Caros alunos,
Após a leitura de: "Two Concepts of Liberty", de Isaiah Berlin, disponível em:
e “Quatro ensaios sobre a Liberdade”, de Isaiah Berlin, cujo
resumo do texto em português está disponível em:
ou em inglês, disponível em:
http://www.wiso.uni-hamburg.de/fileadmin/wiso_vwl/johannes/Ankuendigungen/Berlin_twoconceptsofliberty.pdf
depois, veja o excelente documentário, em português, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BWNZHJsR0Sc
e
depois, veja o excelente documentário, em português, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BWNZHJsR0Sc
e
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&langpair=en|pt&u=http://plato.stanford.edu/entries/liberty-positive-negative/&prev=/translate_s%3Fhl%3Dpt-BR%26q%3Ddois%2Bconceitos%2Bde%2Bliberdade%26tq%3Dtwo%2Bconcepts%2Bof%2Bfreedom%26sl%3Dpt%26tl%3Den
e examine o material:
http://serbal.pntic.mec.es/~cmunoz11/berlin70.pdf
(entrevista com Isaiah Berlin. Está em espanhol)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u573985.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u572692.shtml
(entrevistas com professores sobre a teoria de Berlin)
veja, ainda,
http://www.youtube.com/watch?v=BWNZHJsR0Sc&fb_source=message
e examine o material:
http://serbal.pntic.mec.es/~cmunoz11/berlin70.pdf
(entrevista com Isaiah Berlin. Está em espanhol)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u573985.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u572692.shtml
(entrevistas com professores sobre a teoria de Berlin)
veja, ainda,
http://www.youtube.com/watch?v=BWNZHJsR0Sc&fb_source=message
elabore seus comentários e envie para postagem. Vc. tem até as 24:00hs. do dia 04 de agosto, segunda-feria, para realizar essa tarefa.
GRUPOS:
TWO CONCEPTS OF LIBERTY
ResponderExcluirISAIAH BERLIN – (1909-1992)
I propose to examine no more than two of these senses - but they are central ones, with a great deal of human history behind them, and, I dare say, still to come. The first of these political senses of freedom or liberty (I shall use both words to mean the same), which (following much precedent) I shall call the 'negative' sense, is involved in the answer to the question 'What is the area within which the subject - a person or group of persons - is or should be left to do or be what he is able to do or be, without interference by other persons?' The second, which I shall call the 'positive' sense, is involved in the answer to the question 'What, or who, is the source of control or interference that can determine someone to do, or be, this rather than that?' The two questions are clearly different, even though the answers to them may overlap.
NEGATIVE LIBERTY:
It is only because I believe that my inability to get a given thing is due to the fact that other human beings have made arrangements whereby I am, whereas others are not, prevented from having enough money with which to pay for it, that I think myself a victim of coercion or slavery.
The criterion of oppression is the part that I believe to be played by other human beings, directly or indirectly, with or without the intention of doing so, in frustrating my wishes. By being free in this sense I mean not being interfered with by others. The wider the area of non-interference the wider my freedom.
But equally it is assumed, especially by such libertarians as Locke and Mill in
England, and Constant and Tocqueville in France, that there ought to exist a certain minimum area of personal freedom which must on no account be violated; for if it is overstepped, the individual will find himself in an area too narrow for even that minimum development of his natural faculties which alone makes it possible to pursue, and even to conceive, the various ends which men hold good or right or sacred.
to be continued
POSITIVE LIBERTY:
ResponderExcluirThe 'positive' sense of the word 'liberty' derives from the wish on the part of the individual to be his own master. I wish my life and decisions to depend on myself, not on external forces of whatever kind. I wish to be the instrument of my own, not of other men's, acts of will. I wish to be a subject, not an object; to be moved by reasons, by conscious purposes, which are my own, not by
causes which affect me, as it were, from outside. I wish to be somebody, not nobody; a doer - deciding, not being decided for, self-directed and not acted upon by external nature or by other men as if I were a thing, or an animal, or a slave incapable of playing a human role, that is, of conceiving goals and policies of my own and realising them. This is at least part of what I mean when I say that I am rational, and that it is my reason that distinguishes me as a human being from the rest of the world. I wish, above all, to be conscious of myself as a thinking, willing, active being, bearing responsibility for my choices and able to explain them by reference to my own ideas and purposes. I feel free to the degree that I believe this to be true, and enslaved to the degree that I am made to realise that it is not.
The consequences of distinguishing between two selves will become even clearer if one considers the two major forms which the desire to be self-directed - directed by one's 'true' self – has historically taken: the first, that of self-abnegation in order to attain independence; the second, that of self-realisation, or total self-identification with a specific principle or ideal in order to attain the
selfsame end.
One belief, more than any other, is responsible for the slaughter of individuals on the altars of the great historical ideals - justice or progress or the happiness of future generations, or the sacred mission or emancipation of a nation or race or class, or even liberty itself, which demands the sacrifice of individuals for the freedom of society. This is the belief that somewhere, in the past or in the future, in divine revelation or in the mind of an individual thinker, in the pronouncements of history or science, or in the simple heart of an uncorrupted good man, there is a final solution.
It may be that the ideal of freedom to choose ends without claiming eternal validity for them, and the pluralism of values connected with this, is only the late fruit of our declining capitalist civilisation: an ideal which remote ages and primitive societies have not recognised, and one which posterity will regard with curiosity, even sympathy, but little comprehension.
END
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCom Berlin temos um debate bem difícil acerca, quase exclusivamente, de dois tipos de liberdades, as quais são denominadas por liberdade negativa e liberdade positiva.
ResponderExcluirA negativa seria a liberdade do indivíduo escolher como administrar sua vida com a ausência de coerção intencional por terceiros. Já a positiva, seria pura e essencialmente o desejo do indivíduo ser seu próprio senhor. Envolve a real capacidade de tomar decisões e escolhas. Mas não deixa de levar em consideração que existem situações plausíveis para a prática da coerção, Berlin traz uma ideia de concentração de poder dentro deste conceito de liberdade positiva, quem detém o poder tem como objetivo o bem-estar público ou a igualdade. Este cenário seria representado por indivíduos cegos, ignorantes ou corruptos, logo, incapazes de promover qualquer destes objetivos lançados. Desta forma, percebemos que a liberdade positiva aceita uma interferência mínima do Estado, ou seja, apenas quando necessário.
Esta questão da interferência traz a possibilidade de inferir que se saiba mais do que o outro necessita.
Por conta desta busca de satisfação, seja em nome do bem-estar social ou em nome de qualquer fator que oprime a injustiça, temos também a busca por auto realização dentro do que é liberdade de fato. Berlin traz o método verdadeiro para alcançarmos a liberdade, este consiste em saber classificar o que é ou não necessário. Se adequar a um modo de vida, por exemplo, muitas vezes é necessário para alcançar este tipo de meta. Dessa forma necessitamos de conhecimento, porque este nos oferece oportunidades concretas para fazermos escolhas e nos preserva de frustrações por tentar algo inviável. Entramos então no universo da racionalidade, o qual nos exige um autocontrole e acima de tudo um autogoverno.
Enfim, no ponto mais crítico deste tema, somos inseridos em um cenário que nos revela sacrifícios. A liberdade de um costuma custar a do outro. Afinal, não temos a garantia de que nossos interesses ou direitos são conciliáveis.
Isabel S. Klug - 21068913
Isaiah Berlin viveu durante um período histórico determinante, que compreende praticamente todo o século XX. As guerras e a bipolarização mundial ocorridas durante sua vida certamente exerceram grande influência na construção de seu pensamento. O autor começa sua obra abordando o impacto que as ideias exercem no contexto social ao afirmar que elas são propostas, elaboradas e desenvolvidas, e, assim, são capazes de formular novos conceitos. Para o autor, este processo tende ao pluralismo.
ResponderExcluirA partir disso, o autor afirma que a ideia de que seja possível agrupar todos os valores de forma harmoniosa e sem conflitos está bastante equivocada, pois as sociedades possuem conjuntos de valores diferentes, e a esta concepção de que sociedades diferentes reconhecerão valores diferentes o autor denomina como pluralismo ético.
Buscando entender a sociedade em que vivia, Berlin elabora dois tipos de liberdade a partir da definição de liberdade pura, que, para ele, é a ausência de restrições. A “liberdade positiva”, na qual o indivíduo é livre para agir dentro de um limite, delimitado pelo Estado, sendo que há a existência de leis que estipulam o que não pode ser feito. Essa restrição parte da necessidaed de garantir que diferentes formas de viver possam coexistir, tendo em vista a diversidade de condutas, que sem esta devida regulamentação entrariam em conflito. Os que não se comportam de acordo com esta molduras, devem ser punidos.
Enquanto a “liberdade positiva” cria um fator limitador, possibilitando que diferentes meios de vida possam ser desenvolvidos, a “liberdade negativa” busca contemplar as formas de conduta que estão além destes limites. Baseia-se na ausência de obstáculos e restrições à autonomia e autodeterminação das pessoas, ou seja, uma sociedade em que os indivíduos possam agir livremente conforme suas vontades, e, além disso, que a intervenção do Estado possua um limite.
Isaiah Berlin acredita que a “liberdade positiva” dá margem aos governos autoritários, usando como exemplo ditadores totalitários que reprimiam minorias em sociedades democráticas, distorcendo a ideia de liberdade. Diante disso, nota-se uma tendência do autor à “liberdade negativa”, mas isso não quer dizer que ele defenda a liberdade absoluta, mas sim por achar que nela há uma maior garantia de não haver o autoritarismo.
Desse modo, o autor identifica um “paradoxo da liberdade”, visto que nenhum dos sistemas vigentes (bipolarização: Estados Unidos x URSS) possui apenas uma visão de liberdade, e, com isso, nem o capitalismo e nem o socialismo conseguem definir a melhor abordagem sobre o tema.
A questão central da obra de Berlin é a elucidação dos conceitos de ''liberdade positiva'' e ''liberdade negativa'', e suas contribuições ao debate sobre justiça nas sociedades liberais.
ResponderExcluirBerlin definiu como liberdade negativa a ausência de obstáculos ou restrições sobre a vida dos indivíduos. É a não coerção de fatores externos determinados por outros indivíduos afim de limitar minha liberdade. A liberdade positiva seria a capacidade de uma pessoa agir e decidir questões sobre a própria vida, sem que haja influencia dos demais agentes sociais (indivíduos, instituições).
É a partir desses conceitos que surgem questões mais complexas que enriquecem o debate, por exemplo, como evitar o autoritarismo dentro de uma sociedade liberal? Para que uma sociedade prospere seguindo os conceitos de liberdade negativa, todos os indivíduos componentes devem aderir ao modo de vida estabelecido pelo conceito. Mas e aqueles que preferem abrir mão de sua liberdade negativa? Estes acabam deslocados desta sociedade,sendo assim coagidos pelos demais indivíduos através de ações autoritárias.
O mesmo vale para uma sociedade onde prevalece o conceito de liberdade positiva. É impossível que as relações sociais sejam baseadas pelo livre arbítrio de cada indivíduo sem que haja conflitos. Com isso é necessário seguir determinado ''padrão'' ético imposto pela própria cultura da sociedade, mesmo que este seja mínimo, de modo a regularizar as relações sociais.
A obra de Isaiah Berlin retrata dois conceitos de liberdade e tenta mostrar que os movimentos históricos não são meros acontecimentos naturais, e sim, movimentos que fazem parte da história humana e são importantes na compreensão de questões predominantes no mundo.
ResponderExcluirA política coloca como questão central a obediência e a coerção, e isso provoca oposição entre sistemas com respostas conflitantes, e é a partir disso que Berlin se propõe a examinar os diferentes sentidos da liberdade. Tem-se a liberdade negativa, que seria uma ausência de impedimentos à ação do indivíduo, e a liberdade positiva, que seria a presença de condições para que os indivíduos ajam de modo a atingir seus objetivos. ..... Cada uma busca responder a pergunta, a primeira ..., e a segunda... .
O conceito de liberdade política é apresentado como a área em que um homem pode agir sem sofrer obstrução de outros e, se essa área for restringida por outros homens, então este indivíduo está sendo coagido ou escravizado.
O filósofo coloca que os homens são interdependentes, que a liberdade de una depende da limitação de outros, e acredita que as necessidades básicas são iguais para todo mundo, mas que 'a liberdade individual não é a necessidade primária para todo mundo'. Na sociedade existem aquela minoria que possuem liberdade conquistada em cima da grande maioria que não possuem essa mesma liberdade, e essa liberdade depende da limitação e infelicidade da maioria, isso não pode ser considerado justo e nem moral. Porém, deve-se pensar que a abdicação da liberdade de um indivíduo não reduz as desigualdades e nem amplia a liberdade daquela maioria.
Uma vez que a liberdade negativa expressa a coerção como algo ruim, que frustra os desejos humanos, a liberdade positiva traduz o desejo do indivíduo de ser seu próprio senhor, de ser livre, relacionando-o a uma visão orgânica, em que todos os indivíduos são igualmente importantes para o bom funcionamento do Estado.
Danielle Yamaguti
21080813
Sara Aparecida de Paula RA: 21041713
ResponderExcluirIsaiah Berlin examina os conceitos de liberdade negativa (ausência de impedimentos à ação do indivíduo, ou seja, ele escolhe como administrar sua vida, sem coação de outros) e liberdade positiva (condições para que os indivíduos ajam de modo a atingir seus objetivos). É importante ressaltar o conceito histórico em questão que é o período de Guerra fria.
Na busca de liberdade positiva pode resultar na concentração de poder, considerando a coação como uma ferramenta necessária, há uma estrutura em que o Estado regula a liberdade do indivíduo em seu sistema. Já na liberdade negativa parte da ideia de que para realizar algo, tem que sacrificar outros, sem ninguém que imponha limites como acontece na liberdade positiva, neste caso, o estado não interferiria, nela os indivíduos são donos de suas próprias concepções de liberdade. É importante ver que nenhum sistema tem apenas uma visão de liberdade, mesmo que Às vezes uma sobreponha a outra .
Gostaria de colocar também um trecho do artigo escrito por Julio Cesar Casarin, “A defesa da concepção negativa de liberdade como a única liberdade válida está fortemente relacionada com a defesa de um princípio chamado por Berlin de 'pluralismo', A riqueza mesma da vida consistiria na diversidade e na pluralidade conflitante de pontos de vista, valores e objetivos considerados válidos e verdadeiros pelos seres humanos. O conflito "diversidade de valores" versus "valor único", colocado como está, pode ser entendido como uma idéia destinada a promover a convivência entre diferentes. "
Isaiah Berlin foi um filósofo político britânico. É considerado como um dos principais pensadores liberais do século XX. Ele traz ao debate a concepção liberal de justiça. Para tal, cuida para delinear conceitualmente algumas ideias acerca de liberdade. Entre as inúmeras concepções de liberdade existentes, Berlin expôs o seu entendimento sobre a liberdade sob duas formas: A liberdade negativa - ou ausência de impedimentos à ação do indivíduo - e a liberdade positiva - presença de condições para que os indivíduos ajam de modo a atingir seus objetivos.
ResponderExcluirA primeira diz respeito ao modo de vida desvinculado de quaisquer poderes coercitivos, em que os indivíduos possuem a liberdade de agir conforme bem entenderem. A segunda representa um modo de vida em que o Estado se faz presente para delimitar um cenário em que as pessoas tenham oportunidade de usufruir sua liberdade. Neste caso, mesmo que o papel do Estado não seja reduzido à meramente coagir os indivíduos, é ele, por intermédio de leis as quais impõe certo limite no que pode ou não ser feito, quem determina quais serão os diversos modos de viver aceitos nesta sociedade. Na liberdade negativa, há a crença de que todos os indivíduos seguiriam os mesmos preceitos e, deste modo, todos seriam livres de acordo com as limitações impostas por um poder maior.
Berlin acredita que a liberdade positiva dá margem para governos autoritários, e usa como exemplo os ditadores totalitários do século XX. Ele demonstra preferência pela liberdade negativa, apesar de não defender uma liberdade absoluta, mas acreditar que uma liberdade mínima é essencial. Berlim acredita que ela oferece uma garantia maior contra o autoritarismo, uma vez que as teorias positivas de liberdade têm sido usadas como instrumentos de opressão com mais frequência do que as de liberdade negativa.
As duas concepções de liberdade têm benefícios e malefícios, e Berlin não os oculta. A liberdade positiva busca conciliar, organizar e principalmente evitar que existam conflitos entre os indivíduos devido aos diferentes interesses que estes possam ter. Entretanto, isso se dá através de limitações, e quem estaria na posição de decidir até onde se estende a liberdade de alguém? Esse é um direito efetivo do Estado? A liberdade negativa ao eliminar esses problemas, também cria outros: como evitar o choque de interesses resultantes da ampliação das liberdades de cada um? Será que é possível contemplar todos os modos de vida diferentes alargando os limites da liberdade positiva?
Sua exemplificação trabalha com os países pós-guerra, onde, na dinâmica da guerra fria, existiriam os países passivos à influência dos EUA e a URSS, onde sofreriam uma injeção de liberadade positiva e liberdade negativa, respectivamente. A ambiguidade reside aqui, pois há uma interdependência de ambas, sendo indissociáveis e sempre presentes juntamente em qualquer sociedade. Seguiria assim a lógica de ação estatal direta em toda a sociedade como sendo negativa, e um estado liberal sendo positivo. À concepção de que sociedades diferentes reconhecerão valores diferentes Berlin dá o nome de pluralismo ético.
José Luis Almeida Rocha - RA: 21035312
ResponderExcluirApós os estudos feitos com base na literatura dada, pude compreender que a liberdade negativa pode ser entendida como a não existência de uma coerção intencional por terceiros, isto é, quanto menor a interferência de terceiros na decisão dos indivíduos, mais livre ele será. Com isso, o ideal da liberdade negativa supõe a existência de um Estado limitado, que respeita a esfera privada das decisões pessoais, e cujo principal objetivo é garantir que a liberdade de uns não interfira na liberdade de outros. Entretanto a liberdade negativa não pode garantir que outros valores ou objetivos estimáveis sejam simultaneamente alcançados. Pessoas livres podem fazer decisões desconexas no que respeita às suas vidas pessoais, sendo igualmente livres perante a lei, podem ter entre si profundas desigualdades materiais ou econômicas. Com um Estado pequeno e limitado, que respeite a liberdade negativa dos cidadãos, há uma falta de legislação sobre muitos domínios que algumas pessoas, por vezes a maioria, poderiam preferir que fossem legisladas. Mas esses três problemas da Liberdade negativa são os principais fatos que levam ao outro conceito de liberdade positiva, que tem como argumento principal o fato de que o conceito negativo não é suficiente considerando que a liberdade não pode ser apenas ausência de coerção, mas também a garantia que a escolha que a liberdade negativa permite seja realizável. Sendo assim, se as opiniões da maioria não puderem ser soberanas sobre as limitações impostas ao poder político pelas garantias legais individuais, a liberdade negativa não faria sentido. E com isso, Isaiah Berlin coloca também que a possibilidade de uma pluralidade, com a ressalva de que uma harmonia é impossível.
Após a leitura dos textos de Berlin e analisar os outros materiais disponíveis, posso fazer algumas considerações acerca do tema ‘A Concepção liberal de justiça’.
ResponderExcluirPara Berlin, há dois conceitos muito bem desenvolvidos por ele que são essenciais para entender o tema da liberdade, o da da Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
A Liberdade Negativa seria um tipo de liberdade individual (do “eu”). Diz que os indivíduos fariam o que quisessem caso a sociedade estivesse pautada na Liberdade Negativa. Esta sociedade promoveria um papel mais de inclusão do que de exclusão. A Liberdade Positiva diz respeito a um tipo de liberdade mais exclusiva e restritiva. Neste caso, as leis e recomendações ganham destaque na sociedade pautada por essa Liberdade. Vai afirmar que um modelo como esse pode muito bem por acabar levando a um governo autoritário, com o Estado regulando a liberdade dos indivíduos em um sistema com leis.
Berlin considera a Liberdade Negativa como ideal, porém deve ser adotada com cuidados, pois se colocada de maneira má intencionada pode levar à bagunça, caos. Berlin não chegou a propor princípios ou maneiras de se chegar à liberdade, apenas colocou as ideias. Para ele, liberdade é algo inato, é a liberdade em si, nada mais, nem sinônimos de outras coisas/termos. Liberdade é liberdade.
Lothar Schlagenhaufer
O que é liberdade? O autor classifica essa palavra em três características:
ResponderExcluir1) Coerção dos desejos humanos é considerado ruim.
2) Traz um apelo para união da população, ou seja, aglomeração de massa humana, em que o senso de privacidade vem dessa concepção.
3) Liberdade tem relação com sua área de controle, seu eu, pensamento, individualidade e não e relacionada diretamente com democracia e governo.
Assim, o analisar o conceito liberdade para Berlim, percebe-se que ele divide o termo em dois subtópicos: positiva e negativa. O contexto que escreveu foi o da Guerra Fria, período marcado pela disputa de ideias socialistas e liberais. Ambos que tomavam posição defendiam a liberdade, mas, segundo Berlim, de uma maneira equivocada.
A liberdade positiva é aquela que nasce com uma ideia de sociedade final que todos podem ser livres. Há uma questão que guia essa liberdade, que é: qual a fonte da liberdade? Quem limita a ação de quem? Logo, o Estado regula a liberdade dos indivíduos dentro do sistema imposto; aquele que não estiver dentro da esfera deve ser eliminado. Segundo Berlim, esse tipo de liberdade era adotado na antiga URSS.
A liberdade negativa é aquela em que as pessoas podem fazer o que querem e nada mais, em que seus direitos são guiados por leis e normas, assim como um Governo que está preocupado em gerar liberdade. Logo, o ponto central é a definição do "espaço" em que a pessoa pode ser livre sem ferir a liberdade de outros.
O principal ponto adotado no texto de Berlim é mostrar que não há um sistema democrático que fique só em uma liberdade, mesmo dando preferência a um dos lados, em que para se expandir uma, precisa-se necessariamente da presença de outra.
Brenda Dantas Lopes Bela - RA: 21036513
ResponderExcluirIsaiah Berlim foi um filósofo britânico que viveu durante um período histórico muito determinante para o seu trabalho. As guerras e a bipolarização mundial exerceram grande influência na construção de seu pensamento. Berlim é considerado um dos principais pensadores do século XX. A sua obra mostra que os movimentos históricos não são apenas acontecimentos naturais/triviais, ele elucida que esses movimentos fazem parte da história humana e são extremamente importantes na compreensão das questões do mundo. Berlim abre um debate sobre dois tipos de liberdade, a liberdade negativa e a liberdade positiva levando a concepção liberal de justiça. A busca pelo entendimento da sociedade a qual vivia levou Berlin, a partir da definição de liberdade pura (ausência de restrições) a concepção de ‘liberdade positiva’, onde o indivíduo é livre para agir dentro de um limite que é delimitado pelo Estado que estipula leis sobre o que pode e o que não pode ser feito.
A ‘liberdade negativa’ baseia-se na ausência de obstáculos, ou seja, a possibilidade do indivíduo escolher como deve ou não levar sua vida, com a ausência de coerção intencional de terceiros.
Já a liberdade postiva dá margem para diferentes formas de viver possam coexistir, levando em conta a diversidade de condutas. Essa liberdade envolve a capacidade de tomar decisões e escolhas onde há situações plausíveis para a prática da coerção. O poder dentro da liberdade positiva, detém o objetivo de favorecer o bem-estar público e a igualdade, Berlim deixa claro que a interferência do Estado deve ser mínima, ou seja, agir apenas quando necessário.
Berlin acredita que liberdade positiva dá margem para governos autoritários, para isso, ele dá exemplos de ditadores totalitários durante o século XX. Diante disso, o autor demonstra uma preferência pela liberdade negativa, apesar de não defender uma liberdade absoluta, ele acredita que uma liberdade mínima seja essencial. Berlin acredita que a liberdade negativa oferece uma garantia maior contra o autoritarismo, já que as teorias positivas de liberdade tem sido usadas como instrumento de opressão. A partir desses conceitos surgem questões mais complexas, como por exemplo, se é possível evitar o autoritarismo dentro de uma sociedade liberal, o que fazem aquelas que preferem abrir mão de sua liberdade negativa?
O autor não descarta que as duas liberdades, tanto a negativa quanto a positiva, possuem pontos ruins e pontos bons. A liberdade positiva levanta questões como quem é que deve estar na posição de decidir até onde vai a liberdade alheia? É um direito do Estado?. Igual a liberdade positiva, a negativa também levanta alguns pontos, como exemplo, como evitar o choque das liberdades de cada um? Berlin exemplifica essa questão, mostrando que países que já passaram por guerra, durante a guerra fria, eram passivos à influência da URSS e do EUA (onde iriam sofrer com a liberdade positiva e negativa), aqui está a ambiguidade, já que há uma interdependência de ambas. A concepção de que sociedades diferentes reconhecem valores opostos se dá pelo nome de pluralismo ético. Como resultado, o autor identifica um paradoxo da liberdade, visto que nenhum dos sistemas vigentes possuí apenas uma visão de liberdade.
Isaiah Berlin faz uma discussão acerca de dois tipos de liberdade em sua obra “Two Concepts of Liberty”: a liberdade positiva e a liberdade negativa.
ResponderExcluirA liberdade negativa, a qual Berlin defende como ideal, se encontra na área de liberdade individual. Seria a liberdade interpretada como a ausência de impedimentos em relação às ações dos indivíduos, que escolheriam a forma de administrar sua vida sem coação de outros.
A liberdade positiva é a liberdade na qual o indivíduo tem seu autogoverno. Para Berlin, esse tipo de liberdade poderia levar a abusos políticos, coerções. Seria uma liberdade restritiva e exclusiva, os indivíduos que não se enquadrassem no modelo seriam excluídos.
Lara Rodrigues Alves RA: 21059213
Segundo Isaiah Berlin, filósofo liberalista do século XX, o conceito de Liberdade abrange duas dimensões: a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa, sendo que a liberdade, para ele, é definida pela verificação de que não há restrições.
ResponderExcluirA liberdade positiva, também chamada de liberdade dos antigos, é a possibilidade de atuar, assumindo o controle de sua vida e realizando propósitos fundamentais de cada um. Esse tipo de liberdade é atribuído a coletividades ou a indivíduos considerados membros de coletividades. Nela os indivíduos tem sua liberdade limitada por regimes governamentais, códigos de leis ou doutrinas.
Por outro lado, a liberdade negativa é a ausência de obstáculos, barreiras ou restrições. Assim, o indivíduo é livre para fazer suas escolhas sem ser coagido. Ela é geralmente atribuída a agentes individuais.
Ana Caroline de A. Coutinho RA: 21048113
A liberdade para o Berlin é de dupla mão, ele separa a "liberdade" em duas; a Liberdade Negativa, onde há a ausência de constrangimentos, e a Liberdade Positiva, onde existe a autonomia e busca de objetivos; tais liberdades respondem a duas perguntas.
ResponderExcluirAté que ponto eu devo ser governado? A resposta nos dá a liberdade negativa, porque ela está vendo até que ponto são os limites que você vai ceder, até o ponto que você pode ser governado, até que ponto que você deixa o governo prevalecer sobre você. Ele abrange a presença (ou ausência) de constrangimentos sobre você.
Por quem eu devo ser governado? Sendo a resposta dada a liberdade positiva. Ela não é o mensurar dos constrangimentos, ela é positiva de dupla mão, já que em um primeiro momento ela é a sua busca pelos seus objetivos, e o outro lado dessa mesma liberdade é a automonomia, você poder fazer aquilo que você quer sem dependência dos outros.
Andressa Alves - 21081013
Isaiah Berlin é um filosofo politico britânico, nasceu na Rússia, mas se estabeleceu na Inglaterra, foi um defensor do liberalismo e criticava a União Soviética. No texto “Two concepts of Liberty”, Berlin elabora dois conceitos de liberdade, a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
ResponderExcluirPara Berlin na Liberdade Negativa, os indivíduos teriam a liberdade de ser e fazer o que quiserem, não havendo assim quaisquer obstáculos e barreiras nas vidas das pessoas, a sociedade seria inclusiva (e não exclusiva), que aceitaria os tipos diferentes de indivíduos que agiriam livremente conforme suas vontades. Nessa sociedade, as leis e o Estado não interfeririam na liberdade do indivíduo, somente garantiriam as ações individuais, resumidamente teriam uma função mínima.
Já a Liberdade Positiva está ligada a fatores internos do individuo, exigindo autocontrole, autodeterminação e autorrealização. A Liberdade Positiva pode ser considerada uma liberdade restritiva e exclusiva, onde a sociedade seria refém de leis e instituições, que moldariam de forma especifica a liberdade. De acordo com Berlin, esse modelo só poderia levar à um governo autoritário e opressor.
Contextualizando seu texto com a época, que era o período no qual estava ocorrendo a Guerra Fria, Berlin identifica a Liberdade Positiva com a liberdade exercida pela União Soviética e a Liberdade Negativa com a liberdade exercida pelos Estados Unidos.
Guilherme Allan I. C. da Fonseca - RA: 11131211
O autor se refere a dois modelos existentes na prática da liberdade. A liberdade negativa se caracteriza pela decisão individual, na qual não há implicação de agentes externos – obstáculos, barreiras e restrições – ao indivíduo, nela existe a seguinte preocupação: “em qual o meio em que o indivíduo pode exercer sua liberdade plena?”. Já a liberdade positiva tem em essência o sentido da coletividade, não são os agentes externos que a determina, ela tenta responder a questão “ quem/quais são os agentes internos que influenciam na liberdade?” e busca a auto-determinação e auto-justificação.
ResponderExcluirA sociedade regida através da liberdade positiva, requer segundo Bérlin, a condição de uma comunidade totalmente racional, de forma que, as leis serão de acordo a todos os indivíduos. Um organismo vivo representa a analogia desse pensamento, dessa forma, cada pessoa exerce sua liberdade comandada por um razão coletiva contribuindo para a harmonia e o funcionamento do meio social. Esse ideal de liberdade, contudo, carrega o potencial para a formação de um governo autoritário, a saída para essa questão se encontra somente através da razão.
Cibele de Cássia Nogueira Gennari
21065713
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAntes de mais nada, é importante ressaltar que o contexto histórico vivenciado por Isaiah Berlin foi o contexto da Guerra Fria e, portanto, ao construir sua teoria, ele considerou a dinâmica história do período citado. Para o autor, o conceito de liberdade sob o ponto de vista político apresenta dois sentidos principais, apesar de esse mesmo conceito de liberdade ser amplo e capaz de ter diferentes interpretações. Berlin classifica esses dois pontos principais como Liberdade Positiva e Liberdade Negativa.
ResponderExcluirA Liberdade Negativa é pluralista, atual e baseada no “self”. Logo, assume um caráter individual. Podemos resumir essa liberdade com a seguinte questão: “Qual é a área em que um indivíduo só ou em grupo, se encontra ou deveria estar livre da interferência dos outros?” A liberdade será maior conforme o tamanho da área em que o indivíduo é capaz de atuar e se portar livremente sem que haja interferência alheia. Quanto maior for esse espaço, maior será sua liberdade. O que o autor defende em sua tese é a não delimitação desta área onde o indivíduo pode atuar, pois, a partir do momento onde se afirma que essa área existe, assume-se que a liberdade já é limitada. Por esse lado, pode-se pensar que Berlin era a favor de um sistema “sem regras”, no entanto, ele queria apenas que esse sistema pudesse abranger a maior quantidade possível de modos de vida.
Já a Liberdade Positiva, que é mais antiga e mais disseminada, é aquela na qual a liberdade se limita pelos poderes aos quais o indivíduo é submetido de boa vontade, como por exemplo às instituições de poder, como a Igreja e o Estado. Nesta situação, o sujeito é livre para fazer aquilo que quiser, contanto que suas ações se encaixem dento do contexto que tais instituições oferecem. No caso de ultrapassagem dos limites estabelecidos pelas instituições, as punições são feitas com sanções que já foram reguladas anteriormente. Dessa maneira, não é possível ter um estilo de vida diferente daquele oferecido pelas instituições sem que se receba castigos por isso. Entretanto, se os indivíduos optaram por viver nessa liberdade, e aceitaram isso, as punições raramente ocorrerão. Isaiah Berlin acredita que essa liberdade cria mais do mesmo, além de limitar o homem, já que as pessoas acabam se tornando muito parecidas umas com as outras, já que as vontades individuais, que contrariam o sistema, não são aceitas.
Aline B. Silva - RA 21080413
Isaiah Berlin traz ao debate a concepção liberal de justiça. Para tal, aborda algumas ideias acerca da liberdade, como a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
ResponderExcluirA primeira pode ser considerada um liberdade restritiva e exclusiva, na qual a sociedade seria moldada por leis e instituições, que dariam um tipo específico de liberdade somente para aqueles que fizessem parte e se enquadrassem no modelo, excluindo os demais. Refere-se à fonte de controle ou de interferência que pode determinar ou criar as condições para que um indivíduo aja de determinada maneira e faça determinadas escolhas em detrimento de outras opções que lhe sejam postas.
Já uma sociedade baseada na Liberdade Negativa, daria aos seus indivíduos a liberdade de ser e fazer o que quiserem, seria uma sociedade inclusiva, uma liberdade plural, que aceitaria os diferentes tipos de indivíduos que a constituiriam. Nessa sociedade, as leis e instituições não interfeririam na liberdade do indivíduo, somente garantiriam as ações individuais. Berlin enfatiza que aqueles que acreditam nela, não devem crer que se trata de um ideal absoluto, pois esse tipo de pensamento acarretaria na Liberdade Positiva. Com isso, geraria um ciclo onde as duas liberdades criariam um Estado opressor e ditatorial.
Dessa maneira, afirma que a liberdade positiva resultaria na busca da concentração de poder, ao se considerar a coação como uma ferramenta necessária para organizar a sociedade e assim chegar a um objetivo determinado. E a liberdade negativa seria a ordem dos movimentos, guiando os homens pelas suas emoções, pensamentos e atitudes. Como escreveu durante a Guerra Fria, o autor considera a Liberdade Positiva aquela exercida pela União Soviética e a Liberdade Negativa a exercida pelos Estados Unidos.
O reconhecimento da importância da liberdade no que diz respeito à obra de Berlin é ponto fundamental para a compreensão do legado do autor, cujo arcabouço conceitual também abarca o pluralismo, ou seja, a tolerância, desenho político institucionalizado com o intuito de proteger garantias individuais. Berlin acredita em um pluralismo ético, em que há diferentes valores nas diferentes sociedades, e que cada nação irá reconhecer esses diferentes valores. Reconhecia a existência desses diversos valores importantes, mas não há a ideia de que é possível convergir todos num todo harmonioso, pois sempre existiria conflito.
Berlin escreveu na época da Guerra Fria, na qual duas linhas de pensamento estavam em confronto: as socialistas e as liberais. Tais ideias influenciavam fortemente a sociedade e a liberdade dos indivíduos.
ResponderExcluirNo entanto, ambas linhas de pensamento tinham ideias de liberdade distintas, e nenhuma condizia com o real conceito de liberdade, que deveria garantir as vontades individuais. Dessa forma, Berlin elaborou dois conceitos de liberdade: a positiva e a negativa.
Ele inicia seu texto explicando o poder das ideias e seu efeito sobre a sociedade e o mundo. Salienta que, a partir das discussões teóricas podem surgir novas soluções e conceitos, que devem ser propostas e desenvolvidas.
A liberdade era aquela em que não há restrições. A liberdade positiva é aquela que, por meio de regras, leis e instituições, pode-se ter uma liberdade. Essas regras ordenam a sociedade, já que cada pessoa tem um modo de vida diferente da outra. Teria liberdade aquele que se encaixasse nessa “moldura”, excluindo os demais. Esse tipo de liberdade seria utilizado em um governo autoritário e opressor.
A liberdade negativa é baseada no indivíduo, e daria à eles a liberdade para fazerem o que quiserem e serem quem quisessem. Esse tipo de sociedade manteria as pessoas incluídas, ao invés de excluí-las. Existiriam leis, mas não interfeririam em sua liberdade, apenas garantiriam suas ações individuais.
Isaiah Berlin acreditava que a liberdade positiva abriria portas aos governos autoritários, que reprimiriam as minorias. Seria melhor a liberdade negativa, mas ela não significaria uma liberdade absoluta, só a não existência de autoritarismo.
A liberdade positiva seria a base para as democracias liberais, enquanto a negativa seria o principal fator para a emancipação.
RA: 21019613
Luana Alice Forlini RA: 21046313
ResponderExcluirO autor Isaiah Berlin procura debater o conceito de liberalismo aplicado à justiça. Assim, divide a concepção de liberdade em duas vertentes: positiva e negativa.
A negativa diz respeito a uma liberdade na qual o indíviduo, ou membros de determinada sociedade, possuem completo arbítrio sobre suas decisões na que condiz a sua liberdade, sem qualquer interferência, ou seja, sem obstáculos ou constragimentos, por exemplo. Para o autor, essa visão é errônea já que não leva em consideração a subjetividade intríseca à vida.
A positiva seria uma liberdade onde haveria uma fonte de controle que determinaria o modo de agir e as decisões dos indivíduos em situações. Assim, essa seria uma liberdade restritiva e exclusiva que iria privilegiar aquelas que se enquadram melhor na sociedade, excluindo o resto.
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ResponderExcluirCom um enfoque liberal para a concepção de justiça, Isaiah Berlin define duas formas de liberdade:
ResponderExcluirA liberdade "negativa", dada como anterior à lei, corresponde à pura consciência de autonomia do indivíduo, protegida de qualquer limitação de terceiros e, portanto, premissa na aspiração humana pela autodeterminação; e a liberdade "positiva" que, posterior à lei, determina as possibilidade do indivíduo de acordo com a organização social e a cultura política na qual este encontra-se inserido - determinando condições para a ação deste indivíduo, o qual passa a levar em conta a ordem política estabelecida pela sociedade organizada.
É importante ressaltar que os termos "positiva" e "negativa" estão apenas designados desta forma para representar o antagonismo entre os dois diferentes conceitos de liberdade, não traduzindo-se em diferenças qualitativas entre estes.
A liberdade "positiva" é exprimida através da participação do indivíduo na definição dos fins coletivos, garantindo que seus desejos sejam considerados e, se coerente com o "modo de viver" daquele grupo, incluídos como objetivo. O problema é que, estabelecendo um "modo de viver" ditado por leis, exclui-se aqueles que não se adéquam ao que está determinado, o que mostra-se um tanto antiliberal.
Outro conceito importante para Berlin é o "pluralismo ético", que indica a existência de verdades diversas e remete à exposição da diversidade e à importância da tolerância.
Victor Sant'Anna Debone - RA 21042312
Berlin constrói a sua teoria a partir do conceito de liberdade negativa e liberdade positiva. Sem tentar aqui definir o que é cada uma, parto de uma breve análise acerca do autor. Eu acredito que, como o próprio Berlin disse, é complicado chegar à uma conclusão sobre os dois tipos de liberdade. É uma discussão, eu diria, infinita.
ResponderExcluirPonderar até que ponto uma liberdade ocupa o lugar da outra não é uma tarefa fácil, nem tampouco o é tentar decidir qual liberdade é mais "justa".
O autor deixa claro que não pretende entrar nesse âmbito da discussão; ele inicia um debate que será tratado posteriormente.
A reflexão que fica do que Berlin nos traz é justamente o sentido da palavra liberdade e suas implicações na vida do ser humano como indivíduo e como ser coletivo. É interessante analisar como a liberdade dialoga com conceitos como igualdade, justiça, direito.
A liberdade é algo que deve ser acordada, assim como propõem os atores contratualistas, e em certa medida Berlin parece concordar com eles embora ressalte que é necessário um mínimo de liberdade individual para que o ser humano não nade contra a sua própria natureza.
Para entender o pensamento de Isaiah Berlin é importante ter em conta o período em que o presente autor viveu. Esse período foi caracterizado por um conflito entre duas linhas de pensamento, que influenciavam as sociedades e sua forma de guiar a liberdade das pessoas, são os dois eixos de pensamento: socialistas e liberais. Podemos dizer que as guerras e a bipolarização mundial influenciaram de uma forma visível a construção de pensamento do autor.
ResponderExcluirEm seu texto “Two concepts of Liberty” Berlin desenvolve dois conceitos de liberdade, sendo eles: Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
A Liberdade Negativa consistiria em que, o indivíduo tem liberdade de escolher como administrar sua vida sem a interferência de “obstáculos”, ou seja, com a ausência de repressão intencional de outros indivíduos.
Na Liberdade Positiva os indivíduos alcançam liberdade dentro de determinadas regras e molduras. Essa moldura é construída para tentar ordenar a sociedade, pois os modos de vida das pessoas são incompatíveis. Se um determinado indivíduo se comportar de maneira externa à moldura, será punido. Sendo assim, a liberdade positiva aceita uma interferência mínima do Estado, quando necessário for.
Na opinião de Berlin, a liberdade positiva dá margem para governos autoritários. Sendo assim, o autor acredita que a liberdade negativa oferece uma garantia maior contra o autoritarismo. Embora, Berlin não defenda exatamente nenhuma das duas teorias, antes, ele apresenta os malefícios e benefícios de cada uma.
Matheus França de Melo
Isaiah Berlin, filósofo político do século XX, fortemente influenciado pelo contexto da Guerra Fria, defendeu a existência de dois tipos de liberdade: positiva e negativa.
ResponderExcluirNa liberdade negativa o indivíduo é isento da coação de outros e suas ações podem ser exercidas à medida que se “deve ter ou receber algo para fazer o que pode fazer, ou ser quem pode ser, sem que outras pessoas interfiram”. Por outro lado, a liberdade positiva é marcada pelo controle e interferência, ou seja, a coerção é posta como uma necessidade para se alcançar um objetivo, fazendo com que, mesmo que o resultado esteja no escopo de outros indivíduos, a liberdade destes seja, em parte, subtraída.
Os outros materiais disponibilizados mostram a influência das ideias de Berlin e, em muitos casos, de suas reinterpretações em ideologias que o próprio filósofo não contemplava em suas discussões.
Luciana Harumi dos Santos Sakano - RA 21022511
Excluirlucianaharumix@gmail.com
Andréa Aline de Faria R.A.: 21039713
ResponderExcluirEntre as inúmeras concepções de liberdade existentes, Isaiah Berlin, expôs o seu entendimento sobre a liberdade sob duas formas: A liberdade negativa e a liberdade positiva.
A liberdade negativa foi apresentada como uma liberdade considerada de autonomia do indivíduo, adquirida através de seu próprio discernimento em relação a determinadas condutas, ou até mesmo pelo que pode ser prejudicial ao outro. Tal liberdade, portanto, foi postulada como anterior à lei.
Já por outro lado, a liberdade positiva foi apresentada como uma liberdade posterior à lei, ou seja, é resultante dos cidadãos organizados na polis e de suas respectivas culturas políticas. Basicamente, se resume a tudo aquilo que não pode ser feito sem o consentimento dos governantes, o que equivale ao consentimento das leis. Como a liberdade negativa é realizada por cada pessoa sob uma forma totalmente autonoma, onde não se existe qualquer espécie de interferência externa, a liberdade positiva manifesta-se fortemente contrária, onde se tem uma alta interferência e participação na definição das questões da coletividade. Em meu ponto de vista, Isaiah enfatizou filosóficamente, a discussão está questão que diz respeito à natureza da liberdade, sendo que, a tratou de modo que não se pode ser manifestada de forma absoluta, pois assim, acabaria dando a permissão para os mais fortes oprimirem os mais fracos. A questão da sociedade limitada pela lei é evidenciada, cabendo ao Estado defender a segurança e zelar pela vida dos indivíduos, mas não há como fazer isso, sem que limite as suas liberdades.
Isaiah também tratou do pluralismo ético, que diz que civilizações diferentes portarão valores diferentes, e os valores mais importantes para toda a humanidade viverão em conflito e desacordo, e os sistemas políticos, religiões e os demais seguimentos, que por sua vez, estiverem em desacordo com o pluralismo ético, afirmando que a liberdade não possa manifesta-se contrária à igualdade de valores, terão suas democracias comprometidas.
Para compreender o pensamento de Isaiah Berlin deve-se levar em consideração o contexto mundial de sua época: o século XX. Um período de guerras que culminou com a bipolarização do mundo em um bloco socialista e outro capitalista. Por meio da definição de liberdade pura (sem restrições), o autor procura um entendimento da sociedade em que vivia e elabora dois tipos de liberdade.
ResponderExcluirLiberdade negativa: parte da ideia de que vivemos em um mundo em que realizar um fim implica o sacrifício de outros fins (o "custo de oportunidade"), e é por isso que, diz Berlin, "os homens dão tanto importância à liberdade de escolher". É a liberdade do indivíduo para escolher como administrar sua vida sem coação de outros, numa sociedade em que a intervenção do Estado seja limitado.
Liberdade positiva: anseio de um indivíduo de ser seu próprio senhor, livre de qualquer força externa, o que é bom porque inclui o desejo dos indivíduos de melhorar sua qualidade de vida. Porém, ele deve agir dentro de um determinado limite imposto pelo Estado, por meio de leis que determinam o que pode ou não ser feito. Ela cria um fator , o que possibilita o desenvolvimento de diferentes modos de vida.
Nota-se em Berlin uma certa tendência à liberdade negativa por acreditar que há nela uma possibilidade menor de haver governos totalitários, o que não significa que ele defenda a liberdade absoluta.
R.A.: 11041811
Através da atividade proposta pude absorver que o autor crê que as ideias têm forte impacto sobre a realidade, das reflexões e teorias surgem as soluções e direcionamentos. Não considera a liberdade como algo que se dá através de uma moldura, mas sim é base para a moldura, que seriam as instituições.
ResponderExcluirTem assim como liberdade positiva aquela que é posterior às leis, e que se forma pela cultura política e por ajustamentos na sociedade e como liberdade negativa a ação que se move sem a coerção do estado e instituições. Dentro deste modelo, o de liberdade negativa, os indivíduos podem satisfazer livremente suas vontades.
Mas existe ainda um processo de internalização dos princípios morais de uma sociedade. A liberdade positiva tem o potencial de se deflagar em totalitarismo. E a alternativa a isto seria o pluralismo.
Porém há a questão da inviabilidade de se praticar a liberdade negativa pois ao tentar de algum modo estabelecer o modelo isso se daria através de instituições - liberdade positiva.
Rose de Paula
RA: 21069412
Isaiah Berlin tem em sua teoria 3 conceitos que foram e ainda são bastante debatidos, são eles o pluralismo, a liberdade negativa e a liberdade positiva. Quando falamos do pluralismo colocado por Berlin, temos “... sua ideia de pluralismo em relação á ideia de monismo. O monismo seria uma espécie de determinismo, uma verdade única que, mesmo que não tenha sido ainda encontrada, ela o será em algum momento --e por meio dela se pode determinar toda a vida, a conduta da vida, a ação humana.” (Ricardo Musse), mas o grande problema em adotar o pluralismo é o fato da dificuldade em se explicar o oposto de certa questão.
ResponderExcluirQuando falamos em pluralismo, logo surge a ideia de liberdade negativa, pois é nela que os indivíduos podem fazer “o que querem”, ou seja, que eles tenham autonomia diante de suas escolhas perante o estado, desde que essa liberdade não oprima a liberdade dos outros indivíduos. É válido lembrar que Berlin reconhece que esse conceito de liberdade pode trazer um hiperindividualismo, ou seja, o capitalismo pode vir a ocorrer de maneira desenfreada.
Olhando de maneira “oposta” à liberdade negativa, temos a liberdade positiva, onde o estado é uma instituição que garante a liberdade dos indivíduos, entretanto, os mesmos serão livres para realizar certas ações pré-definidas pelo estado, e que de acordo com Berlin, essa liberdade é apenas uma ilusão e que esse conceito de liberdade sempre tornará os estados a regimes autoritários.
Julgo necessário citar que liberdade positiva e liberdade negativa não são 2 conceitos separados de liberdade, ambos fazem parte de uma mesma liberdade que tomaram duas vertentes diferentes.
Segundo Berlin entender os movimentos históricos significa entender as idéia ou atitudes relacionadas com a vida neles implícita, e que, sozinhas, fazem de tais movimentos parte da história humana e não simples eventos naturais – necessário que sejam entendidas as questões predominantes no mundo, para que o indivíduo possa clarear as suas próprias atitudes e ações. A questão central da política, obediência e coerção, causa uma guerra aberta travada entre dois sistemas de idéias, que fornecem respostas conflitantes. A partir disso, o filósofo examina os diferentes sentidos de liberdade.
ResponderExcluiro conceito de liberdade “Negativa”, um indivíduo só é livre na medida em que nenhum outro homem, ou grupo, interfira em suas atividades. Liberdade, para Berlin, é liberdade, diferente dos conceitos de igualdade, justiça, cultura, imparcialidade; “a liberdade individual não é a necessidade primária para todo mundo.”
A concepção “negativa” de liberdade em sua forma clássica: a coerção é má, na medida em que frustra desejos humanos, porém as vezes é necessária para evitar males maiores. Em oposição a não interferência é boa, embora não seja o único bem. Em segundo lugar o sentido “positivo” traduz o desejo do indivíduo de ser seu próprio amo e senhor. Ser dono de si mesmo seria não ser escravo de ninguém? Mas não seria escravo da natureza? A liberdade positiva se relaciona com a visão orgânica. Essa, segundo Berlin, seria dizer que se o sujeito for impedido até mesmo pela força, torna-o mais saudável para desempenhar seu papel de cidadão, portanto mais livre. A sociedade e o Estado comparado a um corpo. O bom funcionamento do Estado, tem haver com um bom funcionamento de um organismo. Todos os membros (indivíduos) são igualmente importantes para o Estado. Não há esfera privada de Direitos, interferência direta do Estado. Associando-se essa visão ao filósofo Rousseau, entende-se a liberdade positiva, como liberdade civil: “Quanto mais eu obedeço a lei civil, mais livre eu sou, já que ajudo a elaborá-las”. Simplificando, é como se dissesse que para o próprio bem, o indivíduo não está sendo coagido, pois ele desejou, estando consciente ou não, sendo assim, “verdadeiramente livre” mesmo o corpo recuse, e lutem com desespero. Por fim, o ego da liberdade negativa não deve sofrer influências. Em contrapartida, o ego “positivamente” livre pode alcançar um nível superpessoal, como um Estado, uma classe, uma nação, a liberdade como autodomínio.
RA 21068213
Berlin nos traz duas concepções acerca da liberdade - a positiva e a negativa. Segundo este autor, a liberdade negativa significa “ser livre na medida que ninguém ou nenhum grupo de indivíduos interfere com as minhas atividades”, ou seja, a liberdade negativa seria a área em que se pode agir sem sofrer a limitação de terceiros. De acordo com ele, dentro desse sistema, a livre ação dos indivíduos deveria ser limitada pela lei.
ResponderExcluirDessa maneira, a liberdade negativa estaria mais relacionada com a área de controle e não exatamente com a sua fonte, existindo maior destaque para até que ponto aquele tipo de governo interfere nas ações dos indivíduos e não precisamente ao tipo de governo em si.
Já a liberdade positiva consistiria no “desejo do indivíduo de ser seu próprio amo e senhor - o desejo de se autogovernar”. Dessa maneira, a liberdade positiva só seria possível quando os indivíduos pautassem suas ações cada vez mais na racionalidade, sendo a educação o principal motor desse processo.
Ao ler a entrevista que Berlin concedeu, apesar de se considerar liberal, é interessante seu posicionamento em relação à ordem capitalista atual, afirmando que crê na combinação do capitalismo com uma forte política social por parte do Estado, sugerindo um meio termo entre ação pública e privada.
Giovanna Fidelis Chrispiano
21005013
Segundo o autor Isaiah Berlin, o conceito de liberdade pode ser dividida em duas vertentes, onde temos a liberdade Negativa e a liberdade positiva.
ResponderExcluirA liberdade positiva é aquela onde tomamos o controle de nossas vidas onde possui um caráter mais exclusivista, onde podemos tomar decisões sobre nossa própria vida, sem que haja influencias da sociedade sobre estas decisões,
Já a liberdade negativa é aquela que é uma liberdade que não é pautada por nenhum tipo de coerção externa, tendo assim uma ausência de controle perante as ações dos indivíduos. Berlin acredita que esta liberdade é a melhor, porem ele nos recomenda um certo cuidado, pois esta liberdade pode levar a sociedade a um certo caos.
GABRIEL HOLTSMANN FALCHI
RA: 21081113
Isaiah Berlin, que publicou sua obra sobre "liberdade" em 1950 e 1960, reflete sobre a essência da liberdade, e vai chegar à conclusão que existem dois tipos de liberdade mutuamente excludentes e que se confundidas podem alterar totalmente decisões políticas e até o rumo da história. Para ele, os dois tipos de liberdade são os que ele chamou de "liberdade negativa" e "liberdade positiva".
ResponderExcluirA liberdade negativa, segundo o autor, tem um sentido mais excludente, de ausência de obstáculos. Ou seja, é algo externo ao indivíduo e tem relação com a falta de obstáculos externos a ele que poderiam dificultar, ou até mesmo impossibilitar, que
siga seu caminho (dizendo de uma forma mais concreta, que ele alcance determinado objetivo na sociedade, ou seja, seguir um estilo de vida sem que nada externo possa lhe atrapalhar).
Na liberdade positiva, no entando, a ideia é a da presença de algo, revelando o ideal de que é possível estar no controle, e liberdade seria a auto determinação, o auto controle (nessa visão, portanto, é possível identificar que o ideal já não se refere a algo externo, como no caso da liberdade negativa, mas a algo interno). Dessa maneira, o ideal positivo está fortemente correlacionado com a ideia de coletividade.
Kevin Rossi Freitas, RA: 21071613
Jonathan Leite Soares 21073313
ResponderExcluirOs dois pontos centrais da teoria da Berlin são a Liberdade e o Pluralismo.
Assim como Rawls, Berlin também acredita num pluralismo. Mas enquanto Rawls acredita num pluralismo do conceito de bem, Berlin acredita num pluralismo ético; na idéia de que há diferentes conjuntos de valores nas diferentes sociedades, ou seja, que cada nação reconhecerá diferentes valores.
Desse modo, Berlin diz que há duas interpretações para o conceito de liberdade, a saber:
a) Liberdade Positiva: Espaço destinado às ações dos indivíduos, onde a Liberdade consiste em definir o limite desse espaço e garanti-lo a todos.
Na liberdade Positiva há interferência do Estado, como meio coercivo, para que o individuo possa exercer a sua autonomia. Não há preocupação em questionar a coerção; o importante é a garantia desse espaço para exercer a liberdades individuais.
b)Liberdade Negativa: Questionamento sobre quem delimita o espaço de ação do individuo. Há preocupação de questionar a coerção, uma vez que essa face da Liberdade acredita que para haver liberdade a coerção deve ser mínima. Ou seja, a Liberdade consiste na expansão do espaço de ação e na diminuição da coerção.
Nessa segunda face da liberdade há mais possibilidades de modos de vida. Entretanto, uma vez que não há um sistema de coerção que interfira para assegure as liberdades, não há garantias. Ou seja, embora haja a liberdade de se viver segundo o seu modo de vida, não há garantia de se conseguir viver segundo esse modo.
A questão que Berlin coloca é que não há um sistema democrático (capitalismo ou socialismo) que se fixe em apenas uma das liberdades, ainda que dê preferência a uma delas. Berlin diz que para expandir a Liberdade Negativa é preciso que a Liberdade Positiva também esteja presente. E com isso expõe que há uma contradição na democracia baseada na liberdade, contradição essa que não encontra solução nos dois mais fortes modelos democráticos.
O texto de Isaiah Berlim, “Dois conceitos de Liberdade” nos introduz a um novo debate a cerca do conceito de liberdade. O autor descreve que inúmeros significados já foram dados para este termo, porém a sua análise será restrita a apenas dois sentidos: a liberdade negativa e a liberdade positiva.
ResponderExcluirPara ele, a liberdade institucional ou individual, ou seja, a resposta para pergunta “qual é a área em que o sujeito deve ter ou receber para fazer o que possa fazer, ou seu o que pode ser, sem que os outros interfiram?” é dada pelo conceito de liberdade negativa. Neste sentido, ser livre significa não sofrer interferência dos outros. Quanto mais ampla a área de não-interferência, mais ampla a minha liberdade.
O outro sentido que Berlim analisa, o da liberdade positiva, pretende responder a seguinte pergunta: “o que ou quem é fonte de controle ou de interferência que pode determinar que alguém faça ou seja tal coisa e não outra?”. Neste sentido, liberdade positiva tem origem no desejo do individuo de ser seu próprio amo e senhor. Quero que as minhas decisões dependam de mim mesmo e não de forças externas de qualquer tipo.
No decorrer de seu texto, Berlim aborda outros aspectos relacionados a estes dois tipos de liberdade e para tal utiliza de outros diversos autores para discutir aspectos relacionados a este termo, como Imanuel Kant e Jean-Jacques Rosseau (frequentemente citados), principalmente quando aborda aspectos relacionados a obediência e as leis.
A principal ideia de Isaiah Berlim é ter a racionalidade como a principal fonte de solução para os conflitos que são gerados pela liberdade. Para ele, só a racionalidade conseguiria tornar os seres humanos totalmente livres.
Matheus Nunes de Freitas RA:21031213
A teoria de Berlin surge em um momento em que muitas guerras estouravam e muitas ideias vinham sendo difundidas ao redor do mundo, nesse período se passava a Guerra Fria, o que claramente produziu grande influência em sua obra, principalmente pelo conceito de bipolarização do mundo.
ResponderExcluirIsaiah Berlin divide o conceito de liberdade em dois, entretanto, essa divisão tem como objetivo criar duas visões que complementam para criar o ideal de liberdade.
A liberdade negativa consiste na idéia de que existam possibilidades diversas de ações e que sejam garantidas para todos os indivíduos, porém existem limites a serem respeitados, sendo assim, nossa liberdade será garantida no caso de nossas atitudes respeitarem estes limites.
Por outro lado vemos a liberdade positiva que vida a eliminação ou diminuição do poder coercitivo exercido pelo Estado ou pelos próprios indivíduos. Permitindo um leque maior de possibilidades para cada indivíduo.
Romulo Camargo, RA 21056613, Parte 1.
ResponderExcluirDe acordo com o título do tópico, a concepção liberal de justiça, o conteúdo distintivo de Berlin entre liberdade negativa e positiva mostra claramente qual é a concepção liberal de justiça. Ainda que, mostrando grande sensibilidade para a história e o elemento humano, e a imprevisibilidade destes, em contrapartida aqueles que almejam descobrir certas regras para o desenvolvimento da história e mais profundamente, para o comportamento social ao modo das ciência naturais, com um grande ranço positivista, mesmo entre aqueles que advogam regras dialéticas como o marxismo, consegue fundamentar a posição de que a concepção liberal de justiça diz respeito primariamente à liberdade negativa.
A correta demarcação de uma área limítrofe na qual não haja interferência externa, quer de outros indivíduos ou de outras instituições, mostra qual é foco da liberdade negativa e como isso se aplica à concepção liberal de sociedade. O liberalismo pode ser resumido na priorização, com relação a outros valores, de direitos individuais tais como liberdade de expressão, integridade física, propriedade privada e autonomia do indivíduo. Assim, a liberdade negativa casa perfeitamente com esse conceito, sendo o conceitos perfeitamente aplicáveis um ao outro.
O mesmo não acontece com a liberdade positiva. A liberdade positiva foi apresentada como dois conceitos, a saber, um discurso sobre o que pode ou não ser feito, e o estabelecimento de condições que propiciem a realização dos objetivos desse discurso. Ela não é totalmente incompatível com o liberalismo, pois a liberdade individual é limitada quando um indivíduo pode ser prejudicar o outro, e mais especificamente, infringiros valores caros ao discurso liberal, tal como integridade física (o corpo aqui pode ser entendido como a propriedade de maior sacralidade ao indivíduo), liberdade de expressão ou violação de sua propriedade. Nesse limite, onde termina o direito individual, entra a liberdade positiva, pois aqui há a restrição da ação, há o discurso do que não fazer, ainda que implicitamente. Aqui, como pretendi demonstrar, não total incompatibilidade da liberdade positiva com a negativa.
Romulo Camargo, RA 21056613, Parte 2.
ResponderExcluirMas a liberdade positiva também pode ser entendida, e a história mostra isso, como uma séria violação dos direitos individuais, quando extrapola o limite da liberdade negativa. Assim, por exemplo, a ilegalidade das drogas parece ser um discurso positivo de liberdade, ele diz o que não pode ser feito e viola o direito do indivíduo de de levar o melhor modo de vida para si, de acordo com seus desígnios. A prescrição de que tipo de opiniões podem ou não ser emitidas pela imprensa, a restrição a certos tipos de leitura e de visões de mundo e suas expressão.
Uma questão importante sobre esse tema é a restrição do consumo de tabaco em lugares fechados e públicos. Aqui oa questão dos direitos individuais é problemático. A proibição do uso de tabaco pode ser entendida como um grave infringimento da liberdade negativa, mas também pode-se argumentar que a liberdade negativa dos não fumantes do recinto esteja também sendo infringia, e então? Talvez a solução para este problema possa vir do que realmente diz respeito a liberdade negativa, a liberdade de fumar em ambientes fechados, ou não ser obrigado a ser um fumante passivo. Para este problema proponho o estabelecimento uma hierarquia de valores morais e éticos, nos quais, a liberdade negativa tenha prevalência sobre a positiva, o que significa na prática que: 1. Primeiramente, tendo claro o direito de propriedade deve ser repeitado, caso o proprietário do recinto consinta com a prática de fumo na sua propriedade, nem o governo, nem qualquer outra instituição ou indivíduo deve intervir, pois isso seria uma grave violação dos direitos individuais negativos. 2. O conflito já citado entre a liberdade de fumar, e não ser obrigado a ser um fumante passivo, penso que a prioridade deve se aplicar ás questões mais diretas, pois me parece que é mais coerente priorizar os atos individuais na escala moral de direitos, do que as ações que dele decorrem. Fumar é uma prática direta, ser fumante passivo é uma consequência desse ato, assim, o direito de fumar teria prioridade sobre a obrigação de ser fumante.
Tendo claro que o direito de propriedade tem prioridade nesse sentido, o ponto aqui, seria fundamentar melhor por que o motivo da priorização das ações diretas da liberdade negativa, em detrimento das ações secundárias, ou consequências dessa liberdade.
Romulo Camaro, RA 21056613, Parte 3.
ResponderExcluirEsboçando uma resolução para essa questão, vou maximizar essa situação, pensemos por exemplo num sujeito que por algum motivo não se enquadre no padrão de beleza de uma determinada sociedade por conta de suas roupas, ele está tão fora desse padrão que começa a ser discriminado. Uma consequência de ter roupas tão diferentes, que ele livremente escolheu, é o desagrado imediato para pessoas que olham para ele, um desagrado que pode chegar ao ódio e a hostilidade. Pareceria justo uma lei que proibisse aquele sujeito a utilização daqueles vestuários? Não, pois ele teria sua liberdade, uma básica, infringida pelo desagrado dos outros. Também é claro que ninguém é obrigado a olhar para o que não quer, mas parece que aqui, o direito do indivíduo de agir como quer tem prevalescência sobre os outros indivíduos que sofrem uma experiência em consequência daquele primeiro indivíduo que não seja drástica, e desde que aquele ato não infrinja outros valores que teriam prioridade sobre essa ação numa escala de julgamento moral. Da mesma forma, é justa a lei que proíbe o fumo em lugares fechados e públicos, acima do consentimento do proprietário? Pensando no direito de propriedade, não é justa. Se pensarmos que a fumaça é uma consequência daquele ato, e que não é uma consequência drástica essa lei também não seria justa. Talvez as consequências drásticas do ato de fumar em lugares públicos fechados sejam aquelas que que infrinjam outros direitos, que numa escala de prioridades, teriam peso maior do que a liberdade do indivíduo de fumar. Assim, se se leva em conta o argumenta que o dano à saúde dos não fumantes é uma consequência drástica, essa lei é justa, pois que os não fumantes prezam pela sua saúde, e não são obrigadas a sofrer os danos de ser fumante passivo, pois isso seria uma violação de seu direito à vida pode-se concluir que a lei seja justa.
Nesse caso, que parece coerente dizer que a lei é justa, e pensando em como ela infringe o direito de propriedade, qual desses dois valores, o direito a vida, ou o direito de propriedade teria maior valor, e assi, seria ela justa ou não? Nesses termos, o direito à vida parece ter mais peso, porém o fato do proprietário permitir que se fume no seu recinto não significa que ele esteja atentando contra a vida dos não fumantes, se eles estiverem desimpedidos de sair, e o proprietário tem a seu favor o peso do direito de poder levar o melhor modo de vida a seu ver, e de fazer na sua propriedade, ou no seu estabelecimento, o que considerar melhor, e assim, poderia fazer o que quiser, desde que não atententasse contra outros valores de peso maior diretamente. Indiretamente porém, não haveria problemas. Isso pode ser argumentado com base numa conjectura simples, pensemos que vou a casa de um conhecido que fume, mas eu não. É justo que exista uma lei que o obrigue a parar de usar aquela substância em função de uma visita? Não, uma lei como essa não seria justa. Se me sentisse incomodado, deveria utilizar o meu direito de ir e vir e me retirar do recinto, pois não parece que eu legislar nas propriedades das pessoas o que elas devem fazer, ose o que elas fizerem não resultar numa consequência drástica. Aqui a linha de consequência drástica ou não precisa ser melhor limitada, mas foge do escopo do tópico.
Berlin traz duas concepcoes de liberdade: positiva (poder se auto-governar, ou escolher quem o governa) e negativa (liberdade de ser e agir).
ResponderExcluirBerlin acredita que pela falta de racionalidade, devido as diferentes vontades dos indivíduos, e necessario leis, limites dessas liberdades para nao se chegar ao caos de Hobbes por exemplo. O problema é que Berlin nao nos traz tais limites, sendo que para o autor, e justificavel a liberdade de uns a partir da opressão de outros, sendo importante a garantia da liberdade de um grupo, por menor que seja.
Acredito que devido a relatividade de desejos e consequentemente do que é "ser livre", a partir do momento que você consegue suprimir desejos, você chega mais proximo da liberdade total, já que se voce nao tem vontade de fazer algo nao permitido, voce nao tem sua liberdade oprimida.
Patrícia Gabriela S. Arcanjo RA: 21036813 patty.gaby@uol.com.br
ResponderExcluirBerlin divide seu texto em oito partes, e nas duas primeiras partes ele explica o conceito de liberdade "negativa" e liberdade "positiva", e com isso ele tenta explicar dois modos distintos de pensar sobre a liberdade política. A liberdade negativa, segundo ele, seria aquela com ausência de obstáculos, é a habilidade de tomar atitudes sem a interferência de outro; Já a liberdade positiva seria a de libertar-se da escravidão, é a que permite que você alcance suas metas e faça suas próprias escolhas.
As pessoas vivem tentando ser livre e em um dos trechos de seu texto, Berlin diz que certas forças (como: leis da natureza, acidentes, atividades dos homens, ou instituições humanas) podem me impedir de realizar meus desejos... então, para que essas forças não me esmaguem, eu devo libertar-me de desejos que sei que não posso realizá-los. Eu simplesmente decido não desejar o que é intangível. Por isso o nome do "A retirada para a Cidadela Interior", é como se eu me retirasse estrategicamente para um lugar que não importa o que os outros façam, nenhuma força externa pode tocar, sendo esse lugar a minha razão, minha alma, meu ego. Retiro-me para dentro de mim mesmo, e assim lá e só lá estarei em segurança.
Eu elimino os obstáculos de meu caminho abandonando o caminho. É uma forma de buscar segurança, mas também tem sido chamada de busca de liberdade ou independência pessoal ou nacional.
Eu me identifico como o controlador e escapo à escravidão do controlado, obedecendo às leis que eu mesmo criei em meu próprio ego incoercível. Sendo a liberdade a obediência, mas a obediência de uma lei que prescrevemos para nós mesmos" e nenhum homem pode escravizar-se a si mesmo. O ápice de destruir tudo o que possa me ferir é o suicídio, a libertação total só é concedida pela morte.
A principal ideia que Berlin quer chegar em seu texto é que a racionalidade seria a forma de solucionar os conflitos gerados pela liberdade, somente a racionalidade é o que tornaria os humanos livres.
Isaiah Berlin irá contribuir para a concepção de liberdade, com a idéia de’ liberdade positiva’ e ‘liberdade negativa’, contribuindo para o debate sobre a justiça nas sociedades liberais.
ResponderExcluirA ‘liberdade positiva’ para Berlin, ocorre quando existe capacidade para que o indivíduo atinja seus objetivos, sem que terceiros influam na suas decisões, enquanto que a ‘liberdade negativa’ se caracteriza pela ausência de restrições ou barreiras sobre a vida dos indivíduos.
Berlin defende uma liberdade mínima para todos, mesmo tendo criado as duas concepções de liberdade acima. Para ele, a ‘liberdade positiva’ tem uma tendência a concentração de poder, ocasionando em regimes autoritários como os do século XX, uma vez que o Estado deve estar presente para que seja garantida a possibilidade dos indivíduos de usufruirem de sua liberdade. Neste caso, os limites seriam definidos por intermédio de leis, as quais levariam a delimitação dos modos de viver aceitos. Na ‘liberdade negativa’, não há poder coercitivo, garantindo aos indivíduos agirem da maneira que desejarem.
Pelas idéias de liberdade serem usadas de maneiras que oprimam minorias, Berlin demonstra maior simpatia pela ‘liberdade negativa’, por achar que o autoritarismo, potencializado na ‘liberdade positiva’, teria maior dificuldade de ocorrer.
A racionalidade (conseguido pela educação) assume papel de destaque, uma vez que ela seria a solução para os problemas e conflitos que possam ser gerados pela liberdade, e através dela os indivíduos seriam livres, além de que pela falta de racionalidade das pessoas, se torna necessário estipular limites, como leis, que visem delimitar a liberdade das pessoas.
WANDERSON COELHO PINHEIRO 21031713
ResponderExcluirBerlin, diante da multiplicidade de significados para o conceito de liberdade no decorrer da história, resume a liberdade em dois termos. Liberdade negativa, ou ausência de impedimentos à ação do indivíduo; e liberdade positiva, ou presença de condições para que os indivíduos ajam de modo a atingir seus objetivos. A primeira está ligada a livre ação dos próprios indivíduos, não regulada, a não ser pelo sentido de autonomia e autorregulação presente nos próprios indivíduos. Na liberdade negativa os indivíduos só se detém diante, diante das deliberações do seu próprio discernimento e só deixam de fazer aquilo que pode prejudicar os outros. Já a liberdade positiva é aquela é aquela posterior a lei, resultante da cultura política e da organização dos cidadãos e tudo aquilo que não podemos fazer em virtude do poder político atribuído aos governantes.
Para Berlin a liberdade positiva, regulada através das leis é a mais importante e é o fundamental da filosofia política, pois existe a necessidade de se limitar a liberdade para que o forte não aniquile o fraco. Mas, se a liberdade deve ser controlada, estamos diante de um dilema: quem controla e com que direito?
Através da tradição dos clássicos liberais, Berlin entende que a liberdade do cidadão deve ser regulada pela lei, em que se traça claramente uma linha demarcatória entre a esfera da vida privada e da vida pública. Cabe ao estado defender a vida e a segurança do cidadão, mas preservando a sua liberdade, sem a qual o cidadão ficaria a mercê do estado Leviatã e não teria condição de ir contra o próprio estado.
Berlin divide a liberdade em dois diferentes conceitos mutuamente excludentes: liberdade negativa e positiva. A liberdade negativa é assim denominada pela ausência de obstáculos frente à ação de um agente social; a esfera de ação social é aumentada e cada INDIVÍDUO tem o poder de se 'mover' como decidir diante do mundo EXTERIOR. Essa noção de liberdade é a adotada pelos teóricos do liberalismo político e dentro dessas concepções podemos associá-la à liberdade de discurso, de prática religiosa e de ação. A liberdade positiva, por outro lado, faz parte do discurso de um Estado mais do que presente: com ações estendidas a ponto de poder impedir ações e discursos se assim pensar ser necessário. Os teóricos dessa linha de pensamento de liberdade prezam o bem-estar coletivo, uma ideia de liberdade que não está solta e não é definida por meio de mentes autônomas, mas está em comunhão com uma coletividade. Também, a liberdade é definida como a realização de ações resultado da racionalidade. Sendo assim, o mundo INTERIOR é o foco de análise dessa ideia.
ResponderExcluirPara exemplificar essas duas leituras acerca da liberdade, Berlin expõe uma situação onde um motorista dirige e ao se deparar com um obstáculo em seu caminho, vira à esquerda de modo a não ser por ele barrado e, mais a frente em um cruzamento, vira à direita para chegar a um destino que escolhe. Nesse caso, o motorista é livre, pois nada o impede de evitar uma barreira, ou de virar à direita. A situação ganha outro caráter, porém, quando adicionamos algumas informações sobre o a situação 'INTERNA' desse mesmo motorista, como um vício. A realização de ações – as anteriormente citadas – são consequência de um desejo irracional. Berlin nos informa, portanto, que o motorista é viciado em cigarros e está dirigindo de modo a evitar obstáculos, escolhendo um determinado caminho para chegar à loja de cigarros antes que ela feche e, além disso, está suprimindo o desejo de estar em uma reunião importante naquele momento para alimentar o vício. Nessa situação o motorista não parece livre, pois não está realizando o que sua mente mostra como correto. No caso 1 o motorista dirige\ governa, enquanto que no caso 2 o motorista é dirigido\ governado.
Depois das explicações uma reflexão\ pergunta é proposta: diante dessas duas visões, poderia uma ação política libertar um ser? A resposta é: depende. Para os teóricos da liberdade negativa as ações políticas apenas limitariam um ser, afastando-o da liberdade. Para os teóricos da liberdade positiva as ações políticas, quando vindas de um governante racional, tenderiam somente a libertar não só um ser, mais um povo, nação ou tribo dos desejos urgentes e\ou errados dando-lhes uma classificação de desejos e sua organização. Diante da resposta dos teóricos da liberdade positiva, o Estado é paternal e regulador para a permanência da moral.
Em se tratando do paradoxo da liberdade positiva, fato que possivelmente fez do autor um defensor do liberalismo, a liberdade proveniente dessa concepção é associada a governos autoritários (ex. União Soviética) onde a opressão e a tortura podem ser justificadas pela ideia de promoção do 'bem maior'. Além disso, essa concepção conecta duas coisas que são para o autor diferentes: o desejo e a ação, afirmando que o desejo levaria à ação de maneira inevitável. Sociedades desse tipo são vistas como orgânicas, onde cada indivíduo deve ter um papel determinado e cumpri-lo caso contrário a sociedade entra em colapso. A remediação de um indivíduo, nessa perspectiva, é necessária para um bem comum, ou como afirma Berlin: “I am [nessa situação] in a position to ignore the actual wishes of men or societies, to bully, oppress, torture in the name, and on behalf, of their 'real' selves, in the secure knowledge that whatever is the true goal of man ... must be identical with his freedom” (Berlin 1969, pp. 132–33).
Stefanie Gomes de Mello
21014113
Em seu texto, “Two Concepts of Libert” (Duas Concepções de Liberdade), baseando-se Guerra Fria e na divisão de “dois mundos” capitalistas e socialistas, Berlin argumenta sobre a democracia liberal como uma armadilha e que uma vez aplicada em uma sociedade as tentativas de mudança não conseguem se minimizar as perdas que ele acarreta ou mesmo mudar o regime.
ResponderExcluirBerlin quer demonstrar que o conceito de liberdade que conhecemos - baseados no senso comum - pode não estar totalmente correto, já que segundo ele não existe mais de uma liberdade, mas sim uma liberdade observada sob distintos pontos de vista, contradizendo nossa própria concepção de senso comum.
Como contemporâneo da guerra fria, percebeu que os conhecidos “dois mundos” tinham o mesmo discurso que prometia liberdade e igualdade, percebendo então que ambos os regimes buscavam as mesmas coisas com pontos de vista diferentes. Em cima dessa observação, Berlin divide a liberdade em duas concepções: liberdade negativa e a liberdade positiva.
Na liberdade negativa o indivíduo é o mais livre quanto mais o Estado deixar de regrar a sociedade, assim a falta de restrições é diretamente proporcional ao exercício da liberdade negativa.
Já a liberdade positiva é definida como ter o poder e os recursos para cumprir suas próprias potencialidades e para controlar e determinar suas próprias ações e destino; é então a noção de liberdade como realização própria.
Luana André Assumpção
RA: 21054013
No texto “Dois Conceitos de Liberdade”, de Isaiah Berlin, o autor determina que a liberdade pode ser entendida em dois tipos: a negativa e a positiva. A liberdade negativa é anterior a lei; é caracterizada pela ausência de interferências de outros nas ações do indivíduo. É a não coerção de agentes externos a fim de delimitar a liberdade. A liberdade positiva é resultante da organização social em um Estado, de tudo o que pode-se ou não fazer de acordo o poder político e as leis. É a liberdade como participação nos fins coletivos.
ResponderExcluirPara Berlin, a discussão filosófica mais essencial é a que diz respeito a natureza da liberdade. Acredita que a liberdade não poderia ser absoluta, pois o grupo dos mais fortes “aniquilaria” os mais fracos, porém demonstra preferência pela liberdade negativa, apontando que uma liberdade mínima é essencial. Acredita, também, que a liberdade positiva resultaria em regimes autoritários, exemplificando com os ditadores totalitários do século XX.
Morgana B. Alves Ferreira
RA 21036213
Berlin propõe investigar dois sentidos da liberdade, os quais têm, segundo ele, parcelas significativas na história humana. O primeiro dos sentidos políticos é a liberdade individual (institucional), também entendido como sentido “negativo”. Esse primeiro sentido diz respeito à qual área o sujeito pode ser ou fazer, sem a interferência de outras pessoas. O segundo sentido, Berlin denomina-o de “positivo”, que se refere à interferência que pode determinar com que um indivíduo faça uma coisa e não outra.
ResponderExcluirBerlin procura distinguir a falta de liberdade com a falta de capacidade. Por exemplo, amiúde se usa a expressão “escravidão econômica” quando se refere a uma pessoa pobre, a qual não consegue dispor desde um pedaço de pão, recurso no tribunal, ou até mesmo uma viagem ao redor do mundo. Este indivíduo é, tampouco livre caso essas coisas fossem-lhes proibidas por lei. De acordo com Berlin, a incapacidade desse indivíduo de um indivíduo atingir uma dessas metas usadas como exemplo não constitui a falta de liberdade política. Isto é, um homem não possui liberdade individual, política ou institucional simplesmente porque ele está sendo impedido de atingir essas metas por outros seres humanos. De acordo com Berlin: “O critério de opressão é o papel que acredito estar sendo representado por outros seres humanos, direta ou indiretamente, com ou sem intenção de fazê-lo”. Portanto, quanto mais ampla a área de “não-interferência” do indivíduo, mais ampla é sua liberdade.
A defesa da liberdade no seu sentido mais estrito consiste na meta “negativa” de opor-se à interferência. Logo, sem as interferências nas nossas escolhas, todo o apelo à liberdade, a qual é concebida pelos liberais, baseia-se no individualismo, que é muitas vezes questionada. Existem três fatores a respeito dessa posição. A princípio, Berlin evidencia que Mill estava equivocado, é de que, pelo menos na visão de Mill, mesmo que seja aplicada para evitar males maiores qualquer tipo de coerção é ruim, uma vez que frustra desejos humanos. E o contrário dela (a não interferência) é bom. Essa é a concepção clássica de liberdade. Mill também possui uma segunda posição segundo a qual o caráter e a verdade só seria aperfeiçoado em condições de liberdade. Em segundo lugar, Berlin diz que parece ter acontecido pouca discussão acerca da liberdade individual. A predominância desse ideal tem sido mais uma exceção do que uma regra, tanto é que não se vê apelo das grandes massas pela liberdade individual. E, em terceiro lugar, é que esse conceito de liberdade jamais estaria presente em autocracias ou autogovernos. Podemos ter regimes democráticos que restringem os cidadãos de muitas liberdades, bem como podemos ter um regime no qual um déspota concede muitas liberdades para os súditos. O autogoverno, portanto, pode garantir muito mais liberdade do que uma democracia. Por isso não há nenhuma relação entre a liberdade individual e a norma democrática. Para Berlin a pergunta “Quem me governa?”, do ponto de vista da lógica, é diferente da pergunta “Até que ponto o governo interfere comigo?”.
(Continua)
(Continuação)
ExcluirDe acordo com texto, o sentido “positivo” da palavra liberdade em origem no desejo do indivíduo de ser o próprio senhor. Esta liberdade que consiste em ser servo e senhor de si mesmo e a liberdade que consiste em não ser incapacitado por outros homens de escolher aquilo que você quer, aparentemente não parecem conceitos díspares um do outro. Seriam apenas jeitos de dizer a mesma coisa, mas de forma negativa e positiva. Estes conceitos, segundo Berlin, desenvolveram-se historicamente partindo de um mesmo ponto, mas que agora entram em conflito. Podemos indagar-nos que, adotando uma concepção hegeliana ou platônica, embora não sejamos escravos de ninguém, seríamos escravos da natureza? Escravos da natureza na medida em que possuímos paixões “irrefreadas”, em âmbitos legais, políticos, ou até mesmo moral. Berlin ao colocar em dúvida se a humanidade de fato se emancipou da escravidão da natureza coloca em questão o fato de a humanidade ter tomado consciência acerca de um ego que a domina e também se existe algo no nosso interior (de nós) que é dominado. Em se tratando dos egos, haveria dois: o primeiro seria reconhecido por meio razão e da nossa “natureza superior”, o qual constrói mentalmente aquilo que o satisfará a longo prazo e será sempre buscado como sendo “real” e ideal. Este ego seria confrontado com o segundo ego, de acordo com o qual seria de caráter empírico e busca imediatamente satisfazer prazeres e que precisa ser disciplinado, visto que este também é perseguido como “real”. Pode-se conceber o ego verdadeiro como algo mais amplo que o próprio indivíduo (um todo social) tal como uma tribo, família ou o Estado. Esse “todo social” seria uma entidade considerada superior e pela qual se atingiria a liberdade superior. Nela, seria justificável alguns meios de coerção em prol de algum bem maior, seja justiça ou bem-estar geral.
Berlin critica a liberdade positiva como sendo a concepção mais adequada de liberdade. De acordo com Berlin, nesta ótica positiva, a liberdade não consiste na escolha, mas sim na obediência. Como implicação política dessa visão, todas os indivíduos em uma sociedade perseguiriam um único bem, cujos interesses seriam um conjunto de vontades harmoniosas, pelo menos em sua aparência. Para Berlin é um conceito completamente não-liberal, uma vez que nessas sociedades de liberdade positiva qualquer conflito moral ou político é um sintoma de imoralidade, tendo por conseguinte uma padronização. Contrário a isso, Berlin preconiza o “pluralismo ético”encontrado na liberdade negativa.
Nome: Gustavo de Lima Escudeiro RA: 21050613
A obra de Isaiah Berlin é hoje uma referência ao pensamento liberal, importante para a a compreensão do que é o ser humano. Levava um combate contra os totalitarismos e contras as forças que ele associava à formação dos regimes totalitários.
ResponderExcluirBerlin foi um pensador político que distinguiu a liberdade positiva da liberdade negativa. Resumidamente, a liberdade negativa diz que os indivíduos serão tanto mais livres quanto menor for à interferência de terceiros na sua esfera de decisão. Por outro lado, a liberdade positiva diz que apenas a forma negativa não basta, pois não poder ser completa apenas ausência de coerção. De que serve a liberdade (negativa) de pensar como quiser ao camponês iletrado que segue voluntariamente os preconceitos difundidos pelo padre local?
Apesar de não ser um autor muito citado, Berlin criou conceitos novos na filosofia política. Pluralismo ético é o fato que civilizações diferentes necessariamente reconhecerão valores diferentes, em eu há um reconhecimento amplo da diversidade desses valores, recorrendo à ideia de identidade humana. Porém, isso se justifica apenas se pensarmos que é possível reconciliar todos os valores num todo harmonioso, sem conflito entre ele.
Isaiah Berlin examina dois sentidos de liberdade, a negativa e a positiva. A primeira na qual haveria ausência de impedimentos à ação do indivíduo, é a que responde a pergunta de que se há uma área na qual os seres humanos podem ser deixados para fazerem o que quiserem sem nenhuma intervenção. A segunda liberdade é na qual ocorre presença de condições para que os indivíduos ajam de modo a atingir seus objetivos. É a que responde a pergunta sobre quem é a força de controle que determina que uma pessoa deve fazer alguma coisa em detrimento de outra, ou seja, nesse tipo de liberdade expressa-se a ideia da intervenção de um Estado mínimo.
ResponderExcluirA interferência de outros seres humanos em nossas vidas, mesmo que isso ocorra de forma involuntária, nos faz de vítimas da coerção e frustra nossos desejos. Na chamada liberdade negativa, os autores liberais ingleses e franceses acreditam haver uma área mínima onde a liberdade de cada um não pode ser violada, caso contrário, os homens não teriam o desenvolvimento mínimo de suas faculdades naturais. Dessa forma, quanto maior a área de não interferência, maior sua liberdade.
Já a liberdade positiva se relaciona com o desejo dos indivíduos de serem seus próprios mestres, de tomar suas próprias decisões, pois, caso contrário, não serial um ser racional e consciente de si, mas sim, um animal ou escravo. Na liberdade positiva, porém, é necessário haver por parte do indivíduo um alto grau de maturidade e auto-conhecimento e a existência de uma vontade autônoma.
Cinthia Fernandes M. Cicilio
Em sua obra em destaque, Isaiah Berlin distingue dois conceitos de liberdade, a primeira tida como negativa em que o sujeito está livre a fazer o que queira na sociedade sem nenhum impedimento seja ele de natureza estatal ou individual, a liberdade positiva, porém, tem como fundamento a presença do Estado na função de impedir ações que julguem negativas para a vida em sociedade, deste modo haveria, então, um bem-estar coletivo, ou seja, existe o mínimo inegociável para que seja possível a vida coletiva. Porém, quando o que considero como Bem não é visto pelo Direito como correto? Estamos, então, à frente do germe do autoritarismo. Aqueles indivíduos que não se identificam com o mínimo, ou seja, o bem-estar coletivo serão perseguidos.
ResponderExcluirNa concepção dos adeptos a liberdade negativa, ações deste tipo limitam a liberdade individual, argumentando que a Direito não deve se sobrepor a noção de Bem construída individualmente.
Roanny Garcia de Medeiros - 21055313
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ResponderExcluirA importância das ideias de Berlin não está centrada apenas no campo epistemológico, no qual, pelo menos de forma breve conforme a introdução dos "Quatro Ensaios Sobre a Liberdade" é exposta a relevância de não abandonarmos o pensamento político tanto no plano teórico quanto prático. Há também uma contribuição hermenêutica no sentido de Berlin possibilitar uma reinterpretação do quadro político ao tornar explícita sua complexidade. Pois diferente do senso comum e de teóricos tais quais Hobbes, Locke e Mill que realizam seus julgamentos elegendo alguma forma de governo ou sistema político como a melhor, ou pelo menos como a menos prejudicial, Berlin mostra que ao nos posicionarmos de forma crítica quanto aos valores e suas implicações, temos a possibilidade de obter uma avaliação mais abrangente: Não importa se somos governados por um tirano ou por uma assembleia democraticamente eleita, e sim o quanto de autoridade depositamos no governo e até que ponto é tolerável a invasão de nossa vida privada.
ResponderExcluirTendo exposto a relevância, passemos ao cerne do pensamento de Berlin: os conceitos de liberdade positiva e negativa.
Por mais que os dois conceitos aparentemente se refiram à mesma coisa, ou nas palavras de Berlin, "apenas maneiras negativas e positivas de dizer a mesma coisa", historicamente eles se desenvolveram de forma tão divergente que chegaram a chocar-se um com o outro: O paradigma neoliberal contra o paradigma comunista talvez seja um dos melhores exemplos. Entretanto, tal divergência não é apenas histórica, ela decorre da própria ideia de liberdade, pois se por um lado desejamos dispor de uma ampla área de atuação livre de interferências de outras pessoas, por outro lado esse espaço não pode ser ilimitado e por isso é necessário que haja uma fonte externa que delimite tal área, posto que um dos problemas fundamentais da sociedade é o fato de uma minoria privilegiada dispor de uma liberdade quase ilimitada à custa de muitas outras pessoas que não dispõe desse amplo espaço de ação como aqueles. Portanto é necessário que se imponham certos limites a tal espaço de atuação, o que faz com que a liberdade não possa ser pensada apenas em seu sentido negativo, sendo necessário pensá-la também positivamente.
No concernente ao sentido positivo, ligado intrinsecamente ao desejo de governar a si próprio, Berlin mergulha no interior do indivíduo para ver a partir de onde o homem deve buscar as capacidades de governar a si próprio, e elege a razão como o princípio segundo o qual os homens encontrariam seu verdadeiro "ego" e o que eles poderiam realizar, em oposição aos impulsos dos desejos, tudo isso tendo como pano de fundo a ideia de autonomia lançada por Kant, ou seja, a possibilidade de impor-se leis e segui-las independente das contingências é sinônimo de liberdade. Mas levando às últimas consequências tal pensamento, uma sociedade perfeita seria composta apenas por homens sábios, o que está longe de acontecer. Além disso, se quiséssemos tornar concreta tal estrutura social deveríamos educar as pessoas que não vivem de tal forma com o objetivo de modificar seu comportamento tendo em vista o plano da sociedade ideal. Ou seja, há um paradoxo latente, pois para almejarmos uma sociedade livre no sentido de ser governada pela razão, deveríamos adotar uma atitude autoritária quanto aos membros que não vivem como sábios. Sendo assim, devemos reconhecer que a liberdade, por mais que bem fundamentada conforme os princípios da razão, não deve ser o único valor a ser buscado. Ou seja, deve-se reconhecer o pluralismo tanto de valores (a liberdade não é uma fonte primeira a partir da qual brotam outros valores como a justiça e a igualade, os quais muitas vezes chocam-se entre si), quanto dos diferentes modos de viver.
Berlin foi um filósofo liberalista do século XX. A liberdade individual, assim como sua proteção era o centro de suas discussões. Entretanto, pode-se dizer que a Liberdade é polissêmica, sendo a idéia de Liberdade Positiva e Liberdade Negativa os mais importantes. A primeira teve origem na época da Revolução Francesa, se relaciona com a liberdade tida pelo indivíduo para se fazer alguma coisa, e é caracterizada pelo fato de haver a liberdade para se tornar algo novo, ou revolucionar. Mas nem todos são capazes de alcançar este tipo de liberdade, apenas os mais esclarecidos, os líderes do movimento, saberiam as reais características deste tipo de liberdade e assim alcançá-la. Esta idéia de que apenas alguns conseguiriam chegar à essa liberdade é uma forma de centralização do saber, portanto somente alguns tinham esse conhecimento sobre como alcançar esta liberdade, o que poderia levar a um regime autoritário, onde de certa forma os líderes utilizavam da coerção para obrigar as pessoas a serem livres.
ResponderExcluirA segunda, liberdade negativa, traz a idéia de que o indivíduo é livre para fazer o que quiser, sendo o Estado apenas um agente regulador das interações, assegurando que a liberdade de um não interfira na liberdade do outro. Agindo desta forma, o Estado seria o Estado Liberal e influenciaria muito pouco na vida dos indivíduos, apenas o necessário para que a liberdade fosse garantida. Apesar de soar muito bom, esta forma de liberdade pode ser um tanto quanto perigosa ao se acreditar que esta seja o único meio real de se alcançar a liberdade, e a partir daí se utilizar de métodos de coerção para ter certeza de que todos vão seguir o mesmo modelo.
E foi exatamente isso que aconteceu quando os americanos neoconservadores entreveram na Nicarágua com o objetivo de levar a Democracia e os ideais liberais até o país, ou seja, forçaram que todos aceitassem seus ideais.
Portanto, percebe-se que as duas principais formas de liberdade, positiva e negativa, podem levar às práticas autoritárias. E é importante destacar que uma sociedade, com um único sistema possa se manter com as duas liberdades, podendo em algum momento uma se sobrepor a outra, porém não existe uma única liberdade vigente.
Priscila Testa 21071413
Luara Michelin Sartori RA: 11054112
ResponderExcluirOs estudos de Berlin vão em duas direções, uma sendo a Liberdade Positiva e a outra Liberdade Negativa. A primeira diz que o indivíduo escolhe o modo que quer viver. Há um antagonismo entre elas.
Ambos os modelos se adotados tornam-se opressores, pois aqueles que são de uma determinada Liberdade estão moralmente justificados para intervir na Liberdade contrária. Então o grande problema de Berlin é encontrar uma Liberdade que não seja opressora.
A teoria de Berlin foi utilizada para analisar os acontecimentos do mundo entre 1950 e 2000, onde as "ditaduras libertárias" estavam em ascensão e os liberais capitalistas entram na história para confronta-las.
Berlin vai nos mostrar que toda vez que se dá um valor à noção de bem, está tornando esse valor em valor absoluto, e este pode vir a ser decisivo para se ter ações autoritárias contra àqueles valores diferentes do valor absoluto.
Ele então propõe uma solução para este problema, que consiste em não adotar o valor absoluto, não pode haver prioridade do bem sobre o correto.
Sociedade Liberal é aquela onde o indivíduo escolhe um tipo de vida e a sociedade permite que ele exerça essa escolha. Essa escolha é individual. O desdobramento desse ponto de vista do pensamento Liberal, o coloca numa encruzilhada: de quem é o critério da escolha? o indivíduo ou o coletivo? Berlin ao dizer que o indivíduo é que deve ser priorizado, vai oprimir aquele que não estiver disposto à fazer sua escolha.
O outro lado é escolher/priorizar o coletivo, todo mundo em conjunto escolhe o modo de vida, este lado, historicamente mostra que a sociedade cai na ditadura.
Assim, o Liberalismo, é um pensamento autoritário. E seu desafio é solucionar esse impasse da opressão.
Isaiah Berlin foi um pensador letão sediado no Reino Unido que viveu praticamente todo o século XX. Os conceitos de Liberdade Negativa e Liberdade Positiva embora não os tennha criados, Berlin deu relevância aos termos.
ResponderExcluirSegundo Berlin, a Liberdade Negativa numa sociedade está presente na ausência de mecanismos restritivos sobre o modo de vida dos indivíduos. Ao outro lado, a Liberdade Positiva onde são oferecidas condições para os indivíduos atingirem seus objetivos, admitindo assim a interferência do Estado no modo de viver de indivíduos.
O problema posto por Berlin é o perigo de haver desequilíbrios (extremismos) na aplicação dessas espécies de liberdade. A Liberdade Negativa pode levar a ausência de limites enquanto a Liberdade Positiva pode levar a uma concentração de poder.
EWERTON SOUZA MELO
RA: 21024013
Isaiah Berlin foi um filósofo político Britânico do século XX que, grandemente influenciado pelo contexto político-econômico que estava inserido, no caso a bipolarização do sistema mundial, ao qual se dava, naquele período, o primeiro mundo, países desenvolvidos do sistema capitalismo e os do segundo mundo, o “socialismo real”, construiu seus escritos ao longo principalmente desse período chamado de guerra fria, nesse sentido o autor irá utilizar tanto num sentido da busca de uma sociedade justa no sentido em que a existência de dois conceitos devem ser interpretados decisivamente tanto nas teorias quanto a aplicação direta desse conceitos para um melhor aproveitamento no âmbito empírico.
ResponderExcluirTais conceitos conceitos como a liberdade positiva e a liberdade negativa serão o cerne do pensamento do autor que deve ser vista sob a ótica da vivência pessoal do escritor. Para tanto, sobre o primeiro conceito, que é o de liberdade positiva, comparado empiricamente, no momento de seus escritos à URSS(União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), na qual os indivíduos são livres, na medida em que ajam no modo de vida pautado nos objetivos do sistema vigente, ou seja, naquele em que o direito, a justiça, o moral são todos pautados em regras de coerção ao pensamento vigente, o que, segundo o autor, não traria a total liberdade de escolha individual.
No sentido oposto ao sistema descrito anteriormente, Berlin considera que os conceitos mais justos para a liberdade individual seria a liberdade negativa, ou a inexistência de coerção à ação individual, entretanto o país que supostamente seria o representante dessa liberdade fora do autoritarismo, os EUA, não representariam essa forma negativa de liberdade, pois esse apenas seria uma ideia da busca de uma liberdade, não propriamente a ideia que o autor desse conceito.
Raul Shizuka – RA: 21035612
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ResponderExcluirEm seus textos o autor Isaiah Berlin contempla a liberdade por duas vias de sentidos uma negativa e outra positiva. A primeira, negativa, trata-se da liberdade a qual o indivíduo deve ser norteado de modo que hajam condições, essas as quais determinam o que uma pessoa pode ou deve fazer somente em detrimento a outra, colocando essa liberdade como um limitante a primeira liberdade positiva a qual objetiva ao indivíduos uma ausência de impedimentos para com suas ações, a contemplando a área a qual os seres humanos devem ser deixados para tomarem as decisões que quiserem e fazerem o que quiserem,sem intervenções de terceiros.
ResponderExcluirPois segundo Berlin a intervenção de vias terceiras nas nossas vidas são como uma forma de coerção e frustação de nossas liberdades. Em um estado de natureza Berlin acredita que se deve haver uma área de liberdade mínima de cada indivíduo inviolável, pois caso ela seja os indivíduos não terão maestria em desenvolver faculdades naturais. Portanto quanto menor a interferência de forças externas, maior a liberdade do indivíduo.
Dessa forma o autor acredita que a liberdade não pode ser algo absoluto, pois o grupo dominante iria se impor perante o grupo mais fraco, entretanto o autor tendência sua preferência a liberdade negativa alegando que uma liberdade mínima é essencial, pois para uma manutenção da liberdade positiva como fora exemplificado em suas escritas teríamos como resultado ditaduras.
Por exemplo, alegando que para expandir a Liberdade Negativa é preciso que a Liberdade Positiva também esteja presente. Sendo assim expõe que há uma contradição na democracia baseada na liberdade como o modelo americano de intervenção política onde ele impõe sua “democracia” perante a outras nações.
Felipe Trevisan
RA:21041013
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ResponderExcluirIsaiah Berlin viveu em uma época que foi determinante para seu pensamento liberal: o século XX, cuja uma das influências foi a bipolarização do mundo por causa da Guerra Fria. Assim, ele busca entender esse contexto partido do conceito de liberdade pura que se desmembra em vários conceitos de liberdade, ao qual ele explora dois principais: a liberdade positiva e negativa.
ResponderExcluirO conceito de liberdade pura é a liberdade sem restrições; liberdade positiva é aquela que delimita a ação do individuo e quem faz essas restrições é o Estado por meio de leis e que ele considera uma falsa liberdade porque esta leva sempre ao autoritarismo; a liberdade negativa é aquela em que o individuo é realmente livre, ou seja, baseia-se a vontade e decisão do próprio individuo, este tem o controle das suas ações e o Estado tenha sua atividade sobre a sociedade limitada.
Por meio da sua analise, Isaiah propõe o pluralismo como solução para a imposição que os sistemas vigentes (ideias liberais e ideias socialistas), impedindo-os de exercer sua liberdade e essa liberdade não é ausência de regras, nem justiça, em igualdade, é simplesmente liberdade.
Marina Molognoni - RA: 21071313
Nathaly Zenerato Ramazzini RA 21034713
ResponderExcluirDe acordo com Isaiah Berlin, o conceito de liberdade pode ser dividida em duas vertentes: liberdade negativa e liberdade positiva.
A liberdade positiva é aquela onde tomamos o controle de nossas vidas,e possui um caráter mais exclusivo, onde podemos tomar decisões sobre nossa própria vida, sem que haja influencias da sociedade sobre estas decisões. Consistiria no “desejo do indivíduo de ser seu próprio amo e senhor - o desejo de se auto governar”. Dessa maneira, a liberdade positiva só seria possível quando os indivíduos pautassem suas ações cada vez mais na racionalidade.
A liberdade negativa é, por sua vez, aquela que é uma liberdade que não é pautada por nenhum tipo de coerção externa, tendo assim uma ausência de controle perante as ações dos indivíduos. Segundo o autor, a liberdade negativa significa “ser livre na medida que ninguém ou nenhum grupo de indivíduos interfere com as minhas atividades”, ou seja, a liberdade negativa seria a área em que se pode agir sem sofrer a limitação de terceiros. A livre ação dos indivíduos deveria ser limitada pela lei.
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ResponderExcluirBerlin vai nos mostrar que há vários conceitos de liberdade e não somente dois, entretanto explora os que julga serem os principais. A liberdade positiva é a hegemônica atualmente. Detemos um complexo sistema de regras e dentro dele somos livres. O autor argumenta que isso é uma ilusão do conceito de liberdade; de fato, é natural que quando pensamos que somos presos a regras para sermos livres nos perguntamos se realmente somos livres. Segundo Berlin, a liberdade positiva sempre levará a estruturas autoritárias.
ResponderExcluirO segundo conceito, a liberdade negativa, representa a liberdade ideal: somos livres para sermos nossos próprios mestres, para fazermos o que quisermos.
O mais importante na obra do Berlin é que ela nos faz refletir sobre o conceito de liberdade no qual estamos inseridos. Somos, de todo em todo, livres? A estrutura econômica nos permite ser livres de verdade ou vivemos presos as nossas posições sociais? Berlin não nos explica como alcançar a liberdade negativa, todavia nos compele a pensar liberdade de uma maneira diferente. Eu sou o limite da minha liberdade.
Esse conceito prevê uma sociedade plural, onde os diferentes modos de vida são abraçados e não punidos.
Luiz Fernando B.F.Lima
RA: 21035313
Em "Two Concepts of Liberty", Berlin classifica os conceitos de liberdade positiva e negativa. A liberdade negativa, de acordo com os liberais clássicos, significa a ausência de interferência nas decisões pessoais dos indivíduos, para isso existe o Estado limitado que apenas garante a propriedade privada e faz com que a liberdade de um indivíduo não interfira na de outro.
ResponderExcluirAlgumas críticas são direcionadas a liberdade negativa: as pessoas podem tomar decisões prejudiciais para si mesmas, existe desigualdade sócio-econômica e o Estado se abstém totalmente de legislar certos domínios. Os conceitos da liberdade positiva se encaixam nessas críticas, ela critica o fato de que apenas a liberdade negativa é insuficiente porque você deve ser capaz de efetivar a sua liberdade e tomar as rédeas de uma própria vida. A liberdade positiva geralmente está associada á questões de coletividade.
Berlin, propõe a questão da pluralidade, defendendo e complementando a liberdade negativa, garantindo que a liberdade não é o único valor essencial de uma sociedade, para está ser justa deve existir a pluralidade de valores.
RA:21070713
Lara Silva Obana RA: 21073413
ResponderExcluirNa visão de Berlin as ideias são de grande impacto sobre a realidade social e inicia seu texto falando do poder que elas têm de transformar o mundo. Da discussão teórica surgem novas soluções, conceitos e estilos de vida. Assim as ideias devem ser propostas, pensadas, elaboradas e desenvolvidas.
Berlin estuda a liberdade, principalmente levando em conta o contexto histórico que escreve sua obra (Guerra Fria), e para ele ela é definida pela constatação de que não há restrições, assim a divide em dois tipos: a positiva, do mundo antigo e a negativa, nova.
A liberdade positiva é aquela dentro de determinadas regras, determinada moldura. Só nessa moldura é possível ter liberdade, pois essa moldura serve para ordenar a sociedade, uma vez que as pessoas têm diferentes modos de vida. Quanto maior o perímetro dessa moldura, mais liberal é a sociedade, pois abrange mais meios de vida e condutas diferentes. Aqueles que se comportam de maneira externa à moldura são punidos de alguma forma. Isso mostra a estrutura repressiva e autoritária da liberdade positiva. O autor diz que nessa sociedade ele não consegue ser livre, pois a estrutura o impede. Para Berlin, a liberdade positiva seria o principal fundamento das democracias liberais, repressivas, autoritárias e excludentes. O que era muito visto no lado da União Soviética na Guerra Fria.
A liberdade negativa é onde a sociedade deve contemplar o que está dentro e fora da moldura. Uma sociedade baseada nessa liberdade daria a seus indivíduos liberdade para ser e fazer o que quisessem. Trata-se de uma sociedade inclusiva ao invés de exclusiva. As leis e instituições não interfeririam na liberdade, apenas garantiriam as ações individuais, ou seja, é necessário construir limites a partir dos estilos de vida de cada um e de forma a permitir às pessoas escolherem o modo de vida que preferem seguir. A liberdade tem que dar base à moldura, não o inverso.
Os que pregam a Liberdade Negativa não deveriam acreditar que se trata de um ideal absoluto, pois desse modo levaria à Liberdade Positiva, gerando um ciclo onde as liberdades levariam a um estado opressor e ditatorial.
Berlin demonstra, através de sua teoria, a impossibilidade em canalizar todos os valores de forma única, propõe assim uma saída, o pluralismo, pluralidade de valores e aceitação de que não é possível harmonizá-los por completo. Sempre haverá de abrir mão de alguma coisa.
A obra de Isaiah Berlin contribui de maneira grandiosa para as discussões acerca do conceito de liberdade. Muitas vezes usamos tal palavra sem refletir sobre o que ela implica, a construção de significado que está envolvida na questão. Berlin demonstra que é essencial haver a divisão entre liberdade negativa e liberdade positiva.
ResponderExcluirA liberdade negativa pode ser interpretada tal qual a liberdade como não impedimento. Assim, alguém é livre na medida em que nenhum outro indivíduo interfira em suas ações e decisões. Quanto menor a interferência de atores externos, maior seria a liberdade do sujeito. Contudo, alguns autores clássicos defendem que a liberdade dita como "natural", se exercida plenamente, levaria a um estado de completo caos social. Deveria existir um agente que protegesse as liberdades e propriedades de todos os indivíduos participantes daquela sociedade. Por outro lado, até que ponto esse agente (Estado) deveria intervir na vida do indivíduo para que ele ainda seja capaz de desenvolver suas próprias faculdades? Deve-se buscar um equilíbrio, uma parcimônia entre coletividade e individualismo com o intuito de evitar aquilo que Mill chama de "mediocridade coletiva".
Já a liberdade positiva pode ser encarada como o desejo do homem em ser senhor de si mesmo. O desejo de exercer uma racionalidade plena que leve à satisfação de seus objetivos. Ainda assim, não se pode ignorar que existem pessoas que não podem desfrutar de suas liberdades, dado que vivem sob condições sociais e econômicas muito frágeis. Os conflitos que envolvem as idéias de obediência e coerção e suas respectivas relações com a liberdade também são levantados pelo autor, o qual nutre uma capacidade imensa de provocar seus leitores a refletir sobre sua teoria.
Guilherme Oliveira Lourenção
RA: 21071213
Berlin vivenciou as duas Guerras Mundiais, e por enfrentar a bipolaridade mundial, se deparou com muitos conceitos e diferentes modos de se ver o mundo e de se definir como as pessoas deveriam viver, e a discussão do pluralismo ganhou importância, conseguindo enxergar que sociedades diferentes terão formas distintas de ver o mundo e de como viver. O autor identificará dois sentidos da palavra liberdade, considerando ela como positiva ou negativa.
ResponderExcluirA liberdade negativa, é aquela em que o indivíduo age livre, sem formas de coerção, sendo ela a ideal, porém, podendo levar ao caos. Enquanto a positiva, é o Estado quem delimita o quanto as pessoas podem agir livremente, através da lei, e seguindo esse espaço seria uma forma de conseguir o bem-estar público.
Natália de Lima Pereira 21016913
Isaiah Berlin contribui para o debate das teorias da justiça no século XX (contexto da guerra fria e o próprio Berlin, um liberal) com seus conceitos de "liberdade negativa" e "liberdade positiva", que se apresentam como rivais entre si.
ResponderExcluirA liberdade negativa configura a ação do indivíduo ausente de obstáculos ou constrangimentos. Ou seja, o indivíduo tem liberdade negativa quando as suas ações não são determinadas por obstáculos e não é considerado a ação ou coerção de outro indivíduo; autodeterminação.
A liberdade negativa configura a ação que o indivíduo realize ações adaptadas ao modelo de controle social de uma comunidade. Ou seja, a ação do indivíduo, embora influenciada por certas regras morais ou jurídicas, leva a um modelo de sensação de liberdade, de modo que sejam realizados os objetivos pessoais desejáveis; presença de controle, coerção por parte de um agente com maior poder.
A discussão se abre entre os conceitos rivais de Berlin , de modo que grupo de interesses passam a tanger os conceitos em suas abordagens teóricas. A liberdade negativa se mostra como a ausência de algo, e a positiva como a presença de algo.
Fazendo uma analogia, esse "algo" pode ser interpretado como uma instituição hierarquizada politizada, o Estado. Assim, na liberdade negativa, o estado não teria o poder de coerção diante da ação dos indivíduos da sociedade, de forma que cada um pudesse autogovernar-se: um princípio forte ao liberalismo e ao anarquismo. Já na liberdade positiva, o Estado seria incumbido de ajuizar sobre as ações individuais, guiando-as de acordo com a ideia peculiar de bem estar social, através de normas jurídicas. A grande questão polêmica desta liberdade, à princípio "saudável", seria que o poder de coerção do Estado fosse tão forte a ponto de que os indivíduos não conseguissem distinguir a liberdade individual como expressão do seu direito, e não como mera ferramenta de governos totalitários.
Vinícius Chinedu de Oliveira RA - 21058413
O autor sob o contexto histórico da Guerra Fria discute sobre os conceitos de liberdade positiva e liberdade negativa. Liberdade positiva é aquela que o governo está presente para assegurar liberdade a todos os cidadãos dando condições para todos alcançarem seus objetivos e a negativa seria exercer a liberdade pessoal sem influência de terceiros. Isaiah Berlin traz um posicionamento muito mais a favor da liberdade negativa do que a positiva devido ao fato da positiva deixar que haja certa influência externa nas liberdade pessoais favorecendo governos autoritários devido a influência do Estado como delimitador de liberdades, além da concentração de poder ocasionando que grupos sejam mais favorecidos que outros. Enquanto a negativa o Estado é quem possui limites sobre restrições a autonomia individual, não utilizando a coerção como um exercício de garantia a liberdade. Mas mesmo com uma tendência maior a liberdade negativa; Berlin fala que o mal uso dela pode levar uma sociedade a desordem e caos. Seu contexto histórico foi determinante para suas opiniões e estudo de liberdade observando a polarização mundial com cada uma utilizando um tipo de liberdade (EUA com a liberdade negativa e a URSS se valendo da liberdade positiva).
ResponderExcluirVictoria Caroline Barros Araujo
ExcluirRA:21080313
Leonardo Tessaroto Buscarino
ResponderExcluirR.A: 21038613
O autor insere no debate duas concepções distintas de liberdade, a liberdade positiva e a liberdade negativa.
1) Interpretação Negativa da Liberdade: Existe um espectro das ações possíveis para a sociedade. Esse espectro é limitado por forças coercitivas determinadas pelo Estado, ou seja, sociedade tem uma liberdade limitada.
2) Interpretação Positiva da Liberdade: Essa interpretação é baseada na definição anterior, porém com a remoção dos limites coercitivos do Estado. Há um aumento do espectro das ações possíveis, porém as forças coercitivas são exercidas pelos próprios indivíduos. Cada indivíduo se limita.
Vanessa da Paixão de Sousa. RA: 21040113
ResponderExcluirIsaiah Berlin foi um filósofo político britânico, considerado um dos principais pensadores liberais do século XX, o autor entendia que a palavra “liberdade” possui inúmeros significados, mas no seu livro “Two Concepts Of Liberty” ele abordou apenas dois significados políticos de liberdade, a negativa e a positiva, além do conceito de pluralismo.
Pluralismo, segundo Berlin, refere-se à ideia de que sociedades históricas possuíram conjuntos de valores diferentes, e que esses valores serão necessariamente reconhecidos entre as diferentes civilizações. O autor identifica a existência de um pluralismo cultural, que acarreta numa enorme diversidade de valores entre sociedades.
Berlin conceituou os significados de liberdade negativa e positiva da seguinte maneira:
- Negativa: ausência de barreiras que impedem as diferentes ações que um indivíduo pode realizar, o indivíduo é livre à medida que nada pode interferir em suas movimentações. Nesse caso, o questionamento que se faz é: “Qual é a área em que o sujeito – um indivíduo ou um grupo de indivíduos – está livre, ou se deveria permitir que fosse da interferência dos outros?”. Ser livre nesse pensamento é não sofrer a interferência de terceiros, por exemplo, não sofrer coação através da escravidão do sistema econômico, que pode limitar os meus desejos. A liberdade negativa é muito mais individualista do que a positiva.
- Positiva: Na liberdade positiva os indivíduos têm condições que possibilitam alcançar as suas metas, eles atuam no controle de suas próprias vidas, e possuem “o desejo de se autogovernar”. Berlin acredita que essa liberdade favorece o desenvolvimento de governos totalitários, reprimindo minorias em democracias, transfigurando o significado de liberdade.
A ideia do autor não é gerar um conflito entre os dois tipos de liberdade, e mesmo ele sendo mais favorável a liberdade negativa, o que na verdade ele propõe é que esses conceitos de liberdade se conciliem.
Wesley Seraphim R.A 21064513
ResponderExcluirIsaiah Berlin nos apresenta em seus ensaio sobre duas concepções de liberdade o conceito de liberdade positiva e liberdade negativa. Berlin ainda ressalta que devemos nos preocupar com os conceitos que são elaborados, um professor em sua sala de estudo não faz ideia do poder de seus escritos, e visto isso é preciso que se combata certos conceitos da mesma forma. Talvez seja por isso que ele se preocupa neste ensaio em colocar a distinção que existe entre estes dois conceitos de liberdade, ainda que no que diz respeito a liberdade são inúmeras as definições que essa recebe no decorrer de tantas épocas e culturas. Berlin se centra nos conceitos de liberdade negativa e positiva, porque provavelmente são os conceitos que melhor dão conta da problemática que vivenciamos em uma sociedade liberal, mas que é permeada de inúmeras ideologias, inclusive ideologias revolucionárias que sob o pretexto de defesa de liberdade levam a uma total privação da mesma. Ao abordar as concepções de liberdade ele trata da liberdade negativa como a liberdade o individuo, a condição que o cidadão tem a condição de agir sem ser privado de sua liberdade pelos demais, sem a intromissão de outros indivíduos ou mesmo do estado. A liberdade negativa seria aquela que melhor flerta com a concepção de justiça de uma sociedade liberal, onde o individuo tem a capacidade de agir livremente desde que este não interfira na liberdade dos demais, isso porque o simples fato de se viver em sociedade já apresenta uma diminuição da liberdade, a cada relação estabelecida o individuo mais e mais diminui sua liberdade, afinal o ser livre não pode afetar o desenvolvimento da sociedade. O liberalismo pode ser resumido na priorização, com relação a outros valores, de direitos individuais tais como liberdade de expressão, integridade física, propriedade privada e autonomia do indivíduo. Desta forma vemos a relação mais significativa de uma sociedade liberal com a concepção de liberdade negativa. No caso da liberdade positiva, que embora não seja de todo incompatível com a sociedade liberal ela é mais presente em regimes de ditadura, ou pretensos estados fortes onde a determinação do que pode ou não ser feito é mais presente, ainda que a liberdade positiva possa se apresentar em dois aspectos, é claramente este o que acaba por imperar. Na concepção de liberdade positiva é aplicado sob o indivíduo o que ele pode ou não fazer, e desta forma sua liberdade é ainda mais diminuída, por exemplo uma negociação livre poderia ficar por conta do estado em determinar os valores ou o que deve ser consumido assim não permitindo a liberdade do individuo escolher o que consumir e o quanto pagar. Vemos que a liberdade positiva acaba por causar uma diminuição da liberdade negativa, assim violando os princípios universais de liberdade.
Isaiah Berlin, nascido em 1909 na Letônia, emigrando aos 10 anos para o Reino Unido, em sua teoria da justiça aborda conceitos (não criados por ele) de "Liberdade Negativa", que representa na sociedade o decorrente da falta de uma estrutura que limite a vida dos indivíduos, considerada por ele mais justa, sem coerção dos indivíduos, onde cada um parece legitimamente mais livre, sem base em parâmetros ou sistemas políticos que moldem ou delimitem tal liberdade individual. Essa Liberdade Negativa, ainda que comparada ao modelo disponível no momento que não se enquadrava em políticas consideradas autoritárias, no caso, os EUA, também não a definia pelo fato de que tal conceito representa apenas uma busca ideal, utópica, da liberdade.
ResponderExcluirJá a "Liberdade Positiva" são as possibilidades disponíveis dentro de um sistema delimitante para que cada um atinja seu objetivo. Sobre esse conceito, o autor faz uma comparação à URSS, vigente também na época em que seus textos foram produzidos, onde havia liberdade dentro do modo de vida que o sistema permitia. Para Berlin, isso não pode ser considerado total liberdade de escolha. Dessa forma, tal liberdade está presente quando o Estado interfere e de certa forma limita as condutas dos indivíduos.
Para Berlin há porém o risco de que a prática de ambas as Liberdades cause desequilíbrios, extremismos: enquanto a Positiva pode levar à concentração de poder, a Negativa pode levar a perda de limites.
Jacqueline Anjolim
RA: 21007511
RA: 21065813
ResponderExcluirBerlin defende o não cerceamento do indivíduo por parte do Estado. Numa entrevista concedida por Henry Hard à Folha de São Paulo, ele [Hard] diz que Berlin, emitiu a seguinte opinião sobre a queda do muro de Berlim: “Quando homens e mulheres há muito tempo encarcerados por regimes opressivos e brutais conseguem se libertar, pelos menos de algumas de suas correntes, e depois de muitos anos conhecem nem que sejam apenas os primeiros passos da liberdade genuína, como pode qualquer pessoa dotada da menor faísca de sentimento humano deixar de se comover profundamente?” Nessa perspectiva histórica, Berlin combate os regimes totalitários e é contra outras forças que ele associava à formação dos regimes totalitários. Porém não devemos interpretar essa defesa como uma crítica estrita ao Estado, adotada posteriormente por ideologias conservadoras.
Segundo Newton Bignotto, as definições de liberdade positiva e negativa são um critério interessante para compreender o interior das teorias democráticas, pois elas dizem respeito à relação do indivíduo com o corpo político, ou seja, a maneira como ele se relaciona com o conjunto das leis que estruturam um corpo política. Nesse aspecto, segundo Musse, Berlin reconhece que, em certos momentos, a liberdade negativa, que ele [Berlin] privilegia, pode redundar no hiperindividualismo, em um capitalismo desgovernado, isto é, se cada um utilizar livremente a sua liberdade negativa, você teria, no limite, um estado de todos contra todos. Enquanto, a liberdade positiva, que ele critica como uma matriz de um utopismo, pode, algumas vezes, ter uma contribuição positiva para a vida individual.
A principal questão política está na guerra aberta travada entre os dois sistemas de ideias que propõem respostas distintas e conflitantes às questões centrais da política, a da obediência e a da coação. Na concepção de Berlin são os dois principais sentidos políticos de liberdade. Porém, as concepções de liberdade negativa e positiva não são necessariamente antagônicas e conflitantes, nesse sentido, podemos até dizer que as duas concepções podem ser compatíveis em um regime político. Dentro dessa perspectiva, é muito mais um marco teórico do que uma fronteira estanque entre práticas que, uma vez colocadas na sociedade seriam totalmente contrárias. Podemos em algum momento conciliar ou compatibilizar os conceitos que as duas concepções de liberdade defendem. Como exemplo, podemos pensar o new deal norte americano, Berlin diz numa entrevista concedida ao El país em 1992: “Eu sou por natureza um liberal, e creio em coisas como o new deal norteamericano, ou seja, uma combinação do capitalismo com uma forte política social da parte do Estado. O Estado tem obrigação de cuidar dos desprotegidos e dos famintos; pois o mercado não se ocupa deles…Acredito que a melhor constituição econômica é um sistema flexível, um meio termo entre a ação privada e pública”. Nesse sentido, não devemos pensar como Mill pensou que a coerção, por frustrar desejos humanos, é má em si mesma, enquanto a não interferência, que é o oposto da coerção, é boa em si mesmo.
Na concepção crítica de Berlin, o nosso tempo se caracteriza menos pela luta de um conjunto de ideias contra outro que pela crescente hostilidade para com ideias em si. Como as ideias geram inquietação, suprime-se o conflito entre os apelos liberais em favor de direitos políticos individuais, de um lado, e a injustiça econômica que pode resultar na satisfação desses direitos, de outro.
Isaiah Berlim foi um estudioso que viveu na Inglaterra, mas que nasceu na Rússia. Suas ideias estavam voltadas a entender os acontecimentos que aconteciam no seu país de origem durante e após a guerra fria, na época, a União Soviética.
ResponderExcluirBerlim ve a liberdade como algo essencial da justiça, mas enxerga uma contradição no conceito. Esta contradição refletia a questão política mundial, ou seja, a disputa entre o capitalismo e o socialismo.
O autor segue suas ideias com dois conceitos, mutualmente excludentes, sobre a liberdade: A liberdade positiva e a negativa. A positiva diz respeito a um espaço que o indivíduo tem para exercer sua liberdade, sendo que haverá coerção para garantir a mesma liberdade para todos, o autor aponta que este tipo de liberdade acaba levando a um estado autoritário que regula a liberdade dos indivíduos com leis. Já a negativa propõe a possibilidade de expressão dos indivíduos sem qualquer coerção de liberdade, contudo não há garantia que todos poderão desfrutar de uma liberdade que outra pessoa tem. O autor considera a liberdade negativa como melhor, mas aponta que se for levada de forma desordenada pode levar ao caos da sociedade.
Achei extremamente interessante o pensamento do autor. As duas liberdades são boas até certo modo, uma por garantir liberdade iguais a todos e outra por não ter um estado coercitivo. Apesar do autor defender a liberdade negativa, dando uma ampla noção de crítica a URSS, suas ideias não a criticam fortemente, apenas expõem a situação daquela região.
A concepção liberal de justiça pode ser explicitada seguindo duas diferentes linhas de raciocínio que funcionam como respostas para duas perguntas: “Qual a área em que o sujeito está (ou deveria ser conduzido), para que ele possa fazer ou ser aquilo o que ele realmente queira fazer ou ser?” e “O que, ou quem, é a fonte do controle ou da interferência que pode determinar alguém a ser ou fazer isso ao invés daquilo?”. Respectivamente, a primeira pergunta implica na idéia de liberdade negativa e a segunda implica na liberdade positiva.
ResponderExcluirA liberdade negativa se baseia na idéia de que quando mais espaço eu tenho de “não-interferência”, ou seja, um espaço em que eu possa fazer o que eu quero e ser quem eu quero ser, maior é a minha liberdade. Tal liberdade, no entanto, é inviabilizada pelo fato de que, outros seres humanos já haveriam ocupado este mesmo espaço e estipulado regras a serem seguidas, fazendo de quem vive nesse espaço um mero escravo.
A liberdade positiva seria a idéia de o homem querer ser o seu próprio mestre, aquele que toma as suas próprias decisões, que decide o seu próprio destino assim como as ferramentas que serão usadas para alcançar um objetivo, portanto um homem que traça os seus próprios objetivos.
RA: 21086213
Caroline Aguiar de Siqueira
ResponderExcluirRA 21055413
Na obra “Two concepts of Liberty”, Isiah Berlin afirma que o conceito de liberdade permite duas opções: a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
A Liberdade Positiva é aquela que tenta organizar a sociedade com os modos mais compatíveis de vida das pessoas, dentro de um molde que circunda os limites da liberdade. Quanto mais aberto esse molde, mais liberal essa sociedade se torna, pois aceita-se diversos meios de vida, ao invés de consolidar um modo de vida único. Na liberdade positiva, o indivíduo que resolve burlar o molde instituído será punido.
A Liberdade Negativa pode ser ilustrada como a liberdade do indivíduo. A sociedade que segue esse tipo de liberdade dá aos indivíduos a completa liberdade de se fazer o que quiser. Sendo assim, a sociedade acaba por ser mais inclusiva em relação as sociedades que aderem a liberdade positiva, que é exclusiva. Na liberdade negativa, as leis existem apenas para garantir que as ações individuais não vão interferir na liberdade de outro indivíduo.
Berlin explica também que não há uma dicotomia. Para que a liberdade negativa exista, é necessário que exista a liberdade positiva, pois quando a liberdade negativa se desenvolve, nascem as garantias individuais.
Natália Veroneze RA 21025313
ResponderExcluirBerlin vive durante as 2 Guerras Mundias e a Guerra Fria, e portanto, vivencia a bipolarização do mundo. Devido a isso, ele analisa o pluralismo e as diferentes sociedades, relacionando-os com a pretensão universal da moralidade.
Ele diferencia dois tipo de liberdade, a positiva e a negativa. A liberdade negativa consiste na ausência de coerção, ou seja, o indivíduo é livre para fazer suas próprias escolhas. Ela permite um pluralismo de ideias que poderiam coexistir. Já a positiva seria aquela que define o que pode ou não ser feito, como nas leis. Nesta, somente haveria uma resposta correta para a maneira certa de se viver, e portanto se todos seguissem os mesmos preceitos, seriam livres e não haveria conflitos. Na liberdade negativa surge a questão de até onde deve se permitir os diferentes modos de vida, e na positiva, de quem ou o que poderia definir o modo certo de exerçao das liberdades. Percebe-se então que os dois conceitos são inseparáveis, o que leva a um conflito entre a coerção e a liberdade, sendo que uma tenta garantir a outra mas pode acabar por neutralizá-la. A construção de um modelo moral liberal é portanto complicada, mas acredito que a resposta seja permitir as liberdades ao máximo, porém se lembrando que a liberdade individual não deve infringir os direitos do próximo e portanto, será minimamente restringida. Além disso, seria difícil considerar a moral como completamente plural e relativa, afinal há certas situações que serão consensualmente consideradas como imoral pela sociedade, como o assassinato e a violência, e portanto mais uma vez não se pode permitir uma liberdade total.
Para entender o tema de liberdade para Berlin é necessário entender os conceitos de Liberdade Negativa e Liberdade Positiva.
ResponderExcluirA primeira, liberdade negativa, significa que a pessoa é livre até o ponto que ninguém interfere em suas atividades, este então pode agir sem sofrer limitações de outros. Contudo para o autor há a necessidade de limitar a ação dos indivíduos através da leis. Esta está mais relacionada com o que o governo limita do que com o tipo do governo.
A liberdade positiva consiste, de acordo com Berlin, no desejo de se autogovernar, sendo esta possível somente quando as ações dos indivíduos estiverem guiadas principalmente pela racionalidade, sendo a educação o meio.
O autor afirma que a liberdade negativa seria a mais ideal mas precisa ser implantada com certa restrição, senão poderá levar ao caos. Berlin não propõe nenhum caminho para se chegar na liberdade, ele acredita que a liberdade é algo inato, a liberdade é a liberdade em si.
Berlin acredita que existem dois tipos de liberdade, em que a exemplificação de ambas consiste nos países no pós-guerra, onde existiriam países passíveis à influência da URSS e dos EUA, em que as duas liberdades coexistiriam:
ResponderExcluirA negativa, que é definida como a não-interferência do poder do Estado sobre as ações individuais;
E a positiva, referente ao próprio indivíduo, em que ele toma suas próprias decisões e modo de viver, sem que haja influencia dos demais agentes sociais (indivíduos, instituições) e seria, inclusive, um direito natural, nos países liberais.
A partir disso, Berlin institui o pluralismo (diversidade natural de personalidades e ideologias dentro da sociedade) que se expressaria fortemente na liberdade positiva, já que ela dá poder ao indivíduo. Acredito eu que o papel do Estado seria, justamente, garantir o pluralismo, garantindo assim que o indivíduo tenha condições e oportunidades para que ele possa se expressar e ser ele mesmo.
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ResponderExcluirRA: 21055812
ResponderExcluirEm “Two Concepts of Liberty”, Isaiah Berlin pretende demonstrar as diferenças entre duas maneiras de conceber a ideia de liberdade política. Ele denomina-as liberdade positiva e liberdade negativa. O sentido negativo de liberdade é aquele que designa a condição na qual o indivíduo é livre por não sofrer nenhum constrangimento alheio, ou, em outras palavras, pela ausência de coação externa. Por sua vez, o sentido positivo de liberdade é aquele que designa a capacidade do indivíduo de buscar os objetivos que deseja alcançar. Trata-se da liberdade como autonomia e auto-legislação. Para Berlin, essa distinção tem uma importância muito maior do que o simples esclarecimento analítico dos termos, pois através dela é possível compreender o motivo da maioria das disputas ideológicas. A tese fundamental defendida por Berlin é a de que o conceito de liberdade, quando adotado em seu sentido positivo, incorre, necessariamente, em formas de opressão. Para demonstrar essa hipótese, Berlin retomará as teorias da liberdade de alguns filósofos que ele considera perigosas. Tanto em Rousseau, como em Fichte e outros discípulos de Kant, o conceito de liberdade foi adotado de maneira positiva, isto é, defendia-se um certo conteúdo que representava a maneira como se deve viver para ser livre. Rousseau identificou liberdade com auto-legislação e auto-legislação com a capacidade de agir segundo a vontade geral. Para Fichte, a liberdade é adquirida quando o indivíduo renuncia às suas crenças e desejos individuais para se submeter à coletividade. Em ambos os casos, percebe-se uma transformação do “eu” empírico e individual em um “eu” abstrato e coletivo. Essa mudança, segundo Berlin, é a expressão da tentativa de querer dizer em que consiste a liberdade, ou seja, de dizer como os indivíduos devem viver para serem livres. Contudo, o resultado desse modo de conceber a liberdade é inevitavelmente negativo: ao dizer como se deve viver, promovem-se, necessariamente, opressões, pois são impostas aos indivíduos formas de vida distinta das que eles individualmente desejam adotar. Os totalitarismos, diz Berlin, são consequência do sentido positivo de liberdade.
Isaiah Berlin foi um grande filósofo político britânico do século XX, que viveu durante o período entre guerras, era grande defensor do liberalismo. Escreveu um importante ensaio onde dividiu a liberdade em duas definições distintas, para tentar explicar as atitudes e ações humanas, através do entendimento dos movimentos históricos, seriam elas Liberdade Positiva e Liberdade Negativa.
ResponderExcluirPara o autor, a Liberdade Positiva seria a liberdade dentro de determinados moldes, há um grande conjunto de regras e leis onde o indivíduo é livre dentro desse sistema. Sendo esse molde necessário para delimitar as ações humanas, já que cada pessoa tem um modo diferente de vida. Berlin acreditava que essa forma de liberdade era apenas uma ilusão, pois se o indivíduo agisse de forma não aceita naquelas regras ele seria reprimido, dessa maneira a liberdade positiva pode gerar um governo totalitário, onde o Estado avança sobre os direitos e autonomia individuais.
No caso da Liberdade Negativa, os indivíduos são livres quando não há interferência de outras pessoas nas suas decisões. No campo político, a atuação dessa liberdade é quando há a existência de um Estado limitado, que respeita as decisões pessoais, que tem como papel principal garantir que a liberdade de alguns não interfira na liberdade de outros.
Isaiah Berlin afirma que não há possibilidade de utilizar-se de todos os valores de maneira única. Propondo como saída o pluralismo, que é a liberdade da pessoa de escolher o que é ou não é digno de escolha, e a aceitação de que não é possível harmonizar todos os valores da mesma forma por completo.
AMANDA SACHI PATRICIO 21072213
Isaiah Berlin nos apresenta dois conceitos de liberdade: a positiva e a negativa. A negativa implica ao individuo escolher uma oportunidade em prol de outras e sem a interferencia de outras pessoas, ele é responsável por suas escolhas, logo é livre. A positiva é a que ocorre quando se tem intervenção, coloco um exemplo: temos uma sociedade liberal onde todos os individuos tem o mesmo direito a liberdade irrestrita, um grupo desses individuos começa a exercer coação sobre outro grupo mais fraco, sem que ocorra qualquer interferencia. Ao coagir o grupo menor, os pertencentes ao primeiro grupo estão exercendo a escolha pelos mais fracos, logo, estão praticando a liberdade positiva.
ResponderExcluirÉ por esse motivo que Berlin coloca o liberalismo como sendo gerador de autoritarismo, aquele que estiver em condições superiores a dos outros irá coagi-los a agir da forma como bem entender.
Berlin também critica Rawls nesse ponto, já que Rawls defende a ideia de um bem inegociavel, o que para Berlin ira gerar autoritarismo e represálias contra aqueles que forem contrários a isso.
Jéssica Santos Rodrigues de Souza
21036512
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ResponderExcluirEm sua teoria, Berlin dá início a um debate que pretende pluralizar a semântica presente no conceito de liberdade.
ResponderExcluirO pensamento fundamental da obra de Berlin é a elaboração e o esclarecimento dos conceitos de liberdade, a “positiva” e a “negativa”. Como liberdade negativa, a ausência total de obstáculos ou restrições sobre a vida dos indivíduos, ou seja, a inexistência de fatores institucionais criados por indivíduos afim de restringir a liberdade alheia. Já como liberdade positiva entende-se por aquela em que a sociedade é moldada por leis e instituições, sendo elas responsáveis em dar certa liberdade aos indivíduos, tendo caráter restritiva e exclusiva.
A partir disso, o autor define que existe certa interdependência entre ambos e que há uma carga paradoxal significativa nas tentativas de definir o que é liberdade, e que conflitos decorrentes dessa relação serão refletidos em diversas sociedades pelos mais variados motivos, dando certo caráter eticamente plural quanto a este debate.
André Izidoro Silva - 21037113
Inspirado pela Guerra Fria, com a polarização do mundo e sua interpretação como “mundo capitalista” e “mundo comunista”, Isaiah Berlin propõe sua teoria de duas liberdades, diferenciadas per ele como liberdade negativa e liberdade positiva.
ResponderExcluirA liberdade positiva consiste em nossa capacidade de tomar decisões, fazermos julgamentos por nós mesmos. Mas essa não seria o tipo ideal, por conta de seu caráter exclusivo (aqueles que não se enquadrassem ficariam de fora) e da tendência aos abusos gerada por ela.
O tipo ideal seria a liberdade negativa, as pessoas não teriam impedimentos para as suas ações, escolheriam a forma de levar sua vida individualmente, sem restrições e coações.
Naara Campos (21050313)
Para Berlin há dois tipos de liberdade: a liberdade negativa ou pura, onde não há restrições, o indivíduo faz as suas escolhas sem qualquer tipo de coerção; e a liberdade positiva, na qual o indivíduo toma suas descisões com uma interferência mínima do Estado enquanto poder coercitivo; pressupõe que o indivíduo possui capacidade para fazer escolhas que favoreçam à todos; Dentre os pontos a serem discutidos, a liberdade positiva supõe um poder que o indivíduo possui para saber o que seja bom para todos, o que leva a um princípio de não liberdade do outro, ou melhor, é uma liberdade que se faz à custa da liberdade de outrem, pois que viola os direitos comuns; Para o autor, tanto a liberdade negativa ou pura quanto a positiva são passíveis de violação da liberdade individual e social.
ResponderExcluirA obra de Berlin contempla os conceitos de ''liberdade positiva'' e ''liberdade negativa'', seus desdobramentos e contribuições para o debate acerca da justiça nas sociedades liberais. Para o autor, a liberdade negativa seria um tipo de liberdade individual: os indivíduos fariam tudo o bem entendessem caso a sociedade estivesse pautada nas premissas da liberdade negativa. Esta sociedade promoveria um papel mais de inclusão do que de exclusão. Já a liberdade positiva diz respeito a um tipo de liberdade mais restritiva. Neste modo, as leis e recomendações ganham destaque na sociedade que visa essa liberdade e argumenta que um modelo como esse pode gerar um governo autoritário, com o Estado regulando a liberdade dos indivíduos em um sistema com leis. No entanto, o autor considera a liberdade negativa como ideal, porém deve ser adotada com cuidados, pois se colocada de maneira má intencionada pode levar ao caos. Berlin não chegou a propor princípios ou formas de se chegar à liberdade, apenas colocou as ideias porque para ele, liberdade é algo inato, é a liberdade em si.
ResponderExcluirCleiton Vicente Duarte 21009813
Depois de ler os textos do Berlin e analisar os demais materiais disponíveis para que fosse feito este comentário tenho a dizer que para o autor existem dois conceitos essenciais para entender o tema da liberdade, que seria o conceito de Liberdade Positiva e Negativa. Vale a pena ressaltar o contexto histórico em que Berlin viveu, sendo este o contexto da Guerra Fria. Ao construir sua teoria esta teve forte influencia do período citado.
ResponderExcluirRetomando, comentarei primeiramente sobre a Liberdade Negativa, onde esta seria uma espécie de liberdade individual, ou seja, caso a sociedade estivesse sob esta, os seres que nela vivessem fariam o que bem entendessem. Já a Liberdade Positiva esta relacionada a um tipo de exclusividade ou restrição, onde neste caso as leis e recomendações ganhariam destaque, todavia esse modelo poderia acarretar num governo autoritário, onde o Estado por sua vez regularia a liberdade dos indivíduos dentro do sistema de leis destacado. Esta também pode ser definida por supor um poder que o individuo possui para saber o que seria bom para todos os demais, o que acabaria acarretando na não liberdade do próximo, em outras palavras, a liberdade existiria as custas da liberdade de outro indivíduo. Do ponto de vista do autor (Isaiah Berlin) o conceito de Liberdade Negativa seria o ideal desde que o atenham a cuidados, pois se implantado de uma má forma este poderia levar a sociedade ao caos. Berlin acreditava que liberdade era liberdade, nada mais, sem que outros termos fossem empregados para defini-la.
PROFESSOR DESCULPE ESTAR COLOCANDO NOVAMENTE MEUS COMENTÁRIOS, ESCREVI E COLOQUEI NO BLOG DOIS DIAS ANTES DA DATA LIMITE, MAS ANTES EU HAVIA PUBLICADO DE MODO ANÔNIMO SEM QUERER, ESTOU DELETANDO OS ANÔNIMOS E OS COLOCANDO NOVAMENTE COM MEU LOGIN PARA QUE APARECE MINHA FOTO E NOME PARA IDENTIFICAÇÃO.
Nome: Lucas do Vale Moura R.A. 21078813
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ResponderExcluirPessoalmente, estranho a ideia de definir a liberdade enquanto conceito, visto que esta “restrição” de significado parece contrária a natureza do objeto a ser definido. Berlin, nos fala acerca de alguns conceitos para a nomenclatura liberdade, mas o que pretende em “Dois conceitos de liberdade” é descrever a liberdade negativa e a positiva.
ResponderExcluirA liberdade negativa implica na ausência de coação , ou seja não há interferência em meus atos. Neste sentido, minha liberdade será proporcional a ausência de interferência de outras pessoas.
A liberdade positiva consiste em mim enquanto dona da minha própria razão e vontade, todas as minhas decisões dependerão apenas de mim, eu me autogoverno ou delego essa tarefa a alguém, mas Eu delego.
Os problemas ocasionados pela liberdade, segundo Berlin, podem ser sanados apenas com a racionalidade, sendo ela o meio de sermos livres. Na medida em que entendo que certas coisas não devem ser feitas, como por exemplo, fumar no elevador, o fato de não fazê-lo não acarreta em um sentimento de não liberdade, por exemplo. Mas se me falta racionalidade, preciso que alguém estipule limites que assegurem a liberdade das outras pessoas também, como a de pessoas que não gostam ou não podem “fumar por tabela”.
RA 21065313
Berlim elaborou dois conceitos de liberdade tentando analisar os questionamentos que os seres humanos, quando inseridos no meio social, se fazem sobre os limites entre liberdade e obediência: a liberdade positiva e a liberdade negativa.
ResponderExcluirA liberdade positiva funciona como se existisse uma esfera, limitada por leis, na qual o indivíduo pode ser livre desde que esteja contido nessa esfera normativa. Tal concepção, portanto, limita a ideia de liberdade, dado que os indivíduos devem se adequar a essa esfera, e haverá coerção caso determinado indivíduo adote posturas que não se enquadrem aos limites estabelecidos pela esfera. É positiva porque num primeiro momento é a liberdade de exercer sua busca por objetivos que você mesmo estipulou.
A liberdade negativa se baseia no "self". Tal concepção é inclusiva, pois permite que os indivíduos sejam donos da sua própria concepção de liberdade, na medida em que o indivíduo pode ser/fazer o que bem entender. Portanto, na concepção positiva da liberdade, não existe a esfera que limita e padroniza as ações dos indivíduos. É importante ressaltar que dentro do existencialismo o espectro da liberdade negativa, o mínimo constrangimento nunca é zero, ele tende a zero, mas não pode ser zero. Pois se o for à própria existência seria eliminada. Se faria necessário admitir um outro mundo onde começasse o constrangimento do zero para frente.
Assim, o problema da questão da liberdade é que transformando a liberdade em um ideal em si, ela acaba sendo uma espécie de ideal imaginário absoluto e isso resultaria em um monismo, e para este ideal ser mantido, seria à custa da vida de muitos. Então ele diz que seria preferível, uma visão mais próxima da liberdade negativa, buscando assim uma pluralidade respeitando os modos de vida diferentes.
Em seu texto, Isaiah Berlin mostra dois conceitos de liberdade que irão pautar todo seu pensamento:
ResponderExcluirLiberdade negativa: individualista e liberal. O individuo não pode sofrer a interferência de outros. Nesta liberdade, as leis devem existir para que não haja interferências de um individuo na liberdade do outro.
Liberdade positiva: liberdade dentro certos limites. Regras e leis que permitem que o individuo seja livre dentro destes limites. Para ele, esse tipo de liberdade favorece regime não-democráticos por causa de seu caráter exclusivista, ou seja, todo aquele que não concorda ou se enquadra nos limites, será oprimido.
Isaiah relata que o liberalismo é a “semente” do autoritarismo.
O autor não pretende tomar partido de um tipo de liberdade. Ele pretende que os conceitos sejam harmônicos entre si, pois para que a liberdade negativa exista, a liberdade positiva deve existir.
Sobre o plurismo, o autor diz que a diversidade de verdades, valores e etc, pois isso evitaria que apenas uma “verdade” prevalecesse e coagisse as minorias.
Erika Mendes 21027413
Berlim trabalha dois tipos de liberdade: liberdade positiva e negativa, através de sua análise sobre este conceito.
ResponderExcluirLiberdade Positiva é definida como um mecanismo onde qualquer indivíduo é livre para agir desde que esteja dentro de determinadas regras. O conceito de liberdade, então, é definido por leis e não pelo próprio indivíduo. Esse tipo de liberdade torna-se exclusiva, a medida de que não inclui diferentes pensamentos e concepções de liberdade e faz com que as pessoas tenham que se encaixar em padrões pré-estabelecidos Esse tipo de liberdade é típica de governos autoritários e opressores. Para Berlim, uma vez contemporâneo
do cenário da Guerra Fria, o exemplo deste tipo de liberdade seria a União Soviética.
Liberdade Negativa é o conceito de liberdade onde cada indivíduo decide qual é a sua liberdade e os limites dela, e as decisões em relação a liberdade dependem apenas do próprio indivíduo. O indivíduo possui, então, controle sobre a própria vida. Esse sistema de liberdade é tido como inclusivo, já que se adapta aos mais diversos conceitos de liberdade.
Francisco Sergio Vasconcelos Coelho - 21078713
Em ”Two Concepts of Liberty” Isaiah Berlin discursa a sobre a liberdade pelo ponto de vista liberal. Suas ideias partem da “liberdade negativa” e da “liberdade positiva”, sendo que as duas são complementares.
ResponderExcluirA “liberdade negativa” toma o indivíduo como livre para fazer o que bem entender. Seria uma sociedade de inclusão e não exclusão, as leis não interfeririram nas decisões de cada um, mas não significa que todos teriam a oportunidade de usufruir dessa liberdade.
A “liberdade positiva” seria restritiva e exclusiva, porque ela limita o espaçode expressão da liberdade dos indivíduos. Esse tipo de liberdade já impões leis e regras a todos, o que confere a ela uma certa face justa e igualitária. É mais fácil, com esse modelo de liberdade, a instauração de um governo autoritário, pois a liberdade da sociedade está condicionada à limites.
Berlin defende que ambas devem ser utilizadas dentro de um sistema; elas não podem ser separadas. O conceito de liberdade é auto-explicativo e natural.
Fernanda Tokuda de Faria - 21071013
Isaiah Berlin desenvolve argumentos sobre tipos distintos de Liberdade: A Liberdade, chamada por ele, Negativa e a Positiva.
ResponderExcluirNa liberdade Positiva, as ações dos indivíduos seriam delimitadas por Normas que tenderiam a definir como o comportamento social deveria se desenvolver, quais seriam suas ações corretas e infcorretas. Esse tipo de liberdade tende ao autoritarismo pois inibe de sua estrutura formas de contestação de seus métodos, se eles são corretos ou não.
Na liberdade Negativa, o individualismo seria a maior atribuição popular, onde todos seriam capazes de defender seus pontos de vista e promover discussões sobre seus modelos sociais e normativas, tornando essa normas mais liberais quanto a ação dos indivíduos e nã oexcluindo quem às descrimina.
Berlin discursa um pouco mais sobre como o mundo tomou ideais da Liberdade Positivas e como esse tipo de iniciativa levou à constituição da democracia do mundo Pós-Soviético e como essa forma de governo/regulamento se mantem através de opressões dos Estados que não aderiram a mudanças que seguem a linha das mudanças globais.
21057013
Segundo o material apresentado para estudo, pode se aferir que Isaiah Berlin através de sua análise sobre o conceito de liberdade aponta dois tipos da mesma, a liberdade positiva e a liberdade negativa.
ResponderExcluirNa liberdade positiva qualquer indivíduo é livre para agir desde que esteja dentro de determinadas regras. O conceito de liberdade então não é definido pelo individuo, ele não possui total controle de sua liberdade, quem define é o conjunto de leis. Esse tipo de liberdade determinando um modo de vida específico para ser seguido, não inclui diferentes pensamentos e concepções de liberdade e faz com que as pessoas tenham que se encaixar naquilo que já foi determinado.
Liberdade negativa é aquela na qual não há qualquer modo de coerção, que permite que cada indivíduo decida qual é a sua liberdade e os limites da mesma. Esse sistema de liberdade pode ser visto como inclusivo, já que se adapta aos mais diversos conceitos de liberdade, permite o pluralismo já que a coexistência de vários modos de vida é aceitável; e as leis e instituições não interfeririam na liberdade do individuo.
Mariana Lima Araujo Malta
Na obra “Two concepts of Liberty”, Berlin expõe o conceito de liberdade colocando duas versões para tal: a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
ResponderExcluirSendo a Liberdade Negativa pode ser concebida como a liberdade do indivíduo. A sociedade que segue esse tipo de liberdade dá aos indivíduos a completa liberdade para agir como lhe convir. Sendo assim, a sociedade acaba por ser mais inclusiva em relação as sociedades que aderem a liberdade positiva, que é exclusiva. Na liberdade negativa, as leis existem apenas para garantir que as ações individuais não vão interferir na liberdade de outro indivíduo.Enquanto a Liberdade Positiva aquela que visa organizar a sociedade com os modos mais compatíveis a vida das pessoas, dentro de um dentro de um modelo que preserve os limites da liberdade. Quanto mais amplo esse modelo, mais liberal essa sociedade se torna, pois aceita-se diversos meios de vida, ao invés de consolidar um modo de vida único. Na liberdade positiva, o indivíduo que resolve burlar o molde modelo, sofreria punição.
Angelica Oliveira Nobre – RA 21082913 – A matutino
ResponderExcluirO texto de Berlin, com os dois conceitos de liberdade, se tornou muito importante porque ao mesmo tempo em que ele retoma o conceito de liberdade pelo lado teórico, ele também se tornou uma espécie de chave interpretativa do mundo da época em que foi escrito. Berlin diz que existem dois conceitos de liberdade:
A liberdade negativa: ausência da intervenção do Estado, onde as pessoas têm liberdade para escolher a maneira de viver que desejam. Cada um cuidaria da sua vida da forma como quisesse, e o Estado só interferiria quando a minha maneira de viver destruisse a de outra pessoa. Mas se escolho uma maneira de viver e tenho sucesso não tenho culpa se o outro não consegue ter sucesso na vida. Isso é a liberdade negativa: pode escolher a maneira que quiser de viver, mas você é responsável pelos resultados da sua escolha. O Estado não vai te proteger. Não tem ajuda do estado pra conseguir realizar a maneira de viver que você escolheu. Essa concepção desemboca numa sociedade liberal, e o Estado só vai interferir, e de forma a não comprometer a liberdade das pessoas, no caso de um prejudicar a liberdade do outro. Esse modelo só dar certo se todos adotarem esse modelo, pois se algum quiser interferir na liberdade do outro gerara conflitos.
E a liberdade positiva: onde é o Estado que vai dizer pra nós o espaço de liberdade que temos, e aí ele vai nos tutelar, e dar uma série de ajudas para sermos do jeito que queremos. Não necessariamente é possível sermos o que queremos, e da forma como queremos, aqui. Essa liberdade desemboca no autoritarismo: o Estado vai dizer quais os modos de vida que podemos adotar. Na Revolução Francesa viam a liberdade de uma forma positiva: é um ser de certo jeito, que é definido pela comunidade e não pelo individuou [concepção liberal]. A liberdade exigia um Estado forte que pudesse dar respaldo a essa liberdade. A liberdade era definir o que se podia fazer e era o Estado que delimitava isso.
Isaiah Berlim aponta dentre os conceitos de liberdade os dois mais importantes: negativa e positiva. Liberdade positiva é tida como um mecanismo onde há liberdade para a ação dos indivíduos, desde que tais ações se enquadrem dentro das regras, essa liberdade é definida por leis. Na liberdade positiva existe um Estado regulador, é o tipo de liberdade que vivemos hoje e que para Berlim é uma ilusão de liberdade que sempre levará a estruturas autoritárias. Seu exemplo de liberdade positiva, uma vez sendo contemporâneo à guerra fria é a União Soviética.
ResponderExcluirA liberdade negativa é a que faz parte de uma ideia que consiste em ter limites de cada individuo, decidir qual é a sua liberdade e a tomar as decisões que cabem dentro de sua concepção de liberdade. A liberdade é exercida em seu sentido mais amplo, sem nenhum limite externo, tendendo e levando em consideração o pluralismo e suas diversas formas de vida. O mais importante a se observar é que apesar de Berlim considerar a liberdade negativa como a ideal, a implantação desta deve ser feita de maneira cautelosa, pois se feita de forma a oprimir, irá se tornar contrária ao seu próprio princípio. Viver em uma liberdade com respeito À individualidade e com plena aceitação do pluralismo é o ideal, mas fazê-lo por meio de violência, coerção, imposição ou opressão não tornará uma sociedade livre para escolhas plenas e uso de sua liberdade negativa. As tentativas até então vistas levarão de modo majoritário a algum tipo de sociedade repressiva e não inclusiva.
Lukas Correia A. Silva 21038313
Isaiah Berlim foi um autor extremamente importante para a atual compressensão da liberdade em seus dois conceitos: a liberdade negativa e a liberdade positiva.
ResponderExcluirA liberdade negativa seria a ausência de obstáculos para a ação individual, esta representada por autores liberais clássicos como Bentham e Stuart Mill.
A liberdade positiva é aquela que compreende liberdade como autodeterminação, autorealização, nesse entendimento é possível que seja necessária a ação do Estado, essa postura está no pensamento de Marx, Hegel e Rousseau. Esse tipo de liberdade se dá na coletividade.
O grande perigo da liberdade positiva seria a sua associação com o autoritarismo, apesar de parecer extremaente contraditório (oprimir para ser livre), o grande exemplo prático da nossa histório, exemplo que influenciou Berlim, foram os governos totalitaristas, em especial a União Soviética. O ponto chave para a compreensão da possibilidade de autoritarismo seria compreender a divisão do self. O self estaria dividido entre um eu superior e racional e um eu empírico e servo de suas paixões, este teria que se libertar. Assumindo que há pessoas mais racionais que as outras, elas poderiam forçar as pessoas menos racionais a tomarem uma atitude que as levaria à identificação do verdadeiro eu, eu que tem sua essência na coletividade, no agrupamento humano. Os defensores da liberdade positiva tendem a identificar o homem numa esfera: o Estado, a Igreja, a Comunidade, a Raça e é nesta coletividade que o “eu” adquire significado, seus objetivos devem confluir para os interesses deste conjunto. É neste ponto que está a problemática, a partir daí os seres que se consideram mais racionais ( o que é um ponto discutível) se veem autorizados a coergirem os outros homens a seguirem seus verdadeiros objetivos.
Para os teóricos da liberdade negativa é preciso ter liberdade para fazer o que se poderia desejar fazer. Ou seja, liberdade e felicidade (ou seja, autorealização) não devem ser confundidos. Um escravo satisfeito é livre para realizar seus desejos, mas não necessariamente é livre, porque possui restrições para fazer algumas coisas.
A tentativa, ao meu ver, dos comunitaristas como Alasdair MacIntyre e Michael Walzer é procurar encontrar esse sentido do eu na coletividade, abandonando uma concepção de indivíduo que se determina por si só, mas que está inserido dentro da tradição e possui determinados valores. Se afstando do autoritarismo, não pressupõe que suas colocações são as mais elevadas e racionais. MacIntyre coloca que há uma tradição que deve ser a meta de conversão de todas as tradições, que seria a ética das virtudes aristotélica, no entanto, devemos abrir o diálogo e compreender a justiça das sociedades entendendo sua tradição e suas racionalidades. Walzer também considera o diálogo entre esferas nas diferentes tradições, entendendo que a justiça é algo construído por cada sociedade e ressalta: uma sociedade que possui um governo ditatorial não deve sofrer uma intervenção militar para que se torne uma democracia. Isso não seria coerente, é necessário intervenção no caso de graves violações aos dieritos humanos, por exemplo, o genocídio, quanto às outras questões é preciso preferir que aquela sociedade se transforme de dentro, e que a própria população mude as coisas como são.
Portanto, como terceira via vejo um liberalismo que percebe certas necessidades humanas básicas que o mercado não é capaz de suprir, como os valores, portanto, a ausência de obstáculos não é o suficiente para dar uma resposta à questão da auto-realização. Por outro lado, a dissolução da força da racionalidade ocidental, com a crítica aos próprios limites que esta abarca nos faz compreender no mundo ocidental que longe de ser “a verdade” a nossa racionalidade é só uma das possíveis, e fruto também de uma tradição, de algo construído socialmente. Acredito que essa concepção que traz humildade para a nossa forma de dialogar e ver o mundo é essencial para cumprir a proposta base de Kelsen que seria a Tolerância.
Caterine Zapata Zilio Barros
ExcluirRA:21008913
Segundo Isaiah Berlin, filósofo liberalista do século XX, o conceito de Liberdade abrange duas dimensões: a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa, sendo que a liberdade, para ele, é definida pela verificação de que não há restrições.
ResponderExcluirA liberdade negativa se caracteriza pela decisão individual, na qual não há implicação de agentes externos – obstáculos, barreiras e restrições – ao indivíduo, nela existe a seguinte preocupação: “em qual o meio em que o indivíduo pode exercer sua liberdade plena?”. Já a liberdade positiva tem em essência o sentido da coletividade, não são os agentes externos que a determina, ela tenta responder a questão “ quem/quais são os agentes internos que influenciam na liberdade?” e busca a auto-determinação e auto-justificação.
Contextualizando seu texto com a época, que era o período no qual estava ocorrendo a Guerra Fria, Berlin identifica a Liberdade Positiva com a liberdade exercida pela União Soviética e a Liberdade Negativa com a liberdade exercida pelos Estados Unidos.
O argumento central da filosofia de Isaiah Berlin é o de que “nem todos os valores supremos perseguidos pela humanidade hoje, ou no passado, serão necessariamente compatíveis uns com os outros”, o que conseqüentemente solapa a concepção racionalista de uma philosophia perennis, isto é, a concepção que não acredita no “conflito entre os fins verdadeiros” da existência humana. A ideia de que os valores humanos são muitos, e portanto colidem, foi denominada por John Gray como “pluralismo agonístico”, já que concebe o mundo moral como uma multiplicidade de valores objetivos incapazes de serem harmonizados por uma métrica neutra, passível de ser aceita racionalmente por todos os homens.
Rodrigo Ferreira Gomes - RA: 21044113
Isaiah Berlin apresenta dois conceitos de liberdade como forma de explicar duas maneiras diferentes e centrais de liberdade política que permearam os pensamentos ideológicos de sua época, estes dois conceitos são chamados de liberdade negativa e liberdade positiva. Primeiramente, a classificação destas liberdades como positiva ou negativa não se trata de uma liberdade ser melhor que a outra, o sentido se refere às condições ou impedimentos para a liberdade em cada uma.
ResponderExcluirA liberdade negativa é a "liberdade de", aquela em que há uma ausência de restrições sobre o indivíduo imposto por outra pessoa ou grupo - o autor coloca sobre essa liberdade a questão "Qual é a área em o sujeito - uma pessoa ou um grupo de pessoas - deve ter ou receber para fazer o que pode fazer, ou ser o que pode ser, sem que outras pessoas interfiram?". A liberdade positiva é a "liberdade para", aquela em que há a capacidade de se alcançar objetivos e autonomia - a questão colocada sobre essa liberdade é "O que ou quem é a fonte de controle ou de interferência que pode determinar que alguém faça ou seja tal coisa e não outra?" O grande contraste entre os dois conceitos está na diferença entre as duas questões apresentadas.
A questão sobre a liberdade positiva é a mais discutida por Berlin. O problema maior deste conceito seria de que a autonomia por ele buscada pode levar a coerção de outros indivíduos para que esta autonomia seja atingida, podendo assim ser transformado em um totalitarismo. Segundo Berlin, “o pluralismo, com a medida de liberdade negativa que ele implica, parece-me ser um ideal mais verdadeiro e mais humano do que os objetivos daqueles que procuram nas grandes, disciplinadas e autoritárias estruturas o ideal do autogoverno positivo, por classes, ou povos, ou pelo conjunto da humanidade. É mais verdadeiro, porque pelo menos reconhece o fato de que os objetivos humanos são muitos, nem todos eles comensuráveis, e em perpétua rivalidade uns com os outros".
Two Concepts of Liberty é um ensaio exposto em 1958, desta maneira identifica-se o contexto da Guerra Fria fortemente presente nos conceitos de liberdade apresentados pelo autor, sendo uma forte crítica ao comunismo e sua então liberdade positiva.
Marina Gazinhato Neves RA: 21055713
Berlin formula sua teoria em um mundo polarizado, onde se tinha URSS em um polo e os EUA em outro. Neste contexto, o filósofo estuda os conceitos políticos de “Liberdade”, definindo dois: Positiva e Negativa.
ResponderExcluirA liberdade positiva seria a mais antiga e disseminada, uma liberdade onde o indivíduo pode ter toda a liberdade para realizar suas ações, desde que dentro dos limites determinados pelo exterior. Exterior este como as regulações sociais, da Igreja e principalmente do Estado. Tal estrutura inibe um pluralismo. Berlin identifica a URSS como defensora desta liberdade.
A liberdade negativa por sua vez assume um caráter individual, de “self”, A ausência de limitadores perante as ações do indivíduo determina esta liberdade. Quanto maior for a área em que o indivíduo pode se movimentar sem sofrer sanções maior será sua liberdade negativa, maior é a tolerância perante o pluralismo.
Nome: Murillo Faria dos Santos Neri
RA: 21045713
Isaiah Berlin contribuiu para o debate sobre justiça no projeto liberal com suas distinções entre os dois diferentes tipos de liberdade: a liberdade negativa e a liberdade positiva. A liberdade negativa se daria no plano individual, ou seja, liberdade do individuo praticar as ações que bem entender, nem que seja para restringir a liberdade de terceiros. A liberdade positiva se aproxima do conceito de liberdade civil de Rousseau: é a liberdade da coletividade exercer suas vontades. Este pultimo tipo, segundo Berlin, foi e é utilizado para justificar Estados totalitaristas. Berlin acreditiva que esses dois tipos de liberdade poderiam coexistir, mas historicamente havia um certo conflito entre elas, assim constituindo-se uma espécie de paradoxo da liberdade.
ResponderExcluirPorém, como Kant nos diz, a liberdade necessita de limites para que haja proveito da principal característica do ser humano: a racionalidade. E esse limite se dá na obediência civil. Ou seja, o indivíduo pode raciocinar o quanto quiser, mas tem que obedecer as regras estabelecidas enquanto executa uma função social. Logo, a meu ver, a liberdade negativa coexistir com a liberdade positiva desde que não desrespeite seus limites, mas que seja capaz de moldar a liberdade positiva quando o debate originado no plano negativo chegar a um consenso.
Lucas Falcão Silva -- 21009113
Comentário: Berlin critica a liberdade positiva enquanto concepção mais adequada de liberdade, pois segundo ele, sob a Liberdade positiva, não há escolha, mas sim obediência a uma vontade racional. Trata-se de uma visão monista sobre liberdade, na qual o agente coercitivo julga-se superior ao comportar-se como se soubesse mais de você do que você mesmo. A liberdade assim não está concebida na ideia de escolhas entre alternativas genuinamente rivais, mas na adoção do que é correto e racional. A partir daí Berlin encontra características que podem ser perigosas da liberdade positiva, pois afirmações como “o bem de todos” ou “defesa dos indefesos” facilita o processo de impor aos diversos modos de vida essa visão monista que é a liberdade positiva.
ResponderExcluirAssim, achava que o maior desafio da humanidade era criar uma sociedade que respeitasse o pluralismo de ideias e modos de vida. A liberdade negativa está mais de acordo com a diversidade de bens e propósitos humanos.
Michel Fagundes Ferreira RA: 21077212
Acho pertinente a posição de Berlim quando ele traça os problemas do relativismo e do determinismo, principalmente quando ele critica o primeiro, ao falar que é uma representação falaciosa da experiência, e isto caracteriza uma grande crítica de Berlim já que para ele, a história nos leva ao compreendimento dos conceitos que queremos abordar, e a partir deste ponto ele ilustra a dicotomia entre a liberdade positiva e negativa no cenário pós 2°Guerra Mundial, onde o mundo se dividia entre Capitalistas(liderado pelos EUA) e os Socialistas(liderado pela URSS).
ResponderExcluirA liberdade positiva é característica de países liberais, onde a liberdade individual é atribuída como um direito natural, para que se possa buscar os mais varíados estilos de vida e assim viver da melhor forma como queira, contudo esta liberdade não dá garantias de nenhum modo de vida e além disso atribui muitos estilos de vida para um grupo muito pequeno de pessoas, já que estamos situados em um mundo de maioria liberal, e a desigualdade vem aumentando, vemos nessa semana o Real Madrid tentando gastando 100 milhões de euros na contratação de um jogador de futebol enquanto mais de um quarto da população da Espanha está desempregada.
Em contrapartida a liberdade negativa é aquela que restringe os estilos de vida, impõe uma presença mais forte do Estado na vida das pessoas para garantir que todas pessoas estejam garantidas quanto a seus direitos naturais(direitos estes, só concebidos neste tipo de liberdade).E para Berlim, elas são fundamentalmente diferentes já que divergem do próprio conceito de liberdade e portanto do próprio fim, e também da própria natureza do homem, sendo assim não há como se chegar em resultados ao menos parecidos.
No entanto, me parece que Berlim não quer tomar posicionamento entre estes extremos, somente deixa aberta a discussão sobre até onde estas liberdades podem ir.
Isaiah Berlin consolida três conceitos importantes em sua produção teórica: os conceitos de liberdade positiva, de liberdade negativa e de pluralismo.
ResponderExcluirA liberdade possui um significado ambíguo, apresentando-se em duas dimensões.
Na primeira delas, a negativa, considera-se a existência de uma “área” na qual um indivíduo pode agir sem interferência de outros; sua liberdade é tão extensa quanto a extensão dessa área: “the wider the area of non-interference, the wider my freedom”.
“What’s the area within which the subject – a person or a group of persons – is or should be left to do or be what he is able to do or be, without interference by any other persons?” Seria possível sabê-la? As pessoas possuem objetivos e atividades diferentes, bem como valorações diferentes. É por isso que se supõe a existência de um órgão controlador, que garanta a autonomia desses indivíduos dentro de suas liberdades de forma igualitária: o Estado. Aqui, admite-se que haja um encolhimento da liberdade de alguns (assim como um alargamento de outros), mesmo que a ideia de coerção seja justamente essa limitação da liberdade individual, sob a condição que essa área individual seja garantida igualmente a todos.
A segunda delas, a positiva, advém do desejo do sujeito de “ser seu próprio senhor”, de se autogerir: “I wish to be a subject, not an object”. A pergunta “What, or who, is the source of control or interference that can determine someone to do, or be, this rather than that?” ilustra essa questão. Valoriza-se a individualidade, a capacidade individual de cada pessoa. Aqui, há uma presença menor de uma força coercitiva (atribuída em grande parte ao Estado) e admite-se que talvez não haja uma igualdade entre as liberdades das pessoas, nem algo que a garanta a elas necessariamente.
Podemos associar cada uma delas aos polos nos quais o mundo dividia-se na época em que Berlin vivia, durante a Guerra Fria: Rússia e EUA, associando-os também a divisão política do século anterior trazida logo no início do texto estudado, o “nacionalismo romântico” e o “individualismo humanitário”. Entretanto, essas dimensões não são fundamentalmente opostas, podendo misturar-se e ser componentes de um mesmo sistema político, por mais que uma apareça mais claramente que a outra, e é esse o problema encontrado por Berlin, que não vê saída para resolvê-lo, pois sobre essa ambiguidade é que a sociedade como um todo se firmou.
Em relação ao pluralismo, o autor defende a existência de verdades diversas, de valores diferentes, de uma diversidade em oposição a restringir-se a uma verdade única, a um monismo. Na reportagem da Folha, que traz três acadêmicos comentando sobre Berlin, um deles chama atenção a própria trajetória plural do autor.
Nome: Dayane Gonçalves Costa RA:21044313
Em “Quatro Ensaios sobre a Liberdade”, Isaiah Berlin indaga uma das suas principais questões: o quê seria a liberdade individual e como protegê-la?
ResponderExcluirPara responder a pergunta sobre a qual se baseia a sua teoria, de como o sistema soviético, construído com o sonho de libertar os indivíduos da tirania, teria se tornado tal força opressiva e tirânica, ele tem uma explicação teórica – de que há dois tipos de liberdade.
A primeira, seria a liberdade positiva, em que para haver liberdade, as pessoas deveriam ser transformadas, e tornarem-se melhores e mais racionais, visto que só os líderes poderiam criá-la; haveria um único ideal pelo qual seria válido até matar, se fosse preciso. As massas que não soubessem o que era essa liberdade, deveriam ser coagidas – o que, segundo Berlin, consequentemente levaria ao terror. Ele dizia que a liberdade positiva sempre falha, pelo menos de acordo com os exemplos que puderam ser observados até a época.A segunda, seria a liberdade negativa: esta seria a liberdade dos indivíduos de fazer o que eles quiserem e nada mais. Que as ações de uns não interfiram na liberdade alheia, tal como o poder deveria ser reprimido, na ausência de coerção. Seria uma liberdade sem grandes ideais,feita majoritariamente por indivíduos egoístas – e que trariam sempre estabilidade e ordem no local, uma democracia liberal.
A liberdade negativa não deve ser acreditada como um ideal absoluto – porque se assim o for, tem como consequência a tirania, a corrupção da liberdade.
E aí encontramos uma ambiguidade em ambas. Elas são interdependentes, e não podem ser separadas em nenhuma sociedade, até porque isso não é possível. A lógica dessa interdependência fica entre a ação positiva do Estado se tornando tirânica, e um Estado Liberal que também levar à tirania.
Bárbara B. P. Cabrino
RA 21071113
Em um dos seus ensaios mais conhecidos, "Two Concepts of Liberty", Berlin examina o conceito de Liberdade Negativa e o de Liberdade positiva, sendo a primeria uma ausência de impedimentos à ação do indivíduo, e a segunda, a presença de condições para que os indivíduos ajam de modo a atingir seus objetivos. Enquanto o sentido negativo busca responder a pergunta “Qual é a área em que o sujeito deve ter ou receber para fazer o que pode fazer ou pode ser, sem que as outras pessoas interfiram?”, o sentido positivo, procura responder “O que ou quem é fonte de controle ou de interferência que pode determinar que alguém faça, ou seja, tal coisa e não outra?”. O conflito entre os conceitos está em que a concepção “positiva” de “liberdade para”, em uma forma de vida prescrita, algumas vezes, para os adeptos do conceito “negativo” nada mais é que um ilusório disfarce para a tirania brutal.
ResponderExcluirIsabela Nogueira Ambrosio - RA: 21086113
A posição de Berlim realça os problemas do relativismo e do determinismo, principalmente quando ele critica o primeiro, ao falar que é uma representação falaciosa da experiência, e isto caracteriza uma grande crítica de Berlim já que para ele, a história nos leva ao compreendimento dos conceitos que queremos abordar, e a partir deste ponto ele ilustra a dicotomia entre a liberdade positiva e negativa no cenário pós 2°Guerra Mundial, onde o mundo se dividia entre Capitalistas(liderado pelos EUA) e os Socialistas(liderado pela URSS).
ResponderExcluirA liberdade positiva é característica de países liberais, onde a liberdade individual é atribuída como um direito natural, para que se possa buscar os mais varíados estilos de vida e assim viver da melhor forma como queira, contudo esta liberdade não dá garantia de nenhum modo de vida e além disso atribui muitos estilos de vida para um grupo muito pequeno de pessoas, já que estamos situados em um mundo de maioria liberal, e a desigualdade vem aumentando.
Em contrapartida a liberdade negativa é aquela que restringe os estilos de vida, impõe uma presença mais forte do Estado na vida das pessoas para garantir que todas pessoas estejam garantidas quanto a seus direitos naturais(direitos estes, só concebidos neste tipo de liberdade).E para Berlim, elas são fundamentalmente diferentes já que divergem do próprio conceito de liberdade e portanto do próprio fim, e também da própria natureza do homem, sendo assim não há como se chegar em resultados ao menos parecidos.
Porem, entendo que Berlim não quer tomar posicionamento entre estes extremos, somente deixa aberta a discussão sobre até onde estas liberdades podem chegar.
Kleiton aliandro
21066113
Isaiah Berlin foi um filósofo político que viveu no século XX, onde vivenciou todo o período entre guerras, sendo um dos principais pensadores liberais de sua época. Um de seus ensaios mais famosos foi “Dois Conceitos de Liberdade”, onde Berlin define a liberdade em dois conceitos distintos, Liberdade Positiva e Liberdade Negativa. Entender a história e os movimentos históricos é de grande importância, sendo esses movimentos não simples ações naturais mas parte da história humana. É preciso que se entenda as questões predominantes no mundo, para entender suas próprias ações e atitudes. A partir desse entendimento dos movimentos históricos, o autor busca definir os dois sentidos de liberdade. Como por exemplo, Berlin utiliza do aspecto político de sua época para definir liberdade. O autor viveu na época do Welfare State, onde o liberalismo existia mas com uma maior intervenção estatal, nesse sentido, Berlin apresenta sua discussão sobre a liberdade, a partir da seguinte questão: coagir um homem é privá-lo de liberdade, mas liberdade de que? Liberdade para o que?
ResponderExcluirÉ em busca de responder essas perguntas que Berlin formula duas definições de liberdade. Primeiramente em seu texto é definido o conceito de Liberdade Negativa, esta é a liberdade onde ninguém interfira na liberdade de um indivíduo ou grupo, onde não haja coerção externa. Se essa liberdade está sendo privada de alguma maneira, pode-se dizer que este indivíduo está sendo coagido. Vale ressaltar que a incapacidade de se atingir a liberdade não significa que haja falta de liberdade política, pois o homem é interdependente, para que um tenha mais liberdade é preciso que seja limitada a de outros. A não interferência para essa liberdade é boa, mesmo que não seja o único bem.
Posteriormente, é definido o conceito de Liberdade Positiva, esta é a forma de liberdade em que existe um complexo conjunto de regras e dentro destas somos livres, podemos exercer nossa liberdade. Berlin critica essa forma de liberdade, que para ele é apenas uma ilusão. Para o autor a concepção positiva de liberdade pode se degenerar em si em um totalitarismo, avançando sobre os direitos individuais e ameaçando a autonomia individual.
Carolline Constanzo dos Santos
21052113
Berlin segue uma ideia de que a justiça e a liberdade possuem uma relação entre si. A liberdade é tida por ele como uma constituinte da justiça dividindo a liberdade entre positiva e negativa.
ResponderExcluirAs liberdades positivas são as atitudes que podem ser tomadas pelos indivíduos dentro dos limites estipulados pelas leis. Qualquer atividade que esteja dentro desse limite é permitida e aceita. Essa liberdade, entretanto, pode ser vista como limitada, pois quem define até onde ela vai são as leis da sociedade. É uma liberdade que deve ser justa, ou seja, igual para todos.
A Liberdade negativa segue no caminho de que os indivíduos devem ser livres para tomar as atitudes que sejam de seus interesses, não é limitada por regras e assim não excluiria ninguém. O problema esta no fato de, por não existirem regras estipuladas por um governo, não há segurança de que essa liberdade seja praticada por todos, pois as atitudes de uns podem interferir na vida e na liberdade de outros.
Henrique Bernardes
RA: 21021813
Isaiah Berlin assevera que a ideia da possibilidade de agrupar todos os valores de forma harmoniosa e sem conflitos é bastante equivocada, pois há pluralismo ético, ou seja, as sociedades possuem conjuntos de valores distintos.
ResponderExcluirA partir da ideia de liberdade pura, que para ele é a ausência de restrições, Berlin desenvolve dois tipos de liberdade.
- Liberdade positiva: na qual o indivíduo é livre para agir dentro de um limite, demarcado pelo Estado, com existência de leis que estipulam restrições às ações, a partir da necessidade de garantir que diferentes formas de viver possam coexistir, tendo em vista a diversidade de valores, os quais poderiam entrar em conflito sem a devida regulamentação.
-Liberdade negativa: baseia-se na ausência de obstáculos e restrições à autonomia e autodeterminação das pessoas, portanto, a sociedade seria pautada na liberdade individual, com intervenção estatal limitada.
Apesar de a liberdade positiva possibilitar que diferentes meios de vida possam ser desenvolvidos, o autor acredita que a ela dá margem à existência de governos autoritários, que distorcem a ideia de liberdade. Ao passo que com a liberdade negativa há maior garantia de não haver o autoritarismo.
Ana Cristina - 21062613
Uma das maiores contribuições de Isaiah Berlin foi suas duas concepções de liberdade.
ResponderExcluirNa liberdade positiva, o indivíduo é livre para agir dentro de certos limites, ou seja, dentro de normas.
Na liberdade negativa, o indivíduo é dono de si próprio, ou seja, os indivíduos possuem autonomia e as normas criadas são apenas para garantir as liberdades individuais de cada indivíduo.
Apesar de não querer "tomar partido", o autor dirá que é preferível a segunda a primeira, pois na segunda pode haver uma certa pluralidade de modos de vida, que por sua vez, deverão ser respeitados.
Rebeca Polanowski Hammel - RA 21042013
email: polanowski.rebeca@gmail.com
Para entendermos o pensamento do filósofo Isaiah Berlin, é necessário compreendermos os conceitos de liberdade positiva e negativa.
ResponderExcluirO conceito de liberdade negativa abrange aquele em que os indivíduos podem atuar sem impedimentos por parte de outro indivíduo ou conjunto de indivíduos. Neste conceito, interferências deliberativas implicam em forma de coerção, vale ressaltar, portanto, que as incapacidades de atingir um objetivo não implicam em falta de liberdade política.
Berlin discute no capítulo “The notion of negative freedom” , as expressões “liberdade econômica” e “escravidão econômica”, mostrando a argumentação de que se um homem é não tem condições de pagar algo que não possui restrição legal, como um pão, ele é tão livre para comprar este pão quanto seria se o pão fosse proibido pela lei. Agora, se a pobreza fosse uma espécie de doença que o impossibilitasse de comprar o pão, esta incapacidade não seria naturalmente descrita como uma falta de liberdade, muito menos de liberdade política.
Já a liberdade positiva, consiste na liberdade do indivíduo que deseja ser seu próprio dono. No primeiro momento, as liberdades positivas e negativas parecem próximas, porém estas diferentes noções de liberdade se desenvolveram historicamente em direções que são contrárias. A liberdade positiva pode apontar para o discurso coercitivo de alguns homens que convencem outros a tomarem certas atitudes através de metáforas orgânicas, como a justificativa de que eles sabem o que é melhor para o outro e para que o outro possa atingir um graus mais elevado de liberdade. Portanto, essa liberdade pode gerar um autoritarismo, como ,por exemplo, nos regimes totalitários que ocorreram no Leste Europeu.
Fernanda Scarpelli Varani - 21002313
Berlin vai abordar dois tipos de liberdade: positiva e negativa, sendo que estas são complementares. Liberdade positiva se refere ao estado em que um individuo é livre para agir ,mas de acordo com regras premeditadas, liberdade então é um conceito formado por leis. é exclusiva e até um tanto restrita, dita regras e tem certa face mais igualitária. A liberdade negativa seria aquela onde os indivíduos são os donos completos de sua liberdade, inclusive de seus limites, pois todas as decisões cabem somente a ele. Esse tipo de liberdade seria tido como mais inclusivo, pois aceita em si diferentes conceitos de liberdade.
ResponderExcluirI. Berlin foi um autor britânico que estipulou e dividiu o conceito de Liberdade Social em duas instâncias: Liberdade Positiva e Liberdade Negativa.
ResponderExcluirA Liberdade Positiva se baseia numa sociedade em que os padrões de bem estar social e de Liberdade do Indivíduo é imposto pelo Estado, que acaba regulando as normas de bem estar social de seus cidadãos. Dessa forma, a liberdade individual não é atingida de forma plena, pois cada sujeito deve seguir as regras de conduta impostas e onde o desacato de alguma das leis é passível a sanções. O autor deixa claro que este padrão de Liberdade como o exercido em Regimes Ditatórias.
Já o conceito de Liberdade Negativa é aquela em que o indivíduo é livre para executar suas ações de bem estar particular, e em que a função do Governo é proteger e preservar que a Liberdade de seus cidadãos seja a maior possível, desde que a ação de um não afete ou interfira na liberdade de outro sujeito. Esta é o modo de liberdade mais evidente numa política de senso Liberal.
No agregado, Berlin sentencia que não há como um Estado devidamente democrático defina uma única instância de Liberdade como padrão, mas que, mesmo com uma preferência a um modelo, ambas as formas sempre deverá complementar a outra em certo ponto.
Antonio Dantas - 21061513
Antonio Dantas - 21061513
Retomando para um lado mais teórico o conceito de Liberdade, o texto de Berlin foi uma nova perspectiva para ser enxergada e estuda em sua época. Concebeu dois conceitos interpretativos para o mundo acerca de liberdade, sendo eles a Liberdade Negativa e Liberdade Positiva.
ResponderExcluirA Liberdade Negativa seria a liberdade substantiva do indivíduo, onde o mesmo encontra-se sem ser privado por outros e vive da maneira que deseja, sem intervenção do Estado (desde que tal maneira não interferisse na liberdade alheia - já que viver em sociedade si, já é uma maneira de privação). Isso acaba ilustrando muito bem a sociedade Liberal, pois o indivíduo é dotado de suas próprias decisões e o Estado só interferirá caso haja a privação de liberdade de alguém por intermédio da ação do outro, em outras palavras, os direitos substantivos individuais de liberdade de expressão, propriedade privada, integridade física e autonomia são todos garantidos, contudo se o resultado de todas as suas decisões for prejudicial a si próprio, não há Estado para te proteger de suas decisões praticadas no exercício da sua liberdade individual.
A Liberdade positiva, por outro lado, tem certos aspectos não muito compatíveis de uma sociedade liberal como a aplicação de limitações ao indivíduo quanto o que se deve fazer por exemplo, aproximando muito mais de uma sociedade de regime totalitário. O sujeito acaba sendo determinado por uma escolha da sociedade e não individual, como prega o Liberalismo. O Estado serviria como entidade forte que garante a Liberdade, e esta por sua vez seria definida pelas normas (o que se podia fazer) que foram delimitadas pelo próprio Estado.
Samuel Alencar de Sena - 21048913
Berlin viveu num período no qual ocorria a guerra fria e leva seu contexto em consideração para elaborar sua teoria.
ResponderExcluirExistem várias interpretações e conceituações do que seja a liberdade. Dum ponto de vista político, Berlin classifica a liberdade em negativa e positiva. Explorando um pouco mais os conceitos, a liberdade negativa seria atual e pluralista, caracteristicamente individual. Quanto maior a área em que um indivíduo está livre de interferências sociais, econômicas, emocionais, maior é a sua liberdade. A positiva, “liberdade dos antigos” é exclusiva e restritiva. É uma liberdade controlada por um Estado, por exemplo, o qual determina onde os indivíduos podem agir livremente.
O autor defende a não delimitação desta área de liberdade, pois assumir que ela exista, significa assumir que existe um limite para a liberdade. O que não quer dizer que propunha um sistema desregrado, mas que englobasse o maior número possível de interesses, de formas de se viver.
Para que a liberdade negativa aconteça efetivamente, é necessário prudência, pois a liberdade para agir como bem entender em qualquer lugar pode gerar conflitos, visto que os interesses sociais são diferentes, conflitos que podem desencadear a liberdade positiva, com um sistema autoritário ou à desordem. Por isso, levando em consideração o liberalismo, seria necessário haver um equilíbrio, intervenção Estatal, mas não autoritária, prezando as vontades das populações, assim condições básicas para certo tipo de “harmonia” seriam garantidas, em troca perde-se liberdade total.
Isaiah Berlin constrói sua teoria durante o período da “Guerra Fria”, onde o mundo se encontrava polarizado por URSS e EUA, a primeira comunista, o segundo capitalista, onde se pregava o livre mercado.
ResponderExcluirBerlin determina que existem duas concepções políticas acerca da liberdade. A primeira e mais tradicional seria a liberdade positiva, a segunda seria a liberdade negativa.
A liberdade positiva seria aquela que os métodos regulatórios externos permitem, o indivíduo tem liberdade de agir desde que dentro de padrões pré-estabelecidos, é dado os meios para que o indivíduo alcance suas metas, mas se determina o quão estas metas podem se diferenciar, o pluralismo é reprimido. É o tipo de liberdade presente em discursos dos tiranos, como é o caso da URSS no período que o filósofo formou sua teoria.
A liberdade negativa seria então uma liberdade do “ser”, do “self”, onde está seria determinada pelo raio de ação que o indivíduo pode desempenhar sem sofrer represálias do meio externo, a pluralidade seria então respeitada e até um parâmetro para atestarmos quão livre uma sociedade seria. Esta é a liberdade que o livre mercado se torna capaz de propiciar as pessoas, através da minimização do papel do Estado.
Lucas Mascaro 21073913
Para Berlin, existem dois tipos de liberdade, que foram descritos para tentar explicar a diferença entre os modos de pensar sobre a liberdade política. São elas : a liberdade positiva (posterior à lei, resultado da cultura política e de sua organização na sociedade. Pode culminar em regimes totalitários, pois tem a ver com o interesse público. Nisso podemos nos lembrar do contrato social, onde os indivíduos renunciam de sua liberdade para ter uma liberdade civil, sendo submetidos ao governo de um governante totalitário) e a liberdade negativa (anterior à lei, ao contrato social, relacionada à autodeterminação. O governante tem interferência mínima sobre os desejos dos indivíduos).
ResponderExcluirA razão, para ele, é o meio para a liberdade.
Os debates em geral têm grande impacto na realidade percebida pelas pessoas, pois são deles retiradas as soluções para a vida em sociedade.
Andréia Carletti - R.A. 21080913
Isaiah Berlin, baseado na sua percepção a partir das Guerras Mundiais e de um mundo dividido entre capitalistas e socialistas, propõe uma teoria. Ele se questionava acerca do fato da coerção fazer os indivíduos obedecerem a algo posto e de que haveriam, em geral, consequências implícitas no caso de não o realizar.
ResponderExcluirFormula dois tipos de liberdade com características que se contrapõem. São denominadas liberdades negativa e positiva.
A liberdade negativa está relacionada à liberdade do indivíduo, que poderia tomar suas próprias decisões, sem outras interferências. O Estado intervém limitadamente nesse caso. A coerção deve estar em seu mínimo possível, busca-se mais ação. É um estado que não apresenta garantias, visto que a liberdade do outro pode intervir na sua pela falta de coerção. Berlin se mostra preferível à esse tipo de liberdade.
A liberdade positiva, por sua vez, representa um indivíduo que tem desejos sobre ele próprio. As ações a serem tomadas devem ser limitadas pelo Estado que colocará leis. Ou seja, nesse caso o Estado exerce maior interferência, e, consecutivamente, coerção. Dessa maneira haverá maior autonomia. O almejado pelos indivíduos, diante disso é que sua liberdade individual não seja restringida, não indagar a coerção.
Camila Luna Mendes - 21078513
Isaiah Berlim, ao procurar entender a liberdade, é autor de dois conceitos extremamente importantes para a atual compreensão dicotômica da liberdade, sendo eles a liberdade negativa (a forma como deveria ser para ele) e a liberdade positiva (a forma como é).
ResponderExcluirA liberdade negativa surge da ideia de que haveria ausência de obstáculos para a ação individual, de forma que a sociedade contemplasse tudo, sem exceção e sendo assim inclusiva, para que seus indivíduos tivessem liberdade para ser e fazer o que quisessem ao terem o direito de escolher o modo de vida que preferem seguir, sem a interferência de outras pessoas ou instituições. Estas não interfeririam na liberdade, somente atuariam a favor das ações individuais, a partir dos estilos de vida de cada um. Assim, fundamentalmente, a liberdade “negativa” se opõem a qualquer interferência, num apelo à prática do individualismo.
já a liberdade positiva compreende autodeterminação, no sentido de que é necessária a ação do Estado a fim de limitar e determinar regras, quanto aos diferentes modos de vida. Ainda sim, quanto maior inclusão dos diferentes indivíduos (quanto aos modos de vida e as condutas) na sociedade, mais liberal é a sociedade, porém não é toda liberal dado que se alguém não respeitar os limites e regras estabelecidos, contra eles haverá punição (postura repressiva e autoritária sobre o indivíduo e sua liberdade de escolha). Tendo a sua caracterização a partir da União Soviética na Guerra Fria, e mesmo nas democracias liberais, quando os governos interferem na vida cotidiana como repressor, autoritário e excludente.
Essa visão de liberdade dentro do autoritarismo se depreende da dualidade vivida pelo individuo que ora age como um eu superior e racional e ora como um eu empírico e servo de suas paixões, uma instabilidade que permite e facilita certas pessoas forçar outras “menos racionais” a tomarem uma atitude que as levaria à identificação do eu dentro da comunidade/coletividade pela qual eles irão se identificar, como seguidores de um Estado ou igreja (aqui a instituições tem função maior que preservação dos direitos individuais). Contudo, essa identificação pelo coletivo é criticada pelos teóricos da liberdade negativa, uma vez que eles acreditam que uma coisa é o indivíduo ter liberdade para fazer o que se deseja e outra é a felicidade (satisfação), pois posso ter liberdade para fazer o que eu quiser, mas não esta feliz em fazer parte de determinado grupo. Assim, existe uma impossibilidade de canalizar todos os valores de forma única, de forma que o pluralidade de valores quer uma aceitação quanto alguma parte precisar abrir mão de alguma coisa.
A concepção liberal de justiça para Berlin, traduzida nos conceitos de liberdade negativa e positiva mostra, enfatiza a prioridade à liberdade negativa uma vez que o fim do direito individual inicia o começo da liberdade positiva (restrição da ação quando um indivíduo pode ser prejudicar o outro) que exige a obediência sobre a escolha, e essa quando viola o limite da liberdade negativa, e assim, os desejos dos indivíduos, perde sua funcionalidade pois em essência estaria violando os direitos individuais.
Aline Guarnieri Gibitoso - 21001713
Berlin introduz conceitos sobre liberdade. A liberdade negativa é a ausência de constrangimentos para que o sujeito tenha várias escolhas à sua disponibilidade; já a liberdade positiva tem a ver com a ideia do sujeito ser dono de si mesmo, tomando decisões de acordo com o que julgar racionais. Mesmo que estas duas formas de liberdades sejam da mesma maneira necessárias e válidas, o autor mostrou como a liberdade positiva pode ser manipulada e, assim, impedir a capacidade de escolha individual. Em sua crítica ao liberalismo, desafia a universalidade e a compatibilidade de valores defendidos por tal doutrina, e se colocava contra à sua apologia de pensamento de validar somente uma única verdade (mas ainda defendia o mínimo liberal para que as sociedades “decentes” possam existir – para se chegar a uma sociedade civilizada, imaginativa e espontânea é necessário estabelecer prioridades, fazer escolhas para atingir um equilíbrio e assim se manter a tal sociedade decente). Berlin não nega a autoridade para se manter esta harmonia. Ainda que restritiva, a autoridade permitiria que houvesse aumento da liberdade individual. Mesmo sendo um liberal racional, apoiava medidas utilitaristas (ele justifica tal submissão à autoridade em razões estritamente utilitaristas para manter a ordem quando preciso) para que a liberdade pudesse ser assegurada. Em certos aspectos, me parece que a sua teoria se revela, ainda nos dias atuais, ser pertinente por lutar por uma sociedade decente, promovendo a liberdade individual e a empatia cosmopolita, respeitando sempre os nossos semelhantes.
ResponderExcluirO autor traz a ideia da liberdade positiva e da negativa, segundo ele a negativa seria fazer o que quiser sem a interferência de outras pessoas, já a liberdade positiva seria o desejo do ser humano de se auto governar. No primeiro caso o autor acredita que a lei deveria limitar a liberdade negativa, e no segundo caso as ações teriam que ser pautadas na racionalidade sendo necessário investir em educação pra o sucesso desse progresso. Berlin, ainda se diz a favor de um meio termo entre o capitalismo liberal e social.
ResponderExcluirBerlin nos apresenta dois conceitos de liberdade, que são extremamente importantes para o debate atual de como deve ocorrer a intervenção do Estado, são eles:
ResponderExcluirLiberdade negativa: é a liberdade do próprio individuo, liberdade para tomar as próprias decisões sem interferência externa, no caso o Estado deve agir de forma mínima, as normas devem basear-se em garantir as liberdades individuais.
Liberdade positiva: o individuo age a partir de demarcação do Estado, há uma regulação, onde o coletivo está acima do individual.
Camila de Oliveira Santos RA: 21027913
Após a leitura dos textos ‘Two Concepts of Liberty’, ‘Quatro ensaios sobre a Liberdade’, de Isaiah Berlin e de assistir ao vídeo proposto, faço as observações que se seguem. Segundo Berlin, há dois conceitos para Liberdade, a Positiva e a Negativa. A liberdade negativa seria uma liberdade individual onde os adeptos fariam o que quisessem, teriam um papel inclusivo. A liberdade positiva seria mais restritiva, onde as leis e recomendações ganham destaque, onde pode ocasionar em um Estado autoritário que regula a liberdade dos indivíduos e um sistema com leis.
ResponderExcluirIsaiah idealiza a Liberdade Negativa, mas aponta que deve haver alguns cuidados ao seguí-la, pois pode gerar bagunça e caos. Ele acredita que liberdade é um valor inato, sem sinônimos para outros significados.
Em sua teoria sobre justiça, Berlin definine dois tipos de liberdade: a liberdade negativa e a positiva.
ResponderExcluirA liberdade negativa seria aquela caracterizada pela não interferência de outros na atitude de alguém, incluindo a interferência pela coerção. Contudo, a liberda de natural pode levar a uma situação de caos social, desse modo é que a lei deve determinar a área de livre ação dos homens.
Já a liberdade positiva tem a ver com o desejo do indivíduo de ser seu próprio senhor, de se auto-governar. Aqui, segundo o autor, um outro indivíduo pode interferir em seu proje de liberdade positiva, caso você não seja esclarecido o suficiente para atingi-lo.
Isaiah Berlin trabalha com a ideia de que existem dois tipos de liberdade: a negativa e a positiva. A negativa é entendida como presente anteriormente a lei, a consciência do indivíduo e da autodeterminação, seria portanto a não interferência externa de outrem na vida do indivíduo. Já a positiva é encarada como existente após a lei, resultado de organização política dos membros da sociedade, por isso é mais restritiva. Esse debate sobre a liberdade é de suma importância para evitar uma grande opressão, totalitarismo, etc.
ResponderExcluirJamile Queiroz Gomes - RA 21047113
Berlin trata em seu texto a liberdade, e para ele é importante que se leve em conta o contexto histórico, o que ele vive é o da Guerra Fria. Sendo a liberdade a comprovação de que não existem restrições, a dividindo em duas: a Liberdade Positiva e a Liberdade Negativa.
ResponderExcluirA liberdade positiva é aquela que se situa dentro de regras determinadas, como o autor diz, dentro de uma moldura. Só há liberdade se as ações estiverem dentro dessa moldura, sendo esta um mecanismo para organizar a sociedade, por conta dos diferentes estilos de vida dos indivíduos. Quanto maior for essa moldura mais liberal é a sociedade, por abarcar um maior número de estilos de vida e diferentes condutas. Aqueles indivíduos que extrapolam as linhas determinas pela moldura são punidos de alguma forma, mostrando a estruturação repressiva e autoritária dessa liberdade. Para Berlin, o indivíduo dentro desses moldes não consegue ser livre, porque a estruturação o impede. Sendo esta liberdade o critério essencial das democracias autoritárias, repressivas e excludentes. Essa situação era muito comum na URSS durante a Guerra Fria.
A liberdade negativa é aquela em que os indivíduos conseguem usufruir o que está dentro e fora da moldura, uma sociedade que dá para seus cidadãos liberdade para fazer o que lhes bem interessasse e ser o que quisessem. Esta é uma sociedade inclusiva, diferentemente da sociedade da liberdade positiva, que é exclusiva. A liberdade não é interferida pelas leis e/ou pelas instituições, estas garantiriam apenas as ações individuais, de forma que permitisse que as pessoas seguissem os estilos de vida que preferissem.
Berlin afirma que é impossível encaminhar todos os valores de única maneira, propondo como saída o pluralismo, onde há abundância de valores e o consentimento de que não é possível que os organize por completo, alguém sempre cederá alguma coisa.
Deyvisson Bruno Alves de Paiva, 21004513
Isaiah Berlin nos apresenta em seus ensaios duas concepções de liberdade: o conceito de liberdade positiva e liberdade negativa. Berlin ainda ressalta que devemos nos preocupar com os conceitos que são elaborados, um professor em sua sala de estudo não faz ideia do poder de seus escritos, e visto isso é preciso que se combatam certos conceitos da mesma forma. Talvez seja por isso que ele se preocupa em colocar a distinção que existe entre estes dois conceitos de liberdade. Berlin se centra nos conceitos de liberdade negativa e positiva, porque provavelmente são os conceitos que melhor dão conta da problemática que vivenciamos em uma sociedade liberal. Ao abordar as concepções de liberdade ele trata da liberdade negativa como a liberdade do individuo, a condição que o cidadão tem de agir sem ser privado de sua liberdade pelos demais, sem a intromissão de outros indivíduos ou mesmo do Estado, onde o individuo tem a capacidade de agir livremente desde que este não interfira na liberdade dos demais, isso porque o simples fato de se viver em sociedade já apresenta uma diminuição da liberdade. No caso da liberdade positiva, que embora não seja de todo incompatível com a sociedade liberal ela é mais presente em regimes de ditadura, ou pretensos estados fortes onde a determinação do que pode ou não ser feito é mais presente, ainda que a liberdade positiva possa se apresentar em dois aspectos, é claramente este o que acaba por imperar. Na concepção de liberdade positiva é aplicado sob o indivíduo o que ele pode ou não fazer, e desta forma sua liberdade é ainda mais diminuída, por exemplo, uma negociação livre poderia ficar por conta do estado em determinar os valores ou o que deve ser consumido assim não permitindo a liberdade do individuo escolher o que consumir e o quanto pagar. Vemos que a liberdade positiva acaba por causar uma diminuição da liberdade negativa, assim violando os princípios universais de liberdade.
ResponderExcluirRA 21073013
Berlin traz duas concepções de liberdade: positiva (poder se auto-governar, ou escolher quem o governa) e negativa (liberdade de ser e agir).
ResponderExcluirBerlin acredita que pela falta de racionalidade, devido as diferentes vontades dos indivíduos, leis são necessárias.
O mais próximo que um sujeito chega de sua liberdade concreta é quando este consegue suprimir parcialmente seus desejos e vontades, pois não sente vontade de fazer aquilo que é contra as regras sociais, é claro que isso é se privar de uma liberdade total, mas quando você não se sente pressionado a cometer um erro e escolhe não cometê-lo, você sente-se mais livre (em relação às pressões)
RA: 21051713