo e inserindo-o de uma forma mais ampla na sociedade.

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  19. Na série The Tudors foi possível perceber como os interesses podem ferir a liberdade e igualdade, estes são os princípios básicos para Rawls de uma Teoria da Justiça que torne a sociedade mais justa. Nesta Teoria da Justiça, é firmado um contrato social com princípios criados através de um véu da ignorância, onde os indivíduos racionais não devem estar cientes da sua posição social e dos demais, deixando de lado seus interesses, entrando na chamada posição original. Através desta Justice as fairness o direito e liberdade igualitários são garantidos. Além disso, os menos desfavorecidos social e economicamente devem ser favorecidos para haver igualdade e oportunidade para todos.
    Segundo o Prof. Dr. Luiz Paulo Rouanet, os menos desfavorecidos não tem as mesmas oportunidades dos demais na sociedade capitalista, a igualdade e mobilidade social baseada no esforço individual alegada por muitos é um mito nesta situação, já que existe preconceito de cor e condição social de classe, falta de educação para todos, escassez de material, desemprego, etc, ou seja, é uma sociedade injusta. Portanto, as cotas são uma tentativa de reverter a injustiça histórica na sociedade brasileira sofrida por uma determinada parcela da população . Segundo o vídeo "diálogo sobre cotas", as cotas permitirão a formação de uma nova classe média,principalmente negra, que chega esta posição através do ensino superior e inclusão no convívio social, e assim, o nível de desigualdade será igualado, as cotas não serão mais necessárias e as diferentes "cores" serão encaradas como algo normal no cotidiano, diminuindo o preconceito que fará bem para todo o país.
    RA:21070713

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  20. Luara Michelin Sartori RA: 11054112

    Quando Rawls defende a ideia de justiça como equidade, ele quer dizer que a justiça deve ordenar a sociedade com base em princípios que possibilitem vantagens iguais à todos. Para isto, os princípios a serem criados deveriam ser feitos por aqueles que estivessem sob o véu da ignorância, pois, nesta situação o indivíduo não conhece a situação de ninguém dentro da sociedade, nem a sua própria situação, não podendo assim dar ou receber vantagens. Diante disto, e mantendo o equilíbrio reflexivo, o indivíduo faria princípios básicos equitativos, ou seja, o indivíduo priorizaria o equilíbrio.
    Pensando na posição original, Rawls propõe que deve haver dois princípios fundamentais. O primeiro é aquele que defende a liberdade, cujo objetivo é de que a liberdade deve ser algo acessível à todos os indivíduos da sociedade.
    O segundo é o que Rawls chamou de "princípio da diferença", onde diz que independentemente da existência das diferenças, todos os indivíduos devem ter iguais acessos às oportunidades. Um exemplo atual e presente em nosso cotidiano, da aplicação do segundo princípio são as cotas, que fornecem benefícios e/ou privilégios à negros para que conquistem uma vaga na universidade, e isto devido ao preconceito milenar vivido pelos negros.

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  21. Para Rawls o princípio de toda discussão política deve se basear na premissa de que todos os envolvidos estejam "trajando" um de seus conceitos chamado de véu da ignorância. Onde os indivíduos envolvidos devem se abster de suas posições sociais, deixando interesses individuais de lado perante as concepções coletivas.
    Para Ralws, para se ocorra justiça dentro de uma sociedade, todos os indivíduos devem ser providos de totais e iguais liberdades, dentro de um sistema político administrativo que providencie tais liberdades. A partir desse anseio por liberdade que se faz necessário um contrato social onde o bem estar coletivo seja contemplado.


    Em se tratando das cotas sociais o autor adotaria um discurso que essa medida fora tomada como uma compensação histórica proveniente da colonização, escravatura e pela pirâmide social desigual desse país. Porém sobre esse exemplo creio que Rawls tomaria medidas diferentes das que foram tomadas. Ele apoiaria a política de cotas. Porém adotaria outro viés como forma de seleção, o econômico em detrimento do étnico. Onde seriam providos de cotas aqueles detentores de X valor de renda abaixo da média. Pois para ele ao meu ver seria mais justo, visando que o Brasil se trata de uma nação de uma pluralidade de etnias onde torna-se complexo uma classificasão étnica pura, provendo a quem se deve receber cotas e quem não. Caso seja contemplado a política de renda, as populações menos favorecidas (negros e índios) seriam contempladas já que se encontram na base da pirâmide econômica do pais. Sendo assim aconteceria essa compensação histórica e um senso de justiça,já que os menos favorecidos seriam beneficiados.

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  22. Como explicou o professor X, no desenvolvimento de sua teoria Rawls integra as questões de liberdade e igualdade no debate. Assim, propõe o debate de politicas que solucionassem questões de oportunidades desiguais para os menos favorecidos, a famosa e tão polemica politica de cotas. Conforme o que já foi debatido no último tema a respeito das concepções de Rawls, a sociedade justa pode ser sintetizada em uma que forneça condições de direitos e oportunidades iguais para todos os seus membros, solucionando também as possíveis diferenças sociais.
    Segundo essa visão de sociedade justa, as cotas seriam uma ferramenta para promover a igualdade de oportunidades e direitos, esses conceitos da continuação da crítica ao utilitarismo (em que uma sociedade justa é aquela que satisfaz as necessidades e desejos da maioria, ignorando as minorias). Reforçando que as cotas agiriam como um primeiro passo para uma sociedade igualitária, não só em questões econômicas, mas também questões racistas. Garantindo essa maior igualdade dos indivíduos a sociedade poderia ser considerada boa e justa.

    Naara Campos (21050313)

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  23. John Rawls define sociedade como uma amalgama de indivíduos que estabelecem uma relação segundo a um conjunto de normas. Entretanto, numa sociedade existe multiplicidade de interesses e por isso pode existir os conflitos. Assim sendo, a justiça seria o mecanismo além da punição de crimes, é um mecanismo que define direitos e deveres e distribui responsabilidades e benefícios de cooperação social.

    A reflexão sobre justiça desse autor baseia-se nas ideias de equidade e racionalidade, sendo que são usados os princípios da liberdade igual, da diferença e da oportunidade justa. O inicio da sua proposta de justiça começa na espécie de contrato social (explicado no comentário anterior), assim ele espera dessa sociedade uma igualdade consensual permeada pela racionalidade que através da justiça garanta o direito de todos favorecendo os benefícios da cooperação social. Para alcançar essa cooperação social é necessário também que os indivíduos tenham uma noção da política de justiça que, para ele, é a certeza da reciprocidade do trato entre os homens e a confiança nas instituições (reforço do contrato), que fundamenta as soluções dos dilemas sociais e legitimam o poder político.

    Assim, em Rawls, é importante lembrar o destaque para o coletivo, principalmente na igualdade de direitos e oportunidades, e é por esse motivo que o debate sobre cotas enriquece a discussão e a trás para um contexto mais prático. Isso por que, a meu ver, as cotas são um mecanismo de distribuição e até mesmo de compensação para que os membros da sociedade tenham as mesmas chances, oportunidades. É claro que esse debate é muito mais complexo e profundo, já que o estabelecimento dessa medida deveria ser paliativa e acompanhada de outras ações desenvolvimentistas para assim, equilibrar ao máximo a sociedade como mostram as ideias de John Rawls.

    Marina Molognoni - RA: 21071313

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  24. Rawls acreditava que a vida em sociedade tinha de seguir um contrato social, onde esse contrato faria com que a justiça fosse melhor aplicada. Esse contrato social seria responsável por fazer os cidadãos reconhecerem que devem se submeter a algumas regras, as quais seriam responsáveis por tornar a vivencia em sociedade mais harmônica. Para que esse contrato fosse de fato justo era necessário que todos os cidadãos fossem iguais, essa posição de igualdade só seria capaz de ser alcançada através do “véu da ignorância”, somente através desse “véu” o contrato social beneficiaria todos os indivíduos de uma sociedade de forma igualitária.
    A justiça de suma importância em instituições sociais. Ao nascerem, os indivíduos já tem alguma ideia do que ela seja. O fato de a sociedade ser dividida em classes sociais e os indivíduos não terem o mesmo acesso às riquezas faz com que alguns interesses entrem em conflito. Assim do ponto de vista de Rawls, desigualdades sociais e econômicas só serão permitidas se forem trabalhadas para beneficiar os menos favorecidos. Chegamos então a questão da igualdade de oportunidades, onde para exista justiça em uma sociedade todos os indivíduos devem ter acesso as mesmas liberdades e oportunidades.
    Levando em conta os pensamentos de Rawls as cotas seriam uma forma de criar oportunidades iguais para todos da sociedade para que no futuro todos tenham as riquezas divididas, ou seja, não haveriam tantas diferenças entre posições sociais, e assim a sociedade estaria organizada de forma mais igualitária. Trata-se de uma legislação para atender aqueles que possuem menores chances dentro da sociedade.
    Ao analisar os vídeos do seriado “The Tudors”. O abuso do poder e a proibição aos não anglicanos caracterizam os atos do rei Henrique VIII como injustos. O próprio fato de Henrique VIII ser rei é algo injusto, uma vez que ele chegou ao trono por herança familiar, dessa forma fica evidente que não existiram condições igualitárias para todos na hora de concorrer ao cargo de rei.

    Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA: 11131211

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  25. Após examinar o vídeo da série “The Tudors” fica claro que a concepção de posição original não é concebida como uma condição histórica real. O contrato social de Rawls é diferente daquele cuja função é servir de contrato introdutório à sociedade civil. O contrato de Rawls é baseado na ideia do consenso original a fim de estabelecer princípios de justiça. É necessário que os indivíduos participantes do contrato estejam na “posição original”, em que ninguém se conhece na sociedade em posição de classe; dotado de habilidades; força; inteligência ou propensões psicológicas, e sob o chamado “véu da ignorância” para que, na escolha dos princípios, ninguém seja favorecido ou desfavorecido.
    Nos vídeos, vemos as arbitrariedades no processo de julgamento; além da falta de liberdades política e de expressão. Tudo isso transgride as liberdades básicas, as quais são: liberdade política (direito de votar e ocupar cargo público), liberdade de expressão e reunião, liberdade contra opressão psicológica e agressão física, liberdade à propriedade privada e a proteção contra prisão e a detenção arbitrárias. Todas essas liberdades estão incluídas no primeiro princípio dos dois princípios a respeito dos quais, de acordo com Ralws, certamente haveria um consenso entre todos os indivíduos participantes do contrato.
    Rawls já ressaltara que não se pretende com a concepção da posição original explicar a conduta humana. “Embora a concepção da posição original faça parte da teoria da conduta, não se pode depreender que haja situações reais que se assemelham a ela.” A propósito, vejo como se fosse as teorias morais: elas também não pretendem dizer qual deve ser nossa conduta. Elas funcionam tal qual uma ferramenta através da qual nós podemos chegar a uma deliberação. Por isso vemos tantas discrepâncias quando analisamos a tese de Rawls empiricamente.
    Concernente às cotas, elas seriam uma ação afirmativa compensatória necessária para reverter ou diminuir a desigualdade da nossa sociedade. Visto que o tópico principal da obra de Rawls é a justiça social, as cotas estariam em perfeita conformidade com sua teoria da justiça. O autor classifica a justiça como virtude primordial das instituições sociais e como o Estado é uma instituição social, também lhe cabe promover a igualdade entre todos. Pode-se relacionar as cotas ao segundo princípio que seria definido na posição original: “as desigualdades econômicas e sociais devem ser ordenadas de tal modo que ao mesmo tempo : a) serem consideradas vantajosas para todos dentro do limite do razoável b) vinculadas a posições e cargos disponíveis para todos(...)”.
    Como não há vagas para todos nas universidades, o Estado costuma adotar esse tipo de medida para promover igualdade de acesso ao ensino superior entre as diversas etnias. Sabe-se que esse acesso é desigual devido a preconceitos e condições sociais derivadas do desenvolvimento histórico do Brasil. No entanto, acredito que para democratizar ainda mais o ensino, as cotas não deveriam ser somente de caráter étnico, mas também de classe econômica e em relação às escolas públicas. Ademais, o próprio ensino básico público tem de ser de melhor qualidade, pois a meu ver, é aí onde se encontra o cerne do problema.

    Nome: Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613

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  26. Luana Alice Forlini RA: 21046313

    Rawls tem sua concepção de sociedade justa baseado em um contrato social, partindo do pressuposto que a formulação deste seria feita por pessoas na posição original com o “véu da ignorância” (despindo-se, assim, de valores recorrentes de sua posição social.

    Para um sistema ter uma justiça ideal e ter equidade, precisa ser pautado por três pontos considerados vitais pelo autor, sendo eles: escassez moderada de recursos, reconhecimento do fato do pluralismo e reconhecimento de que todos os membros da sociedade são razoáveis e moderados.

    Dessa forma, uma sociedade realmente justa garantiria aos índivudos que nela residem possibilidades e liberdade de cumprir suas necessidades básicas, além de dar mais benefícios aos necessitados, garantindo, assim, oportunidades iguais a todos.

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  27. Andréa Aline de Faria R.A.:21039713

    A sociedade é, para Rawls é uma associação de pessoas que reconhecem caráter vinculativo a um determinado conjunto de regras e atuam de acordo com elas. Essas normas existem para cimentar um sistema de cooperação entre todos para benefício de todos. Por isso, numa sociedade existe certa identidade de interesses, pois todos têm a ganhar com a cooperação: vivem melhor em sociedade do que viveriam isolados.
    No entanto, também existem conflitos de interesses, pois os sujeitos não são indiferentes à forma como são distribuídos os benefícios acrescidos que resultam da sua colaboração, já que, para prosseguirem os seus objetivos, todos preferem receber uma parte maior dos mesmos.
    Para resolver este conflito são necessários princípios ou regras que nos ajudem a escolher qual será a melhor forma de organizar a sociedade, isto é, a melhor forma de repartir esses benefícios. Desta forma, o papel da justiça na sociedade não se resume à reposição das irregularidades e aos castigos aos criminosos. A função da justiça é mais profunda: é a de definir a atribuição de direitos e deveres e a de distribuir os encargos e os benefícios da cooperação social. A justiça seria a primeira virtude de todas as instituições sociais. E, segundo Rawls, todo cidadão já nasce com uma noção ou senso dela.
    Disso decorre toda sua teoria da justiça. Com base nessa teoria já explicada em classe, e até por mim mesma no comentário da postagem anterior, e com alguma reflexão, podemos nos perguntar: mas por que Rawls escolheu aqueles princípios e não outros? A resposta está na utilização do critério de maximin.
    O critério maximin consiste em imaginar quais seriam os piores resultados possíveis das diversas concepções de justiça concorrentes, e ordená-las numa escala. A concepção de justiça que tiver os “menos piores” resultados é a que deve ser escolhida. Dito de outra forma, a concepção que deve ser adotada é aquela cujo pior resultado possível seja ainda assim melhor do que o pior resultado de qualquer outra concepção concorrente. Segundo este critério os princípios de justiça que trazem os melhores piores resultados (isto é, os menos maus) para a vida em sociedade são aqueles escolhidos por Rawls.
    Além disso, como já sabemos, a aplicação dos princípios deve garantir que todos participem da melhor forma das estruturas sociais. O sistema se equilibrará quando a estrutura for justa ao princípio e nele encontrar meios para se manter (equilíbrio reflexivo). Dentro deste sistema institucional, as realizações pessoais são possíveis, desde que aferidas as diferenças individuais, melhorem a condição dos menos favorecidos e respeitem-se as condições impostas pelo pacto para a preservação de todos.
    Tudo isto, leva à ideia de estabilidade. O que nos leva a refletir na vigência e existência contínuas do acordo durante o dia a dia das instituições e não somente como balisa no momento deliberativo inicial.
    Para concluir, pode-se perguntar qual a utilidade de toda essa suposição abstrata que é impossível de realizar na vida real, e a resposta é simples: trata-se de um argumento racional e lógico do qual devem derivar os princípios de justiça. Uma situação como a posição original garante a imparcialidade e equidade de escolha. Portanto, princípios de justiça escolhidos nessa situação serão imparciais e equitativos. Rawls enuncia, ainda, que o resultado das escolhas na Posição Original seria senão igual, muito parecido com as escolhas de nossa intuição racional.

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  28. Para Rawls, os conflitos podem ser resolvidos através da distribuição de bens sociais aos indivíduos de uma sociedade. Esta seria como um sistema equitativo de cooperação, e segundo ele, a partir de noções de justiça, os homens poderiam conviver socialmente chegando ao contrato social, que de uma forma limita os princípios da justiça para todos. Rawls acredita na justiça social como uma sociedade de igualdade democrática que assegura os bens sociais a todos, por meio de instituições que devem ser destituídas de poder se forem injustas de alguma forma. Mas é necessário a confiança nas instituições sociais e também na reciprocidade no relacionamento, além nas trocas entre os homens, para que não seja possível desequilíbrios nas distribuições desses bens sociais, não havendo assim diferenças nas imputações de direitos e deveres, trazendo desta forma uma equidade entre os indivíduos, assim promovendo a justiça soci.
    Rawls não acredita que a maximização dos desejos, vontades, direitos e crenças de uma maioria seja algo justo. Por ter como base que a maximização de uma maioria, minimiza e ignora uma posição de um grupo ainda pequeno. O autor possui alguns princípios como base para a ideia de justiça, entre eles o Princípio da Liberdade Igual (sociedade garante de forma igualitária uma liberdade compatível a liberdade dos outros, para cada pessoa), há também o Princípio da Oportunidade Justa (as desigualdades sociais ou econômicas devem ser compensadas por condições de justa igualdade nas oportunidades), e há também o Princípio da Diferença (a existência de desigualdades socioeconômicas beneficiam de certa forma os desfavorecidos).
    Essa teoria de justiça é um pouco ilusória, apesar de soar muito bem. Em certos momentos podemos praticar um equilíbrio reflexivo, vestindo o véu da ignorância, e ai a teoria de Rawls não é possível ser aplicada. A teoria de Rawls é realmente muito bonita, pois promoveria a felicidade e justiça para todos, mas muito difícil de ser praticada, porque o mundo tem muitas diferenças e divergências de interesses e posições.

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  30. Jonh Rawls defende que os dois pressupostos básicos para o estabelecimento de uma sociedade mais justa seriam a igualdade de oportunidades abertas a todos em condições de plena equidade, e a condição de que os benefícios devem ser repassados preferencialmente aos menos privilegiados da sociedade, os socialmente desfavorecidos. Nesta perspectiva, entende Rawls, que justiça e equidade significa, antes de mais nada, corrigir as desigualdades sociais.
    Em “The Tudors”, vemos uma sociedade estamental, dirigida por um rei, que é considerado um representante de Deus na Terra, e por uma religião plenamente envolvida com a política. Sendo assim, tudo que está na série vai contra as ideias propostas por Rawls.

    É possível a afirmação de que toda lei injusta é substancialmente inconstitucional. A justiça terá sempre um conceito relativo, devendo prevalecer o entendimento da maioria daqueles que com ela convivem.
    Rawls, em Uma Teoria da Justiça, foca a necessidade e a premência de uma Justiça realmente justa, filosoficamente coadunada e alinhada com a voz dos mais fracos, ou melhor, dos menos favorecidos, muitas vezes esquecidos quiçá pelo texto frio das Leis que objetivamente desconsiderem as minorias. Rawls, mostra-se convicto de que a sua teoria pode, por meio da justiça, tornar uma sociedade justa e igualitária.
    Ao assistir os trechos da série “The Tudors”, ficaram claras as relações sociais e de poder de um Estado absolutista através de vários conflitos que ocorriam na sociedade. Achei interessante por em prática, ao assistir ao vídeo, o conceito de equidade social que realmente não funcionava, já que não havia liberdade de expressão e muito menos decisões democráticas. Tanto é que no final do vídeo, a população se rebelou afim de ter a sua voz ouvida e, mesmo assim, o rei considerou a ação como incabível e digna de punição.

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  31. Romulo Camargo, RA: 21056613.

    Rawls tem o mérito de tentar conciliar dois conceitos que no séc XX, durante a guerra fria, eram aparentemente irreconciliáveis: liberdade e igualdade.
    Não abrindo mão da liberdade, a tal ponto de ser considerado um liberal, não clássico, mas um liberal, fala enfaticamente sobre o conceito de igualdade, como indispensável para pensarmos uma sociedade justa. Sua argumentação sobre essa conciliação é muito bem desenvolvida, reconhecendo os limites das contigências, naturais e sociais, e propondo um critério pelo qual possa remediar essas desigualdade, o princípio de reparação.
    Ainda assim, não parece ser perfeitamente possível realizar a equidade pretendida, por melhor que seja sua argumentação, que devemos lembrar é abstrata.
    Com relação as contingências naturais, ele argumenta em não haver justiça, e que esse não é problema, para aqueles que dizem que se rebelar contra as injustiças é como se rebelar contra a morte, mas o problema é o modo como as sociedade lidam com as contingências. Uma sociedade justa, deveria, respeitanto o indivíduo, ter instituições que primassem pela igualdade, no sentido de reparar as contingências negativas dos menos favorecidos. Num primeiro momento, pode parecer que, segundo esse aspetco, o segundo princípio de justiça para Rawls, seja condizente com o conceito de cotas raciais.
    Mas ouso dizer que não. Explico-me. Inicialmente, o autor rejeita o utilitarismo, dizendo que não é possível que o cálculo social positivo justifique injustiça contra uma minoria qualquer, e que as liberdades de expressão e pensamento individual são as primeiras, em ordem de prioridade, dos princípios que seriam aceitos por todos num acordo com o “véu da ignorância”.
    O sistema de cotas raciais não se encaixa na teoria Ralwsiana pois gera distorções que o autor repudiaria, pelos mesmos motivos por que repudia o utilitarismo, e essa distorção é a seguinte: suponhamos que um jovem negro, descendente de negros que traficavam escravos, fato bem conhecido da historiografia, tenha uma condição econômica mais abastada que um jovem branco, filho de imigrantes europeus, que em muitos casos vinham em condições de trabalho análogas à escravidão, senão pior, e tenha também uma família que tenha mais apreço pela educação, com um nível cultural mais alto, e os dois venham a disputar a mesma vaga na universidade. Suponhamos que o jovem negro, de família abastada, obtenha, incrivelmente, uma nota menor que a do jovem branco, economicamente carente, mas fique com a vaga, por conta da política das cotas. Esse fato, perfeitamente verossímil, mostra que a política de cotas raciais não é uma medida justa se pensarmos na justiça como equidade, afinal, tivemos um sujeito que não mereceu a contingência de ser rico, ser beneficiado por uma contigência social que também não mereceu, pois, ele não foi escravo, nem foi descendente de nenhum, mas descendia de africanos que traficavam outros africanos, e vimos um jovem que não mereceu a contigência econômica carente, nem a família que não o incentivava a estudar, prejudicado por essas medidas. Se Rawls rejeita o utilitarismo, por não concordar que a injsutiça que se abate sobre uma minoria justifique uma quantidade de felicidade para uma parcela maior da população, também não pode concordar com uma medida que comete esse tipo de injustiça como parte da noção de justiça como equidade.

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  32. Romulo Camargo 21056613, parte 2.

    Uma politica de cotas mais alinhada com os princípios de Rawls seriam as cotas econômicas. Pois, suponhamos que uma família descende de escravos, como caso de exceção, em algumas gerações consegue uma posição financeira privilegiada , através do empreendedorismo por exemplo, e que ela se encontra em pé de igualdade com outras famílias brancas de mesmo poder econômico. Pode-se afirmar que seus filhos competirão em condição de igualdade, e seria injusto que obtivessem uma vantagem sobre os adolescentes brancos, e principalmente contra aqueles adolescentes brancos de famílias menos abastadas, como citado no exemplo anterior.
    Agora suponhamos um outra família que, também descendente de escravos, não conseguiu alcançar um certo grau de poder econômico que resulte numa posição de igualdade com outras famílias de maior poder econômico, e um dos motivos para isso, tenha sido as sucessivas discriminações por sua cor, aqui temos um caso, em que a descriminação e a ascendência escrava realmente permanecem como um revés para essa família, e nada mais justo do que destinar parte das vagas das universidades para os jovens dessa família.
    Vemos aqui que o critério definidor e palpável para definir se é justo um jovem obter uma reparação na forma de cotas é o critério econômico. Se o preconceito existir, ele se manifestará concretamente, como vimos, de maneira econômica. Ofensas e comportamentos preconceituosos que não afetem diretamente o campo econômico são caso de polícia, previstos no artigo 5 da constituição, e não devem ser critério definidores de merecimento de cotas ou não.
    Não considero justo, pelos menos motivos apresentados acima, e que ao meu ver estão de acordo com a teoria de Rawls, que o argumento da dívida histórica para com a população negra seja consistente. Quando falamos de ricos, pobres, negros e brancos, quando falamos de homem, não falamos de ninguém. Falamos de todos, essas palavras são abstrações que levam em conta características que podem definir todos os membros do conjunto abordado, sem distinção, e como abstrações não existem concretamente. Não existem branco, negros, e homens, existem várias pessoas, concretas, cada um com uma história e uma contingência. De fato, a maioria dos negros foram descendentes de escravos, mas se isso tem alguma influência na sua vida, para o bem, ou para o mal, se concretizará de forma econômica, e generalizar as cotas para os negros, como se todos tivessem sido escravos, e como se nenhum deles tivessem conseguido suplantar essa condição é dizer que todos os negros pagam o preço por terem ascendência escrava, o que não é verdade em sentido estrito.

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  33. Para Rawls, o surgimento de uma sociedade justa se daria a partir da criação de um contrato que controlasse os interesses em prol do benefício coletivo. Assim, ele sugere a execução da Posição Original, com o auxílio do Véu da Ignorância para dar origem a um contrato social que seja capaz de beneficiar todas as pessoas de uma determinada sociedade. Ele também diz que dois princípios são básicos para regular a sociedade com a atribuição de direitos e deveres.

    Primeiro princípio: a liberdade. Esta existe em tipos diversos, e o autor defende que todas elas devem ser concedidas igualmente a todos os indivíduos da sociedade. Segundo princípio: a igualdade - ou desigualdades ajustadas -, direitos econômicos e sociais organizados de maneira que sejam, de certa forma, vantajosos para todos e que ofereçam iguais oportunidades a todos. Seguindo esta linha de raciocínio, um sistema injusto seria aquele no qual as desigualdades econômicas não gerassem beneficios iguais aos seus membros.

    John Rawls considera uma sociedade justa aquela que é fundamentada nos dois princípios anteriormente citados, princípios estes que levam em consideração o mesmo nível de oportunidade a todos os membros da sociedade. No entanto, não é fácil chegar a uma divisão de direitos e deveres que seja completamente justa, e Rawls sugere que devemos imaginar a pior situação na distribuição destes direitos e deveres e então criar uma escala onde a primeira posição seria ocupada pela 'menos pior' maneira de formular o Contrato Social. Esta situação seria a escolhida como sendo a melhor forma de justiça, por evitar a ocorrência de maiores injustiças, e não porque de fato contemple a todos os indivíduos de maneira totalmente satisfatória. Essa estratégia denomina-se Maximin.

    Dessa forma, para o autor, a utilização dos dois princípios aplicados aos exercícios mencionados da Posição Original, conduziria às melhores escolhas na organização de uma sociedade para que esta fosse justa.

    Aline B. Silva - RA 21080413

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  34. A maior herança na obra de John Rawls está na elaboração de uma teoria da justiça que compreende a liberdade como valor supremo da natureza humana e a igualdade como valor fundamental na convivência política. Importante destacar que sua teoria foi de certa forma um somatório de pressupostos, “não operando em um vazio histórico” e sempre concebendo premissas anteriores a ele desde o século XVIII.
    Partindo da investigação sobre o que é uma sociedade justa, Rawls defende que tal valor está baseado na equidade (fairness ). Resumindo sua argumentação em três pressupostos, temos:

    Primeiro: O pressuposto da escassez moderada de recursos
    Rawls afirma que a quantidade de recursos disponíveis está inferior à sua demanda. Reconhecer isso significa validar o conflito entre o desejo limitado da posse e os bens escassos.

    Segundo: Reconhecimento do fato do pluralismo
    A sociedade moderna é formada pelo irredutível pluralismo das formas de vida e por isso não convivemos mais em uma sociedade onde há uma única doutrina do bem absoluto. Rawls representa com seu modelo teórico uma ruptura entre o modo de entender política clássico e o moderno. Se na primeira vertente a preocupação era investigar o bem supremo, na política moderna “tem como papel fundamental o estabelecimento de princípios de justiça que possam regular a vida em comum de indivíduos que embora divergindo sobre o sentido último da existência, são indivíduos que nascem e permanecem livres e iguais em direitos”. Tal expressão é herança da Declaração dos Direitos do Homem da Revolução Francesa. Uma vez que desmistificada a premissa do poder de origem divina, cabe à filosofia política moderna investigar a legitimidade do poder político.

    Terceiro: Reconhecimento de todos os membros da sociedade como indivíduos racionais e razoáveis
    Todos os indivíduos são capazes de formular uma concepção de bem e de desenvolver um senso de justiça. Ao lado desta capacidade, as pessoas sabem respeitar os termos equitativos da cooperação social. Por exemplo: Não é só porque uma vez que estabeleci meus fins eu deva querer que o outro não estabeleça os dele. O fim do outro não é obstáculo ao meu fim. Um vez que racionalidade é o poder moral intrínseco de todo homem que o permite estabelecer fins e os atingir da melhor maneira possível, razoabilidade se trata da nossa capacidade de perceber que certos fins não podem ser os melhores.

    Justiça para Rawls é a virtude de toda e qualquer instituição de governo da mesma maneira que em escolas de pensamento se tem a busca da verdade. Uma vez que teorias não sejam compatíveis com a verdade, estas devem ser falseadas e substituídas pela mais válida. Analogamente, uma lei injusta vigente deve ser refutada e reformada.
    A justiça como equidade seria uma alternativa ao utilitarismo, pois a representando desta forma, o outro jamais pode ser utilizado como um simples meio para atingir meus fins.

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  35. José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312

    Como foi visto, Rawls procura definir sua teoria de justiça criticando a visão utilitarista de Kelsen, utilizando-se do argumento de que a maximização do bem-estar não é justa. Dessa forma, aponta o "Véu de Ignorância", a "Posição Original" e o Equilíbrio Reflexivo" como instrumentos para que se alcance a justiça. Além também, dos dois princípios de justiça formulados por ele já definidos aqui em outros comentários.
    Em sua teoria, Rawls afirma que esses princípios devem ser estendidos a todos os indivíduos, fazendo com que todos tenham os mesmos direitos iguais e mesmas condições de oportunidades. Além de também mencionar que deve haver um modo de compensar os mais prejudicados, afim de diminuir as desigualdades.
    Porém, tendo como base as discussões feitas em sala nas duas últimas aulas, podemos perceber como é complexo esse mecanismo criado por Rawls para que exita uma sociedade justa.
    Na aula em que foi proposta a divisão justa da caixa de bombons, foi possível perceber o quanto é difícil estar sob o Véu de Ignorância e buscar o Equilíbrio Reflexivo tentando sempre fazer com que nenhum grupo seja prejudicado ou injustiçado. Mostrando que por mais que o autor não defenda o utilitarismo, muitas vezes a maximização do bem-estar acaba de uma maneira ou de outra acontecendo, pois é difícil tomar decisões que façam com que todos os indivíduos se sintam satisfeitos.
    A outra questão levantada na aula, a questão das cotas, nos mostra como Rawls defende medidas compensatórias para a solução de problemas. As cotas podem não ser ruins e ajudar muitas pessoas desfavorecidas a entrarem em universidades, o que no futuro pode lhes garantir maior igualdade de oportunidades e até acabar u diminuir consideravelmente os preconceitos.
    Porém as medidas compensatórias não podem ser pensadas a longo prazo. É claro que é justo compensar os indivíduos que de alguma maneira foram e são prejudicados dentro da sociedade, mas só compensar não é suficiente. É preciso investir em medidas que em longo prazo acabem com o problema, e não apenas o compense.

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  36. O debate trazido por John Rawls é sobre o dever do estado de garantir que haja um sistema de equidade vigente, com um novo contrato social baseado em princípios de justiça. Para o autor a justiça deve ser base das instituições sociais com a igualdade sendo sua principal característica. Sua teoria se baseia em uma filosofia que procura uma construção de sociedades mais justas acreditando que o contrato social que deve controlar a sociedade buscando na mesma o bem estar coletivo. Os princípios que Rawls considera mais importante para uma sociedade são os de liberdade igual para todos e o princípio da diferença, assim defende que todos devem ter as mesmas oportunidades na sociedade independente das diferenças contidas na mesma. É possível ver a defesa do autor por uma sociedade baseada por um contrato social que defenda a equidade e a justiça. Liberdades básicas devem existir para todos e também ser acessíveis igualmente entre todos os membros da sociedade; desde que as desigualdades mínimas sejam respeitadas.

    Victoria Caroline Barros Araujo
    RA:21080313

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  37. John Rawls elabora, em sua teoria sobre a justiça, a ideia de que a justiça deve ser estabelecida sobre um véu de ignorância, ou seja,
    o legislador deverá supor que não sabe em qual posição social ocupará na sociedade, garantindo dessa forma que não exista qualquer influência do legislador no sentido de beneficiar a classe social na qual está inserido. Os ideais de justiça impostos por esse "profissional" devem atender a todas as classes a fim de garantir a igualdade, e para isso é preciso supor que está fora da sociedade. Conclui-se assim que a justiça de Rawls visa a igualdade entre todos os indivíduos da sociedade.
    Unindo essa ideia com o vídeo sobre as cotas e o debate estabelecido sobre as ações afirmativas, estrutura-se o questionamento: afinal, seriam elas ações que convergem com a ideia de justiça de Rawls ao equiparar os indivíduos e garantir que possam ter equidade perante os outros indivíduos ou, em outro sentido, divergem do ideal de Rawls ao serem um princípio ainda mais desagregador e diferencial entre as pessoas de uma mesma sociedade ao garantir, a algumas delas, certos "privilégios"?
    Em minha opinião, as políticas afirmativas visam equalizar a posição de alguns indivíduos em uma sociedade que não possuem os mesmos instrumentos de outros componentes dessa sociedade para alcançar um objetivo comum. Ao agir de modo a garantir os instrumentos necessários, a equidade está posta, e assim os indivíduos podem escolher o modo de vida que desejarem, conforme determina o modelo liberal, sem impedimentos externos (como a falta de componentes) a eles.

    Kevin Rossi Freitas, RA: 21071613

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  38. Lara Silva Obana RA: 21073413


    No comentário anterior já abordei diversos pontos em relação à Teoria da Justiça como equidade proposta por Rawls, assim neste comentário gostaria de retomar alguns pontos ditos anteriormente de forma resumida e discutir algumas questões colocadas em aula.

    A defesa de Rawls é da Justiça como Equidade. Para ele a Justiça é a primeira virtude das instituições sociais. Em uma sociedade justa não é aceitável que a perda da liberdade de alguns seja justificada pelo bem maior, assim em uma sociedade justa os interesses individuais não devem ser negociados, assim como as questões políticas ou interesses sociais. A única situação que justifica uma injustiça é se ela for necessária para evitar outra maior ainda.

    Rawls mostra que é necessário um contrato social para formular a concepção de justiça. Esse contrato deve expressar a criação de compromissos entre pessoas que respeitam e agem de acordo com determinadas regras de conduta. No contrato é necessário um negociador, esse negociador não deve deixar que suas concepções pessoais interfiram na elaboração do contrato, sendo necessário estar sob o “Véu da Ignorância”. O Equilíbrio Reflexivo também é um ponto essencial que faz com que haja ordem na elaboração do contrato.

    Portanto na sociedade de Rawls as normas existem para gerar um sistema de cooperação mútua e para o benefício de todos. Entretanto os indivíduos possuem interesses conflitantes e daí que entra as regras e os contratos para resolver esses conflitos e melhor organizar a sociedade e repartir os benefícios. Aqui entra a Justiça com função de definir a atribuição de direitos e deveres e distribuir os encargos e benefícios da cooperação social.

    Quando o professor Peluso criou o debate em relação à caixa de bombom distribuída em sala de aula, foi exposta de maneira simples a proposição de Rawls e a elaboração de um contrato. Por meio da discussão foi proposto que adotássemos uma Posição Original e que o Equilíbrio Reflexivo fosse exercido. Porém foram posições difíceis de serem colocadas, uma vez que é de extrema dificuldade não pender para o lado dos nossos interesses.

    Nos vídeos apresentados da série The Tudors percebe-se como é difícil de desvencilhar dos interesses pessoais e como esses interesses interferem na liberdade e igualdade da sociedade, gerando uma sociedade desigual e com grande falta de liberdade de opinião.

    Em relação às cotas, elas satisfazem a teoria de Rawls, uma vez que proporcionam possibilidades para certos indivíduos cm a intenção de colocá-los no mesmo patamar de outros que tiveram melhores oportunidades antes. Entretanto, particularmente, acho que as cotas sociais são as que fazem a diferença e não as raciais. As sociais sim são de extrema importância para a inclusão de um grupo desprovido de mesmas condições que outros e já que a maioria da população de baixa renda é negra há (automaticamente) a inclusão racial.

    Além disso, colocar cotas apenas no ensino superior não é suficiente. Como esperar que um indivíduo que nunca teve boas condições de estudo chegue a um ensino superior de ótima qualidade por meio de cotas e mantenha o mesmo nível que outros que sempre tiveram uma boa formação? Não venho assim dizer que as cotas são desnecessárias, não, é um ponto importantíssimo para a inclusão social de grupos desfavoráveis, mas elas precisam ser aplicadas de maneira correta, inclusive no começo do ensino básico, para no futuro esses indivíduos terem as mesmas oportunidades que outros.

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  39. Segundo Rawls, a justiça nega que a perda da liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por outros. Assim, os direitos assegurados aos indivíduos não estão sujeitos à negociação políticas ou estudo de interesses sociais. Uma injustiça é tolerável apenas quando é necessária para evitar injustiça ainda maior.
    Os princípios da justiça social fornecem um modo de atribuir direitos e deveres nas instituições básicas da sociedade e definem a distribuição apropriada dos benefícios e encargos da cooperação social. O primeiro princípio da justiça estabelece que cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades básicas compatíveis com os sistemas de liberdades para todos e o segundo estabelece que as desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas para que sejam simultaneamente consideradas vantajosas para todos e vinculadas a posições acessíveis a todos.
    A partir disso, podemos relacionar a Teoria de Rawls com a questão das cotas. O sistema de cotas seria uma maneira de permitir a liberdade e igualdade de todos, sem injustiça social. Ele seria uma forma de garantir que a diferenciação econômica e social satisfatória poderá ser estabelecida somente se beneficiar a todos, principalmente os grupos menos favorecidos. Logo, todos devem ter igualdade de oportunidades diante de todos os bens sociais.
    Quanto à série “The Tudors”, percebemos que a sociedade retratada não segue os ideais de justiça de Rawls, já que há condições desiguais entre os membros e o contrato social não foi estabelecido sob o véu da ignorância.
    Ana Caroline de A. Coutinho RA: 21048113

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  40. Rawls debate a justiça na equidade, onde os indivíduos devem possuir igualdade e liberdade, e a justiça está no fato de todos terem a possibilidade de buscar aquilo que desejam, porém, o desejo ilimitado de posse por parte dos seres humanos gera conflitos entre classes e entre todos os indivíduos que concorrem por algum tipo de bem ou recurso. Outra consideração é o fato da diversidade, Rawl vai contra o pensamento de um bem comum e também reconhece os indivíduos dotados de racionalidade e razoabilidade com capacidade de escolha.
    Para se alcançar uma melhor justiça, a riqueza deve ser distribuída de forma equitativa e todos os indivíduos devem ter suas necessidades primárias atendidas. Em posição original e a partir do véu da ignorância, todo o passado e experiência deverão ficar para trás, para um julgamento liberto de pré-conceitos e concebido pela imparcialidade, e dessa forma será estabelecido um contrato social que não garanta direitos somente para a classe dominante, e sim para toda a sociedade. A justiça de Rawls não teve vez no primeiro vídeo de Tudors, já que prevaleceu a justiça parcial de um nobre supremo, fazendo com que o julgamento do personagem condenado não fosse feito sob nenhum véu da ignorância ou posição inicial.
    Já na questão das cotas, acredito que seja uma forma de dar condições primárias para as minorias e uma tentativa de equidade na sociedade atual.

    Natália de Lima Pereira 21016913

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  41. Rawls propõe que a sociedade através do uso da razão e despida de seus interesses particulares, realize um contrato social onde cada um abra mão de seus prazeres e satisfações em função da fundação do estado, justificando assim a existencia de uma sociedade civil organizada, onde todos vistam o "véu da Ignorância" para que possam estabelecer as liberdades e hierarquiza-las de acordo com um critério.
    Desta forma acredita que todos teriam a mesma oportunidade diante do estado e que uma injustiça só pode ser praticada quando tiver por objetivo impedir uma injustiça maior. Neste caso a ação injusta é justificável e obrigatória.
    Na teoria de Raws, busca-se a justificação para a ação do Estado, delimitando o seu raio de ação e hierarquizando que liberdades devem ser preservadas. Acontece que uma vez estabelecido o "pacto social" pelos homens "cultos" e "civilizados" as premissas para as liberdades mais importantes que as outras estariam sendo escolhidas e impostas ao restante da sociedade. Qual princípio pode estabelecer que estas ou aquelas liberdades devem ser preservadas em função das outras. A Liberdade de comércio ou de propriedade seria mais importante que a liberdade de todos terem o direito de se alimentar e usufruir de todos os bens produzidos socialmente?
    O estado na verdade como bem observou Adam Smith "é um instrumento para defender o rico do pobre, os que possuem propriedade dos que não possuem propriedade alguma"(A Riqueza das Nações).

    Wanderson Coelho Pinheiro

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  42. Inicio o presente comentário com a seguinte questão: qual seria a melhor forma de organizar a sociedade? Qual seria a melhor forma para repartir os diversos benefícios entre os indivíduos?
    Rawls propõe um modelo de instituição que deveria sustentar um conjunto de regras, e assim aplicar o valor da justiça, e então as desigualdades sociais tenderiam a diminuir. Portanto, sua teoria visa resolver os conflitos provindos da distribuição de bens sociais entre os indivíduos.
    Nesta teoria encontramos o uso do critério de “maximin”, que consiste em imaginar qual poderiam ser os piores resultados possíveis das diversas concepções de justiça concorrentes, e arrumá-las em graus. Por isso, segundo Rawls, os princípios de justiça que trazem os resultados “menos piores” para a vida em sociedade devem ser os escolhidos. Rawls ressalta o sentido comum para as ideias da igualdade dos direitos, da oportunidade sendo acessível para todos e com a equidade, sendo que tudo deve ser o mais pleno possível.
    Podemos então afirmar que as políticas que visam a igualdade social são totalmente justificáveis na teoria de Rawls.

    Matheus França de Melo

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  43. Caroline Aguiar de Siqueira
    RA 21055413

    Raws elabora “Uma Teoria da Justiça” como uma observação da sociedade moderna, perante o conceito histórico e político da época.

    John Raws afirma que Liberdade e Igualdade são os principais valores da justiça, formulando três pressupostos básicos da teoria da justiça como equidade:

    - Escassez moderada de recursos: Não podemos partir da escassez e nem da abundância de recursos para a construção de uma teoria da justiça.
    - Reconhecimento do fato do pluralismo: Reconhecer que não há uma “única doutrina do bem” a ser seguida por todos.
    - Reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis.

    Os três pressupostos encaminham a questão da justiça social como equidade, onde se considera a existência da desigualdade em meio a sociedade, e para que haja uma sociedade completamente justa, os indivíduos devem ser providos das mesmas liberdades e mesmas oportunidades, e o Estado seria responsável por assegurar os direitos que partem dos princípios básicos.

    Em sua teoria, Raws assume a ideia de que uma sociedade justa é aquela onde é presente a igualdade de oportunidades. Todos que desejarem alcançar um objetivo podem consegui-lo por igual. Caso suas diferenças interpretem desvantagens, essas seriam compensadas para que haja um processo justo, já que o contrato deve seguir princípios de liberdade e igualdade de oportunidades.

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  44. Rawls fez uma teoria baseada num sistema equitativo. Para ele, nada do que fosse feito, poderia desprezar uma minoria, mesmo que, agindo dessa maneira, provocasse felicidade em uma imensa maioria favorável a um certo meio de agir. Esse sistema igualitário seria defendido por uma instituição, que teria como dever o ato de coibir a injustiça social.
    Sobre a teoria de justiça feita por Rawls, a mesma traz alguns princípios que são: Princípio da liberdade igual; Princípio da oportunidade justa; Princípio da diferença; sendo que, o 1º trata de que a sociedade garanta uma liberdade compatível a liberdade dos outros (de maneira igualitária), o 2º diz que onde houver desigualdade social e/ou econômica, essa deve ser balanceada com condições de justa igualdade nas oportunidades, já no 3º princípio é de que onde houver desigualdades socioeconômicas, os favorecidos devem ser beneficiados.
    Ao analisarmos o de maneira mais abrangente a teoria de Rawls, vemos que a mesma traz um conteúdo muito significativo e a princípio, algo não tão difícil de se aplicar, mas, a medida em que vamos nos aprofundando no tema, começamos a perceber que ela é praticamente inaplicável, pois atingir um nível de igualdade e satisfação a todos em uma comunidade é algo impossível, devido as grandes disparidades de interesses e situações, quando se tenta beneficiar os desfavorecidos, você acaba desigualando outros fatores, e assim, começa-se tudo do princípio novamente.

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  45. Rawls é um contratualista na mesma tradição de Locke, Rousseau e Kant. No capítulo inicial chamado de Justiça como Equidade, Rawls apresenta a sua concepção de justiça e tenta diferenciá-la do utilitarismo de Bentham e Mill e também do intuicionismo. O filósofo americano define sua teoria como deontológica, na mesma tradição de Kant, o que é o oposto da tradição teleológica, que visa atingir um fim ou objetivo.
    Dois termos novos que Rawls cria são a posição original e o véu de ignorância. A posição original é o estado teórico em que as pessoas estariam antes de poderem escolher entre a justiça como equidade de Rawls e o utilitarismo de Bentham e Mill. O véu de ignorância impossibilita a pessoa de saber sua posição original e suas qualidades e potencialidades.
    Apresentados esses termos, Rawls descreve um sistema de justiça e analisa se ele é válido. O exemplo é o seguinte: ” Todos os valores sociais-liberdade e oportunidade, renda e riqueza, a as bases sociais do autorrespeito-devem ser distribuídos de forma igual, a não ser que uma distribuição desigual de um ou de todos esses valores seja vantajosa para todos.” Esse, na verdade, é o primeiro princípio geral.
    Aspectos psicológicos que poderiam causar um desajuste a essa sociedade bem-ordenada. A inveja é um desses casos. Rawls especula como o sentimento de inveja de um grupo de cidadãos poderia ser uma ameaça àqueles que estão em uma posição superior. Isso poderia ser causado pela baixa auto-estima desse grupo ou por causa de um sentimento de injustiça devido a uma má ordenação da sociedade. Rawls sugere que em um Estado contratualista, instituições variadas permitiriam a cada um exercer suas potencialidades de maneira adequada. Portanto, nesse tipo de Estado, a inveja não deixaria de existir, mas seria mais facilmente contida. Rawls diferencia sua teoria da justiça das doutrinas teleológicas. A teoria da justiça admitiria muitos fins, e cada um poderia buscar o tipo de felicidade que lhe fosse mais adequado.

    RA 21068213

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  46. Brenda Dantas Lopes Bela - RA: 21036513

    Em sua obra John Rawls discorre sobre a Justiça e uma sociedade justa, relacionando o papel do Estado como responsável pela mesmo, levantando um sistema pautado na equidade, além de ideias como bondade e racionalidade. A equidade seria a virtude de todas as ações tanto das instituições políticas quanto sociais. Para que essa sociedade justa fosse levantada seria necessário um contrato que regulasse os interesses em benefício de todos, para isso seria necessário a utilização do ‘véu da ignorância’ esse teria a função de ‘esconder’ as posições e características gerando uma posição original de equidade. Isso garantia a construção do Contrato Social, já que apenas através deste o homem decidiria por princípios que não poudessem beneficiar uns e prejudicar outros. Rawls desenvolve alguns princípios, que na opinião do autor deveriam ser aceitos por todos, entre eles estão: Liberdade Igual – a sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa ; Diferença – quando as desigualdades econômicas e sociais beneficiam os menos favorecidos ; Oportunidade Justa – aquela que diz que as desigualdades socioeconômicas devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidade. A teoria desenvolvida por Rawls busca solucionar os conflitos da distribição de bens sociais entre a comunidade. A sociedade que Rawls idealiza é formada por uma igualdade democrática, que perante a justiça que deveria existir em suas instituições, garantindo o direito de todos sem favorecer alguém mais que outro. O autor deixa no ar que isso seria então um esforço teórico para um novo contratualismo. Com isso geraria um equilíbrio na distribuição de renda, riqueza e benefícios sociais, ou seja, uma sociedade fundada na justiça social.
    Rawls diz que precisamos pensar de forma igualitária, onde as desigualdades deve serm consideradas. Os valores sociais devem ser divididos de maneira igualitária, só podendo haver desigulaldade se todos, sem restrição, sofrerem dela. O autor por fim, afirma que em uma sociedade bem organizada, deveria existir um consenso com relação à justiça, sendo esta o árbitro entre os conflitos, onde ela moldaria a estrutura da sociedade.
    Em relação ao seriado The Tudors, avaliando os episódios disponíveis, pode-se perceber que existe uma sociedade claramente dividia (nobreza, clero e servos). A justiça de Rawls, em sua maioria, não ocorre. A liberdade não era vista como um direito de todos, não tinha a liberdade de expressão e nem direitos iguais. Já as políticas afirmativas (cotas), Ralws defende que em uma sociedade justa, os cidadãos que são desprovidos de recursos para competir igualmente com outros, devem ser auxiliados para que a desigualdade seja amenizada, ou seja, Ralws é a favor das políticas afirmativas. As cotas, em uma primeira avaliação, seria uma boa ação igualitária já que a oportunidade de entrar em uma universidade de ponta levaria a uma melhora na vida do indivíduou posterior ao término dela. Em minha opinião, as cotas são uma ferramenta de ‘tapar o sol com a peneira’ já que o problema não é passar no vestibular mas sim, a raíz da educação brasileira que está em ruínas. As cotas portanto, não seria a maneira mais correta de acabar com a desigualdade e nem minimizar os problemas a longo prazo, já que o problema seria levado com a barriga e não resolvido. Juntamente com as cotas deveria vir políticas públicas que alterassem o cenário da educação no Brasil, melhorando a educação de base, dando melhores condições aos mestres e professores, disponibilizando material, incluindo as pessoas a grupos de estudos e formação e outros benefícios que levariam a uma maior igualdade a longo prazo.

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  47. Quando começamos a discutir sobre Rawls, primeiramente temos que nos lembrar dos pressupostos sobre os quais está calcada sua ideia de justiça e de sociedade justa.
    Primeiramente, para o autor, a justiça precisa ser, necessariamente, a primeira virtude das instituições sociais; não deve ser aceito que algumas pessoas sofram para que uma maioria possa se beneficiar. Além disso, “os direitos assegurados pela justiça não estão sujeitos à negociação política ou ao cálculo de interesses sociais” e “uma injustiça só pode ser aceita se ela evita uma injustiça ainda maior”.
    Prosseguindo com o debate trazido por Rawls, não há um consenso entre as pessoas sobre como os bens produzidos em comum serão distribuídos, então, para isso existiria a justiça social que é composta por princípios de ordenação que nos dirão como os bens poderão ser distribuídos.
    Dessa maneira, podemos concluir que uma sociedade é bem ordenada quando norteada por uma concepção pública de justiça, esta sendo partilhada de modo que estabeleça vínculos de convivência cívica.
    Nesse sentido, Rawls estabelece dois princípios da Justiça, que seriam:
    1) Cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades básicas iguais que seja compatível com um sistema semelhante de liberdade para as outras.
    2) As desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas de tal modo que sejam ao mesmo tempo:
    a) consideradas vantajosas para todos dentro dos limites do razoável.
    b) vinculadas a posições e cargos acessíveis a todos.
    Esses dois princípios podem ser aplicados à estrutura básica da sociedade, governam a atribuição de direitos e deveres e regulam as vantagens econômicas e sociais.
    Outra ideia interessante trazida por John Rawls é a referente a um processo equitativo possibilitado pelo que ele chama de “véu da ignorância”. Nesse caso, o legislador de uma determinada sociedade, ao cumprir suas funções, deveria colocar esse véu, de modo que desconheceria a posição social que viria a ter na sociedade. Assim, seria possível a criação de uma sociedade mais justa tanto quanto fosse possível se adotado esse mecanismo.
    Dessa forma, o debate proposto pelo professor, sobre as cotas e ações afirmativas nos traz reflexões muito interessantes, pois, de acordo com o que aprendemos sobre esse pensador, a existência de cotas favoreceria a existência de uma sociedade mais equitativa que permitisse com que os indivíduos alcançassem mais liberdades iguais e básicas como, por exemplo, a liberdade política. Além disso, para o autor, a distribuição dos bens produzidos deve procurar sempre abranger os grupos que estão em desvantagem política, social e/ou econômica.

    Giovanna Fidelis Chrispiano
    21005013

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  48. A teoria da justiça de John Rawls nos propõe um debate acerca de uma sociedade justa, de como a sociedade deve distribuir seus bens. Na visão do autor, os bens devem ser distribuídos de forma igualitária. A liberdade e as oportunidades estariam nesse âmbito. A desigualdade só seria permitida visando o benefício dos menos favorecidos. Para Rawls, isso é justiça.

    Pode-se relacionar isso com a questão da implantação das cotas. Em um dos vídeos que o professor recomendou, vemos como seria um debate entre Rawls e o Liberalismo Clássico em relação a esse assunto. A implantação das cotas vai contra os ideais do liberalismo clássico. Mas para Rawls, as cotas seriam uma forma de igualar as oportunidades perante os menos favorecidos, tendo assim uma sociedade mais justa.

    No texto recomendado, o Prof. Dr. Luiz Paulo Rouanet expõe a relação entre a teoria de Rawls e as cotas nas universidades. “A ação afirmativa é um mecanismo compensatório, necessário para reverter, ou diminuir, a desigualdade em nossa sociedade, até o ponto de torná-la aceitável para os que estão em pior situação social”. Isso se encaixa perfeitamente na visão de Rawls. A meu ver, as cotas são necessárias, pois a grande desigualdade é um mal não só para os menos favorecidos, como também para a sociedade em geral.

    Lara Rodrigues Alves RA:21059213

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  49. Para Rawsl a justiça é a primeira virtude das instituições sociais e uma sociedade justa tem como pressupostos a liberdade de cidadania igual e invioláveis. Uma sociedade por sua vez, se caracteriza pela associação de pessoas cujas relações se obtem vantagens mútuas. Porém, como a inclinação dos homens ao interesse próprio causa um conflito nesta relação, é necessário um conjunto de princípios que ordene a divisão das vantagens. Uma sociedade bem ordenada, segundo Raws deve ser planejada de maneira a promover o bem de todos os seus membros e ser regulada por uma concepção comum de justiça. Desta forma, o Estado cuida de elaborar um sistema capaz de garantir a equidade na sociedade. O autor acredita que devem ser elaboradas políticas que minimizem as diferenças. O autor fala sobre a compensação das diferenças e podemos trazer essa visão para o sistema de Cotas nas universidades, que tem como objetivo proporcionar igualdade de oportunidades para que todos tenham as mesmas chances.

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  50. John Rawls formulou sua teoria baseando-se no princípio da justiça como equidade. Desse pressuposto decorreram três implicações: "Escassez moderada de recursos, dada a existência da finitude dos bens ante a demanda aos mesmos"; " Pluralismo: existe um acordo irredutível entre as diferentes concepções de “bem”, pois as pessoas divergem de opiniões devido aos seus diferentes estilos de vida." e "Reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis".
    Justiça é a primeira virtude de todas as ações humanas e sociais e é impossível, segundo ele, separá-la da moral, da política e do sistema econômico. Em sua obra, ainda aponta que o papel do Estado está na manutenção de uma sociedade justa, baseada nos conceitos de equidade, bondade e racionalidade. Numa sociedade justa, os cidadãos possuem direitos igualitários, que devem ser garantidos pela justiça.
    Contrapondo-se com as ideias utilitaristas, a teoria da justiça de Rawls propões que a distribuição igualitárias dos bens sociais deve partir da determinação de um contrato social, e não na maximização do bem-estar de um conjunto de indivíduos.
    O sistema de cotas tem lugar nos ideais defendidos por Rawls, já que possui como propósito diminuir as desigualdades pré existentes, de modo a igualar as possibilidades, tornando as situações dos indivíduos próximas a igualdade. Pode ser entendido, também, como uma justiça histórica às minorias que foram segregadas durante a formação da sociedade.

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  51. Para John Rawls, uma sociedade justa é composta basicamente por um contrato social onde a justiça prevaleça, acima de tudo. Como a sociedade é regida por um contrato, o autor acredita que os integrantes da sociedade buscam seguir o contrato social, acabam assim por chegar ao bem estar coletivo através de suas escolhas.

    Outro ponto importante é que Rawls busca o ideal de igualdade dentro da sociedade. E caso haja desigualdade, é necessário que se organize para que se possa obter bem estar coletivo.

    A partir da visualização dos vídeos propostos, é possível observar que não havia igualdade, mas sim uma dominação do clero e da nobreza perante a sociedade. Podemos também observar quanto a idéia do nosso representante, onde este deve atender a todos, principalmente os menos favorecidos, conquistando o bem estar coletivo e atendendo o interesse de todos.

    GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
    RA: 21081113

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  52. Grande parte da teoria de Rawls trabalha com a ideia da sociedade regida pelo “Contrato Social”, mecanismo que existe para promover maior harmonia entre os indivíduos parte uma sociedade. Esse contrato impede que as necessidades individuais se sobreponham às do todo, gerando um clima de beneficio mútuo onde as ações só serão consideradas aceitas quando ambas as partes envolvidas forem beneficiadas. Sua teoria busca uma construção de uma sociedade mais justa, onde as desigualdades no desenvolvimento da sociedade devem ser sanadas em busca de desconstruir o pensamento de que “que quem nasce pobre, morre pobre e quem nasce rico, morre rico”, por assim dizer.
    O vídeo proposto, sobre a polêmica de cotas, traz para o debate e reflexão sadias acerca da teoria de Rawls e é também um meio de colocar em prática os conceitos abordados. Através das ideias do autor, é possível dizer que as cotas vem como uma política que objetiva amenizar injustiças passadas, em busca de encontrar, a partir dos resultados desse mecanismo, um equilíbrio de oportunidades, em igual número, aos membros da sociedade em questão.
    A proposta é de diminuir a desigualdade de chances de participação em organismos como universidades, há muito tempo elitizadas e opressivas, em certo grau, em suas políticas de inserção social. O resultado seria observado no surgimento de uma dinâmica mais justa dentro um sistema equilibrado onde as minorias tem mais vez que anteriormente em busca do bem-estar social e do desenvolvimento do todo.

    Francisco Sergio Vasconcelos Coelho
    RA: 21078713

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  53. Jonathan Leite Soares 21073313

    Rawls vê a justiça como algo natural, em que todos carregam a mesma concepção de justiça. Já a sociedade, para Rawls, tem um caráter de associação vinculado a um conjunto de regras e normas, que existem para fomentar um sistema de cooperação mutua de todos para todos.
    Cada individuo tem seus próprios interesses e ambições de maximizar suas vantagens, o que gera conflitos de interesses.
    Para solucionar esses conflitos, existem regras que definem como os recursos devem ser divididos de forma justa a todos. Assim, a função da justiça nesse ocasião é a de definir a atribuição de direitos e deveres e a de distribuir os encargos e benefícios da cooperação social.
    Os princípios que regem a justiça são a liberdade, que não pode ser negociada, e a equidade, que se estabelece sob três critérios :
    1) Desconsiderar a abundancia
    2) Conscientizar-se que não existe uma teoria absoluta sobre o bem
    3) Reconhecer todos os indivíduos sociais como racionais.
    Assim, o Estado pode exercer esses conceitos de justiça numa instituição básica, isto é, numa posição original sob um véu de ignorância.
    Outro ponto importante de se atentar, é que Rawls nos traz a ideia de que o homem é racional e razoável, e que essa razoabilidade que o homem traz está ligada com a justiça.
    Em relação ao sistema de cotas, Rawls mostra que seria uma maneira de alcançar uma igualdade , ou seja, o sistema de cotas é uma legislação pela qual busca igualar as pessoas dentro de uma sociedade que não tem chances ou oportunidades.

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  54. Como dito em meu comentário anterior, Rawls define que a ideia principal da teoria da justiça é que os princípios da justiça para à estrutura básica da sociedade são o objeto do consenso ou ajuste equitativo e que a consideração dos princípios da justiça (consideração feita sob o ‘véu da ignorância’) é chamado de justiça como equidade. Deste modo, há a garantia de que ninguém seja favorecido ou desfavorecido na escolha dos princípios pelo resultado do acaso natural ou pela contingência de circunstâncias sociais. Considerando a justiça como equidade, temos que conceber as partes na situação inicial como racionais e mutuamente desinteressadas.
    Em uma segunda análise, feita sob maior quantidade de páginas, pode-se observar que Rawls fundamenta sua noção de justiça com três princípios básicos: o Principio da Liberdade Igual, em que a sociedade assegura máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros; o Princípio da Diferença, em que a existência de desigualdades socioeconômicas devem beneficiar os menos favorecidos; e o Princípio da Oportunidade Justa, em que as desigualdades devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades. Faz-se importante ressaltar que para Rawls ter senso de justiça e ser racional eram pré-requisitos para o debate acerca do que é justo.

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  56. Patrícia Gabriela S. Arcanjo RA:21036813 patty.gaby@uol.com.br

    A teoria de Ralws se baseia no princípio de justiça como equidade. A igualdade é colocada como referência moral, e a justiça como virtude das instituições políticas e sociais.
    Justiça sendo definida dentro do fundamento de igualdade e condições iguais para todos os membros, seria a regulamentação entre a distribuição de bens produzidos e a imposição de direito e deveres que visem a prosperação da sociedade, mas, para que essa concepção de justiça exista, devem existir conceitos de justiças elaborados em comum acordo entre todos os homens da sociedade e para isso é necessário que todos estes homens tenham parâmetros sobre justiça minimamente iguais. Uma teoria de justiça é preferível a outra quando a outra é menos aceita, sendo desprezada.
    Assim, justiça é o ponto mais importante dentro das instituições sociais, sendo o ideal social mais amplo e universal.
    A justiça como equidade parte do ponto de que todos os indivíduos estão em iguais situações, onde ninguém está em posição privilegiada com a intenção de formular princípios que os beneficiem em relação aos outros, então os princípios da justiça ocorrem a partir dos resultados obtidos com acordos e negociações desenvolvidas com igualdade. Essa situação, faz com que seja constituído o estado adequado para que se estabeleça acordos com as partes inseridas em situações semelhantes, sem que haja discrepância entre as suas posições.
    No vídeo recomendado pelo professor, temos que as cotas iria contra os ideias do liberalismos clássico, mas já para Ralws, elas seriam uma forma de amenizar as desigualdades, tentando igualar as oportunidades dos menos favorecidos, levando assim a uma sociedade mais justa.

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  57. Luana André Assumpção (21054013)
    Em se tratando da teoria que suplanta a justiça de John Rawls, destacam-se alguns conceitos já elucidados, aos quais é imprescindível recorrer para uma análise criteriosa acerca de seu objeto de estudo.
    O primeiro deles diz respeito ao fato de que cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema total de liberdades básicas iguais que seja compatível com um sistema semelhante de liberdade para todos. O segundo, está relacionado ao ordenamento das desigualdades econômicas que ordenar-se-ão de modo a trazer o maior benefício possível aos menos favorecidos, bem como de forma a vincular-se a cargos e posições abertos a todos em condições de igualdade equitativa de oportunidades.
    A construção de uma sociedade justa no plano teórico ocorre através da regressão ao estado denominado posição original e utilizando-se do véu da ignorância (demonstrado com mais clareza nos vídeos da série The Tudors).
    A discussão que envolve a teoria da justiça proposta por Rawls se faz presente em diversas situações práticas para as quais é necessária a adoção de uma concepção acerca do que é "justo" com a finalidade de orientar a conduta humana e eventualmente (já que podemos observar a pouca frequência dos casos) atuar na correção de injustiças que em grande medida se colocam como onerosas à sociedade.

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  58. Na introdução da obra Teorias da Justiça escrita por John Rawls, o filósofo político se dispõe a, ao longo dos capítulos, esclarecer algumas questões; a primeira delas trata do papel da justiça nas sociedades. Na primeira parte há a criação de um cenário hipotético muito parecido com aqueles encontrados nos clássicos das teorias de Estado. Imagina-se um estado humano pré-organização coletiva, o famoso estado de natureza, e a partir desse ponto há a criação de uma organização social. Para Rawls, só é possível a criação de um contrato social quando todos os que nele entrarem estiverem sob um véu de ignorância, sendo também livres e tendo a ideia de que a vida em sociedade lhes trará mais benefícios se comparada com a vida em estado de natureza. Feito o contrato, podemos discutir as questões de justiça já que a sua definição depende de um consenso entre os membros da sociedade a se desenvolver.

    A justiça aparece na obra de Rawls como um consenso entre os novos indivíduos acerca da ORGANIZAÇÃO SOCIAL do grupo. Se trata da organização social a divisão do trabalho, e portanto o estabelecimento de deveres, a definição dos direitos e principalmente a divisão de todos os bens que serão produzidos por meio do trabalho, da cooperação social. A partir dessas formulações instituições importantes serão criadas e serão justas já que seguirão um consenso primeiro de justiça. Tendo isso em vista, podemos entender a frase em que o autor afirma que instituições sociais têm como premissa a justiça assim como os modelos teóricos têm como premissa a verdade. No entanto, é imprescindível se atentar ao que Rawls denomina como justiça: ela é fruto de um consenso sobre o que ela é para cada indivíduo segundo os seus valores; sendo assim, pode ser que a justiça decidida como premissa NÃO seja justa. Com essa explicação, ficamos livres diante desse modelo para julgar se a definição de justiça de uma sociedade é falha ou não. Mesmo Rawls afirma que, descoberta a injustiça de uma lei primeira, essa deve ser modificada para que se alcance a justiça, ou pelo menos se aproxime dela.

    Quando tratando da desigualdade, Rawls afirma que essa deriva de diferenças no ‘ponto de partida’ da vida dos indivíduos. Essas desigualdades podem não ser somente de ordem econômica, mas também de ordem social e política uma vez que em uma sociedade não só se distribui a renda, o alimento e os bens ‘fabricados’, mas também a autoestima, a partir dos discursos, e os direitos, que refletem diretamente no poder de palavra e ação para a construção social. Nessa questão podemos introduzir o diálogo sobre as cotas apresentado no vídeo. Nele as cotas são vistas como uma ajuda institucional concedida a negros e índios visando o alcance da IGUALDADE de oportunidades para os grupos minoritários diante dos grupos majoritários. A igualdade no ‘ponto de partida’ é importante para Rawls – como bem percebemos na sua explicação sobre a formulação do contrato social –, pois somente ela poderá justificar as diferenças de renda na sociedade. As cotas, portanto, seriam uma compensação e não um benefício, utilizadas para igualar os membros da sociedade para que o liberalismo possa funcional de maneira correta.

    Stefanie Gomes de Mello
    21014113

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  59. Leonardo Tessaroto Buscarino
    R.A: 21038613

    Partindo dos três pressupostos a seguir, Rawls elabora sua justiça como equidade dentro de uma sociedade que permite que todos os indivíduos tenham acesso as mesmas liberdades e oportunidades:
    1. Escassez moderada dos recursos, ou seja, todos os membros de uma sociedade devem ter as mesmas condições de acesso a estes bens.
    2. Reconhecimento do fato do pluralismo, onde deve ser entendido que não há uma única “doutrina do bem”.
    3. Reconhecimento de que todos os membros de uma sociedade são racionais e razoáveis.

    Assim,todos os indivíduos seriam beneficiados de forma igualitária se houvesse o emprego da posição original e do véu da ignorância para formação de um contrato social. Esta situação também regularia a sociedade, lhes atribuiriam direitos e deveres, liberdade e igualdade (ao meu ver a parte mais importante da teoria, pois não há justiça sem liberdade/igualdade).
    O diálogo das cotas se encaixa bem neste pressuposto, uma vez que se adicionadas mais oportunidades de que os seres humanos necessitados tenham mais chances de atingir os mesmos patamares que os outros, a fairness (equidade) garantiria os bens primários, o primeiro impulso para as conquistas pessoais de cada indivíduo. A teoria de Rawls, embora pra mim pouco aplicável nos dias atuais, nos mostra a importância que tem o fato de que a "balança da justiça" tenha que estar em pesos iguais, onde nenhum saia beneficiado sobre o outro.

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  60. John Rawls adota como valor magno a Justiça. Considerando, segundo Rawls, que para uma sociedade ser justa, ela deve praticar dois princípios de justiça. O primeiro princípio é a liberdade de expressão (pensamento e religião) onde não há privilégio para nenhum grupo. O segundo princípio é a possibilidade de todos os indivíduos da sociedade de mobilidade econômica e social, caso haja discrepâncias, o Estado deve atuar (interferir) para mitigar as disparidades e equalizar as oportunidades.
    O pensamento de Rawls é bastante visitado para justificações sobre a adoção de medidas como cotas em universidades públicas, as chamadas ações afirmativas. A obra de Rawls - especificamente o segundo princípio de justiça - afirma que uma sociedade justa deve realizar ações possibilitadoras de oferecer chances iguais para todos os integrantes da sociedade.

    EWERTON SOUZA MELO
    RA: 21024013

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  61. Rawls começa explanando em seu texto que cada pessoa deve decidir o que constitui o seu bem, e que um grupo de pessoas deve decidir aquilo que para elas é considerado justo ou injusto. Isso deve ser feito através da criação de um contrato, o qual deve ser elaborado por pessoas que se encontrem na Posição Original e que adotem o Véu da Ignorância, ou seja, que não deixem que suas concepções individuais interfiram na elaboração desse contrato. A “justiça como equidade”, defendida por Rawls transfere a noção de que o acordo sobre os princípios da justiça é alcançado numa situação inicial equilibrada, assim dado que todos os participantes estão em situações semelhantes e que ninguém está em posição de designar princípios cuja beneficiação atinja apenas a si mesmo, os princípios da justiça são o resultado de um acordo equitativo.

    Por meio da dinâmica da “caixa de bombom” realizada em sala foi possível entender as ideias de Rawls e, principalmente, como deve ser feita a elaboração de um contrato, na prática. Para conseguir distribuir a caixa de forma justa fomos obrigados a adotar a Posição Original e o Equilíbrio Reflexivo. Foi uma das aulas que mais me impactaram na vida, pois até então não havia refletido que aquilo que era trivial para mim, podia ser de extrema importância para outro, coloquei (de forma inconsciente) o meu parecer acima dos de outros.

    Luiz Fernando B.F. Lima
    RA: 21035313

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  62. RA: 21055812

    Em “Uma Teoria da Justiça” (1971), John Rawls empenha-se em oferecer um tratamento adequado ao problema da justiça, atendendo às exigências do patamar contemporâneo pós-metafísico. A importância de debruçar-se sobre a questão da justiça surge ao considerarmos o seu papel nas sociedades. Uma sociedade, na concepção adotada por Rawls, é uma associação de indivíduos visando à promoção do bem dos que participam dela. Tendo isso em vista, uma sociedade só pode ser considerada bem-ordenada caso regule as distribuições de vantagens, direitos, deveres e encargos de maneira adequadamente equilibrada, isto é, justamente. Ninguém estaria disposto a aceitar uma sociedade como sendo bem-ordenada se ela tivesse instituições básicas que distribuem os benefícios de maneira arbitrária, mesmo se fossem instituições eficientes. O êxito de uma sociedade, portanto, depende diretamente de um pré-requisito: ter como fundamento princípios da justiça. Contudo, o problema surge exatamente ao tentar determinar o conteúdo dos princípios da justiça: sabemos que existem diversas concepções de justiça que variam de indivíduo para indivíduo. Podemos, então, formular a questão da seguinte forma: na medida em que cada indivíduo defende certa concepção de justiça, como seria possível conceber uma concepção única de justiça como fundamento das instituições básicas da sociedade? Rawls não está disposto a oferecer uma resposta negativa à questão. Através de uma reformulação do tradicional conceito de contrato social, ele expõe uma possibilidade de estabelecer meios adequados para a determinação de uma concepção pública consensual de justiça. A ideia central consiste estabelecer uma situação hipotética em que princípios da justiça seriam aceitos por indivíduos livres e racionais em uma situação de igualdade, chamada de posição original. Contudo, para que esta situação seja efetivamente desinteressada e de igualdade, alguns pressupostos devem ser colocados. Os princípios devem ser escolhidos sob um véu da ignorância que não permite aos participantes conhecerem o seu lugar na sociedade. Desse modo, ninguém será afetado pelo acaso natural e nem poderá designar princípios em benefício próprio. Portanto, aceitando a liberdade e a racionalidade humanas e a situação hipotética da posição original de equidade, condições adequadas para a escolha de uma concepção de justiça estarão dadas.

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  63. John Rawls discute em seus escritos o papel da justiça, dizendo que as leis ou teorias da justiça que forem injustas, não podem ser consideradas pelos grupos sociais, e assim, ser abolida. Para ele, a verdade e principalmente a justiça estão a serviço da sociedade, de modo que contratos sociais que privilegiam os interesses de uma parcela da população sobre o interesse geral não são tolerados. Ou seja, as liberdades da cidadania igual são consideradas invioláveis. A grande questão que podemos levantar diante dessa afirmação de Rawls seria se é possível e como poderíamos aceitar uma teoria da justiça tão ideal, fundadas em princípios unânimes para com os conflitos e identidades de interesses dentro de um corpo social.
    Rawls apresenta dois conceitos que, segundo ele, resultariam num consenso. No primeiro, ele defende o direito individual de uma pessoa, como uma espécie de reflexo compatível com o sistema de liberdade de outra pessoa, sendo todos abrangidos num sistema de liberdade básico. No segundo, as desigualdades sociais e econômicas (geradores de conflitos) devam ser ordenadas de forma a equiparar as vantagens e desvantagens dentro do grupo social e dar oportunidade a todos os indivíduos que permeiem esses dois campos (distribuição de renda e hierarquização do poder).
    De fato, concordo que o primeiro conceito seja capaz de promover um consenso, embora que o segundo configura novas modalidades de desigualdades sociais e devido a sua contradição teórica.
    A questão das cotas no campo filosófico e, especialmente em relação aos conceitos apresentados por Rawls, espelham numa tentativa de execução prática do seu segundo conceito, embora que abrindo espaços para novas discussões polêmicas sobre igualdade individual e ordem social.

    Vinícius Chinedu de Oliveira Ogbuagu - RA 21058413

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  64. Basicamente, a teoria da justiça como equidade social de Rawls parte de três pressupostos:

    1) Os recursos são moderadamente escassos e, portanto, todos os membros devem ter mesma condição de acessá-los.
    2) Reconhecer o pluralismo, ou seja, deve-se ter consciência de que não há apenas uma única teoria sobre a prática do bem.
    3) Reconhecer que os indivíduos sociais são racionais.

    Rawls discute em sua teoria da justiça sobre uma sociedade justa e a forma de distribuição de seus bens, que deve ser feita de forma igualitária, incluindo aí também o que diz respeito às oportunidades e à liberdade individual. A desigualdade só seria aceita quando o foco forem os menos favorecidos.

    Num dos vídeos desse post, vimos como seria uma argumentação sobre a questão das cotas para Rawls e para o Liberalismo Clássico. Para o primeiro, a visão das cotas é do ponto de que essas são um meio de fornecer mais oportunidades aos menos favorecidos e, portanto, é uma forma de tornar a sociedade mais justa. Já para o segundo, não há sentido para a implantação de cotas sendo que os mais aptos, mais habilidosos se destacam na sociedade e alcançam seus objetivos justamente por terem talentos que os permitem se destacar.

    Já no texto de Rouanet, que parece se posicionar da mesma forma que Rawls, lê-se sobre as cotas como se tratando de um "processo compensatório", ou seja, como meio necessário de diminuir ou reverter uma desigualdade advinda do passado, a criação de uma situação menos desigual para os menos favorecidos é uma forma de justiça.

    Jacqueline Anjolim
    RA: 21007511

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  65. Vanessa da Paixão de Sousa – RA: 21040113
    Em uma “Teoria da Justiça”, Rawls desenvolveu o conceito de justiça como equidade. Segundo o autor, os indivíduos inicialmente se encontrariam numa situação denominada “posição original”, dessa forma todos estariam numa condição de igualdade e liberdade, então os indivíduos poderiam realizar um acordo coletivo, mas para que esse acordo seja feita de forma justa sem beneficiar aquele que o faz, será necessário utilizar o “véu da ignorância”, que como citado no comentário do tópico anterior, trata-se de fazer com que o individuo ignore todas as suas circunstâncias pessoais.
    A justiça como equidade possui dois princípios fundamentais: liberdade igual e diferença. A liberdade igual permite que todos os indivíduos possuam os mesmos direitos e liberdades, já a diferença diz respeito a “assegurar que as eventuais desigualdades econômicas na distribuição de renda e riqueza somente são aceitas caso beneficiem especialmente os menos favorecidos, em ambos, nenhuma vantagem pode existir moralmente se isto não beneficia aquele em maior desvantagem.” (RAWLS, pág. 67). E essa argumentação seria o embasamento dos princípios da justiça.
    A partir dos vídeos “The Tudors” recomendados para análise e formulação do comentário, pode-se perceber que a noção de justiça varia bastante de uma sociedade a outra, o que pode ser considerado justo numa legislação de determinada época pode não ser numa outra, ou até mesmo numa mesma sociedade e época, os indivíduos podem convergir quanto o que consideram como justo. Os conceitos de justiça então devem ser desempenhados por uma legislação que beneficie a maior parte da sociedade. No vídeo vemos a formulação de um contrato social que não está sob o véu da ignorância, portanto os indivíduos que o constituem tem como objetivo um benefício próprio e não o de todos que estarão envolvidos nele, dessa forma agindo injustamente.
    “Justiça como equidade” de Rawls, é uma ótima ferramenta para apoiar a política de ações afirmativas, sendo a palavra “equidade” justamente à base dessa política. Todos os indivíduos têm direito ao acesso ao ensino superior, isso é igualdade, porém é muito claro que não vivemos numa sociedade que em todas as circunstâncias pode ser considerada igual, pelo contrário, passamos bem longe disso. Hoje ainda há discrepantes níveis sociais, enormes diferenças na educação de pobres e ricos, o preconceito racial persistente, sem contar nas questões de acesso a cultura, lazer, saúde, alimentação, emprego, etc. Dessa forma, seria completamente ilógico achar que pessoas oriundas de uma educação precária, com baixa renda, e que por vezes sofrem com preconceitos raciais, possam participar em pé de igualdade com pessoas que receberam uma boa educação, possuem uma renda considerável e não sofrem preconceitos raciais. Equidade é dar as mesmas condições para que indivíduos de estratos diferentes possam concorrer numa situação de igualdade.

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  66. O principio da teoria de Rawl sobre justiça como equidade parte da premissa que as decisões sejam tomadas por um grupo de iguais afim de assegurar a justiça. Visto isso é preciso que os homens se encontrem em um estado original de natureza, onde todos possuam as mesmas condições. Porém tal pressuposto é quase que inatingível, assistindo os vídeos da série The Tudors, podemos observar que mesmo um grupo de iguais (os nobres) pode tomar decisões baseadas em manobras politicas e interesses arbitrários. A liberdade de crença também se vê ameaçada e mesmo no que concerne as decisões politicas são facilmente manipuladas, visto que o preceito do véu de ignorância não é facilmente respeitado. O homem ter o desejo de justiça não o torna justo, e a condição de uma comunicação entre iguais afim de tomar um contrato social justo não pode se aplicar visto a demasiada desigualdade em qual os homens se encontram. Sobre tudo hoje, vemos medidas afim de nivelar a desigualdade um exemplo disto é as cotas, vistas como uma politica afirmativa, que visa diminuir o abismo existente no meio acadêmico, e assim possibilitando que mais homens( e mulheres) estejam mas próximos no que diz respeito a igualdade racional para tomada de decisões, poderia bem ser vista como uma medida justa, que para o futuro, já que é impossível que todos se encontrem novamente no estado natural. Mas para muitos as cotas não são consideradas uma medida justa visto que não coloca todos em pé de igualdade. É extremamente difícil falarmos de justiça visto que o interesse pessoal se coloca quase como um imperativo, não procuramos ter todas as pessoas em pé de igualdade ainda que isso beneficiasse toda a sociedade, a desigualdade é que reina, e a equidade é súdita da desigualdade.

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  67. Rawls crê que a partir de noções de justiça próprias os homens convivem socialmente até atingir a um acordo, o contrato social, que limita os princípios da justiça para todos.É pois um contratualista, inspirado na tradição liberal de Locke, Rousseau, Kant e Stuart Mills.
    Possui uma teoria que busca a conciliação de conflitos através de uma distribuição de bens sócias em uma sociedade que funciona como um sistema equitativo de cooperação. Dentro desta visão instituições assegurariam o direito aos bens sociais para todos e estariam sujeitas a serem depostas caso praticassem alguma ação injusta, estas teriam que ser instituições extremamente confiáveis afim de evitar desequilíbrios nas imputações de direitos e deveres e improbidades nas distribuições de bens.
    Sua filosofia política propõe um modelo de instituição que ampare as regras e aplique o valor da justiça, minimizando assim, as desigualdades sociais. Aposta no consenso ou ajuste equitativo e chama a essa maneira de considerar os princípios da justiça de “justiça como equidade”.
    Rawls acena para a necessidade de justiça em seu sentido mais fundamental, na qual se dê voz aos menos favorecidos e em que se possa promover uma sociedade mais igualitária.

    Rose de Paula
    RA 21069412

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  68. Em sua teoria, Rawls parte do principio de que a partir da igualdade de oportunidades perante a sociedade, se possa garantir com que as possibilidades sejam alcançáveis a todos. Assim, as escolhas da sociedade não mais estariam baseadas apenas pelas suas poucas conveniências encontradas, reparando as desigualdades sociais. Assim, para o autor, para que se haja uma sociedade justa, é necessário que se elabore um “contrato social”, onde a partir desse se possa garantir a liberdade e igualdade. Tal contrato deve se elaborado a partir do uso do “véu da ignorância”, onde assim tal contrato estaria concretizado de forma neutra, ou seja, não estaria beneficiando apenas uma parte da sociedade, e sim o maior número possível de indivíduos provendo os resultados que satisfaçam uma maior parcela. Para que tal modelo vigore é necessário que este se baseie em 3 “quesitos” fundamentais para o autor: escassez moderada de recursos, reconhecimento de que todos os membros da sociedade são razoáveis e reconhecimento do pluralismo.
    Em relação a “The Tudors”, é visto que a sociedade em questão não segue os ideias de justiça apresentados por Rawls, onde a partir de um estado absolutista, a liberdade não era adotada como um direito a todos.

    Carolline Constanzo dos Santos
    21052113

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  69. Para Ralws a sociedade seria uma associação de pessoas, relacionadas a um sistema normativo, um conjunto de regras, que regem suas ações. Essas normas exercem a função de unir esse conjunto de pessoas, a partir de um sistema de cooperação, para o benefício de todos. É melhor viver sob esse sistema de cooperação, do que a parte dele mesmo cada um tendo suas próprias ambições e desejos individuais. O papel da Justiça, primeira virtude das instituições sociais, é organizar os direitos e deveres da cooperação social.

    Os princípios básicos que regem essa sociedade segundo Rawls são a Liberdade (inegociável); e a Equidade, que se estabeleceria sob três aspectos principais: a abundância ou falta dos recursos e o desejo de posse que gera conflitos, a não existência de uma teoria absoluta sobre o bem e o reconhecimento de todos os indivíduos como dotados de racionalidade.

    É a partir da posição original e do véu da ignorância que se pode formular um contrato que seja justo, pois nessas condições o homem decidiria independente de sua condição particular por aquilo que não beneficiaria mais uns do que outros.

    Busca-se organizar e satisfazer os bens primários para todos os indivíduos da sociedade para que posteriormente cada um possa se expressar e escolher de forma mais livre o seu próprio caminho. Uma sociedade justa seria aquela em que todos os indivíduos lutassem para que houvesse o mínimo de desigualdade possível.

    No caso das cotas, sob essa ótica, é possível afirmar que trata-se de uma tentativa de resolver o problema da exclusão de uma parcela da sociedade às condições de elevação de “classe” social, econômico e cultural; e os problemas decorrentes das desigualdades sociais. Apenas as cotas não são suficientes para colocar todos em “pé de igualdade”, mas é uma tentativa de satisfazer os bens primários para todos os indivíduos da sociedade, já que isso não foi feito anteriormente. Para que cada um busque o que deseja, seus interesses individuais, antes é necessário alcançar um patamar de igualdade entre todos. Assim como um dos princípios do Justiça de Rawls estabelece, as desigualdades são aceitas na medida em que os menos favorecidos sejam os maiores beneficiados e todos os indivíduos devem possuir as mesmas oportunidades.

    Mariana Lima Araujo Malta

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  70. Raws escreve sua teoria acerca da reflexão da sociedade em que vivia, havendo uma discussão acerca da justiça e de uma sociedade. Como base de sua teoria tem-se a ideia de igualdade, ou seja, JUSTIÇA COMO EQUIDADE, em que há vantagens iguais a todos os cidadãos de uma sociedade. O autor também traz elementos como racionalidade e bondade para a discussão e construção da sua tese.

    Há três pressupostos que baseiam a teoria da justiça de Rawls, são eles:
    1) Escassez moderada de recursos: Não podemos partir da escassez e nem da abundância de recursos para a construção de uma teoria da justiça.
    2) Reconhecimento do fato do pluralismo: Reconhecer que não há uma “única doutrina do bem” a ser seguida por todos.
    3) Reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis.

    Estes pressupostos orientam a questão da igualdade da justiça social, todas as pessoas devem ter acesso as mesmas liberdades e oportunidades de alcançar determinado objeto/situação, considerando que haverá pessoas que estarão em situação desigual para atingir a mesma situação, cabendo então a sociedade o equilíbrio destas desigualdades com o restante. Vale ressaltar que todos os indivíduos possuem alguns direitos por natureza como saúde e liberdade de expressão.

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  71. Em uma comunidade, cabe a um órgão superior dar ordem, de forma que os direitos de cada individuo sejam garantidos e não infiram nos direitos de terceiros. Porém, dentro de um sociedade sempre existe um grupo privilegiado que se apropria dos bens que, inicialmente, seria gerado por todos aqueles que participam daquela sociedade e, a partir deste ponto, surge a idéia de desigualdade.
    Como uma possível solução para o problema citado acima, Rawls aborda em seu texto a idéia de “equilíbrio reflexível”, onde algumas possibilidades para igualar as classes são levadas em consideração. Primeiramente, Rawls diz que é necessário que haja um maior cuidado para o grupo considerado “desfavorecido” e, em segundo lugar, é necessário que as oportunidades sejam as mesmas tanto para o grupo privilegiado quando para o grupo “não-privilegiado”.
    Em minha opinião, Rawls está correto em sua idéia de equilíbrio flexível quando se trata de atribuir benefícios aos “desfavorecidos” e também concordo com a segunda parte da teoria, onde as oportunidades devem ser as mesmas tanto para um grupo quanto para o outro. Em um mundo perfeito, onde a história fosse estável, com pequenas injustiças que não se relacionam a características específicas como cor de pele ou nacionalidade e etc, não seria necessário por em prática a teoria de Rawls. Porém, se pensarmos no contexto atual de países como Brasil e Estados Unidos, que passaram por períodos muito conturbados de escravidão, não é possível pensar de outra maneira que não seja atribuir benefícios aos grupos que foram historicamente prejudicados. É necessário que haja uma política capaz de igualar as diferenças, como as cotas. Não consigo desvincular o discurso de Rawls à questão das cotas para negros, é como se o último fosse a pratica da teoria.

    RA: 21086213

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  73. Natália Veroneze RA 21025313
    Rawls utiliza-se da teoria da justiça como equidade. A discussão começa a partir de 3 princípios: a finitude dos recursos e o desejo de posse incessável dos seres humanos leva a conflitos, nos quais uns concorrem com os outros pela posse de um bem; o pluralismo, ou seja, existem diversas conceituações de bem e maneiras distintas das quais se deseja viver; todos os indivíduos são dotados de racionalidade (escolhem fins e metas para alcançar o bem para si e meios para chegar a isso) e de razoabilidade (sabem que nem todos os fins e metas podem ser concretizados, devido a dificuldades ou porque os mesmos prejudicariam outros indivíduos).
    Partindo disto, Rawls propõe a situação hipotética da posição original. Só a partir dela poderia se criar uma sociedade verdadeiramente justa, pois os homens se utilizariam do véu da ignorância, ou seja, não saberiam sua posição futura na sociedade e portanto escolheria princípios que não prejudicariam um em prol do benefício do outro. Além disso, a sociedade justa precisa satisfazer as necessidades de todos os indivíduos, e permitir a liberdade de se viver do modo desejado e expressar essa vontade, porém sem infringir os direitos dos outros indivíduos. Portanto, na sociedade justa, todos devem ter a oportunidade de viver como desejam, e a partir disso traçarem seus próprios caminhos.

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  74. Rawls diz que é necessária uma concepção política de justiça para que a sociedade como um todo saiba seus direitos e deveres. Para isso cada um deve decidir o que lhe faz bem e um grupo de pessoas deve decidir o que pra elas é considerado justo e injusto, fazendo isso através de um contrato. Este deve ser redigido por pessoas que se encontrem na Posição Original e que estejam vestidas com o Véu da Ignorância; assim não haveria privilégio de uns em detrimento de outros.
    O conceito de justiça como equidade leva em conta que todos os participantes se encontrem em uma situação semelhante, não tendo uma pessoa em posição que seja capaz de designar benefícios somente para ela. Rawls partia do princípio de que a igualdade deveria se estender a todos de forma igual, tendo também um busca por oportunidades igual. Para isso é necessária a criação de mecanismos que acabem com as desigualdades.

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  75. Rawls parte do principio de que todos desejam uma sociedade justa, nessa sociedade, a justiça seria o parâmetro para se avaliar todas as instituições sociais, e aquelas que não se encaixavam seriam abolidas.
    Para ser justa, a sociedade não poderia ser opressora ou desigual.
    A "teoria da justiça" serve como uma mediadora entre as diferentes concepções de justiça que os individuos possuem. Ela também atua na definição de quando é possível existir injustiça: apenas quando a ação injusta for cometida para evitar uma injustiça pior.
    O contrato seria o que organjzaria a sociedade justa, nele estariam expressas as regras de conduta e os compromissos dos individuos. Além disso, eles só seriam justos se forem elaborados por pessoas com senso de justiça semelhante.
    Rawls, contudo, acredita que mesmo que a prioridade fossem os direitos individuais e o direito a justiça, ainda ssim, o individual não pode sobrepor aquelas coisas determinadas pelo direito coletivo, que é o mínimo a ser protegido pelo Estado. Ex: direito a segurança.

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  76. Rawls em seu livro, reflete sobre a justiça e uma sociedade justa, com ideias de igualdade e racionalidade. O autor desenvolve três princípios, e estes mesmos devem ser aceitos por todos, são eles o princípio da Liberdade Igual, da Diferença e da Oportunidade Justa. Há, a princípio, um contrato social onde as pessoas estariam em uma posição original e haveria um debate entre as pessoas sobre esses princípios, vale destacar que o autor acredita que para que esse debate seja de forma racional é necessário que as pessoas estivessem sob um véu da ignorância, onde abandonariam todos os seus ideais, toda a ideia que têm de certo ou errado. Sendo um debate marcado pela imparcialidade, longe de julgamentos formados.
    Analisando os vídeos propostos pelo professor, da série The Tudors, é possível o entendimento de que a justiça varia bastante, tanto de uma sociedade para outra, como de uma época para outra. Sendo que os conceitos de justiça devem ser desempenhados por um direito que beneficie a todos. O vídeo nos apresenta um contrato social (entre a França e a Inglaterra) que não está sob o véu da ignorância, favorecendo uma das partes e não a população com um todo, agindo de forma injusta.
    Em relação às políticas de afirmativas, Rawls às apoia, pois todos têm direito ao acesso ao ensino superior. Sendo isso igualdade, entretanto, é de conhecimento de todos que não vivemos em uma sociedade igualitária, há diferença na educação, principalmente entre o pobre e o rico. É totalmente ridículo acreditar que numa sociedade onde haja enormes discrepâncias econômicas, preconceito racial e educação pública precária os indivíduos possam competir de forma igualitária. Equidade é dar as mesmas condições para que indivíduos em situações diferentes possam competir igualmente.


    AMANDA SACHI PATRICIO 21072213

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  77. De acordo com a teoria de John Rawls, a sociedade deve ser construída através da elaboração de um contrato que garanta o máximo de benefícios ao maior número de pessoas possível. Os princípios básicos destas teorias são o da liberdade, que deve ser o mais abrangente possível dentre todos os tipos de liberdade básica, de forma que seja viável e semelhante para todos os indivíduos, e o segundo princípio seria o da igualdade, que de forma básica pode consistir em constantes políticas afirmativas a fim de garantir direitos econômicos e sociais de forma que os indivíduos tivessem oportunidades similares ao longo de suas vias. Dentro da leitura e do contexto exposto, percebe-se que a Justiça é o fundamento principal que sustentaria essa sociedade, sendo as circunstâncias pelas quais a mesma deve ser estabelecida as três seguintes pressuposições:
    1 – Escassez moderada de recursos;
    2 – Reconhecimento do pluralismo;
    3 – Reconhecimento de que todos os membros são racionais e razoáveis.

    Em suma, Ralws acredita que existe uma relação interdependente entre justiça, liberdade e igualdade e que o conjunto desses três princípios possibilitaria o desenvolvimento da sociedade como um todo.

    André Izidoro Silva - 21037113

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  78. Alan Ferreira dos Santos
    RA: 21065813

    No tratado “Uma teoria da justiça”, Rawls defende que os indivíduos deveriam poder beneficiar-se de sua maior riqueza, talento ou esforço apenas sob a condição de que compensassem os menos afortunados. A igualdade deve ser a referência moral das instituições políticas e sociais e que qualquer desvio da igualdade deveria ter justificativas especiais. Nesse sentido, o “objeto principal da justiça é a estrutura básica da sociedade, ou, mais precisamente, o modo como as principais instituições sociais distribuem os direitos e os deveres fundamentais e determinam a divisão das vantagens decorrentes da cooperação social” (Uma teoria da justiça, p. 8, 1997), ou seja, a estrutura básica é o principal objeto da justiça porque suas consequências são profundas e estão presentes desde o início do pacto social.

    A estrutura básica contém várias posições sociais, pois as pessoas nascidas em condições diferentes tem expectativas de vida diferentes, determinadas tanto pelo sistema político quanto pelas circunstâncias econômicas e sociais. Assim, as instituições da sociedade favorecem certos pontos de partida mais que outros. Essas são desigualdades muito profundas. Além de universais, atingem as oportunidades iniciais de vida; contudo, não podem ser justificadas recorrendo-se à ideia de mérito. É a essas desigualdades, supostamente inevitáveis na estrutura básica de qualquer sociedade, que se aplicam em primeiro ligar os princípios da justiça social. Esses princípios, então, regem a escolha de uma constituição política e os elementos principais do sistema econômico e social. Por isso, os princípio de justiça são escolhidos por trás de “um véu de ignorância”. Para com isso, garantir que ninguém seja favorecido ou desfavorecido na escolha dos princípios pelo resultado do acaso natural ou pela desigualdade econômico. Já que todos estão em situação semelhante e ninguém pode propor princípios que favoreçam sua própria situação, os princípios de justiça são resultantes de um acordo ou pacto justo. Na concepção de justiça de Rawls, a implantação de cotas raciais e/ou sociais deveriam reparar a restrição de direitos e oportunidades sofridos esses grupos, devido as diferentes condições econômicas e sociais presentes na instituições da sociedade.

    Em suma, não é possível encontrar os princípios capazes de ordenar a estrutura básica de uma sociedade, a não ser quando procuramos esses princípios no quadro de uma situação altamente específica. O que ele chamará de “a posição original” submetida a condições restritivas, ele chamará de “um véu de ignorância”, de modo que os indivíduos não possuam informações sobre a situação particular e as características pessoais que serão suas na sociedade pela qual elaboram os princípios de justiça.

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  79. RA: 21068513
    Para Rawls a justiça é algo natural e portanto todos carregam a mesma ideia de justiça. Mas quando se trata de sociedade, o autor vincula o termo a um conjunto de regras e normas que existem para fomentar um sistema de cooperação mútua de todos para todos. Rawls é um contratualista na mesma tradição de Locke, Rousseau e Kant. No capítulo inicial chamado de Justiça como Equidade, Rawls apresenta a sua concepção de justiça e tenta diferenciá-la do utilitarismo de Bentham e Mill e também do intuicionismo.
    Dois termos foram criados por Rawls: a posição original e o véu da ignorância. Sendo a posição original o estado teórico em que as pessoas estariam antes de poderem escolher entre a justiça como equidade e o utilitarismo. Já o véu da ignorância impossibilitaria o homem de saber sua posição original e suas qualidade e potenciais.
    Alguns aspectos psicológicos poderiam causar um desajuste a essa sociedade ordenada, a inveja poderia ser um exemplo de aspecto. O autor procura aprofundar-se em como o sentimento de inveja de um grupo de cidadãos poderia ser uma ameaça àqeueles que se encontram em uma posição superior. Por isso, Rawls sugere que em um Estado contratualista, instituições permitiriam a cada um exercer seus potenciais de modo adequado. Nesse tipo de Estado, o sentimento da inveja, não deixaria de existir, mas seria facilmente contido.

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  82. Para Ralws, a sociedade é compreendida como uma associação de pessoas que são relacionadas por um sistema normativo. Para ele, a partir desse sistema de cooperação é possível gerar um benefício mútuo e desse modo, é melhor viver sob esse sistema já que esse sistema também compreende, em certa medida, os desejos indivíduais. O papel da Justiça para o autor é então, organizar os direitos e deveres da cooperação social. A partir dos vídeos “The Tudors” é possível inferir que a noção de justiça varia bastante de uma sociedade para outra, assim como a época também representa um fator nessa mudança. Os conceitos de justiça, portanto, devem beneficiar a maior parte da sociedade e no vídeo, é possível observar a formulação de um contrato social que não está sob o "véu da ignorância"; os indivíduos que o constituem tem como objetivo um benefício próprio e não o de todos, e por isso, agem injustamente. Além disso, sua filosofia política propõe um modelo institucional que comtempla regras e aplica o valor da justiça de modo a diminuir as desigualdades sociais. Sob a premissa do consenso, cria-se a chamada “justiça como equidade”. Quanto ao texto de Rouanet, o autor argumenta sobre as cotas como um "processo compensatório", isto é, uma forma de reverter desiguldades e, portanto, de aplicar justiça.

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  83. Depois de realizar a leitura de "Uma Teoria da Justiça", de John Rawls; CAPÍTULO I – Ideias intuitivas fundamentais da teoria da justiça: PARÁGRAFOS 1 – 4; CAPÍTULO II – Dois princípios de justiça para instituições: PARÁGRAFOS 11 – 17; CAPÍTULO III – Inteiro; CAPÍTULO IV – A Liberdade igual: PARÁGRAFOS 33 – 35; O Significado da prioridade da Liberdade e a interpretação Kantiana: PARÁGRAFOS 39 – 40 e analisar os demais materiais tenho a comentar que para Rawls as pessoas deveriam ter direitos iguais e as desigualdades existentes deveriam ser colocadas de modo que trouxessem vantagens a todos e também que todos pudessem ter oportunidades acessíveis. A partir disso aparece a necessidade de criar um contrato, onde este seria criado de modo neutro, sem a busca de benefícios apenas para determinados grupos, mas sim para o maior número de pessoas que seja possível beneficiar possibilitando a todos de modo igual e garantindo de forma básica e individual as oportunidades. A intenção dessa visão de Rawls seria traçar um modelo de justiça que preze pelo bem estar coletivo, esse modelo partiu de três princípios, onde estes garantiriam que a escassez dos recursos naturais fosse feita de forma moderada. Outro princípio seria o reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis e o terceiro pressuposto se daria através do reconhecimento do pluralismo.
    Outro ponto que me chamou a atenção durante a análise do material é o de que Rawls estabelece alguns princípios de Liberdade, Diferença e Oportunidade Justa muito importante para entender muitos outros assuntos. Outro tema que o autor trata e que não podemos nos esquecer é relacionado ao véu da ignorância como já mencionado nos meus comentários anteriores. Para Rawls, uma sociedade é justa quando esta “veste” o véu da ignorância e este proporciona o acesso às oportunidades.
    Com relação aos vídeos (The Tudors), percebi que no período destacado nos vídeos, a liberdade não era vista como um direito que todos deveriam ter. Havia uma grande falta de liberdade expressão e de direitos iguais também segundo o que o vídeo retratou.

    PROFESSOR DESCULPE ESTAR COLOCANDO NOVAMENTE MEUS COMENTÁRIOS, ESCREVI E COLOQUEI NO BLOG DOIS DIAS ANTES DA DATA LIMITE, MAS ANTES EU HAVIA PUBLICADO DE MODO ANÔNIMO SEM QUERER, ESTOU DELETANDO OS ANÔNIMOS E OS COLOCANDO NOVAMENTE COM MEU LOGIN PARA QUE APARECE MINHA FOTO E NOME PARA IDENTIFICAÇÃO.

    Nome: Lucas do Vale Moura R.A. 21078813

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  84. Sabemos então que dentre os princípios nos quais consiste a concepção de justiça de Rawls há o Princípio da Diferença, segundo o qual“as desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições: primeiro, devem estar vinculadas a cargos e posições acessíveis a todos em condições de igualdade eqüitativa de oportunidades; e, em segundo lugar, têm de beneficiar ao máximo os membros menos favorecidos da sociedade”.

    Entendido este principio podemos falar acerca da Políticas da Cotas objeto de intensa discussão na sociedade. A universidade não é acessível para todos os membros da sociedade, e aqueles que dela são excluídos tem o direito de sentirem-se injustiçados. Desta privação decorrem tantas outras, dentre elas a realização pessoal e a possibilidade de um bom trabalho. Aos excluídos (muitos deles) não falta capacidade, intelectualidade, esforço e boa vontade, mas oportunidade. Para tanto, temos a igualdade equitativa de oportunidades, por meio da qual todos devem ter oportunidades iguais para se chegar a alguma posição, uma boa carreira professional, por exemplo, o que dependerá também das habilidades de cada indivíduo.

    Rawls nos fala sobre o legislador que deve propor uma carta de direitos e deveres para uma sociedade que a partir desse momento será justa. O legislador então coloca-se na “posição original “ e veste o “véu da ignorância” de modo que o mesmo não saberá qual lugar da sociedade justa ocupará. Logo, mesmo havendo diferenças na sociedade todos deverão beneficiar-se com as mesmas, principalmente o os grupos menos favorecidos, e deste modo o acesso às oportunidades tenderiam a uma melhora.

    Então, se os que sentem-se prejudicados com a política de cotas, normalmente aqueles que estudam em boas escolas e fazer cursos preparatórios para o vestibular, concebessem uma realidade na qual poderiam estar na posição dos menos favorecidos no que se refere ao leque de oportunidades que este teve na vida, será que mesmo assim posicionaria contra as cotas? O exercício inverso também é sugerido.

    A igualdade não pode ser banhada pela injustiça. Então se todos devem ter o mesmo caminho de ingresso à universidade, devem antes ter o mesmo acesso à boas escolas, que são os bens sociais mais importante da sociedade, devendo as oportunidades serem bem distribuídas no que é relativo ao seu acesso e permanência, para que as próximas gerações dos menos favorecidos não mais necessitem da contemplação da politica de cotas.

    RA 21065313

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  85. Uma das ideias que Rawls tenta expressar ao longo destes trechos de seu livro é a de que uma das características do princípios de justiça é o fato de que eles asseguram as liberdades individuais. Na sua concepção de equidade, os indivíduos não devem ver a si mesmos como isolados, e sim como parte da sociedade com laços e relações com os outros.
    Ele coloca como fator inicial que todos os indivíduos possuem crenças filosóficas, morais e religiosas. E, logo em seguida, que a pessoas não conhecem as crenças plenamente umas das outras (as vezes nem as próprias). Mas que sabem que tem obrigações perante a sociedade que são interpretadas a sua maneira.
    Parece assim, que o princípio da igual liberdade de consciência é o único unânime para as pessoas se reconhecerem de forma legítima num estágio inicial de comunidade. Mais importante ainda é considerar que a sociedade não tem como perder com essa atitude, toda a paranoia acerca de ameaças de outras crenças é atitude de intolerantes.
    E ao se falar de intolerância com os intolerantes, se deve ter em mente que a intolerância é justamente o que cerceia a liberdade dos indivíduos, e que ela não é exceção a regra, pois a regra da liberdade só existe na ausência da intolerância. Deste modo, não a coerência na ideia de que é legítimo considerar ser aceitável diminuir a liberdade de algum individuo para se respeitar a intolerância de outro.

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  86. A teoria de Rawls destaca a importância do Estado na implementação da justiça de forma a criar um novo contrato social baseado na equidade, tanto racial como de oportunidades. Ele infere três implicações que caracterizam seu pensamento de equidade: escassez moderada de recursos, reconhecimento do fato do pluralismo e reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis. 
    Seu estudo salienta políticas que alcancem igualdade de direitos, deveres e liberdade entre todos. Inclusive, o direito a liberdade nos leva à igualdade de oportunidades, o que entra como tema as cotas. Se seguirmos o conhecimento do autor, caso houvesse desvantagem para alguns indivíduos, o Estado deveria intervir e colaborar com mecanismos que compensassem esse desnível.
    Em relação aos vídeos da série “The Tudors”, percebe-se que na época não há a liberdade e direitos para todos. Quem tomava as decisões era o clero e a nobreza, impedindo os trabalhadores de irem atrás de seus direitos - inclusive se eles fossem, medidas drásticas eram tomadas.

    Fernanda Tokuda de Faria - 21071013

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  87. A teoria de Rawls, já conhecida por nós, expressa claramente a sua intenção em propor um debate sobre o que é uma sociedade justa e como esta é estruturada; a resposta do autor é que a justiça é o valor supremo de uma sociedade e aquelas instituições ou teorias que não forem justas deveriam ser abolidas.
    Por justiça, na visão de Rawls, entende-se que é um instrumento capaz de garantir o direito às minorias mas também dando igual oportunidade para todos. Além disso, os maiores benefícios devem estar dispostos aos menos favorecidos e o Estado seria o elemento que subsidiaria essas condições de justiça apontadas por Rawls.
    Ele sugere alguns princípios entre eles o Princípio da Liberdade Igual (sociedade garante de forma igualitária uma liberdade compatível a liberdade dos outros), o Princípio da Oportunidade Justa (as desigualdades sociais ou econômicas devem ser compensadas por condições de justa igualdade nas oportunidades), e por fim o Princípio da Diferença (a existência de desigualdades socioeconômicas beneficiam de certa forma os desfavorecidos).
    Nos vídeos da série "The Tudors" vimos a ilustração do que seria o poder absolutista embasado na teoria de contrato social hobbesiano, a qual Rawls vai adotar uma postura contrária, pois para ele o Estado Absoluto de Hobbes garantia privilégio a alguns em detrimento de outros poucos e a noção de justiça se perde.
    O diálogo das cotas, bastante recorrente e necessário na sociedade atual, pode encontrar defesa e argumentação na teoria de Rawls, uma vez que ela salienta a necessidade de garantir àqueles que estão em uma posição menos favorecida, igualdade perante aos demais membros da sociedade. Rawls reconhece que a desigualdade é algo inerente ao ser humano, entretanto ele oferece condições que poderiam amenizar os efeitos de tal desigualdade através do estabelecimento de princípios em comum (já citados). A elaboração desses princípios decorrem da utilização do "véu da ignorância" no que o autor chama de "posição original".

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  88. Rawls acredita em uma sociedade vinculada ao contrato social e que exerce demandas liberalistas (igualdade de recursos à todos) em seu sistema normativo.
    Ele acredita que todos possuímos um senso de justiça apurado, capaz de nos guiar através de princípios morais que nos fariam entender, por exemplo, um sistema de divisão de recursos que mais justa e que ajudasse quem realmente precisa de ajuda sem beneficiar ou prejudicar ninguém.
    Esse mesmo senso de justiça seria capaz de desenvolver uma sociedade participativa, democrática e capaz de ajudar os menos afortunados, mesmo não sendo privilegiado, por estar fora desse meio.

    21057013

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  89. Rawls coloca a sociedade justa apoiada em três pilares: a equidade, bondade e racionalidade. E sua discussão vai de encontro com uma proposta de equilibrar as grandes diferenças sociais de diluir os problemas de distribuição de renda. Como pressuposto, coloca os indivíduos racionais detentores de um senso de justiça e conscientes de seus direitos e deveres perante a sociedade. A igualdade aqui é pautada de forma democrática, nenhum indivíduo sobressai em relação ao outro.

    Roanny Garcia – RA 21055313

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  90. Como vimos no texto passado, Rawls não acreditava que a sociedade seria justa através da maximização do bem estar. Rawls acredita que uma sociedade justa é aquela onde todos aceitam os mesmos princípios de justiça. “São esses princípios que pessoas livres e racionais, preocupadas em promover seus próprios interesses aceitariam numa posição inicial de igualdade como definidores dos termos fundamentais de sua associação. Esses princípios devem regular todos os acordos subsequentes; especificam os tipos de cooperação social que se podem assumir e as formas de governo que se podem estabelecer. A essa maneira de considerar os princípios da justiça eu chamarei de justiça como equidade.”
    Desta forma, não existiria uma minoria deixada de lado, mas diferenças que seriam amenizadas através dos direitos adiquiridos na formulação dos princípios de justiça que devem servir para todos.

    Lukas Correia A. Silva

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  91. Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
    Como continuação da aula sobre Rawls que tivemos anteriormente, nesta aula, percebemos como é complexo decidir o que é justo de modo que essa justiça atenda a todos, de modo a ir de acordo com a visão de Rawls sobre o que é justiça. Para isso, nos valemos dos desdobramentos ocorridos pela distribuição de uma caixa de bombons entre os alunos presentes no início da aula.
    Com todos os problemas desencadeados pela distribuição somente entre os que estavam presentes, desfavorecendo quem ainda não havia chegado e também quem não compareceu as aulas, mostrando-se ser uma distribuição muito injusta, iniciou-se uma tentativa de estabelecer um contrato que pudesse atender aos interesses todos de forma que todos pudessem se sentir igualmente satisfeitos, e isso se mostrou uma tarefa muito complicada, pois a cada solução encontrada alguma coisa nova que poderia desfavorecer alguns surgia, o que acabava por tornar a discussão sobre as possíveis soluções para se alcançar a equidade cada vez mais complexa. Pudemos perceber de forma mais concreta como muitas vezes temos a tendência de pensar somente naquilo que nos atinge.
    O problema da distribuição justa dos bombons pode ser expandido para qualquer dilema da nossa sociedade, e torna-se cada vez mais complexo. O que é desnecessário para alguns, pode ser de extrema importância para outros, pois as pessoas têm necessidades e percepções diferentes do valor de determinadas coisas. É uma tarefa árdua fazer com que todos se sintam satisfeitos nas suas necessidades com a existência de um contrato que deve atingir a totalidade de indivíduos.
    Formas de se compensar o desfavorecimento de alguns indivíduos na sociedade são vistos com bons olhos por Rawls, pois para ele essas medidas auxiliam na obtenção de maior igualdade, ou diminuição de desigualdade, e consequentemente mais justiça.

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  92. Rawls se preocupava com questões de igualdade e liberdade, sendo que uma sociedade justa seria uma sociedade igualitária, pautado na racionalidade e bondade existentes. Dessa forma deveria ser corrigida as questões de desigualdades a fim de firmar o contrato que guiaria nas ações justas dentro da sociedade. O estado de ignorância, para Rawls, era importante também na realização dessas ações justas, de maneira a não tentar cair no erro de geração de desigualdade. No vídeo exposto acima, vemos o que justamente Rawls acharia importante corrigir na sociedade, desigual e dividida em nobreza e servos, por exemplo. Assim como em parte da história grega, a liberdade não era para todas as pessoas.

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  93. Rawls assume uma postura deontológica (assumindo certos princípios kantianos), ou seja, o justo e o correto devem ser analisados a partir da moralidade do ato em si, e não de suas consequências, o que pode implicar no sacrifício da busca pela maximização da felicidade. A teoria de Ralws entende que o ser humano é um ser racional, e que quando pensa na justiça, um objetivo comum, pensa de forma racional. Esta suposta racionalidade exige que os dispostos a participar do debate adiram o que o autor chama de “véu da ignorância”, cujo significado é se desvencilhar das idiossincrasias originadas pela posição social e o subjetivismo.
    E esta justiça como objetivo comum levaria a busca de um contrato justo, capaz de reconhecer as diferenças, mas não o que o autor chama de “desigualdades de posição” causadas pela estrutura social. Ou seja, Ralws não reconhece que a estrutura da sociedade seja injusta em si, mas sim que ela produz injustiças que não podem ser ignoradas; essas injustiças são constituídas das desigualdades, e devem ser remediadas. Com isso em mente, Ralws traça dois princípios para justiça: o primeiro é que todos devem ter sua liberdade individual e direitos assegurados; e todos devem ter o acesso ao crescimento, o que pode ser entendido como liberdade de oportunidades.

    Lucas Falcão Silva -- 21009113

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  94. Rawls legitima e fundamenta os princípios que expõe em sua obra sob duas premissas fundamentais: a primeira - a de que o seres são racionais e motivados por seus próprios interesses (independente de quais sejam e de se eles realmente sabem quais são ou serão estes interesses); e a segunda - não tão explícita, de que todos aceitam o postulado da igualdade, ainda que para não serem prejudicados. A" posição original" é a de igualdade até que seja retirado o "véu da ignorância", pois a partir desse momento cada um já sabe a sua posição na sociedade assim como suas forças e fraquezas.
    Se tratando de justiça e equidade, uma vez considerada a sociedade como um sistema equitativo de cooperação entre cidadãos livres e iguais, se requer um acordo que especifique os princípios por meio dos quais a liberdade e a igualdade possam ser realizadas o mais amplamente possível. Assim, para encontrar a concepção tradicional de justiça, Rawls utilizou o artifício de representação ao qual chamou de "posição original". Na "posição original", as partes representantes de pessoas livres e iguais estabelecerão um acordo equitativo sobre os princípios da justiça política.

    Para explicar como as partes chegam a esse acordo, Rawls retoma a ideia de cooperação social e afirma que os termos equitativos da cooperação não provêm de uma autoridade externa, distinta das pessoas envolvidas, nem devem ser reconhecidos por pessoas com conhecimento de uma ordem moral independente: acredita-se que resultem de um compromisso entre as próprias pessoas envolvidas na cooperação, tendo como referência o benefício mútuo.
    Se as partes, na "posição original", mediante um espesso "véu da ignorância", são restringidas quanto ao conhecimento de fatos particulares no que diz respeito a informações gerais, não há limitações.
    Por fim, Rawls trata a liberdade vinculada a estruturas institucionais e a um sistema de regras públicas que define direitos e deveres. Fazem parte desse sistema a liberdade de consciência e de pensamento, anexada à liberdade de associação, as liberdades políticas, em conexão com a liberdade de expressão, e as liberdades da pessoa garantidas pelo Estado de Direito.
    Com relação às cotas nas universidades, estas seriam justificadas por meio de uma revisão da noção de contrato social do autor, quando ele diz que para se chegar a uma sociedade justa até desigualdades de direito poderiam ser levadas em consideração, com o objetivo de promover o bem-estar dos menos favorecidos.

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  95. Analisando o vídeo de recortes de cenas da série “The Tudors”, podemos relacionar eventos práticos, factíveis com o conteúdo até aqui abordado, ou seja, Rawls e Kelsen.

    O vídeo apresenta uma decisão da justiça pautada pelo jogo de interesses. O duque sentenciado a morte o é por barganha política, sendo considerado até em certo momento, a possibilidade de inocenta-lo para receber maiores benefícios. Tendo uma perspectiva rawlseana, isto é uma calamidade, já que não foram princípios de justiça firmados em contratado através da “posição original” que guiaram tal decisão. Olhando pela ótica de Kelsen, fica mais evidente o distanciamento do direito e da justiça em si.

    Posteriormente, vemos um tratado ser assinado, podemos remete-lo ao aspecto contratualista de Rawls, novamente onde o jogo de interesses permeia todas as partes. O “véu da ignorância” se mostra o oposto da situação. Por fim é apresentado uma grande repressão ao direito de liberdade religiosa, para Rawls os direitos são invioláveis, para Kelsen a tolerância deve pautar a justiça, sendo assim, ambos os autores não legitimariam tal ação como justa.

    Quanto as cotas, ela tem por objetivo diminuir as igualdades, é uma instituição que tem a equidade como princípio de justiça, vai de encontro com a teoria de Rawls.

    Nome: Murillo Faria dos Santos Neri
    RA: 21045713

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  96. A proposta de igualdade apresentada por Hawls afirma que os sistemas econômico e político estão estreitamente ligados à questão de justiça moral. No capítulo III, o autor aponta dois princípios basilares acerca da justiça, como se segue: 1º) Cada pessoa deve ter um direito igual ao mais abrangente sistema de liberdades básicas iguais que seja compatível com um sistema semelhante de liberdades para as outras. 2º) as desigualdades sociais e econômicas devem ser ordenadas de tal modo que sejam ao mesmo tempo (a) consideradas como vantajosas para todos dentro dos limites do razoável, e (b) vinculadas a posição e cargos acessíveis a todos.
    O primeiro princípio busca igualdade e equidade em suas liberdades; o segundo princípio pretende fazer com que se cumpra corretamente, e ajuda a corrigir desigualdades. Apesar do caráter hipotético e a-histórico da proposta de Hawls, a política de cotas raciais se aplica ao segundo princípio, pelo qual corrige desigualdades existentes que não gerem benefícios à toda sociedade. Além do mais, de modo geral, diante da atual desigualdade entre as escolas públicas e as escolas privadas, em termos de infraestrutura e qualidade de ensino nos estágios primário e secundário, as distorções decorrentes dessa desigualdade no processo de ingresso em uma faculdade pública - cujo critério é uma é o vestibular - o indivíduo que frequentou escola pública sofre desvantagem. Então, a política de cotas veio para tentar amenizar tal desigualdade, conforme algumas premissas apresentadas nos princípios de justiça de Rawls.

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  97. Entrando ainda mais na teoria da justiça de John Rawls, podemos ver ainda mais os crítérios e teorias que a sustentam. Primeiramente, devemos perceber que o autor trabalha com certas proposições bases. A primeira, no que rege a igualdade, ressalta que devemos trabalhar com o maior número possível de liberdades básicas, e que tal sistemas sesteja alcance de todos. Segundo, tais liberdade e direitos devem serde maior acesso possível para as pessoas que vivem em uma desigualdade maior, através de uma sistema que garanta oportunidaes iguais para todos. Dentro deste esquema, junto com o conceito de véu da ignorância, seria construída uma sociedade cada vez mais justa. Assim, podemos perceber que para Rawls, o cenceito de justiça é entendido como igualdade de oportunidades. A partir deste conceito, é possível extrapolar a teoria para a questão do que é justo, tal qual é o alicerce que deve orientar a conduta humana e corrigir as injustiças. Assim, é dever do estado lidar com políticas que sigam este caminho em todos as situações existentes, ou seja, o Estado deve guiar a cuidar das desigualdades em todos os sentidos.

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  98. A base da teoria de Rawls, a justiça como equidade, propõe uma intervenção de forma que haja uma distribuição dos bens sociais primários, usando o contrato social por intermédio do véu da ignorância.
    A partir disso, Rawls analisa as condições da sociedade para que sua teoria obtivesse sucesso, entre elas a realidade de um escassez de recursos, já que na abundância não existiriam problemas (o que, pra mim, não se aplica na realidade, visto que o problema não é a escassez ou abundância em si e sim a má distribuição); o reconhecimento de que o pluralismo existe na sociedade, evitando assim uma unilateralidade de ideologia e modo de viver; e o reconhecimento de que todas as pessoas da sociedade são racionais e razoáveis.
    Rawls, com sua teoria bem diferente do liberalismo tradicional, demonstra que para se obter uma sociedade mais justa e o liberalismo fluir, é necessária uma intervenção que diminua as desigualdades do sistema e nisso eu concordo com ele, porém podemos perceber que Rawls utilizou de grande abstração para propor sua teoria de justiça, o que a torna impraticável.


    Isadora Castanhedi
    RA: 21044713

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  99. Rawls irá partir da premissa de que a justiça, além de ser a maior virtude de uma sociedade, deve ser definida num contrato ideal onde o homem guiado por princípios de justiça, definidores da distribuição de direitos e deveres gera uma concepção de bem comum do qual todos desejam ter porção maior ou menor, e que será definido no contrato.
    O ponto chave para compreendermos os princípio da equidade é a questão do “véu da ignorância” que deve encobrir a real posição social que os agentes do contrato ocupem, e isso permitiria um contrato mais justo.
    O véu da ignorância pode ser melhor entendido se ilustrarmos com o caso que Michael Sandel usa em uma de suas aulas à respeito do tema “What’s the right thing to do?”. O caso é de um barco que foge de um naufrágio com três sobreviventes. O capitão, um assistente e um órfão que também trabalhava no navio. Eles ficaram dias sem comer; durante a viagem encontraram uma tartaruga, mas nada de água. Depois da caça, esperaram mais 18 dias e nada de comida. É aí que o capitão sugere um sorteio, para que um se sacrificasse em nome de todos. O órfão havia bebido água do mar, estava mal. É aí que o capitão decide matá-lo e então eles o comem, até que no dia seguinte surge o barco para resgatá-los. O princípio da equidade seria mais semelhante ao caso do sorteio, porque o contrato sob o véu da ignorância permitia que todos se sacrificassem, afinal qualquer um poderia ser o escolhido, ou seja, qualquer um poderia ocupar posição de morto ou sobrevivente. Mas, fica a questão, será que um procedimento justo leva necessariamente à justiça? Seria certo, mesmo com um contrato efetuar o canibalismo?

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  100. A teoria da justiça de Rawls se contrapõe aos ideais utilitaristas, na medida em que entende que a distribuição igualitária dos bens sociais deve ser fundamentada por um contrato social, não pela simples maximização do bem-estar entre o conjunto de indivíduos de uma comunidade, uma vez que esta não impede a existência de condições muito desiguais entre as pessoas.

    Para Rawls, o contrato social deve ser construído a partir do princípio do “véu de ignorância”, situação na qual os indivíduos assumem uma “posição original”, similar ao estado de natureza, em que desconhecem sua posição na sociedade, ou seja, não sabem quem são, de qual classe social pertencem, quais são suas aptidões físicas e psicológicas, entre outros atributos, e por isso tenderiam a adotar uma postura imparcial para escolher os princípios de justiça que garantiriam uma distribuição o mais igualitária possível dos bens sociais a todas as pessoas.

    Contudo, Rawls é um liberalista clássico, e considera que alguns princípios de distribuição dos bens sociais sejam mais prioritários do que outros. Em sua teoria ele estabelece três princípios fundamentais:

    1. Princípio da liberdade igual: a sociedade deve assegurar a máxima liberdade para cada pessoa compatível com uma liberdade igual para todos os outros.
    2. Princípio da diferença: a sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, exceto se a existência de desigualdades econômicas e sociais gerar o maior benefício para os menos favorecidos.
    3. Princípio da oportunidade justa: as desigualdades econômicas e sociais devem estar ligadas a postos e posições acessíveis a todos em condições de justa igualdade de oportunidades.

    Para Rawls, o primeiro princípio se sobrepõe aos demais, porque assegura as liberdades individuais, princípio máximo do liberalismo clássico. O comunitarista Michael Walzer vai criticá-lo nesse sentido e também no que tange à abstração da realidade que Rawls propõe para construir o contrato social. Para Walzer, o estabelecimento dos critérios de distribuição dos bens sociais devem considerar as tradições e culturais locais, bem como os indivíduos como sujeitos históricos, não sendo possível estabelecer critérios universais aplicáveis a todas as sociedades.

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  101. Rawls fala da importância de um contrato para garantir as liberdades básicas, o contrato por sua vez deve ser neutro e precisa abranger o maior numero de pessoas possíveis, para isso deve-se utilizar um “véu da ignorância”, pois só assim o interesse coletivo seria resguardado. Fazendo um paralelo com The Tudors, vê-se como os interesses podem atrapalhar na busca pela igualdade, pois o contrato social no vídeo não está coberto pelo véu da ignorância, logo a constituição desse contrato é em beneficio próprio, o que torna o ato injusto.

    Camila de Oliveira Santos RA: 21027913

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  102. Rawls propõe a chamada “justiça como equidade”, em que todos os integrantes da sociedade onde tal teoria seria implantada, teriam iguais oportunidades, sendo respeitadas as suas diferenças. Além disso, essa sociedade seria formada pela aceitação e reconhecimento do conjunto de regras que os seus membros teriam.
    Rawls estabelece dois princípios de justiça: o primeiro, em que as pessoas devem ter os seus direitos assegurados e iguais aos demais, que seria pertencente ao mais amplo sistema de liberdade geral; e o segundo, em que deve-se ordenar as desigualdades sociais e econômicas de tal modo que elas venham a ser consideradas simultaneamente vantajosas a todos de forma razoável. No entanto, tais princípios irão depender da sociedade se encontrar na “posição original”, onde os integrantes da sociedade teriam suas necessidades, direitos básicos, e diferenças asseguradas, ao mesmo tempo que a justiça como equidade seria instaurada devido ao véu da ignorância, que impossibilitaria que os membros da sociedade agissem “de má fé”.
    Assim, sociedade Rawlsiana seria aquela onde não haveria a busca pela satisfação individual (como no utilitarismo), mas sim quando os indivíduos buscariam a igualdade e a liberdade para que finalmente chegassem em uma Justiça com equidade.

    Bárbara B. P. Cabrino
    RA 21071113

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  103. O filósofo Jonh Rawls defende que os dois pressupostos básicos para o estabelecimento de uma sociedade mais justa seriam a igualdade de oportunidades abertas a todos em condições de plena equidade, e a condição de que os benefícios nela auferidos devem ser repassados preferencialmente aos menos privilegiados da sociedade, os socialmente desfavorecidos. Nesta perspectiva, entende Rawls, que justiça e equidade significa, antes de mais nada, amparar os desvalidos, corrigindo as desigualdades sociais. Rawls, em Uma Teoria da Justiça, foca a necessidade e a premência de uma Justiça realmente justa, filosoficamente coadunada e alinhada com a voz dos mais fracos, ou melhor, dos menos favorecidos, muitas vezes esquecidos pelo texto frio das Leis que objetivamente desconsiderem as minorias. Rawls, mostra-se convicto de que a sua teoria pode, por meio da justiça, tornar uma sociedade justa e igualitária.

    Isabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113

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  104. para Rawls é evidente que há necessidade de uma construção de cooperação. Mas para nos já é claro a forma como irá surgir conflito de interesses entre os agentes, pela a forma que são divididos os recursos e os benefícios que alguns grupos teriam sobre os outros.
    Percebendo essa diferença entre os grupos, onde alguns crescem em detrimento de outros, notamos que é necessário a criação de normas, não somente punitivas, mas de forma que regulem a dinâmica social, no que se diz respeito a direitos e deveres.

    Para Rawls, para se manter a justiça, que se daria pelo contrato que estabelece a equidade é a criação de políticas que diminua ao máximo a diferença entre diferentes grupos sociais, esse novo critério se daria ao chamado "maximin", onde deveria-se compensar com políticas aqueles que se encontram socialmente desfavorecidos diante dos outros.
    Isso tem o intuito fazer com que todas as pessoas tenham" iguais chances e formas de contribuírem pro funcionamento da ordem social e de sua dinâmica justa".
    A equidade é um princípio que não denigre a liberdade por conta da igualdade, mas também não faz o inverso, sendo ambos necessários e um se expressa a partir do outro.
    Kleiton aliandro
    21066113

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  105. Rawls desenvolve sua teoria da justiça a partir da observação da sociedade atual.

    Para ele, a justiça tem a liberdade e a igualdade como seus principais valores. Assim, ele formula três conceitos básicos da sua teoria da justiça como equidade:
    1- Escassez moderada de recursos
    2- Reconhecimento do pluralismo
    3- Reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis.

    Estes três conceitos da teoria partem do pressuposto que existe desigualdade na sociedade. E para tornar a sociedade, todos os individuos teriam de ter as mesmas liberdades e oportunidade e a responsabilidade de garantir os direitos vindos do principio básico é do Estado.

    Segundo Rawls, uma sociedade justa é a sociedade onde todos os individuos gozam de oportunidades e liberdades iguais. A sociedade seria responsável pelo equilibrio da desigualdade que assola algumas pessoas.



    Erika Mendes 21027413

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  106. Rawls argumenta que é necessário que os indivíduos possuam direitos e oportunidades iguais para a criação de uma sociedade justa, opondo-se ao utilitarismo de Hans Kelsen. Rawls também possui a visão de que os injustiçados sejam compensados, para minimizar a injustiça proveniente da desigualdade.

    Porém, a tarefa de construir justiça em uma sociedade onde existem indivíduos naturalmente diferentes é vista como de extrema complexidade. Assim para que a Justiça com equidade seja atingida as vezes é necessário o exercício da discriminação positiva. Rawls já afirmava que dar a cada um de acordo com o seu poder de ameaçar não é um princípio de justiça. As partes devem estar em condições de equidade. Sendo assim, as políticas afirmativas devem operar no sentido de restabelecer a equidade. No Brasil, onde a discriminação racial e social ainda são gritantes, as políticas afirmativas devem fazer parte das normas de justiça a fim de através da discriminação positiva resgatar a Justiça com equidade.

    Henrique Bernardes
    RA:21021813

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  107. Para Rawls, é necessário que todos estejam “de baixo” do “Véu da Ignorância” para que se possa iniciar uma discussão acerca das normas a serem estabelecidas. Rawls propõe que a justiça de uma sociedade depende se sua capacidade de promover total e igual liberdade entre os indivíduos. A garantia de igualdade de oportunidade é estabelecida pelas instituições regidas pelo Princípio de Equidade, de forma que o destino dos indivíduos possa ser definido por suas escolhas pessoais e não pelo diferencial de oportunidades e circunstâncias. O autor elabora uma teoria da justiça legitimadora da política liberal, e conclui que a equidade na justiça tem como base que o acordo seja refletido, bem informado, voluntário, e aceito por todos.
    Neste sentido, as cotas são uma tentativa de reverter a histórica injustiça sofrida por uma determinada parcela da população. De acordo com o vídeo "Diálogo sobre cotas", através do ensino superior e inclusão no convívio social, as cotas permitirão a formação de uma nova classe média, especialmente negra, nivelando a desigualdade.

    Ana Cristina - 21062613

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  108. O "véu da ignorância" proposto por Rawls seria uma garantia de que todos estariam em equidade, não favorecendo aqueles que estariam tomando as decisões. Esta equidade permitiria que todos os indivíduos tivessem direitos e oportunidades iguais, de forma que nenhum indivíduo fosse beneficiado por suas escolhas. Sendo assim, os indivíduos não buscariam prazeres individuais, mas sim acabariam fazendo escolhas que fariam a sociedade caminhar para a equidade.

    Rebeca Polanowski Hammel - RA 21042013
    email: polanowski.rebeca@gmail.com

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  109. O vídeo "The Tudors" pode ser facilmente analisado sobre a teoria de Rawls. Um dos casos ilustrados é o Caso Buckingham, no qual o duque é acusado de traição, porém em seu julgamento certos interesses são colocados dentro da questão, não levando em conta o pressuposto de Rawls de que a injustiça deve ser abolida e nem o pressuposto de que ela é um valor inegociável.

    Outro exemplo ilustrado é a eleição de um novo Papa, na qual a relação do pretendente ao cargo com os outros clérigos produz situação de vantagem, desta forma, o conceito do Véu da Ignorância é desprezado, pois o Véu evitaria influências sociais, abrangentes e físicas.

    Já a questão das cotas, se insere no segundo princípio de Rawls, que como visto em sala, diz que "as desigualdades econômicas e sociais devem ser ordenadas de tal modo que ao mesmo tempo tragam o maior benefício possível para os menos favorecidos, e sejam vinculadas a cargos e posições abertos a todos em condições de igualdade equitativa de oportunidades." O tema cotas se insere a este princípio uma vez que é sabido que alunos de escola pública e alunos de escola particular não encontram igualdade de oportunidades, pois o ensino público é defasado.


    Fernanda Scarpelli Varani - 21002313

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  110. Rawls explica em seu texto que cada pessoa deve decidir o que constitui o seu bem, e que um conjunto de pessoas deve decidir o que para elas é considerado justo ou injusto. Isso deve ser feito através da criação de um contrato, que deve ser elaborado por pessoas que se encontrem na Posição Original e que adotem o Véu da Ignorância, ou seja, que não deixem que suas concepções individuais interfiram na elaboração desse contrato. A “justiça como equidade”, defendida por Rawls transmite a ideia de que o acordo sobre os princípios da justiça é alcançado numa situação inicial equitativa. Uma vez que todos os participantes estão em situações iniciais semelhantes e que ninguém está em posição de designar princípios que beneficiem apenas a si mesmo, os princípios da justiça são o resultado de um acordo equitativo.

    Jennifer Nogueira Martinuzo - 21080513

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  111. Em “Uma Teoria da Justiça”, John Rawls propõe uma alternativa às visões dominantes no século XX, que, segundo o Professor Luis Bernardo, põe em grande medida liberdade e igualdade como mutuamente excludentes. Partindo de alguns pressupostos como a necessidade de reformulação de instituições injustas, a inviolabilidade individual fundada na justiça, a aceitação de se cometer uma injustiça somente para evitar outra ainda maior e a verdade e justiça como virtudes primeiras das atividades humanas e, portanto, indisponíveis, ele discorre sobre os conflitos de interesses nas sociedades que devem ser mediados pelos princípios da justiça social, que atribui direitos e deveres às instituições básicas, determinando a distribuição de benefícios e obrigações.

    Propõe um contrato social que considere as diferenças pertinentes aos diversos setores sociais e aos distintos modos de vida, além de uma política que vise nivelar as pessoas de forma com que tenham oportunidades semelhantes.

    Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511

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  112. Dando continuidade aos preceitos de John Rawls, o tema exposto sobre a questão das cotas raciais se faz presente na discussão sobre os princípios de Justiça como Equidade. No artigo disponibilizado "John Rawls e a política de ações afirmativas", encontram-se primeiramente as objeções comuns sobre as ações afirmativas e à política de cotas, onde o autor do artigo, Luiz Paulo Rouanet, argumenta por meio da teoria de Rawls, contra estas objeções e defende o estabelecimento da política das cotas no Brasil. Um dos princípios principais de Rawls é: “as desigualdades sociais e econômicas devem satisfazer duas condições: primeiro, devem estar vinculadas a cargos e posições acessíveis a todos em condições de igualdade equitativa de oportunidades; e, em segundo lugar, têm de beneficiar ao máximo os membros menos favorecidos da sociedade (o princípio da diferença)” Dentro desta perspectiva, a dívida histórica que o Brasil possui, pela escravidão e com toda a desigualdade social e racial que ela trouxe à população negra brasileira, se faz necessário a implementação das ações afirmativas para que se atinja a igualdade equitativa de oportunidades no qual Rawls propõe. Como aponta Rouanet em seu artigo, "a ação afirmativa é um mecanismo compensatório, necessário para reverter, ou diminuir, a desigualdade em nossa sociedade, até o ponto de torná-la aceitável para o que estão em pior situação social".

    Marina Gazinhato Neves RA: 21055713

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  113. Retomando a abordagem de Rawls acerca do estabelecimento de um Contrato Social. Para o autor, para que o tal Contrato fosse de fato "Justo" (no ponto em que nenhuma de suas atas fosse tendenciosa), os Indivíduos deveriam "vestir o Véu da Ignorância", que consiste no abandono ou isenção das intensões pessoais no intuito de fazer com que cada membro estivesse numa situação semelhante e que ninguém pudesse designar princípios para para favorecimento individual. Desta forma, o contrato estaria mais sujeito a concepção de Justiça estabelecida pelo agregado e desenvolvendo um caráter devidamente Justo e Equitativo em sua essência.
    Além disso, Rawls estipula mais 3 princípios a serem observados pelo Contrato Social: 1)Princípio de Liberdade Igual, onde máxima liberdade deve ser assegurada a todos; 2) Princípio da Diferença, onde a riqueza deve ser distribuída de forma igual a todos; e o 3) Princípio da Oportunidade Justa, onde todos devem ter assegurado oportunidades equitativas em cunho social.

    Antonio Dantas - 21061513

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  114. Sendo a Justiça mais valiosa qualidade de uma sociedade tanto quanto a Verdade para os sistemas de pensamento, Rawls fixa esse conceito de Justiça como equidade partindo do ponto que a mesma deve ser tomada por um contrato social ideal, que as decisões sejam tomadas afim de assegurar a Justiça e que disso seja viável a concepção de direitos e deveres (um bem comum).
    Para tal, é necessário que os homens de tal grupo estejam inseridos dentro do "véu da ignorância" que acabar ocultando a real posição social desses atores do contrato, tornando-o mais justo.
    Acredito, entretanto, que por tal meio seja praticamente impossível. Vendo o vídeo citado para a realização deste comentário, vê-se que mesmo dentro de uma sociedade com tal contrato social, a justiça pode não ser garantida visto que o véu de ignorância pode não ser bem elucidado e acabar tendo os princípios de Justiça por Rawls deturpados (1º e 2º princípio).
    Um debate atual que rondaria nossa análise seria a problemática das cotas, por exemplo. Para o autor, formas de se compensar o desfavorecimento de alguns indivíduos na sociedade é apreciável, pois medidas parecidas com as citadas buscam obter uma igualdade mais ampla, ou pelo menos a diminuição da desigualdade.

    Samuel Alencar de Sena - 21048913

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  115. A sociedade de Rawls deveria ser pautada por um contrato social, formado por pessoas em sua posição natural, dotadas do véu da ignorância. Esse contrato teria como base princípios da Equidade e da Liberdade. Haveria um sistema de normas, com regras estabelecidas, da forma com a qual as pessoas deveriam se portar, para que existisse uma sociedade harmoniosa, com os indivíduos vivendo da melhor forma possível. Essa seria a representação da Justiça. O Estado e as instituições seriam as responsáveis por garantir que os princípios estabelecidos fossem assegurados.

    Sua teoria envolve características, digamos, contrárias ao utilitarismo quando falamos na igualdade que Rawls propõe. Sua finalidade seria garantir que indivíduos com menos benefícios o tenham, de forma que as desigualdades sejam menores. Assim como também todos devem ter oportunidades iguais.

    Ele coloca três princípios importantes para o que considera Justiça:
    1 - Escassez moderada dos recursos – o que significaria que não haveria nem falta e nem abundância de recursos para a sociedade;
    2 - Reconhecimento do fato do pluralismo – ou seja, não há um só consenso para os conceitos de bem ou mal;
    3 - Reconhecimento de que todos os membros da sociedade são racionais e razoáveis.

    Camila Luna Mendes - 21078513

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  116. Segundo Rawls, os indivíduos têm, naturalmente, um senso de justiça, este senso deveria levar os povos a conviverem pacificamente definindo seus interesses por meio de um contrato social, mas percebemos que as concepções de justiça e os interesses derivam de pessoa para pessoa e o desafio é chegar num consenso de justiça que se adéqüe aos interesses da maioria.
    Uma das soluções seria utilizar da racionalidade para criar uma “teoria do bem” e tentar se razoável, ou seja, levar em considerações as vontades e noções diversas. A razoabilidade, portanto, está diretamente ligada à justiça.
    Para tentar solucionar o problema da desigualdade de interesses, Rawls propõe uma teoria da justiça pautada na liberdade e igualdade, sendo estes, para ele os principais valores da sociedade moderna. Para alcançar esta justiça com equidade, elabora três pressupostos básicos, são eles: escassez moderada de recursos (não partir nem da abundância nem da escassez de recursos na construção de tal teoria da justiça); reconhecimento do fato do pluralismo (não existe uma única doutrina do bem para todos); reconhecimento de que todos os membros da comunidade são racionais e razoáveis.
    Cabe ao Estado, para o autor, assegurar que as exigências comuns de justiça dos indivíduos sejam cumpridas, além de velar por seu bem supremo, a vida.
    A teoria de justiça elaborada por Rawls, afasta-se do utilitarismo por propor a criação de um contrato, além de seguir princípios de liberdade e igualdade. O autor acredita que um indivíduo não deve ser usado para atingir os fins de outro, o que deve se buscar é a igualdade de oportunidades e para isso os maiores benefícios devem ser propiciados aos menos favorecidos, diminuindo assim as desigualdades que existem na sociedade moderna, fruto principalmente, de nosso sistema econômico.
    Em suma, os indivíduos não precisam concordar em tudo sempre, mas serem livres iguais.

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  117. Os vídeos com conteúdo da série “The Tudors” possibilitam que as teorias apresentadas até aqui, sejam análisas em situações práticas.
    O vídeo apresenta uma situação em que uma decisão de um “tribunal” é pautada por interesse político, onde a decisão de inocentar ou executar o acusado em nenhum momento permeia a justiça. Kelsen aqui pode ser entendido no distanciamento que existe entre o direito da justiça. Rawls abominaria tal tipo de tribunal, já que este não obedece princípios de justiça comuns a toda a sociedade.
    Em um segundo momento mostra-se um tratado, ou acordo, ser assinado. Novamente o jogo de interesses define a posição das partes, qualquer possibilidade de “véu da ignorância” é sumariamente descartada. Por fim, mostra-se que os direitos religiosos dos católicos estão sendo violados. Para Rawls os direitos são invioláveis e inegociáveis, para Kelsen a tolerância que deve pautar a justiça, portanto este ato para ambos os autores é injusto.

    Lucas A. S. Mascaro 21073913

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  118. Rawls cria um debate sobre como uma sociedade justa deveria distribuir seus bens, para o autor, todos os bens devem ser divididos igualmente, salvo quando for para favorecer pessoas mais pobres. No vídeo acima mostra como as cotas seriam um exemplo de não igualdade que ainda é justo.

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  119. A construção de uma sociedade justa, segundo Rawls, tem o contrato social como forma de regular a instauração dos interesses em benefício de todos, contudo desde que fosse feito de acordo com o exercício da Posição Original, que pressupõem o uso do Véu da Ignorância para a discussão e tomada de decisão. Além disso, ele destaca dois princípios como sendo básicos na regulação da estrutura da sociedade com a atribuição de direitos e deveres.

    O primeiro princípio colocado é a liberdade, englobando seus diversos tipos ainda que concedidas igualmente a todos os membros da sociedade. O segundo princípio diz da igualdade - ou desigualdades ajustadas – que diz respeito aos direitos sociais e econômicos acordados de tal forma que possam ser considerados razoavelmente vantajosos para todos, e que possibilitem oportunidades iguais a todos. Afim de se evitar um sistema injusto onde as desigualdades econômicas não trouxessem benefícios igualitários a seus membros.

    Estes dois princípios formam uma sociedade que leva em consideração a igualdade de oportunidade a todos os indivíduos, devendo sempre procurar que na tentativa de contemplar de forma completa a todos os princípios e suas consequências, seja evitada a ocorrência de maiores injustiças (estratégia de Maximin). Assim, para Rawls, o uso destes dois princípios aplicados aos exercício já anteriormente mencionado da Posição Original, levaria à melhor escolha na organização justa de determinada sociedade.


    Aline Guarnieri Gubitoso - 21001713

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  120. Após a leitura do texto ‘Uma Teoria da Justiça’, de Rawls e de assistir aos vídeos propostos, faço as observações que se seguem. De Rawls temos uma reflexão de Justiça e de sociedade justa com valores como bondade, equidade e racionalidade. Ele desenvolve princípios para ilustrar essa reflexão sendo eles: Liberdade Igual, Diferença e da Oportunidade Justa, ou seja, em todo uma condição, ao menos mínima, de justa igualdade de oportunidades e de diminuição das desigualdades. Rawls procura, principalmente, propor um modelo para sustentar as regras, aplicar o valor de justiça com a finalidade de minimizar as desigualdades sociais. Ele procura encontrar soluções democráticas para as desigualdades econômicas.
    Deste pensador temos que a justiça tem como objeto a sociedade e daí já se faz necessário a existência de justiça social.

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  121. A justiça está para as instituições sociais como a verdade está para os sistemas de pensamento. Por mais eficazes que sejam, leis e instituições que sejam injustas devem ser abolidas. Segundo John Rawls “ A justiça é a primeira virtude das instituições sociais”.
    Na concepção de Rawls, é papel da justiça impedir que pessoas tenham suas liberdades restringidas com a justificativa de que isso traria um bem maior para outro grupo. Dessa forma podemos iniciar um questionamento quanto à relação que tal afirmação tem com a Ética Utilitarista.
    Os utilitaristas têm como princípio que a ação mais correta é aquela que traz prazer para o maior número de pessoas possível. Mas e se, através da perspectiva de Rawls, considerarmos que para que um certo número de pessoas seja beneficiado é necessário que outros passem por restrições e privações?
    Quanto à desigualdade, podemos voltar a John Rawls e a sua proposta sobre a equidade. Para Rawls, os menos privilegiados da sociedade devem ter preferência no repasse dos bens auferidos pela pressuposta equidade, uma vez que a justiça social contempla também o amparo aos desvalidos.
    Cabe aos melhores dotados –aqueles que, seja por mais talento, capacidade ou herança, possuem mais recursos- abrir mão de certos privilégios em favor dos menos favorecidos. Eles devem ceder com benevolência parte de sua participação material, mesmo sendo o privilégio material legítimo. Rawls lembra com essa colocação o princípio do altruísmo. Este é cobrado dos mais favorecidos, de forma que remete a Calvino, na sua limitação dos chamados “direitos do talento”. Para Rawls, a equidade dificilmente se dá sem que haja a concessão desses privilégios.
    Voltando à sua conceituação de justiça, Rawls a tem como esfera que não tem somente a função de punir os criminosos e repor as irregularidades. São necessários princípios e regras para ajudar os indivíduos a se organizar em sociedade. A Justiça tem como função definir e atribuir direitos e deveres, e distribuir os benefícios da cooperação social.

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  122. Rawls em “Uma Teoria da Justiça” Rawls se propõe a discutir uma possibilidade para a resolução de conflitos a cerca da distribuição dos bens sociais entre os indivíduos. Ele parte da ideia de que a sociedade é um sistema equitativo de cooperação, as pessoas são seres dotados de racionalidade e, em função do sentido de justiça, deliberam umas com as outras a distribuição dos benefícios sociais, chegando a um acordo sobre justiça. Os princípios da justiça são postos de tal modo que se aplica a estrutura social, valendo portanto para todos.
    O autor sugere que pensemos num contrato social hipotético: as pessoas juntas numa posição original discutem os princípios da justiça nas instituições sociais. Instituição é entendido aqui a partir de um modelo que deveria aplicar a justiça com o intuito de minimizar as desigualdades.
    Outros pontos importantes são os princípios da liberdade igual, da diferença e da oportunidade justa, além do véu da ignorância, conceito chave do pensamento rawlsiano. Podemos traçar paralelos e pontos de conexão com as ideias dos contratualistas e Kant, por exemplo.

    Jamile Queiroz Gomes - RA 21047113

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  123. Tomando como base a teoria da justiça de Rawls sobre justiça como equidade, e a posiçõ original (de igualdade) dos indivíduos, gostaria de falar sobre os bombons distribuídos em sala.
    Primeiramente, os bombons forma distribuídos apenas entre quem estava na sala, mesmo a caixa tendo sido dada para a turma toda. Aqui, na visão de Rawls, já teríamos uma injustiça, pois nem todos os alunos, mesmo entre os presentes estavam em posição de igualdade - alguns faltaram, outros chegaram atrasados. Além disso, não vou houve um consenso entra a turma para que os recursos, no caso os bombons, fossem distribuídos da melhor forma possível, priorizando, inclusive, os alunos menos favorecidos. Assim, a má divisão dos bombons seria considerada por Rawls como um exemplo de injustiça social.

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  124. Para entender as concepções de Rawls é preciso entender o que é para ele justiça e sociedade justa. Para o autor a Justiça é a primeira virtude das instituições sociais, sendo inaceitável que algumas pessoas se beneficiem às custas do sofrimento de outras. Complementando com esses dois trechos extraídos do texto, “os direitos assegurados pela justiça não estão sujeitos à negociação política ou ao cálculo de interesses sociais” e “uma injustiça só pode ser aceita se ela evita uma injustiça ainda maior”.
    Não há consenso entre os indivíduos sobre como será a distribuição dos bens fabricados em comum, para resolver essa situação, existiria a Justiça Social, constituída por princípios de ordenação que dirá como os bens deverão ser distribuídos.
    Então, de acordo com Rawls, que uma sociedade é bem organizada quando dirigida por um entendimento público de Justiça, sendo que este deve ser compartilhada, de modo que consolide vínculos de convivência social.
    Dessa maneira, Rawls estipula dois princípios de Justiça:
    - Cada indivíduo tem direito igual no amplo sistema de liberdades básicas iguais que seja harmonizável com um sistema de liberdades para os outros indivíduos.
    - As desigualdades sociais e econômicas devem ser organizadas de maneira que seja concomitantemente, benéfico para todos dentro de um limite razoável e associado a posições e cargos atingível a todos.
    Sendo esses dois princípios aplicados aos alicerces da sociedade, conduzir a competência de direitos e deveres e determinam vantagens econômicas e sociais. Outra abstração trazida por Rawls é a de equidade. Onde haveria um processo equitativo possibilitado graças ao véu da ignorância, onde o legislador de uma sociedade, ao cumprir suas funções, deveria estar sob esse véu da ignorância, se desligando de sua posição social, para não se restringir às suas concepções para bem próprio. Sendo possível dessa forma, criar uma sociedade mais justa. Ademais, para Rawls, a distribuição econômica deve sempre levar em conta os grupos menos favorecidos, que se situam em desvantagem econômica, política ou social.

    Deyvisson Bruno Alves de Paiva, 21004513

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  125. Rawls em “Uma Teoria da Justiça” se propõe a discutir uma possibilidade para a resolução de conflitos a cerca da distribuição dos bens sociais entre os indivíduos. Ele parte da ideia que os seres humanos são dotados de racionalidade, e deliberando umas com as outras determinam a melhor forma de distribuição dos benefícios sociais, a sociedade seria assim um sistema equitativo de cooperação, buscando sempre um acordo sobre justiça. Os princípios da justiça são postos de tal modo que se aplica a estrutura social, valendo, portanto, para todos. Cabendo as instituições desenvolverem um modelo para aplicar a justiça num intuito de minimizar as desigualdades.

    RA 21073013

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  126. Na teoria de Rawls há a reflexão de justiça e de uma sociedade considerada justa. Para isso, o autor traz alguns conceitos como o de racionalidade, bondade e equidade. Rawls vai afirmar que seria preciso haver uma concepção política de justiça para que a sociedade saiba de seus deveres e direitos. Vai dar prioridade para o coletivo relacionado às ideias igualitárias dos direitos, de que a equidade deve ser acessível a todos. Para ele, o princípio de igualdade deve se estender a todos de maneira igual e isso vale também para uma busca (igual) de oportunidades.
    Pode-se aplicar o pensamento de Rawls nas situações praticas: o vídeo apresentado fala das cotas raciais. O autor explicaria esse ato como mecanismo positivo aos que sofreram alguma injustiça no passado. Esse tipo de afirmação colocam todos no mesmo patamar (igualdade de oportunidades) para reverter ou diminuir tal desigualdade na nossa sociedade. Essa "igualdade" não se refere a não liberdade no âmbito da moral e religião, possuindo determinado grau.

    RA: 21051713

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